sábado, 20 de novembro de 2021

Canais Sky

 A TV Rá-Tim-Bum é o primeiro canal brasileiro direcionado ao público infantil, feito pela Fundação Padre Anchieta, que controla a TV Cultura. Sua programação compõe-se, em grande parte, de desenhos e programas educativos. Seu slogan é 'A TV que cresce com você'.

Atualmente disponível via satélite para os clientes SKY , VocêTV e TVA.

A TV Rá-Tim-Bum está transferindo alguns de seus programas para os Estados Unidos

Discovery Kids é um canal de televisão a cabo voltado para crianças pequenas que faz parte do grupo Discovery Communications, mais conhecido pelo Discovery Channel. Seguindo a linha Discovery, o canal transmite programas infantis que buscam aguçar a curiosidade e criatividade das crianças. Seu slogan é 'Onde? Aqui, no Discovery Kids' e 'Começa com D, de dar muito amor'.


O Discovery Kids é um canal ágil, inteligente e interativo, que conecta as crianças a outras do mundo inteiro. Ele possui sinais próprios para o Brasil e restante da América Latina, com transmissões em português e espanhol, respectivamente. Antes, era um canal destinado ao público de todas as idades com o Mecânica Popular para Jovens, Fantasma Escritor e outros programas. Agora é um canal direcionado ao público infantil (0-6 anos). Depois dessas mudanças muitos fãs da "velha guarda" tentaram reclamar, mas sem sucesso.



Desenhos

LazyTown

Backyardigans

Barney e Seus Amigos

Clifford, o Cachorrinho

Bob, o Construtor

Princesas do Mar

Bruno e os Bananamigos

Caillou

Historinhas de Dragões

Charlie e Lola

Clifford

Daniel e Emily

O Mundo Divertido de Peep

Fofópolis

Harry e o Balde de Dinossauros

Hi-5

Jakers! As Aventuras de Piggley Winks

Jim no Mundo da Lua

Fifi e os Floriguinhos

Os Irmãos Coala

Pinky Dinky Doo

Pocoyo

Roary, o Carrinho de Corrida

Save-Ums!

Thomas e Seus Amigos

Toddworld

Poko

Um Mundo Bem Grandão

Wilbur

Wow! Wow! Wubbzy!

Louie

Cartoon Network (abreviada frequentemente como CN) é um canal de televisão por assinatura criado pela Turner Broadcasting System e pertencente à Time Warner, dedicado a exibição de desenhos animados. Foi ao ar pela primeira vez nos Estados Unidos em 1º de Outubro de 1992.


História

No final dos anos 80, o conglomerado de TV por assinatura de Ted Turner tinha comprado a biblioteca de filmes da MGM (que incluía o catálogo antigo dos desenhos da Warner Bros.), e o seu canal de televisão por assinatura TNT tinha ganhado uma audiência com sua biblioteca de filmes. Em 1991, eles compraram a Hanna-Barbera Productions e com isso, seu enorme conteúdo de desenhos animados. O canal Cartoon Network foi então criado, como uma saída para o considerável número de desenhos animados no catálogo da Turner, e a programação original do canal consistia exclusivamente de reprises de desenhos clássicos da Warner Bros. e MGM, com muitos desenhos de televisão da Hanna-Barbera usados para preencher o tempo. No ano de 2001, os clássicos formaram o canal Boomerang, que estreou em 2 de Julho de 2001.


Em 1996, a Time Warner comprou a Turner Broadcasting System, e o Cartoon Network acabou vindo junto e agora pertencia a Time Warner. Isto ofereceu ainda mais desenhos para o Cartoon Network, e o canal agora tinha acesso a animações da Warner Bros. dos anos 50 e 60.



 

A Time Warner mudou a direção da Hanna-Barbera Productions e concentrou o estúdio exclusivamente na produção de material novo para o canal Cartoon Network. Entre os numerosos programas que o estúdio produziu estão os clássicos: Dexter's Laboratory (1996), Cow and Chicken (1996), Johnny Bravo (1997), I Am Weasel (1997) e The Powerpuff Girls (1998). Ed, Edd n Eddy, The Grim Adventures of Billy and Mandy e outros desenhos originais foram produzidos pelos estúdios associdos ao Cartoon Network.


As mudanças fizeram com que os antigos desenhos da Hanna-Barbera fossem quase totalmente eliminados da programação do canal, forçando-os a se mudarem para o canal co-irmão de nostalgia, o Boomerang.



 

O Cartoon Network também vem atraindo telespectadores fora de sua audiência principal (crianças). O bloco de desenhos de noite Toonami apresenta animes (desenhos do Japão) como: Cavaleiros do Zodíaco, Dragonball Z, Samurai X, One Piece e Naruto, sendo voltados para o público adolescente, e um bloco chamado Adult Swim mostra desenhos de comédia norte-americanos e desenhos com temática séria produzidos no Japão, como Cowboy Bebop, direcionados para adolescentes mais velhos e adultos.


A sede e os estúdios onde foram produzidos alguns desenhos fica em Burbank, Califórnia.


O Cartoon Network é exibido em vários idiomas, como o inglês, português, japonês, espanhol, holandês, francês, italiano, polonês, húngaro, romeno, hindu, etc.



 

No dia 18 de dezembro de 2006, após receber a noticía da morte de Joseph Barbera, o canal, em respeito, pôs uma última homenagem a seu criador. Exibiu uma foto de Joseph em um fundo preto com a legenda: "Quando falamos de personagens como Scooby-Doo, The Flintstones, The Jetsons e Tom and Jerry, você só sente estes personagens quando os criamos. A magia estava ali e funcionou. Sentiremos a sua falta".



