1 – O top de cinco segundos – nos anos 1980, era de oito – era lei antes da maioria dos programas da emissora. Hoje em dia é pouco usado, sobrevivendo nas competições esportivas como o futebol, o UFC, as Olimpíadas, a Copa do Mundo e o treino da Fórmula 1, nos festivais de música, como Rock in Rio e Lollapalooza, nas sessões de cinema, no Criança Esperança e no Big Brother Brasil, puramente por questão comercial.
2 – Outra prática comum nos anos 1980 era a exibição da hora certa nas transições de programação. Era outra forma de vender patrocínio que não cabe mais hoje em dia.
3 – Durante muitos anos, todo dia tinha o encerramento da programação. Sim, a Globo saia do ar durante a madrugada, de domingo a quinta. Na vinheta, o narrador falava o seguinte: “Faremos agora uma pequena pausa em nossa programação. Apenas o tempo necessário para você despertar para um novo dia, uma nova vida. Logo, estaremos juntos novamente apresentando...”. Aí eram mostrados slides da grade do dia seguinte. Apenas nas noites de sexta e sábado e nos feriados nacionais, no Carnaval, no Natal e no Ano Novo a emissora ficava 24 horas no ar, exibindo filmes clássicos, independentes e internacionais durante a madrugada. Esse encerramento ainda é visto em algumas ocasiões, quando afiliadas da Globo fazem a manutenção de seus transmissores nas madrugadas de domingo para segunda, mas dificilmente ocorre em São Paulo.
A fórmula variava de acordo com a emissora: “Faremos agora uma pequena pausa em nossa programação. Assista logo mais...”. (Globo Brasília); “Faremos agora uma pequena pausa em nossa programação, mas logo estaremos juntos novamente” (Globo São Paulo); “Faremos agora uma pequena pausa. Apenas o tempo necessário para você despertar para um novo dia, uma nova vida. Logo estaremos juntos novamente. Atenção para a nossa programação desta terça-feira, 29 de junho de 1993”.
A Globo entrava no ar às 5:00 aproximadamente, quando o locutor dizia o seguinte: “Bom dia! Juntos novamente. Rede Globo e você, para viver intensamente hoje, sexta-feira, 19 de agosto de 1994, todo este universo de emoções. Dentro de instantes...”. Aí eram mostrados slides da grade do dia, destaques da programação daquele dia e a programação iniciava com o Telecurso.
4 – Nas novelas, eram exibidas as famosas cenas do próximo capítulo. Tratava-se de um pequeno resumo do que seria exibido no dia seguinte, quase sempre sem mostrar alguma cena importante, que revelasse algo. Ao fundo, uma música da trilha sonora da produção. A prática foi abandonada no início dos anos 1990.
5 – E quando a novela terminava? Aí eram exibidas cenas da próxima novela… O público que assistiu Brega & Chique no canal Viva pôde ver isso em prática no final do último capítulo, quando foram mostrados trechos de Sassaricando.
6 – Ainda nas novelas, os capítulos tinham contagem. No início do primeiro bloco, era mostrado apenas o logotipo da trama com o número do capítulo. A prática retornou em A Regra do Jogo, mas foi um caso excepcional.
7 – Quando exibia os créditos das novelas, a Globo colocava a seguinte advertência: “Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com lugares, fatos e pessoas conhecidas terá sido mera coincidência”. A prática surgiu durante a novela O Cafona, de 1971, após protestos de figurões da alta sociedade do Rio de Janeiro, que se sentiram retratados em alguns personagens – prática que o autor Bráulio Pedroso confirmou tempos depois. Há algum tempo, é exibida somente a seguinte frase: "Esta é uma obra coletiva de ficção baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade".
8 – Até meados dos anos 1990, o show do intervalo do futebol era diferente, com um apresentador, como Fernando Vannucci ou Léo Batista. Dificilmente o próprio narrador aparecia no vídeo, como acontece há muitos anos. Eram mostrados os melhores momentos e, às vezes, algum lance com o aparato tecnológico da época, como o tira-teima.
