sábado, 15 de setembro de 2018

Linhas 509 e 512 - Circulares inversas

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Da Epitácio até o Centro, as linhas 509-João Agripino e 512-Bairro São José, operadas pela empresa Navegantes (Marcos da Silva), funcionam como radiais comuns, ou seja, que usam o mesmo corredor para ir do Centro para o terminal e vice-versa. Porém, quem não é habituado a usar essas linhas talvez não saiba que dentro dos bairros do João Agripino, Jardim Luna, Brisamar e Bairro São José, essas linhas funcionam em conjunto, como circular inversa.
Vamos explicar: tomamos como exemplo as linhas 1500 e 5100, da Unitrans (Transnacional). Essas linhas partem do terminal no Geisel passando por Cruz das Armas e do Centro via avenida Epitácio Pessoa. A 1500 passa primeiro em Cruz das Armas e depois na Epitácio Pessoa e a 5100 faz o percurso inverso.
Porém as linhas 509 e 512, da Marcos da Silva, funcionam da maneira inversa. Elas usam o mesmo corredor, no caso o da Epitácio Pessoa, para irem ao Centro de João Pessoa e na volta para o terminal, que aliás é um só para ambas, situado na Rua Valda Cruz Cordeiro, na divisa dos bairros João Agripino e São José. Porém o que vai caracterizar as linhas como circular inversa é seu itinerário dentro dos bairros.
Esse esquema funciona desde o final dos anos 1990. Antes disso cada linha passava ida e volta em seu bairro, como uma radial qualquer na cidade. Para esclarecer qualquer dúvida de uma vez por todas, entenda essa diferença:
509-João Agripino
Ao sair da Epitácio Pessoa, os ônibus da linha 509-João Agripino passam primeiro no bairro do João Agripino, daí para o terminal, de onde iniciam o percurso seguindo para o Bairro São José.
512-Bairro São José
Ao sair da Epitácio Pessoa, os ônibus da linha 512-Bairro São José passam primeiro no Bairro São José, daí para o terminal, de onde iniciam o percurso seguindo para o João Agripino.
Lógica rápida
Está no Centro ou na Epitácio e vai para o João Agripino, Jardim Luna ou Brisamar? 
Pegue o 509-João Agripino. Para voltar ao mesmo ponto de onde você partiu, você deve ir para a parada oposta e pegar o 512-Bairro São José.
Está no Centro ou na Epitácio e vai para o Bairro São José? 
Pegue o 512-Bairro São José. Para voltar ao mesmo ponto de onde você partiu, você deve ir para a parada oposta e pegar o 509-João Agripino.
Ou seja, o 509 vai para o João Agripino e volta pelo Bairro São José, enquanto o 512 faz o itinerário inverso. Porém contudo entretanto todavia, ambas na ida e volta, passam na Epitácio Pessoa.
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As linhas 509 e 512 são operadas pela Marcos da Silva e possuem dois ônibus cada uma de segunda a sábado, operando apenas um veículo aos domingos. A linha 509 faz 23 viagens de segunda a sexta, 19 aos sábados e 14 aos domingos. Já o 512 faz 22 viagens de segunda a sexta, 18 aos sábados e 14 aos domingos.

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

História da linha 003 - Jaguaribe

Seu nome significa “Rio das Onças”. E foi inspirado de um felino, a onça juguar, que existia aos bandos nas matas da então localidade, na época da colonização. Também é o nome do principal rio que corta a cidade, cuja nascente localiza-se no bairro do Esplanada, as margens da BR-230 e deságua no bairro do Bessa, sendo a fronteira natural com a cidade de Cabedelo. Atualmente está poluído. Vamos nessa matéria conhecer um pouco mais sobre a linha 003!!!!

Segundo algumas fontes históricas, o bairro foi um palco importante na invasão holandesa ocorrido no Século XVII, pois o Rio Jaguaribe, antes navegável, foi estratégico para cercar as tropas portuguesas da parte urbana da cidade de Filipéia de Nossa Senhora das Neves (um dos antigos nomes de João Pessoa), enquanto que a outra parte da tropa holandesa adentrava pela rota mais previsível: O Sanhauá.
Referência de um dos bairros mais antigos de João Pessoa, a linha 003 tem vários níveis de história: desde as mais nostálgicas, até as de amor e ódio de quem as usa. Uma das primeiras linhas operadas pela Marcos da Silva nos anos 1960 começou bem antes, nos anos 1950, ainda operada nos tempos da Auto Viação Dutra, com outro nome: Circular ABC, referência a uma rua do bairro de Jaguaribe que tinha esse apelido (o único indício desse apelido em um logradouro de Jaguaribe é o nome de uma panificadora que fica na Rua Frei Afonso, fazendo esquina com a Rua Silvino Nóbrega, por onde o 003 transita).
Apesar de o bairro de Jaguaribe contar com a presença de outras linhas de ônibus (os corredores 1 e 2 finalizam ali, e de lá seus veículos saem ou chegam do Centro), a linha 003 tem como finalidade atual atender as áreas internas do bairro (parte leste de Jaguaribe) e os logradouros que lá estão situados, como a Praça dos Motoristas, a Feira de Jaguaribe e o IFPB (antigo Cefet).
Além desses dois locais, o 003 é notório por atender quase que sozinha a várias unidades de saúde de diversas especialidades: o CAIS de Jaguaribe (o antigo PAM), e os Hospitais Arlinda Marques, Clementino Fraga, Cândida Vargas e São Vicente de Paulo, os quais
atraem demanda. Apesar de atender a várias unidades hospitalares, surpreende o
fato da linha não contar com veículos adaptados, o que torna a dificuldade de
locomoção de quem tem acessibilidade limitada e depende dessa linha para se
dirigir até esses locais mais difícil.
Nascimento da linha
O primeiro registro de que se tem notícia do então Circular ABC encontrei aqui, nesse comentário do Philippe Figueiredo numa foto da Auto Viação Dutra. Segue um trecho desse comentário o qual fala especificamente sobre a história da linha que ele encontrou num livro sobre a história do bairro de Jaguaribe:
Resumindo, a primeira empresa registrada a fazer a linha Jaguaribe x Centro,foi a DUTRA do Sr Nathércio Dutra, vindo do Rio Grande do Norte e iniciou a linha ABC,este nome devido a rua por onde passava este ônibus.Por fim,nos anos 60 A MDS assume as linhas do Bairro de Jaguaribe e a Cabo Branco pertencente a DUTRA.