No Brasil

Ver artigo principal: Cartoon Network Brasil

O canal Cartoon Network está presente no Brasil desde 30 de abril de 1993. Desde então, dedica-se exclusivamente a exibição de desenhos animados produzidos nos Estados Unidos e Japão. Recentemente a exibição de desenhos de outros países também é comum, incluindo produções brasileiras. Quando a audiência da televisão por assinatura brasileira começou a ser medida anos atrás pelo Ibope, foi constatado que o canal era e ainda é o mais assistido da televisão paga brasileira. Seu slogan é 'Só os melhores personagens' e 'O melhor lugar para cartoons'.


Com estes dados, a alta audiência e o forte interesse em anunciar no canal fizeram com que a filial brasileira seja uma das maiores depois da matriz dos Estados Unidos.



 

O segmento de programação do Cartoon Network exclusivo para o Brasil, batizado de Cartum Netiuorque, foi a aposta do canal para as produções nacionais, com a produção de 21 vinhetas de 40 a 50 segundos com personagens já conhecidos nacionalmente nas tiras cômicas dos jornais, sendo os primeiros a serem exibidos: Os Pescoçudos, Geraldinho e Overman. Os desenhos são de autoria de Caco Galhardo, Glauco e Laerte, respectivamente [1].


O projeto foi financiado com a ajuda de R$ 600 mil do Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica) [1]. A iniciativa surgiu de Daniel Messias, que já trabalhou em outros filmes animados nos anos 70. Esta nacionalização da programação não é novidade. Meses antes, o canal tinha fechado um contrato com o cartunista famoso Maurício de Sousa, autor das HQs mais famosas do Brasil, a Turma da Mônica, para a exibição de desenhos de 30 minutos nas manhãs de domingo. As personagens da Turma da Mônica também foram produzidas em Portugal (em história em quadrinhos), há muito tempo, e nessa altura não assinaram o contrato em parceria com o Cartoon Network do Brasil.


A sede do Cartoon Network do Brasil fica em São Paulo, SP.

Lista de programas

Esta é uma das listas dos programas feitos do Cartoon Network. Entre parênteses, o ano de estréia e o criador (se disponível).



Década de 70

Boomerang (1970)


Década de 80

A hora Acme (1987)

Pernalonga e Patolino (1980-Friz Freleng)


Década de 90

As Novas Aventuras do Gato Félix (1995—1997)

Dois Cachorros Bobos (1994—1995)

Eu Sou o Máximo (1997—presente) (David Feiss)

O Laboratório de Dexter (1996—presente, de Genndy Tartakovsky)

O Pinky e o Cérebro (1995—1998)*

A Vaca e o Frango (1997—presente) (David Feiss)

Tiny Toon (1990—1994)*

Du,Dudu e Edu (1998—presente, de Danny Antonucci)*

Johnny Bravo (1997—2004, de Van Partible)

As Meninas Superpoderosas (1998—presente, de Craig McCracken)

Astro Boy (1994—2000)*

Coragem, o Cão Covarde (1999—presente, de John R. Dilworth)*

Superman (1996—2000, de Tim Daly, Clancy Brown e Dana Delany)*

Batman (1992—1995, de Kevin Conroy, Loren Lester, Efrem Zimbalist, Jr., Bob Hastings, Clive Revill e Mark Hamill)*

Cartoon Cartoons (1998—presente)


Década de 2000

Sheep na Cidade Grande (2000—2002, de Mo Willems)

Esquadrão do Tempo (2001—2003, de David Wasson)

Guerras Clonicas (2003—2005, de Genndy Tartakovsky, Henry Gilroy e George Lucas)

Megas XLR (2004—2005, de Jody Schaeffer e George Krstic

Samurai Jack (2001—2005, de Genndy Tartakovsky)

Toon Live (2005)

O Acampamento de Lazlo (2005—presente, deJoe Murray)

Codename: Kids Next Door (2003—presente, de Tom Warburton)

As Terríveis Aventuras de Billy e Mandy (2001—presente, de Maxwell Atoms)

Liga da Justiça (2001—2004)

Liga da Justiça Sem Limites (2004—2006)

Duck Dodgers (2003—2005)

Hi Hi Puffy Ami Yumi (2005—2008)

Os Jovens Titãs (2003—2006, de Sam Register e Glen Murakami)

Baby Looney Tunes (2002—presente)

Duelo Xiaolin (2003—2006, de Christy Hui)

A Mansão Foster para Amigos Imaginários (2005—presente, de Craig McCracken)

A Vida e Aventuras de Juniper Lee (2005—presente, de Judd Winick)

O Clube das Winx (2005—presente)

Lunáticos à Solta (2006)

Mucha Lucha (2002—presente, de Eddie Mort e Lili Chin)

Meu amigo da escola é um macaco (2006—presente).

Andy e seu esquilo (2007—presente)

Ben 10 (2006—presente)

O Que há de Novo, Scooby Doo? (2002—2006)

Salsicha e Scooby Doo Atrás das Pistas (2006—presente)

Johnny Test (2005—presente, de Matthew Grazyson, Mark Writtenfield e Gammy McGarfield

As Aventuras de Tom e Jerry (2006)

Krypto, O Supercão (2005—2006, da DC Comics e Warner Bros. Animation)

Robotboy (2005—presente)

* Alguns programas estrearam antes, já que o Cartoon Network estreou em 30 de Abril de 1992.



Novidades

Junho:


Chowder (6 de Junho)

Transformers Animated (7 de Junho)

Robotboy novos episódios (4 de Junho)

Edgar e Ellen (5 de Junho)


Invasão

"Cartoon Network: Invasão" é um crossover que estreou nos Estados Unidos em 2007, e no Brasil em 2008. O evento inclui episódios inéditos de cinco séries: A Mansão Foster para Amigos Imaginarios, Du, Dudu e Edu, Meu Amigo da Escola é um Macaco, O Acampamento de Lazlo e As Terríveis Aventuras de Billy e Mandy.



Shows

Invasão marcou a estréia de cinco novos episódios extras de cinco séries do canal. Cada episódio listado abaixo dura entre 23 e 30 minutos.