9 – Ainda no futebol, o tempo e o placar não ficavam fixos na tela. As informações eram atualizadas a cada cinco minutos. A prática começou somente em 1999. Quem é mais velho se lembra: sempre chegava alguém na sala e perguntava quanto estava o jogo ou quanto tempo faltava.
1o – Nos anos 1980, a emissora exibia diversas vinhetas ao longo da programação, bem curtas, entre os comerciais. Elas podiam tratar das estações do ano, das férias, ou de outros temas. Os vídeos também tinham relação com a publicidade, servindo para avisar as afiliadas sobre os trechos para anúncios locais.
1 – O abominável Homem das Neves do Chapolin – ninguém menos que o mito Ramón Valdés. É um dos meus episódios preferidos – e eu vivia assustando minha irmã falando dele.
2 – Nos anos 1980, a zebrinha anunciava os resultados da loteria esportiva no Fantástico. Muita gente gostava, inclusive as crianças, mas tinha quem sentia medo da criatura.
3 – A abertura do Acredite se Quiser, que era exibida aos sábados na Manchete. Lembro da minha mãe vendo as novelas da emissora e depois começava essa desgraça, que eu chamo de oferenda.
4 – O encerramento da programação das emissoras (sim, as emissoras ficavam fora do ar durante a madrugada, não enchia linguiça com caça-níqueis, infomerciais, programas religiosos, reprises & cia.). Principalmente quando aparecia a barra das cores e surgiam barulhos estranhos. Parecia que ia pular alguma coisa da tela a qualquer momento. A do SBT eu pensava que era uma lata de óleo voadora despejando ervilhas no mapa do Brasil, mas na verdade são raios gama, na época são 44 emissoras, mas na época já existiam emissoras no Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima e Maranhão. A da Band não me dava medo, porque dizia a lista das emissoras e mostrava as câmeras. A da Manchete me dava mais medo, porque eu só gostava dos jangadeiros pescadores que meu professor de filosofia cismava de chamar de índios. Eu chamava de logo primitivo em 3D e reflexos na bola do logo. Aquela antes dos slides da programação me dava um pouco de medo quando eu chegava da facul, eu chamava de clipe da aldeia global, por ser uma referência à própria Rede Globo.
5 – Eu achava uma figura simpática, mas muitas crianças tinham medo do Fofão, principalmente por causa daquela lenda urbana envolvendo o boneco dele.
6 – E o lobisomem daquele episódio do Mundo da Lua? Ele pegou todos os amigos do Lucas e até palitou os dentes.
7 – Muita gente tinha medo do Professor Tibúrcio, do Rá-Tim-Bum. E pensar que aquela figura era o querido Marcelo Tas…
8 – E o Jesus do SBT? Essa vinheta era exibida nas noites de domingo do SBT. Mas sabemos que a intenção era transmitir uma mensagem de paz, amor, fé, esperança, luz e união, que não eram apenas palavras…
9 – Eu gostava, mas tinha muitos amigos que não curtiam o Linha Direta, nas quintas após A Grande Família. Realmente alguns dos bandidos que apareciam no programa eram de arrepiar.
10 – A vinheta de abertura da Sessão Comédia, da Globo, que nos anos 70 e 80 exibia sitcoms entre a Sessão da Tarde e a Sessão Aventura, foi extinta em 1990 quando o Teletema reestreou ocupando o horário, em 1991 mudou para as terças após o Jornal da Globo ou o Concertos Internacionais, exibindo filmes do gênero, até 1996 quando o Intercine a substituiu. Ninguém nunca entendeu essa bizarrice, que ficou no ar até meados dos anos 90. E a língua dentro do O, para destacar a COmédia.
11 – Nos anos 80, ainda não tinha vinheta do plantão da Globo. Mas já tinha a vinheta do plantão do Jornal Nacional e do Jornal da Globo.
12 – E, claro, falando nela, vinheta de plantão da Globo, que assusta pessoas de todas as idades até hoje, que se perguntam 'quem morreu?'…
Extra: Eu achava divertido, mas muitos tinham medo dos selos de falha técnica das emissoras, que eu pensava que esses slides não eram durante o programa, e sim na geração de material quando estas estavam fora do ar.
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