Ou seja, a Marcos da Silva quando nasceu, já nascera com as linhas que ganhariam os números 003 e 507 a partir dos anos 1980, além de atribuir o atual nome da linha ao nome do bairro como um todo. Tanto é que a história das duas linhas confunde-se com a própria história da Marcos da Silva, e é difícil não associar o nome da empresa a elas.
Existem alguns registros de uma linha chamada João Machado, operada pela MDS, possivelmente era uma linha do bairro de Jaguaribe. A Empresa ABC foi o primeiro nome da Marcos da Silva, ou a MDS adquiriu a ABC em 1976.
A linha recebe o código 003 em 1986. O número zero significa que a linha não opera em um corredor específico, operando na Vasco da Gama, que é uma área comum aos corredores 1 e 2, além de passar por pequenos trechos da Av. Pedro II e da Av. Cruz das Armas.
Uma relação de amor e ódio com os
passageiros
Porém com o passar dos anos, a Marcos da Silva, que mais tarde passaria a operar as linhas 401, 508, 509 e 512, passaria a tratar as duas linhas-pilares da empresa de uma maneira completamente oposta. Até hoje, os veículos adquiridos zero pela empresa
estream no 507; e todos os que estão próximos de ir para a reserva ou estão de saída da MDS acabam indo para a linha 003. Com a fama de receber o que é classificado como “o que o 507 não quer mais” ou “os 507 da década passada”, o serviço notoriamente é comprometido pelo tratamento que a empresa dispensa, e inevitavelmente é perceptível aos passageiros, sendo alvo de críticas e reclamações dos mesmos.
Em novembro de 2011, uma pesquisa de opinião realizada por alunos de Relações Públicas da UFPB, após entrevistas 250 pessoas no Terminal de Integração, identifica a linha 003 como a pior da cidade. Os entrevistados relataram como principais fatores os atrasos e o estado de conservação dos veículos. Os maiores índices de insatisfação com a linha foram encontrados entre os idosos e os estudantes do IFPB. Não é raro encontrar relatos e registros de quebras da linha.
A linha é operada atualmente por quatro veículo sem serem fixos, composto por Urbanuss Pluss, Viale, Torino 1999 e Svelto 2000 nos dias úteis e sábados, e nos domingos roda com apenas um. Em alguns domingos, é operada por um dos micros da linha integracional I007. 
Frota que já passou pela 003

Muitos modelos já fizeram essa linha. Os principais foram: Caio Bela Vista, Gabriela, Amélia, Alpha e Vitória; Marcopolo Torino 1989 e GV; Busscar Urbanus II e Urbanuss.

Em março de 2013, o itinerário da linha 003 – Jaguaribe foi alterado (em caráter experimental) e em junho, foi alterado oficialmente, para atender o maior número de usuários e reduzir o tempo de viagem.  A modificação vai inverter o sentido de tráfego da linha entre a Escola Estadual Pedro Augusto Caminha (Epac), rua Frei Martinho, e o Centro de Atendimento Médico  Especializado (Came), antigo Posto de Assistência Médica (PAM), na rua Alberto de Brito.
A mudança foi efetivada em junho após análise de uma solicitação feita à Semob pelos passageiros que diariamente utilizam a linha. Com a alteração, o terminal da linha foi transferido para a Praça Bela Vista, em Jaguaribe.
Itinerário – A linha 003-Jaguaribe no sentido Centro faz o seguinte itinerário: sai do terminal (Praça Bela Vista), avenida Francisco Manoel, entrando à direita na rua do Epac, seguindo pela avenida Coelho Lisboa, rua Antônio Silva Melo, avenida 1º de Maio (IFPB), rua Generino Maciel (Feira de Jaguaribe), Capitão José Pessoa (Hospital Napoleão Laureano), Alberto de Brito (Hospital Arlinda Marques), Senador João Lira, Vasco da Gama, Lagoa e Terminal de Integração do Varadouro.
No sentido inverso, os veículos circulam a partir do Terminal de Integração do Varadouro, avenida Guedes Pereira, avenida General Osório, Rua das Trincheiras, João Machado, Alberto de Brito, Capitão José Pessoa, 1º de Maio, Antônio Silva Melo, Coelho Lisboa até a Praça Bela Vista (Terminal). 

A medida visa melhorar o serviço prestado aos usuários que moram ou que estão no Terminal de Integração do Varadouro, em uma das paradas da Lagoa, na área Central ou na avenida Epitácio Pessoa e têm como destino os serviços dos órgãos, hospitais e escolas localizados na área de circulação da linha (ver mapa). Cartazes foram afixados dentro dos ônibus para informar aos usuários sobre as modificações. O quadro de horários permanece inalterado e os pontos de embarque e desembarque desativados serão devidamente sinalizados. Durante os primeiros dias de modificação do percurso da linha, agentes de mobilidade da Seção de Fiscalização de Transporte Público (SEFTP) da Semob estarão acompanhando a operação para orientar usuários e operadores do sistema e realizar os ajustes, caso sejam necessários.
Para mais informações os usuários podem ligar para a Central de Reclamações e Informações (Cerin) da Semob pelo número 0800 281 1518 (fixo). A Semob também disponibiliza os números 3218-9330 e 3218-9336 das 8 às 17h30 e após as 18h. Em finais de semana e feriados, o telefone 3218-9310.

Linhas circulares 2300 e 3200 - Gêmeas bivitelinas

Gêmeas bivitelinas. Assim podemos definir 2300 e 3200 como são em relação aos circulares 1500 e 5100 e até mesmo uma com a outra. Criadas para serem espelhos do itinerário das primeiras circulares, além de rodarem nos corredores Pedro II e 2 de Fevereiro estabelecendo ligações até então inexistentes entre o bairro do Valentina e os bairros dos corredores, as linhas 2300 e 3200 hoje em dia são o único conjunto de circulares de João Pessoa que atuam em duas empresas diferentes (Transnacional- 3200 e São Jorge- 2300), além de ser a única a atuar nos dois consórcios (Unitrans- 3200 e Navegantes- 2300) e terem terminais distintos – e ao mesmo tempo distantes – um do outro (Cristo- Redentor  3200 e Valentina 5º Batalhão de Polícia Militar - 2300). Diferente dos Circulares 1500/5100 e 1510/5110, que são operadas cada par por uma empresa e operam de modo parecido, o 2300/3200 é um conjunto circular bem particular. Além de ser operado por duas empresas de realidades completamente opostas (e isso mesmo sendo do mesmo grupo), as diferenças de tratamento das linhas acabam por gerar comparações e diferenças, de modo que nem parece que as duas linhas operem em harmonia uma com a outra.