Capitúlo 1: A Mansão Foster para Amigos Imaginários: "Queijo A Go-Go"

Capitúlo 2: Du, Dudu e Edu: "Os Dus Estão Vindo"

Capitúlo 3: Meu Amigo da Escola é um Macaco: "Aquele Ornitorrinco"

Capitúlo 4: O Acampamento de Lazlo: "A Truta Estranha de Outro Espaço / Queijo em Orbita"

Capitúlo 5: As Terríveis Aventuras de Billy e Mandy: "Billy and Mandy Moon the Moon"

Nickelodeon (ou, abreviadamente, Nick) é um canal infanto-juvenil norte-americano de televisão paga. Propriedade da Viacom, gigante da mídia. As raízes da Nickelodeon podem ser traçadas até 1977, quando a Warner Amex Cable (uma joint venture entre a Warner Communications e American Express), uma empresa de televisão a cabo, lançou o primeiro sistema de televisão a cabo interativa, QUBE, em Columbus, Ohio nos Estados Unidos. O sistema QUBE oferecia diversos canais especializados, incluindo um canal infantil chamado "Pinwheel", que mais tarde tornaria-se a mundialmente famosa e atual Nickelodeon. Seu slogan é 'Só na Nick'.


Pertencente a MTV Networks, que foi comprada pela Viacom em 1985.


Entre os programas mais conhecidos produzidos pelo canal estão Manual de Sobrevivência Escolar do Ned, Yu-Gi-Oh!, Bob Esponja, Hey Arnold!, Kablam!, Kenan e Kel, Padrinhos Mágicos, Avatar: A Lenda de Aang e Jimmy Neutron.


Atrações


Desenhos Animados


Nicktoons

Doug (18/11/1991 à 16/12/1994)

A Vida Moderna de Rocko (1993/09/14 1996/11/24)

Ren & Stimpy(1991/08/11 1996/11/14)

AAAHH!!! Real Monsters(1994/10/29 1998/03/28)

KaBlam!(1996/10/11 2000/05/19)

Ei Arnold!(1996/10/07 2004/06/08)

Os Castores Pirados(1997/04/19 2001/11/11)

Oh Yeah! Cartoons(1998/07/17 2001/06/01)

Rugrats, Os Anjinhos(1991/08/11 2005/09/09)

Os Thornberrys(1998/09/01 2004/06/11)

CatDog(1998/10/04 2002/08/01)

Bob Esponja Calça Quadrada(1999/05/01 em diante)

Rocket Power(1999/08/16 2004/07/30)

Ginger(2000/10/25 2004/11/24)

Invasor Zim(2001/03/30 2002/12/10)

Os Padrinhos Mágicos(2001/03/30 em diante)

Mundo Giz(2002/03/22 2005/06/17)

Escola do Espanto

As Aventuras de Jimmy Neutron: O Menino Gênio(2002/07/20 2006/11/25)

Uma Robô Adolescente(2003/08/01 2007(Hitus))

Rugrats Crescidos(2003/04/12 2008)

Danny Phantom(2004/04/03 2007/08/24)

Avatar: A Lenda de Aang (21/02/2005 até hoje)

Catscratch(2005/07/09 2007/02/10 (Hiatus))

Família X (2005/11/25 2006/11/25)

El Tigre: As Aventuras de Manny Rivera(2007/02/19 em diante)

Capitão Flamingo

Escola Wayside

Ricky Sprocket


Desenhos Não-Originais

31 Minutos

Yu-Gi-Oh

Yu-Gi-Oh GX

Martin Mystery

Carmen San Diego

Lola & Virgínia

Trollz

Skyland


Nick Jr.

As Pistas de Blue

Dora A Exploradora

Go, Diego, Go!

Wonder Pets


Programas Nacionais

Patrulha Nick

Nick Tônico

Nickers

Dando Uma Geral


Séries


Séries Originais

Drake & Josh (2004 - 2007)

Manual de Sobrevivência Escolar do Ned (2004 - 2007)

Zoey 101 (2005 - 2008)

Normal D+ (2004 - 2006)

The Naked Brothers Band (2007)

Show de Bola (2005 - 2006)

Skimo (2006 - 2007)

Kenan & Kel (1996-2002)

O Show da Amanda (1999 - 2004)

As Aventuras de Pete & Pete (1993 - 1996)

Primo Skeeter (1998 - 2001)

Clarissa Sabe Tudo (1991 - 1994)

Taina (2001 - 2002)

Animorphs (1998 - 2000)

Os Mistérios de Shelby Woo (1996 - 2001)

iCarly (2007 - presente)


Séries Não-Originais

Sabrina, a Aprendiz de Feiticeira (1996-2003)

Irmã ao Quadrado (1994-1999)

S Club 7

As Patricinhas de Beverly Hills (1996-1999)

Clube do Terror

τUm maluco no pedaço


Séries do Nick at Nite

Ver artigo principal: Nick At Nite

Esse bloco exibe sitcoms clássicas dos anos 60, 70 e 80. Seu slogan é Comédias e comédias, que se refere ao conteúdo das séries de comédia, sitcoms. O bloco surgiu em 1985 e só 20 anos depois ele apareceu no Brasil. O bloco começa às 22:00 e termina às 5:30 do outro dia. As séries são ALF, Mork & Mindy, A família Addams, Os Monstros, Kenan e Kel, Jeannie é um gênio, Minha família é uma bagunça, Vivendo e Aprendendo e Agente 86.


Alf, o E.T.eimoso (1986-1990)

Mork & Mindy (1978-1982)

Os Monstros (1964-1966)

A Família Addams (1964-1966)

A Feiticeira (1964-1972)

Jeannie é um Gênio (1965-1970)

Primo Cruzado (1986-1993)

Vivendo e Aprendendo (1979-1988)

Minha Família é uma Bagunça (1978-1985)

Kenan e Kel

Um Maluco no Pedaço

Clarissa Sabe Tudo

Agente 86

Boomerang é um canal de televisão por assinatura voltado para o público infanto-juvenil, apresentando seriados e desenhos animados voltados para o público de 2 a 17 anos de idade. Seu slogan é 'Seu espaço, seu canal de TV'.