Vamos entender a história dessas duas linhas tão importantes, que nasceram como um conjunto circular igual aos outros operados pela estatal Setusa, mas que acabaram com o passar do tempo virando o par de circulares mais diferente e peculiar de João Pessoa.
1989-1996: O início
As linhas 2300 e 3200 começaram a circular no dia 21 de janeiro de 1989, um sábado, 10 meses antes da inauguração do Manaíra Shopping, que viria a ser inaugurado em 11 de novembro do mesmo ano. Junto a elas começaram também a operar as linhas 601-Bessa e 1001-Bairro das Indústrias/Mandacaru. Com a inauguração do Manaíra Shopping em 1989, a 601 passa a assumir o nome do empreendimento. Os novos veículos adquiridos para essas linhas eram do modelo monobloco O-365 da Mercedes-Benz. Para quem estranhou o fato da empresa ter adquirido O-365 após os O-371U adquiridos após a criação da estatal, isso se deve ao fato dos dois modelos terem sido lançados no mesmo ano; ambos haviam sido lançados em 1987, e o O-365 (que era um chassi novo, mas com a carroceria herdada do O-364) saiu de linha em 1989; logo, esses exemplares da Setusa eram alguns dos últimos veículos desse modelo.
As linhas 2300 e 3200 fariam o itinerário Mangabeira/Valentina a partir dos corredores 2 e 3, estabelecendo uma ligação entre os bairros de Valentina e Mangabeira com os corredores 2 de Fevereiro e Pedro II. Mangabeira já tinha ligação com o corredor 2 por meio da linha 206, mas o Valentina não. Até hoje essas linhas são as únicas a interligar o corredor 2 com o Valentina. Também era a primeira ligação do corredor 2 com a UFPB e o Conjunto dos Bancários.
O principal diferencial do 2300/3200 para o 1500/5100 vai além do fato de trafegar em corredores diferentes uns dos outros. O 2300/3200 tem o diferencial de passar na Rodoviária, diferente do 1500/5100 onde o 1500 de Jaguaribe vai direto para a Epitácio, e o 5100 da Lagoa vai direto a Cruz das Armas. Ambas as linhas passariam a seguir pelo Terminal Rodoviário. Lógico que esse fator implodiu o monopólio da linha 301 sobre o itinerário, já que tanto uma linha como outra sobrepõem-se ao itinerário da linha da Transnacional em sua totalidade e em seus sentidos.
1995-2000 A separação e as constantes comparações começam
Com a crise da Setusa, as linhas circulares acabaram tendo que se separar duas vezes. Uma delas foi de seu próprio terminal (à época o terminal era um só para as quatro circulares da Setusa, no Cajueiro do Geisel). A outra é que cada uma foi para o terminal das áreas correspondente aos locais onde cada linha tinha maior demanda, o que deveria ser o critério para o repasse das linhas 1001, 2300 e 3200 para as operadoras particulares para dar a Setusa o último balão de oxigênio que ainda precisava para sobreviver. E seria muito pior se ali continuassem.
Assim, a linha 3200 foi para a Transnacional. Para a Boa Vista tudo era inédito: ter um Circular e entrar em bairros e corredores onde nunca esteve antes. As duas foram favorecidas pelo fato de atuarem nas áreas do Cristo e Valentina, respectivamente, tendo o direito de transferirem os pontos finais para esses bairros.
Com isso, o terminal do 3200 foi transferido para o Estádio Almeidão, onde já era a base da linha 204, e o 2300, para o recém-inaugurado Terminal de Integração do Valentina.
Cada qual trouxe o que de melhor tinha para operar as linhas. A TN, um lote de Torino GV OF-1618 (0768, 0774, 0775, 0795) e outros remanejados de outras linhas. Posteriormente foram adicionados os carros 07172 e 07175, do lote posterior ao comprado para a Setusa. A Boa Vista, três Urbanus VW 16.180 CO (03314, 03324, 03334) e um Ford B-1618 (03344, que diferente dos VW tinha três portas) comprados de segunda mão de uma empresa de São Paulo (a qual até hoje não se sabe quem é de fato). Além deles, dois Vitórias remanejados das linhas de Valentina/Cruz das Armas (03313, 03323 e eventualmente 03343) completaram a frota da linha.
Esses Vitórias “tapa-buraco” do 2300 foram sendo gradualmente substituídos. Um deles, por um Vitória Scania K112 oriundo da CTC de Fortaleza, o 03373. O único Padron Rio a operar em JP, prefixo 03362 (mesmo chassi e mesma origem), também estreou no 2300.
Todos foram substituídos em 1997 por uma carroceria inédita e emblemática: seis exemplares do Engerauto Transport II, sob chassi Ford B-1618, adquiridos especificamente para a linha. Os prefixos eram 03316, 03326, 03336, 03346, 03356 e 03366. Alguns deles começaram a revezar com os Urbanus II VW 16-180 CO (03317, 27, 37, 47, 57) comprados para o 519 meses depois, mas que costumavam aparecer no 2300 várias vezes.
Em 1998 ela ganha os seus próprios Urbanus II, mas de um modo diferente: inaugurando o chassi 16-210 CO. Eram os carros 03328 e 03338.
Em 1999, o 2300 recebe mais dois veículos encarroçados no chassi 16-210 CO, mas dessa vez inaugurando a carroceria Urbanuss, uma renovação visual bem impactante na Busscar. O 3200 recebe sua segunda renovação de frota, com os carros 07126, 07129, 07137 e 07139, os quais são Torino GV Alto OF-1721. Recebe ainda mais dois carros remanejados das linhas 1500 e 5100 que haviam ganhado exemplares desses veículos: 0763 e 0764, Torinos GV carroceria baixa, mas com o mesmo chassi, comprados um ano antes para as outras Circulares da empresa, passaram a compor a frota do 3200 junto com os novos veículos.
Em 2000, recebe um remanejamento, o carro 0705 (ex-513), e um dos dois primeiros ônibus adaptados da empresa, o carro 07184. O irmão desse carro, o 07160, está na linha 5100. Chegam os Urbanuss 03339, 03349, 03359 e 03369 para a linha 2300, sendo essa a última renovação da Boa Vista na linha. A empresa havia inaugurado uma nova pintura, trocando os tons predominantes e completos de laranja pelo branco quase onipresente.
2002: troca de empresa no 2300
O fantasma da crise começou a rondar a garagem da Boa Vista a partir dessa época. Problemas de atrasos e de manutenção deficiente começaram a ser um mantra na rotina da Boa Vista. Sem poder fazer renovações significativas (a última compra de zeros da Boa Vista foi em 2001, e foi só de dois carros: 03302 e 03312), a empresa volta a trazer seminovos. Trouxe o que tinha disponível de onde estivesse: ex-Transnacional, ex-RJ, ex-PE. Nisso, a empresa arrumou dois Torinos GV, dois Alphas, dois Urbanus, e um modelo do qual todas as empresas da cidade já praticamente haviam se desfeito: um Torino LN. Só para se ter uma ideia, os Urbanus, 03315 e 03325, eram os ex-0713 e 0716 da Transnacional. No meio disso tudo, a linha 107-José Américo, operada pela Boa Vista, foi repassada para a Reunidas.
O balão de oxigênio da Boa Vista não foi suficiente para tirá-la da crise. Sem condições de salvação, a única saída para a Boa Vista foi se entregar aos A.Cândido. A empresa foi vendida a administração da Viação São Jorge em agosto de 2002, sendo envolvidas na transação as linhas do Valentina, seus terminais e seus veículos.
Inicialmente foram herdados da agora “massa falida” da empresa 7 Urbanus II, 6 Urbanuss, 4 Engerauto Transport II, 2 Torino GV e 2 Alphas. Aos poucos eles foram sendo substituídos por Torinos GV Altos oriundos da Nacional de Luxo de Campina Grande, empresa-irmã da São Jorge. Outros carros e a antiga garagem foram vendidos.
A transição Boa Vista-São Jorge começou no mês seguinte e foi gradual. A linha 519 entra na São Jorge no dia 7 de setembro de 2002 com os veículos que eram da frota do 104 e 110. Enquanto isso, vários carros da Boa Vista eram repintados como São Jorge para entrarem em operação posteriormente com suas cores. À essa altura já era certo que a linha 2300 iria mudar de empresa pela segunda vez.
E não demorou. No dia 21 de setembro de 2002, a linha 2300 passa a operar com as cores da São Jorge. A identidade da linha foi alterada; os carros passaram a rodar com os letreiros “VALENTINA-MANGABEIRA”. Apesar da alteração de identidade, a população até hoje se refere ao 2300 como Circular. Tanto que a empresa está recolocando o nome nos letreiros eletrônicos dos Torinos ex-JAL adquiridos em 2012, mesmo nenhum deles sendo fixo da linha.
A primeira frota do 2300 na São Jorge foi composta de veículos remanejados da própria empresa (0227, 0228, 0229, 0238, 0244) e dois herdados da Boa Vista (0268 e 0269). A primeira providência da empresa foi aumentar a frota de seis para sete veículos, em reflexo da mesma medida tomada pela Transnacional no 3200 (o 07184 entrava na linha como sétimo veículo).
Anos 2000: renovações em massa
O Viale pode ser considerado um verdadeiro divisor de águas para o 2300/3200. Em 2002, a linha 3200 recebe da TN seis Viales OF-1721: 0702, 0708, 07163, 07168, 07173 e 07174. No ano seguinte, a São Jorge adquire os primeiros veículos 0 Km para o 2300, os carros 0294 e 0295 (0292 e 0293 foram adquiridos para a então linha 519). Só que um desses carros acaba forçado a sair: em 15 de dezembro de 2003, o carro 0294 tomba na curva do Cuiá, na saída do Valentina. O acidente deixou 10 feridos leves. Isso força a volta do carro 0238, que havia saído do 2300, enquanto o carro 0294 é remanejado para a então linha 502.
Nessa mesma época, entra o carro 07129 no 3200. Esse Viale de 2003 além de ser o primeiro do lote de Viales fabricados na Ciferal (os outros até então eram fabricados em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul), contava com uma catraca de três barras na dianteira. Substituiu o carro 0702 que é direcionado para o 203. No 2300, um modelo é inaugurado no corredor 2: numa compra surpreendente, entram em operação 8 veículos do modelo Apache Vip I na São Jorge, dos quais quatro são direcionados ao 2300: 0287, 0288, 0289 e 0290. O curioso desses carros é o letreiro numérico vir como auxiliar, e o número da linha vir depois do nome na vista frontal superior.
Em 2005, entra no 3200 o carro 0751, primeiro OF-1722 da linha e um dos primeiros da empresa, substituindo o carro 0708 (direcionado para o 208). Ele chega a ficar três meses ausente da linha, mas retorna. No ano seguinte, mais quatro Viales OF-1722 entram na linha substituindo os Viales remanescentes da renovação de 2002: entram 07119 e 07188 nas vagas de 07173 e 07174. Esses prefixos seriam os dos outros dois Viale de 2006 substitutos de 07163 e 07168, sendo esses últimos lonados (119 e 188 possuíam vista eletrônica frontal na cor âmbar).
Em 2007, a São Jorge inicia a sua renovação massiva com veículos usados do Rio de Janeiro, método de renovação até hoje utilizado pela empresa. Entram na linha um lote de quatro Viale OF-1721 os quais eram ex-Saens Peña do Rio de Janeiro. Eram os carros 0221, 0275, 0280 e 0291 no lugar dos Vip I 1721. Os carros eram um ano mais novos que os Apache Vip. Substituindo o carro 0295, entra o carro 0278, também ex-RJ, só que remanejado da então linha 502. O Viale é aquele que em 2011 foi incendiado num ataque de criminosos.
Em 2008, substituindo os Urbanuss, entram os ex-Verdun 0233 e 0239. Eram os primeiros OF-1722 do 2300. Não ficaram por muito tempo. Na Transnacional entram os Viales OF-1722 07179 e 07181, os primeiros com vista lateral eletrônica. O 07181 possuía entrada pela porta dianteira e substituiu o carro 07184, o qual ficou por quase oito anos como titular da linha. Havia saído 30 dias antes, e enquanto o 07181 era testado no 517, teve a vaga coberta pelo 07160, o outro Torino 1999 adaptado que a TN teve.
Em 2009, toda a frota do 2300 é substituída. Entram no lugar de todos eles aqueles que foram considerados os piores carros da linha na história dela como São Jorge. Eram os carros 0241, 0250, 0256, 0257, 0258, 0259 e 0260. Todos, Apache Vip I SC OF-1722 de 2005, oriundos da frota intermunicipal da Transportes Santo Antônio de Duque de Caxias. Eram os últimos sete veículos de um lote de 11 carros, os quais eram os únicos Vip I que a TSA tinha.