O Boomerang entrou no ar em 31 de Março de 2000, e era voltado para a exibição de clássicos, com uma programação dedicada para todas as idades, com o passar dos anos, o Boomerang passou a exibir desenhos de 1990 á 2000, iniciando um processo de descaracterização do canal que resultou numa programação mais recente a partir de 3 de abril de 2006.


A programação do Boomerang, em seus primeiros anos, marcada pelo excesso de reprises, exibiu praticamente apenas desenhos dos estúdios Hanna-Barbera, como Zé Colméia, Pepe Legal, Os Flintstones, Os Jetsons, Corrida Maluca, Gatolândia, Laboratório Submarino, Devlin - O Motoqueiro, Tataruga Touché, Grande Polegar, Detetive Particular, entre tantos outros. A dublagem sempre foi 100% em português e geralmente, eram as originais brasileiras.


Em 2005, as reprises diminuiram sensivelmente na programação, e chegava desenhos de outros estúdios, como MGM e Filmation, entre as produções japonesas estavam Speed Racer e Kimba, o Leão Branco.


No dia 2 de janeiro de 2008 o Boomerang retirou definitivamente da grade de programação os desenhos clássicos.



História do Boomerang

Tanto o Boomerang quanto o Cartoon Network são pertencentes a Turner Broadcasting System. Assim como todo o acervo da Hanna-Barbera é da propriedade da Turner. Ambos os canais tem direito a exibir os desenhos da "HB".


Há mais de uma década, Ted Turner (o proprietário da Turner) comprou uma empresa que já tinha adquirido os direitos autorais da Hanna-Barbera. Assim, passou a ter material suficiente para montar um canal somente de desenhos. A Turner já possuia os dos desenhos da MGM (Tom e Jerry, Droopy e etc), Popeye de Max Fleischer (Paramount), Looney Tunes (pré-1948), os desenhos dos estúdios Ruby-Spears, entre outros.



 

Com todo o acervo, o Cartoon Network foi lançado na américa latina em 30 de abril de 1993. No início já começou fazendo sucesso com os clássicos. Estimulando o canal a produzir O Show do Space Ghost e os Desenhos Malucos (hoje Cartoon Cartoons), com a fusão da Turner com a Warner o canal passa a contar com o acervo da Warner Bros.


Com isso, desenhos como Os Impossíveis, Os Mussarelas, Josie e as Gatinhas, Dom Pixote, Manda Chuva, Zé Colméia, Pequeno Polegar, Fantasminha Legal, Os Tremendões, Gatolândia, Os Super-Globetrotters, Charlie Chan foram exibidos pelo canal, mas acabaram dando lugar às novas produções. Restaram apenas as produções mais populares, como Os Jetsons, Os Flinstones e Scooby-Doo.



 

Todo esse enorme acervo parado, deu condições para a criação de um novo canal, que entrou no ar em 2 de julho de 2001: o Boomerang.



 

O canal foi assim batizado, pelos desenhos que compõem a programação terem sido produzidos na época do "baby boom" - isto é, nos anos 60 houve um alto índice de nascimentos. Essas crianças dos anos 60 e 70, em tese, são o público-alvo do canal.


A sessão "Boomerang", nasceu já há mais de uma década, no início da TV por assinatura no Brasil. O canal TNT (também da Turner), exibia uma faixa diária de desenhos com o mesmo nome. O Cartoon Network, anos depois, também colocou no ar a sessão "Boomerang".


Em abril de 2006, o canal era especializado na exibição de desenhos clássicos e sua programação consistia em desenhos dos arquivos da Hanna-Barbera e Warner Bros.. Mas a versão latino-americana do canal passou por uma reformulação, apresentando desenhos classicos apenas nas madrugadas, como: A Formiga Atômica, Zé Colméia, A Pantera Cor-de-Rosa e Os Flintstones, e ao dia participavam da programação, como O Mundo de Beakman e o desenho As Aventuras de Jackie Chan. Atualmente, o boomerang exibe apenas programas kids e teen, e na madrugada, reprise deles.



Grade Atual

A grade atual é composta por series, a maioria do Dicovery Kids americano, como Cake, Darcy, Uma Patricinha na Fazenda, Clube do travesseiro, Clube do Galope, Radio free roscoe, H2o, just add water e Rebelde


O dia é dividido em partes: 1ª (manhã)- Babies, exibindo programas como Gerald mcBoing Boing, em busca do vale encantado, George, o curioso e As trigêmeas


2ª (Manhã-Tarde) - Kids, exibindo programas kids como Cake, 6teen e O clube das Winx


3ª (Tarde) - Family and Teen, como Cake, Darcy, uma patricinha na fazenda, Clube do travesseiro, Clube do Galope, Radio livre de roscoe e H2O, meninas sereias


4ª Noite - Family, onde é apresentado filmes, Shows como O Show de Basil Bruch, Meus pais são alienigenas, Galera do Surf e Rebelde


5ª Noite/ Madrugada - Repley, reprise que vai das 00h até as 06h dos programas apresentados a tarde e a noite


A pesar da nova programação do canal não ser de todo ruim, a reformulação vem recebendo críticas pelo fato de que a proposta original do canal foi totalmente desvirtuada.


O canal está presente no Brasil, América Latina, Estados Unidos, Reino Unido, República da Irlanda, Austrália, Espanha,Portugal, etc.


OBS: Desde o dia 02/01/2008, a Turner cancelou completamente a faixa de desenhos clássicos que era exibido das 00h até as 6h no Brasil. O que diminuiu o sucesso do canal desde então. Para muitos, era muito melhor na época em que a grade era tão somente de desenhos clássicos da Hanna-Barbera e outros. Afinal, para isso mesmo que o canal havia sido criado. Muitos adultos sentem falta da infância e o canal foi totalmente modificado e deixou as lembranças pra trás, o que prejudicou muito sua audiência nos últimos tempos. E para confirmar, seu slogan original era: "Boomerang! Tudo que é bom volta! Inclusive sua infância!". Agora seus antigos telespectadores reclamavam que o slogan ficou sem sentido.