No mesmo ano, o terminal da linha 2300 – até então no Terminal de Integração do Valentina (TIP) – é transferido para o ponto final das linhas 1519 e 5120, próximo ao 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM).
2009-atualmente: as trocas frenéticas continuam – e as surpresas também
Em 2009, as empresas de ônibus de JP começam a substituir os Viales pelo Torino 2007. No 3200, entra o carro 0709, primeiro Torino 2007 do 3200. Substitui o carro 07181, que não ficou nem um ano direito na linha, indo para o 3510 onde ficaria até 2011. Meses depois entra o segundo veículo do modelo na linha, o carro 07162 no lugar do 0751, O Viale vai para o 517.
Nos primeiros dias de 2010, é a vez do 2300 receber o Torino 2007. E entram de cara três veículos: 0218, 0219 e 0220. Eram os primeiros veículos adaptados do 2300. Uma diferença de 10 anos; enquanto o 3200 junto do 5100 eram as primeiras linhas circulares de JP a receberem adaptados, o 2300 era a última de todas na categoria. Os Torinos substituem os carros 0256, 0259 e 0260.
Em maio, chegam na TN os carros 0701 e 0702, os primeiros veículos trucados adaptados da empresa. Para surpresa de muita gente, os carros são direcionados para a linha 3200, substituindo 07119 e 07173. Eram os primeiros trucados do corredor 2.
Em 2011, antes da inauguração do Terminal de Integração do Bessa, em desses trucados sai do 3200 – o carro 0702 é remanejado para o 5204 em troca do 0744, que entra no 3200. Os dois Viales de 2006 que sobraram na linha são substituídos pelos carros 07128 e 07129, os primeiros com a pintura da Unitrans na linha.
Ainda em 2011, entram na linha mais três usados na São Jorge: o carro 0267, Torino OF-1722, ex-DC 3.166 da Transportes Santo Antônio. Com a entrada desse carro, chega ao fim o regime da empresa de colocar um oitavo carro como reforço do 2300 fazendo metade das viagens, papel o qual era ocupado pelo carro 0209, Viale OF-1721 ex-Saens Peña (remanejado do 1001).
Também entram no 2300 no mesmo ano, só que cinco meses depois os carros 0283 e 0284, Viales OF-1722 ex-RJ 181.020 e 181.047 da Galo Branco. Os dois veículos são os primeiros de vista eletrônica da empresa, que até então resistia a elas. Além disso, os veículos são os primeiros a possuírem letreiro auxiliar em João Pessoa. O próprio letreiro da Mobitec também era inédito na cidade. Foram os únicos nessa configuração adquiridos pela empresa.
Em outubro de 2011, entra o primeiro veículo trucado do 2300: o carro 0299, um Viale OF-1721 que era remanejado da linha 1519. Como sobrou no arranjo das vagas para o encaixe dos veículos articulados do 1519/5120, o 0299 foi direcionado para o 2300.
Desde então, os trucados passaram a ser uma presença constante mesmo que breve no 2300. Além do trucado fixo, os Viales OF-1722 e até os Torinos já atuaram como reservas na linha. Na frota de férias, pelo menos três rodam no 2300 diariamente. Isso se deve ao fato da frota das linhas 1519/5120 ser reduzida no período.
Em 2012, entra no 3200 o carro 0704, Torino OF-1722 ex-RJ 161.001 da Transportes Santo Antônio, substituindo o carro 0709, direcionado para a TN de Campina sob o prefixo 0729. Era a primeira vez que o 3200 recebia um veículo usado do Rio de Janeiro (o que para o 2300 já não era mais novidade). Mas a pequena capacidade do veículo e, por consequência, as constantes reclamações de superlotação específicas do veículo obrigam a empresa a retirá-lo da linha. O 0704 sai do 3200 seis meses depois, sendo trocado pelo 07107, um Viale OF-1722 ano 2007 que era do 510, para onde o Torino vai em troca do Viale. Trocas semelhantes aconteceram no 301 e 1500, onde os Torinos ex-TSA foram substituídos por veículos mais largos justamente por conta da capacidade.
Em 11 de março de 2013, a linha 2300 mais uma vez é a porta de entrada de novidades na São Jorge. Uma das portas de entrada do Apache Vip I 10 anos atrás, a linha recebe as primeiras quatro unidades do modelo CAIO Apache Vip II adquiridos usados pela empresa, os quais são oriundos da Viação Novacap.  Eram também os primeiros veículos usados da empresa a já virem
adaptados para portadores de necessidades especiais. Os carros recebem os prefixos 0210, 0211, 0212 e 0213, que ocuparam as vagas que eram dos carros 0218, 0267, 0283 e 0284, todos remanejados para a linha 1502.
Com a terceira porta adaptada em uma reformadora no Rio de Janeiro (as portas traseiras são de Svelto), a linha volta a receber veículos de três portas após 18 anos sem a presença desse tipo de configuração na linha (03344, 03373 e 03362 da Boa Vista). Até o momento, é a única linha da empresa a possuir o modelo, a qual até então só a Santa Maria possuía em sua frota – e que rodam em linhas do próprio corredor 2, que acabou por concentrar 9 dos 10 Vip II que rodam nessa área. Outros dois Vip II podem entrar na linha nos próximos dias substituindo os dois Torinos remanescentes – 0219 e 0220.
Deixando para trás o estigma de ter sido a última Circular a receber veículos adaptados, a linha 2300 é a que possui o maior número de adaptados dos corredores 2 e 3, com 6 veículos dos 7 que operam na linha – bem como é a linha que possui o maior número de adaptados da Viação São Jorge. Todos têm assentos preferenciais para obesos, gestantes, lactantes, pessoas com crianças de colo, idosos acima de 60 anos, portadores de deficiência ou mobilidade reduzida, deficientes visuais, deficientes auditivos, autistas e compras pela internet. Ausentes pessoas nessas condições, o uso é livre.
2300 e 3200 hoje
As frotas do único conjunto de linhas operado por duas empresas de dois consórcios diferentes são atualmente compostas pelos seguintes veículos:
2300-São Jorge-Navegantes: 0210, 0211, 0212, 0213, 0219, 0220 e 0299.
3200-Transnacional-Unitrans: 0701, 0744, 07107, 07128, 07129, 07162, 07179.

Linhas circulares 1510 e 5110 - Iguais, porém, diferentes

A linha circular já está na
sua 4ª empresa em pouco mais de 20 anos de existência. Já teve diversos
terminais, quantidade de veículos na frota alterado, além do itinerário
modificado, mas, nunca deixou de manter sua importância para os usuários dos
bairros da zona sul que não possui nenhuma linha radial que trafega na Av
Epitácio Pessoa e os campus universitário da UFPB e Unipê. Confiram mais sobre a história dessa linha de suma importância para a capital paraibana aqui!!!
Surgimento
Até a grande greve do sistema de transporte público que ocorreu em julho de 1991, não existia nenhum vestígio dessa linha circular, conforme um documento histórico oficial consultado da época. Porém, existia uma linha radial do José Américo via Ep. Pessoa, com prefixo 514, além de outra radial do referido bairro que transitava por Cruz das Armas, com prefixo 107. A primeira era operada pela Transnacional, e a segunda pela Etur. Como a Boa Vista (Surgiu após a segunda cisão da Etur e extinta em 2002 após ser adquirida pela São Jorge. ) surgiu no segundo semestre de 1991 e tinha a linha 107 como uma das herdadas da Etur, deixa evidenciado o ano de surgimento da linha 1510, e da sua irmã 5110: segundo semestre de 1991. Caso contrário, a linha 5110 teria sido operada pela Boa Vista, e atualmente poderia está nas mãos da São Jorge… Por pouco a história da 5110 não seria totalmente diferente…
Vejamos…a linha 514 – José Américo foi extinta para ser criada as circulares. Como a Etur operava no bairro e transitava por Cruz das Armas e a Transnacional era forte na Ep Pessoa, cada uma teve o direito de operar uma linha. A Transnacional ficou com a 1510, enquanto a Etur, com a 5110, fazendo o itinerário contrário. Talvez a baixa demanda da 514 na época somada a necessidade de criar uma opção ligando os bairros do Costa e Silva, Ernani Sátiro, Funcionários II e Grotão a Epitácio Pessoa e os campi universitários teria estimulado a criação das circulares, apesar dos bairros mencionados terem a opção das circulares 1500 e 5100, que demorava bastante e ainda fazia um longo trajeto pelo Valentina e Mangabeira.
Época na Transnacional
A primeira empresa a operar a linha foi a Transnacional. O seu terminal ficava junto com as linhas 304 e 517, no Castelo Branco. Foi a primeira linha dessa empresa a trafegar pela Av Cruz das Armas, e entre 1991 até parte de 1994 (quando a linha 115 passou a ser operada pela TN), a única. 
A frota contava com carros novos, sendo composta principalmente por Torino 1989, dentre eles um dos VW 16-180 CO que a empresa adquiriu em 1993. Entre 1995 e 1996, a frota foi 100% renovada, recebendo Torino GV, a exemplos dos 0724, 0725 e 07182 e Busscar Urbanus II, com prefixo 07176, “rivalizando” com  as circulares 1500 e 5100 em termos de frota nova, uma vez que ambas a partir de maio de 1996 passaram a ser operadas pela empresa. A quantidade na frota era a mesma da atualidade: 7. Entretanto, no segundo semestre de 1996, a linha 1510 é repassada a Reunidas. Antes disso acontecer, a linha tem seu itinerário alterado, passando a transitar pelo bairro dos Funcionários III.
Reunidas – Grande parte da existência da linha
O seu começo na nova empresa foi em grande estilo, estreando um lote de Busscar Urbanus II (0812, 0813, 0824, 0829, 0835 e 0853) e um Torino GV (0818). O terminal passou a ser no Costa e Silva, junto da linha 102. Com a transferência do terminal da linha 102 para o bairro do Esplanada em 1998, após essa linha sofrer uma grande mudança com o fechamento do acesso sentido centro na duplicação da BR-230, a circular passou a ter o seu ponto de apoio junto com as linhas 101 e 114, nos Funcionários II, uma vez que transitava em frente. A partir do ano 2000, o trajeto foi alterado mais uma vez, passando a
transitar nos Funcionários IV e parte da sua frota passando a entrar no bairro do Esplanada, contemplando mais usuários. Após a conclusão da duplicação da BR-230 e da inauguração do viaduto conhecido como “Sonrisal”, em meados de 2002, a linha deixa de transitar em frente ao Centro Administrativo Municipal (Prefeitura), passando a trafegar por trás, em uma principal do conjunto Água Fria. No ano de 2007, após conclusão das obras de alargamento e revitalização da Av Pedro II, a linha deixou de trafegar pela BR-230 e passou a seguir em frente a entrada principal da UFPB e do CT, seguindo sentido Unipê por uma via paralela a rodovia federal. Apesar do pleonasmo, muitos se referem ao órgão como 'Prefeitura Municipal'.
Durante sua trajetória na Reunidas, a linha ao lado das 101, 5600 e 521, era considerado uma das principais e importantes da empresa, sendo tradicionalmente uma linha receptora de novidades. E foi assim ao receber em 2007 os primeiros GV’s com a nova identidade da empresa (a segunda), com os prefixos 0860 e 0861, além dos Urbanus II 0865 e 0866. Em 1998, foi a primeira a ter o OF-1721 com o Torino GV alto, de prefixo 0869, e com um diferencial: tinha câmbio automático – modelo único na empresa até hoje, sendo a 1510 a única linha a ter operado esse tipo de veículo na empresa. Em 1999 recebeu o último lote de Torino GV, com os prefixos 0826, 0830, 0831 e 0856. Nos anos 2000 e 2001, foi porta de entrada dos Torino 1999 que vieram com a configuração da catraca que permanece até hoje, com prefixos 0836, 0837, 0846, 0847 e 0877.  Ainda em 2001, um dos primeiros Viale da empresa foi dela: o 0815. Mas foi em 2002 a sua maior renovação, quando teve 100% da sua frota composta por zeros, coisa que aconteceu quando passou a ser operada pela Reunidas. O lote foi composto com os Viale: 0802, 0803, 0804, 0805, 0833, 0838 e 0890. E de quebra, mais uma vez foi porta de entrada de mais uma nova identidade da empresa, que além desses citados, tinha o 0869 que começou e durou muito tempo na linha 101. Ainda nesse mesmo ano, no mês de setembro, o primeiro ônibus com elevador e fundo de fibra (pois todos os Viale até então tinha fundo de vidro) da empresa estreia na linha: o 0883. Ele entrou no lugar do 0804, que foi transferido para 101.
Após essa grande renovação, o hiato de novidades na linha foi quebrado em 2004, com as entradas dos 0817 e 0821. E após dois anos, no mês de julho, recebeu os Viale OF-1722 com prefixos 0831, 0849, 0854 e 0855. Em 2007, a Reunidas recebe o seu segundo carro adaptado para cadeirantes, com prefixo 0807, que entra na linha no lugar do 0883. O diferencial é que o embarque era pela dianteira e a porta de desembarque ficava próximo ao eixo dianteiro, similar a configuração dos carros presentes na Reunidas Cabedelo e da sua filial em Natal.