JETIX é um canal de televisão por assinatura com programação infantil operado pela Walt Disney Company. Era conhecido até poucos anos atrás como Fox Kids. Desenhos e séries bastante conhecidos, como Os Padrinhos Mágicos compõem a programação do canal. Seu slogan é 'Na TV, na Internet, em todos os lugares'.


História e organização

No Brasil, América Latina e em quase toda a Europa, a marca opera como um canal de televisão. Este canal tinha o nome de Fox Kids, pois surgiu em 1996 com uma joint venture entre a News Corporation (Fox) e a Saban International, cada uma com metade do canal. Até que em outubro de 2001 o canal foi vendido para a Walt Disney Company, que operou com o nome da Fox até outubro de 2004. No resto do mundo, o nome só foi substituído em 1 de janeiro de 2005.


Nos Estados Unidos, a marca opera como um bloco de programação nos canais ABC Family e Toon Disney (ambos operados pela Disney). Até 2002, poucos meses depois de ser comprado pela Disney, a Fox Kids/JETIX tinha um horário na rede de televisão norte-americana Fox, mas como tinha sido vendido há poucos meses, no início daquele ano a 4Kids Entertainment adquiriu o bloco infantil da Fox norte-americana que é agora conhecido como Fox Box.



Programação Jetix Brasil

O canal concentra-se em programas para uma faixa de pré-adolescentes, principalmente de aventura, comédia e ação, Os Padrinhos Mágicos, As Tartarugas Ninja, Digimon, Team Galaxy, Beyblade e outros como W.I.T.C.H., Pucca, Três Espiãs Demais, etc.


Críticas vieram ao canal pelo cancelamento do Bloco Insomnia (Insônia) que era exibido nas madrugadas. O problema é que é impossível retornar com este bloco e os seus programas, pois na época desse horário, o canal pertencia a Fox e os programas exibidos pertencem à mesma. Tornando praticamente impossível uma compra pela Walt Disney Company. O Canal é atualmente exibido pelas empresas Sky, Net, TVA, Big TV, Jet, Nossa TV e Telefônica TV Digital.



Blocos do canal Jetix no Brasil

Cineskópio - Filmes de longa metragem


Bônus Extra - Uma série extra, ao fim de Cineskópio


Geração Power Rangers


Noite Mágica - De sexta a domingo, 2 horas com Os Padrinhos Mágicos


Carga Dupla - Aos fins-de-semana, uma hora com dois episódios de uma série escolhida


Quem tem o Controle? - Sessão interativa, onde os assinantes escolhem o que vão assistir


Sábado Especial - 2 horas de programação especial



Séries de Jetix no Brasil

Os Padrinhos Mágicos

Pucca

Três Espiãs Demais

Yin Yang Yo

Power Rangers Operação Ultraveloz

As Tartarugas Ninja

Iron Kid

Grotescologia

Space Goofs

Power Rangers Força Mistica

Power Rangers SPD

Code Lyoko

Power Rangers Dino Trovão

O Show Secreto

Animalucos

Dave, o Bárbaro

Chaotic

Shuriken School

Team Galaxy

Supernormal

Gambá Kung Fu

O Disney Channel é um canal exclusivo de TV por assinatura, que exibe uma programação feita pela Disney Enterprises. Foi criado para substituir o antigo canal pay-per-view Disney Weekend. Seu slogan é 'Um mundo onde os sonhos se transformam em realidade' e 'Você nunca viu o Disney assim'


Estreou em 6 de abril de 2001 às 18 horas, com o programa Zapping Zone.


O canal possui uma programação extremamente diversificada orientada para crianças e adolescentes.


Líder em audiência

O canal em Fevereiro de 2008 foi líder de audiência no ibope entre os canais infantis e todos os outros de TV por assinatura.





Programação


Filmes

A Disney possui um gigantesco acervo de filmes dirigidos aos público infanto-juvenil que são exibidos periodicamente pelo canal. Alguns desses filmes, como A Bela e a Fera, são clássicos Disney,a maioria dos filmes passam no programa O maravilhoso mundo de Disney,que é exibido ás 8 horas da noite e outros horarios. Outros, como Jump In!,High School Musical,The Cheetah Girls e Camp Rock foram feitos especialmente para serem exibidos no canal.



Desenhos animados

Além disso, são exibidos desenhos animados como Kim Possible, O Point do Mickey, Lilo & Stitch, As Aventuras de Brandy & Sr. Bigodes, Jake Long: O Dragão Ocidental, Os Substitutos e Phineas & Ferb, além de outros, incluindo aqueles orientados para crianças menores no programa Playhouse Disney.


Phineas & Ferb (2008-Presente)

Kim Possible (2004-Presente)

O Point do Mickey (2005-Presente)

Lilo & Stitch (2004-Presente)

As Aventuras de Brandy & Sr. Bigodes (2004-Presente)

Jake Long: O Dragão Ocidental (2005-Presente)

Aladdin (1999-2000)

Tarzan (1999-2004)

A Pequena Sereia (1991-1994)

O Urso da Casa Azul (2001-2005)

A Nova Escola do Imperador (2007-Presente)

Sabrina, a Bruxinha (2002-2005)

Os Padrinhos Mágicos (2001-Presente)

Hércules (1998-1999)

Os Substitutos (2007-Presente)

Maggie, a Mosca Zoadora (2005-Presente)

A Casa de Mickey Mouse (2005-Presente)

Little Einsteins (2005-Presente)

Os Heróis da Cidade (2004-Presente)

O Mundo Redondo de Ollie (1999-2001)

Stanley (2001-Presente)

Manny, Mãos À Obra (2006-Presente)

TV Quack (1996-Presente)

Doodlebops (2002-Presente)


Variedades

O Disney Channel exibe muitos programas no decorrer de sua programação, incluindo seus famosos desenhos animados. Se destacam o Playhouse Disney, direcionados para crianças em idade pré-escolar; Art Attack, um sucesso do canal, que ensina artes; Zapping Zone, um programa de cenário temático orientado para adolescentes que exibe séries e transmite brincadeiras aos seus telespectadores, além do Disney Planet, que vai ao ar no decorrer da programação, e o High School Musical a Seleção que ira escolher os protagonistas da versão brasileira de um filme disney.



Séries

Outro ponto forte do canal é sua enorme diversidade de séries, incluindo os sucessos Lizzie McGuire (exibido anteriormente no Zapping Zone),Zack & Cody - Gêmeos em Ação, Os Feiticeiros de Waverly Place e Hannah Montana estas exibidas no Zapping Zone. Também são exibidas as séries Minha Vida com Derek, As Visões da Raven, Cory na Casa Brancae Ninguém Merece depois da sessão O Maravilhoso Mundo de Disney, e com lançamento do desenho Phineas e Ferb no Zapping Zone.


Séries transmitidas no Brasil pelo Disney Channel:


As Visões da Raven (2003-2006)(4 temporadas)

Zack & Cody: Gêmeos em Ação (2004-2008) (3 temporadas)

Hannah Montana (2006-Presente)

Minha Vida com Derek (2006-)

Phil do Futuro (2005-2006)(1 ano de duração)

Mano a Mana (2000-2003)(3 temporadas)

Lizzie McGuire (2002-2004)(5 anos de duração)

O Mundo é dos Jovens (1993-2000)(7 temporadas)

Cory na Casa Branca (2007-Presente)

Ninguém Merece! (2007-Presente)

Os Feiticeiros de Waverly Place (2008-Presente)

J.O.N.A.S (2008-Presente)


Música

O Disney Channel sempre deu muito enfoque à música, principalmente ao pop. Séries como Hannah Montana e Lizzie McGuire e os filmes da Disney têm sua parcela de "programa musical". Nos intervalos comerciais, regularmente são transmitidos videoclips de músicas de programas exibidos pelo canal.


Cantores do Disney Channel


Ashley Tisdale

Vanessa Hudgens

Miley Cyrus

Billy Ray Cyrus

Jonas Brothers

Corbin Bleu

Selena Gomez

Hilary Duff

The Cheetah Girls

Raven-Symoné

Christina Aguilera


Novelas e Séries Brasileiras

Um Menino Muito Maluquinho (2006-Presente)

Floribella (2006-2007)

Floribella 2 (2008-presente)

sábado, 13 de novembro de 2021

Semob altera itinerário da linha 5204-Cristo/Shopping

 Os usuários do transporte coletivo de João Pessoa que utilizam a linha 5204-Cristo/Shopping devem ficar atentos; é que a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob-JP) promoverá uma mudança na rota da linha.

A partir do próximo sábado (5), os veículos da 5204 irão trafegar via BR-230 no sentido Shopping/Centro, ou seja, ao passar pelo Manaíra Shopping os coletivos seguirão pelo Hiper Bompreço, BR-230, IESP, Asper e Hospital de Trauma, retornando ao seu itinerário normal na Avenida Epitácio Pessoa. Os horários não serão afetados. A avenida Esperança e a rua Reinaldo Tavares de Melo continuarão sendo atendidas pelas linhas 511 (Tambaú/Hiper) e 1500 (Circular).

A medida, além de atender uma solicitação da comunidade do Cristo Redentor, visa ainda promover um melhor dimensionamento e aproveitamento da demanda de passageiros da linha. Informativos sobre a mudança já foram afixados no interior dos coletivos da 5204.

A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob-JP) realizou uma alteração do percurso da linha 5204-Cristo/Manaíra Shopping, o que acarretou redução de itinerário.

No sentido bairro-shopping, ao sair da Avenida Ruy Carneiro os veículos da linha 5204 seguem pela Avenida Sidney Clemente Duré (via Capital Fiat) e entram na Avenida João Câncio, retornando ao itinerário normal. Desta forma, os coletivos não trafegam mais pelo Mercado de Artesanato de Tambaú.

A avenida Nego e a Nossa Senhora dos Navegantes continuarão sendo atendidas pelas linhas 511 (Tambaú/Manaíra) e 521 (Tambaú/Hiper).

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Revisão - uso do artigo definido

 ...quando devemos usar os artigos definidos antes dos nomes de cidades, estados brasileiros e países?

É importante lembrarmos que o uso do artigo definido pode mudar o sentido da frase. “Está preso em presídio estadual” é diferente de “Está preso no presídio estadual”. No primeiro caso, o estado tem dois ou mais presídios; no segundo, só há um presídio estadual.

Quanto aos nomes de cidades, estados e países, o problema é sério e merece muito cuidado.

1)    São poucas cidades que exigem artigo: o Rio de Janeiro, o Porto, o Cairo... Os nomes da maioria das cidades são usados sem artigo: São Paulo, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre, Paris, Roma, Lisboa...

Quando o nome da cidade é caracterizado por um adjetivo ou locução adjetiva, o artigo se torna obrigatório: a progressista Curitiba, a bela Porto Alegre, a antiga Roma, a Paris dos meus sonhos.

2)    Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe são usados sem artigo. Os demais estados brasileiros exigem o artigo: o Amazonas, o Pará, o Ceará, a Paraíba, a Bahia... Com Alagoas e Minas Gerais, o artigo é facultativo: hoje usamos Alagoas e Minas Gerais (=sem artigo); mas também é correto usar “as Alagoas” e “as Minas Gerais” - uso restrito a textos literários, e proibido em textos informativos.

3) A maioria dos nomes de países exigem o artigo: a Argentina, o Brasil, a Alemanha, o Peru, a Espanha, o Uruguai... Mas há um bom número que rejeita o artigo: Israel, Portugal, Cuba, Angola, Moçambique, Cabo Verde...

Como podemos constatar, não há propriamente uma regra.