Em maio de 2009, recebe o seu primeiro Torino na nova versão, e o seu primeiro carro com três portas, com prefixo 0880. 
Após quase um ano após, no dia 31 de maio de 2010, a 1510 faz seu último dia com a Reunidas, pois no mês de junho, passaria a pertencer a Boa Viagem. A frota final na Reunidas foi composta com os: 0830, 0854, 0855 e 0865 – Viale OF-1722. E com os Torino 2007 0846, 0847, 0880 e 0881. 
Boa Viagem – Período efêmero
No primeiro dia do mês de junho, a linha 1510 estreia na Boa Viagem, que acabara de passar por uma grande reformulação após ser adquirida pelo Grupo A Cândido. Assim como foi na Reunidas, um lote de novidades entrou em circulação na linha debutante: 06021, 06025, 06044, 06045, 06046 e 06047. E somado a esses, a 1510 reencontra um antigo carro fixo da linha: O Viale 2004 06027, que era o 0817 antes de ser transferido para a Boa Viagem no plano de reformulação da frota no início do ano. Não durou muito tempo, e mês de setembro, a Boa Viagem foi renomeada para Santa Maria. 
Santa Maria – Mudanças na linha e sua atualidade
Desde setembro de 2010 que a 1510 se encontra na Santa Maria, e mantém o status de uma das principais linhas da empresa, ao lado de sua irmã 5110. Com a inclusão do veículo 06020, o qual era oriundo da própria linha 5110, a linha 1510 torna-se a primeira linha circular a ter 100% de veículos adaptados.
A maior mudança da linha foi em relação ao seu terminal, que saiu dos Funcionários II junto da linha 1500 e passou a ser junto com a 5110, no Geisel. E quase duas décadas após a criação de ambas linhas, que passaram a ficar unidas também pelo mesmo terminal. A mudança, a priori, do posto de vista operacional foi um sucesso para empresa, mas, do ponto de vista dos motoristas e cobradores, e principalmente dos usuários, foi ruim. Como se não bastasse a mudança para um terminal de estrutura inferior, o hábito de transferência dos passageiros para o ônibus da vez de partir vem deixando os usuários irritados, pois quem passa boa parte da viagem sentado é obrigado a transferir de ônibus e correr o risco de ir em pé no aperto. Também, o fato de pisar na lama no dia de chuva e se molhar durante essa operação não é nada agradável. Se já era ruim com apenas a 5110, ficou pior com a 1510. A Santa Maria precisa de um terminal urgente para ambas linhas. 
Em 2011, os ônibus que transitam para o Esplanada tiveram mais um acréscimo no seu itinerário, passando a transitar por parte do João Paulo II antes de seguir ao Esplanada. A linha 5110 faz o mesmo itinerário no sentido inverso.
E por fim, no ano de 2018, a linha passou a trafegar pelo Jardim São Paulo, atendendo à entrada lateral da Unipê e retornando ao itinerário original, sem alterações no quadro de horários. A linha 5110 realiza o mesmo itinerário no sentido inverso.

Linha irmã da 1510, com a mesma importância e relevância para os usuários dos bairros da zona sul. Embora esteve “separada” por quase toda sua existência da linha que faz a seu itinerário inverso no tocante a empresa operadora e terminal, a história de ambas linhas possuem uma grande semelhança. Também, é impossível falar da 5110 sem citar a Boa Viagem. Vamos viajar no passado nessa excelente matéria histórica resultado das pesquisas do nosso competente membro da Paraíba Bus Team, Kristofer Oliveira!!!
Surgimento da 5110
Assim como a 1510, a linha surgiu no segundo semestre do ano de 1991, na mesma circunstância. Enquanto a 1510 ficou com a Transnacional, a 5110 ficou com a Etur (atual Reunidas), antecessora da Boa Viagem.
Rápida fase da Etur e primeiros anos na Boa Viagem
Nas cores da Etur, a linha durou pouco mais ou pouco menos de 3 anos, entre 1991 e 1994. A frota da linha era a melhor da empresa, constituída principalmente por Torino 1989 F-113 HL e Torino 1989 OF-1318, logo se tornando a principal e uma das mais lucrativas. O seu primeiro terminal foi junto com a linha 102, no Costa e Silva. Ao lado das linhas 101, 102, 103, 105, 109, 112, 114 e 115, formava a força que relembrava os tempos de ouro da Etur. Mesmo não sendo mais aquela empresa forte de outrora, ainda mantinha uma certa hegemonia no corredor 1. 
Em 1994 a Etur não sobreviveu a sua terceira cisão e chegou ao seu fim, sendo vendida para a Reunidas. Após a Reunidas ser criada com as linhas 101, 102, 109 e 114, o que restou dessa divisão foi criada uma empresa: A Boa Viagem. A garagem e a estrutura da Etur foi herdada, assim como os seus carros, dentre eles os mais novos, que eram os Torino 1989, somado aos lendários Vitória OH-1315, e/ou, O-364. A linha 5110 teve suma importância nessa fase da empresa, pois, era a principal e mais lucrativa. 
Uma mudança inicial na fase da Boa Viagem, foi a transferência do seu terminal para outra área do Costa e Silva, na qual permaneceu até 1997. Após, foi modificado para o seu atual terminal, no bairro do Geisel.
Em 1995, chegam os primeiros carros na era Boa Viagem. Foram os Vitória (06001 e 06004) e GlS Bus (06002 e 06005), com chassi F-113 HL, em substituição aos Caio Vitória de motorização traseira. No meio desse lote, teve o GLS Bus 06003, sendo OF-1620. Todos entraram na 5110. No ano de 1996, vieram os Alpha 06006 e 06007, também sendo F-113 HL. 
Assim como era na Marcos da Silva, a 5110 também tinha o papel que a 507 exercia, de ser porta de entrada de novidades, embora não fossem se fixar. Assim foi com um grande lote de Torino GV alto e baixo que chegou em 1997, OF-1620, que ia do prefixo 06008 ao 06016, excetuando o prefixo 06010. Boa parte desses ficaram na linha 105.  No ano de 1998, a 5110 teve um feito inédito entre todas as circulares ao contar efemeramente com o serviço opcional, após não ter vingado na linha 105. Eram Torino Gv alto OF-1620 que contava com ar condicionados, poltronas reclináveis, frigobar, TV e videocassete. Após o serviço não ter feito sucesso na linha, em 2000 a Boa Viagem extinguiu os opcionais, sendo remanejados após reforma para a frota convencional.
Ainda em 1998, a Boa Viagem adquire um modelos inédito na cidade, trazendo consigo, também, um chassi inédito na empresa: O Neobus Mega, OF-1721, com prefixos 06017 e 06018, que estrearam na 5110. Após essa aquisição, veio mais um lote de Torino Gv OF-1721, o último adquirido, com prefixos 06022 ao 06024. Também, a 5110 foi porta de entrada.  Para encerrar a década, em 1999 foi adquirido apenas um convencional, mais uma vez um modelo inédito na empresa: O Torino 1999, OF-1721, com prefixo 06025.
O milênio foi virado com os fixos na 5110: 06006, 06007, 06017, 06018, 06022, 06023, 06024 e 06025.
Anos 2000 – do apogeu a “decadência”
O milênio pode ter começado com uma boa frota e um serviço excelente, mas os usuários foram literalmente do céu ao inferno com a linha.
A 5110 quase três anos sem receber carro zero, pois a Boa Viagem optou em investir na frota intermunicipal, com exceção de Senior 2000 que entrou nas linhas 103 e 105 em 2001. Em 2002, o jejum foi quebrado com o lote de Viale OF-1721, correspondente aos prefixos 06026 ao 06033, renovando em 100% a frota. Daí para frente, as coisas foram desandando.
A Boa Viagem começou a dar sinal de desleixo com a sua frota, na qual deixava a desejar na manutenção. As reclamações quanto a sua operacionalização foram constantes, especialmente no ano de 2004. Quem era estudante da Unipê e UFPB e dependia da linha para frequentar as aulas, sofria nas maos da empresa. Horários não eram cumpridos, carros eram recolhidos a garagem quando ainda havia alta demanda…era comum a 5110 passar a partir das 18 hrs no Costa e Silva com o cobrador gritando que o ônibus só iria até o final do José Américo. Praticamente após às 18:30, só tinha dois carros que rodavam regularmente. Pior para os estudantes do José Américo que só tinha essa opção, e muitas vezes o caminho era cortado deixando de passar por este bairro, pois após o ônibus sair do terminal no Geisel o motorista perguntava se alguém iria descer no referido bairro. O critério de passar por lá era esse. Como se não bastasse esse descaso, muitos desses Viale já não tinha mais o vidro traseiro, que foram substituídos por chapas de aço ou de madeira mal colocados, podendo gerar acidentes de graves proporções.  Sem investir na frota por quase três anos, em 2005 a Boa Viagem é negociado com um grupo carioca denominado Campo Grande & Penha Rio. Consigo, veio uma enxurrada de carros oriundos da Penha Rio, dentre eles do modelo Piá, Urbanus II, Turquesa, Senior 2000 e GLS. E no ano seguinte, a Boa Viagem ganha a concessão das linhas que a Guarabirense operava, após da sua falência. 
Sob nova administração, a situação da 5110 não teve melhoras significativas, pois os ônibus quebrados e atrasos eram constantes. Para aliviar a situação, após 4 anos sem investimentos na linha, em 2006 foi adquirido um ônibus para a linha que trouxe consigo três coisas inéditas na empresa: O primeiro Mega 2006; o primeiro OF-1722; e o primeiro ônibus adaptado com elevador para cadeirantes. No mesmo ano, o Grupo TAU adquiriu a Campo Grande & Penha Rio, e veio um grande lote de Viale OF-1417 e alguns OF-1721 oriundos da Braso Lisboa e Ocidental. Em 2007, houve investimento na frota da empresa, com a aquisição de Neobus Spectrum City para a linha 105, e Spectrum Road 330 para a frota intermunicipal, ambos lotes com chassis OF-1418. Os problemas na 5110 permaneciam, sendo esta a pior fase da linha. Os Viale que foram adquiridos em 2002 estavam mal conservados, assim como os Viale ex Rio que aparecia na linha constantemente. De uma das melhores empresas de JP, se não a melhor em alguns anos, a Boa Viagem era disparada a pior do sistema pessoense, com reclamações diárias e transtornos constantes. Em determinadas situações, sequer tinha ônibus reserva para substituir os que quebravam. No segundo semestre de 2008, surge uma luz no fim do túnel. A Boa Viagem adquire um lote com cinco Torino 2007, OF-1418, sendo um deles adaptado para cadeirantes. Todos entraram na 5110. Desde 2002, essa foi a maior renovação que a linha passa.
Após uma década de sofrimento, a volta por cima da 5110 – da Boa Viagem a Santa Maria
Durante o ano de 2009, era forte os rumores de que o Grupo A Cândido estava querendo adquirir a Boa Viagem. Muitos eram os boatos. A certeza só veio no fim do corrido ano, na entrega oficial que aconteceu nas vésperas do natal, quando os novos ônibus da Boa Viagem foram apresentados com uma nova identidade, similar a empresa Atar Locações, que atua no RN e pertence ao grupo. O modelo mais uma vez foi inédito: Caio Apache Vip II. A configuração desses era similar as últimas aquisições da Transnacional e Reunidas: Três portas, painéis eletrônicos FRT e adaptado para cadeirantes. Em janeiro de 2010 os Vips entraram em circulação na 5110, mas pouco tempo depois foram relocados para as linhas 116 e 501. No mês de junho, após a Boa Viagem passar a operar as linhas 109 e 1510, um grande lote de Torino 2007 chegou, sendo os 06012, 06014 e 06016 fixados na 5110.
No mês de setembro de 2010, a Boa Viagem altera o seu nome para Santa Maria, sendo esta a terceira empresa que opera a linha. Não houve alterações nos itinerários e horários.
Em 2011, entra na linha os novos Torino 2007 com prefixos 06019, 06022 e 06026, as únicas aquisições de ônibus zero da empresa no ano. No mesmo ano, o Vip II ex Rio com prefixo 06051 entra na linha substituindo o 06005.
No atual ano de 2012, foram apenas duas aquisições de ônibus novos, e uma delas, o 06037, foi para a 5110, em substituição ao 06051. Compõe a atual frota da linha os
carros: 06012, 06014, 06016, 06019, 06022, 06026 e o 06037. Assim como a 1510, 100% da frota é composta por ônibus adaptados para cadeirantes. Assim como foi na Etur e Boa Viagem, a linha circular na Santa Maria é um das principais linhas da empresa.