...quando devemos usar os artigos definidos (o, a, os, as)?

Em jornais e telejornais, em chamadas e títulos, a tendência é a supressão dos artigos, principalmente os definidos. Isso ocorre por economia de tempo e espaço. Entretanto, há casos que merecem uma atenção especial:

1a) A diferença principal é a intenção de especificar ou generalizar. Quando estou precisando “de trabalho”, significa trabalho em geral, qualquer um; quando estou precisando “do trabalho”, é um determinado trabalho, já citado anteriormente. Fazer referência “a leis” é fazer referência a leis em geral; fazer referência “às leis” é referir-se a determinadas leis.

2a) Antes de nomes de pessoas, é um caso facultativo: eu tanto posso fazer referência “a Paulo” quanto “ao Paulo”. Podemos dizer “casa de Paulo” ou “casa do Paulo”. As duas formas são corretas. Há regiões em que o mais frequente é usar o artigo definido; em outras, o mais usual é a omissão; e existem, ainda, regiões onde o uso do artigo definido caracteriza “intimidade”: casa de Paulo (=pessoa desconhecida); casa do Paulo (=pessoa íntima, da família, muito amiga).

Antes de pessoas famosas (com quem não temos intimidade), jamais usamos o artigo definido: “Marco Antônio foi o grande amor de Cleópatra”; “Romário poderia substituir Ronaldinho”.

Entretanto, em notícias e reportagens, não usamos artigo antes de nenhum nome de pessoa, famosa ou não. 

3a) Antes de pronomes possessivos que acompanham um substantivo, é outro caso facultativo. Podemos dizer “estamos a seu dispor” ou “ao seu dispor”; “esta é minha decisão” ou “a minha decisão”. Em notícias e reportagens, não usamos, porque a frase ganha leveza. O artigo definido só é obrigatório se o pronome possessivo estiver substituindo um substantivo anteriormente citado: “Sua estratégia é melhor que a minha (estratégia)”.

4a) Antes das horas, o uso do artigo definido é obrigatório: “Trabalhamos das 8h às 20h”. A ausência do artigo altera o sentido. Se “trabalhamos de oito a vinte horas”, estamos dizendo quantas horas trabalhamos. Não estamos definindo a hora quando começamos a trabalhar nem a hora da saída.

5a) Em enumerações, a repetição é obrigatória antes de substantivos que exijam o artigo: “O Fluminense já venceu o Vasco, o Flamengo e o Botafogo”; “Pretende ir ao Paraguai, à Argentina, ao Uruguai e ao Chile.”

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Não dá pra controlar - Bob's

 Até as situações mais urgentes e inusitadas dão uma pausa para conferir a nova promoção da família Bob's Picanha em campanha criada pela NBS. Formada por filme de 30” e material de PDV, a ação tem como objetivo, divulgar a promoção dos trios da família picanha que agora são acompanhados de batata canoa e sundae grátis.No comercial vemos três situações onde as pessoas estão “pausadas": Um serial killer com um machado ameaçando a mocinha; um pedido de casamento; e um cena de flagra de um casal. Aos poucos o filme revela o motivo: cenas de apetite appeal do novo Trio Big Bob Picanha que está passando na TV. O locutor, em off, explica: “Bob’s, não dá pra controlar”.A criação é de Marcello Noronha, que também assina a direção de criação ao lado de Carlos André Eyer e Andre Lima. Direção de João Caetano Feyer, da Hungry Man e som da Raw. A aprovação é de Marcello Farrel, Carlos Pollhuber, Maria Isabel Basto e Joana Grottera.


Ficha Técnica:

AGÊNCIA: NBS

ANUNCIANTE: Bob's

Ano: 2014

PRODUTO: Bob's Picanha

TÍTULO: Pausa

DURAÇÃO: 30" + 07"

VP CRIAÇÃO E PLANEJAMENTO: Andre Lima

DIRETOR NACIONAL DE CRIAÇÃO: Carlos André Eyer

DIRETOR DE CRIAÇÃO: Marcello Noronha, Carlos André Eyer e Andre Lima

CRIAÇÃO: Marcello Noronha

RTVC: Andrea Metzker, Mariana Hosannah e Nathalia Dutra

ATENDIMENTO: Antonino Brandão, Fernanda Galluzzi, Rafaela Lua, Amanda Medeiros, Alexandra Vinhaes e Marco Coelho

PLANEJAMENTO: Paula Lagrotta, Anne Moraes e Daniel Kolb

MÍDIA: Fátima Rendeiro, Luisa Bernardes, Sabrina Frota, Beatriz Prado, Marisa Lima e Camilla Ullman

Aprovação: Marcello Farrel, Carlos Pollhuber, Maria Isabel Basto, Joana Grottera

Núcleo: Marcello Noronha

PRODUTORA: Hungry Man

DIRETOR    : João Caetano Feyer

PRODUTOR EXECUTIVO: Alex Mehedff e Rodrigo Castello

ATENDIMENTO: Mariana Barbiellini

DIRETOR DE FOTOGRAFIA: Gustavo Hadba

EQUIPE PRODUÇÃO: Hungry Man

SUPERVISOR DE PÓS-PRODUÇÃO: Rodrigo Oliveira

MONTADOR: Ivan Kanter

PÓS-PRODUÇÃO: Hungry Man e Efecktor

COLOR GRADING: Psyco N'Look

ÁUDIO: Raw

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Nossa Língua - Códigos, Linguagens e suas Tecnologias (25)

 O substantivo pode aparecer como núcleo de qualquer um dos termos da oração: sujeito, predicativo do sujeito, predicativo do objeto, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adnominal, adjunto adverbial, aposto, vocativo

Observações:

1) Alguns termos da oração têm sempre como núcleo um substantivo ou palavra equivalente

2) Qualquer palavra, expressão ou oração pode ser substantivada

O artigo se liga ao substantivo acompanhando-o, exerce a função sintática de adjunto adnominal:

Casos específicos em que o artigo é usado:

1) para identificar o gênero e o número dos substantivos

2) para substantivar qualquer palavra, expressão ou oração

3) após o pronome indefinido todos e o numeral ambos, quando seguidos de substantivo

4) antes de numeral para expressar aproximação

Casos em que não se usa o artigo:

1) antes de palavras em sentido genérico

2) antes de nomes próprios, a menos que se trate de pessoa íntima

3) antes de nomes de cidades, a menos que venham acompanhado de adjetivo ou locução adjetiva

4) antes dos substantivos casa e terra, sem modificadores

5) antes de pronomes de tratamento, exceto senhor, senhora, senhorita e dona

6) depois do pronome relativo cujo

Caso em que o artigo é facultativo:

antes de pronomes possessivos, a menos que haja elipse do substantivo

O adjetivo se liga ao substantivo acompanhando-o de duas maneiras, com duas funções sintáticas:

adjunto adnominal - quando pertence ao mesmo termo do substantivo ao qual se liga

predicativo do sujeito ou do objeto - quando pertence a um termo diferente daquele do substantivo ao qual se liga

Observações:

1) o adjetivo possui características semelhantes às do substantivo que, muitas vezes, só podem ser distinguidas na frase

2) há casos em que a posição altera o sentido

3) há adjetivos com valor de advérbio

O numeral se liga ao substantivo acompanhando-o ou substituindo-o, exercendo a função de adjunto adnominal quando numeral adjetivo e as funções próprias do substantivo quando numeral substantivo

Observações:

1) na indicação de papas, reis, imperadores, séculos e partes de uma obra, usam-se os ordinais de um a dez e os cardinais de onze em diante, se o numeral vier depois do substantivo; se o numeral vier antes do substantivo, usam-se sempre os ordinais

2) na indicação de artigos de leis, decretos e portarias, usam-se os ordinais de um a nove e os cardinais de dez em diante

3) na indicação de páginas, folhas, casas e apartamentos, usam-se os cardinais

4) na indicação dos dias do mês, usam-se os cardinais, com exceção do dia primeiro, que é tradicionalmente marcado pelo ordinal

5) a conjunção e é usada entre as centenas, dezenas e unidades, não é usada entre os milhares e as centenas, a menos que estas terminem por dois zeros ou comecem por zero, nem entre uma ordem e outra dos números grandes

6) ambos e ambas são numerais

7) antes de mil não se usa o numeral um. Um mil e hum mil são formas tradicionais no preenchimento de cheques e devem se limitar a esse uso

Os pronomes têm um comportamento semelhante aos numerais.

Os pronomes pessoais são pronomes substantivos, exercendo as funções próprias do substantivo.

Os pronomes pessoais retos funcionam como sujeito. Podem funcionar como predicativo do sujeito. Tu e vós podem ser vocativo.

A maioria dos pronomes pessoais oblíquos átonos - me, te, se, nos e vos - funciona como objeto direto ou indireto, dependendo do verbo. Estes também podem funcionar como complemento nominal, adjunto adnominal ou sujeito de infinitivo

Alguns pronomes pessoais oblíquos possuem funções específicas:

o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na, nos, nas - funcionam como objeto direto

lhe, lhes - funcionam como objeto indireto

Os pronomes pessoais oblíquos tônicos podem exercer diferentes funções: objeto indireto, objeto direto preposicionado, complemento nominal, agente da passiva e adjunto adverbial.

Comigo, contigo, consigo, conosco e convosco são formas combinadas com a preposição com. Quando seguidas de mesmos, próprios, todos, outros, ambos ou algum numeral, e também do pronome relativo que, conosco e convosco são substituídas pelas formas com nós e com vós.

Si e consigo são reflexivos, isto é, referem-se ao próprio sujeito

Em certas estruturas, eu e tu aparecem precedidos de preposição na linguagem popular e até por escritores de renome; porém, na língua culta são previstas estas estruturas com pronomes oblíquos.

O pronome pessoal precedido de preposição e que inicia uma oração reduzida, funciona como sujeito da oração. Portanto, na língua culta é previsto o uso do pronome reto. Todavia, na língua popular e até por escritores de renome, é comum o uso do pronome oblíquo.

Os pronomes me, te, se, nos, vos, o, a, os e as podem exercer a dupla função de objeto e sujeito de verbos diferentes.

Os pronomes possessivos seu, sua, seus e suas podem gerar ambiguidade. Para desfazê-la, recomenda-se substituí-la por dele, dela, deles, delas, de você, do senhor, da senhora.

Muitas vezes, a ideia de posse é representada pelos pronomes oblíquos me, te, nos, vos, lhe, lhes. Esse uso confere desenvoltura e elegância à frase.

Os possessivos podem expressar ideia de aproximação, afeto, respeito ou ofensa.

Não se devem usar pronomes possessivos diante de partes do corpo, peças de vestuário e qualidades do espírito quando se referem ao próprio sujeito. Nesses casos, o uso do artigo já denota posse.

A palavra casa dispensa o possessivo quando significa lar próprio, exceto quando se deseja dar ênfase à expressão.

A palavra seu, que antecede nomes de pessoa, não é pronome possessivo, mas alteração fonética de senhor.

Em relação ao espaço, os demonstrativos este, esta, estes, estas e isto são usados para indicar o que está próximo de quem fala, esse, essa, esses, essas e isso para indicar o que está próximo de quem ouve, aquele, aquela, aqueles, aquelas e aquilo para o que está longe de ambos.

Em relação ao tempo, os demonstrativos este, esta, estes, estas e isto são usados para se referir ao tempo presente, esse, essa, esses, essas e isso para se referir ao tempo passado ou futuro próximo, aquele, aquela, aqueles, aquelas e aquilo para se referir ao tempo passado ou futuro distante.

Quando se redige um texto, os demonstrativos este, esta, estes, estas e isto são usados para o que vai ser especificado e esse, essa, esses, essas e isso para o que já foi especificado.

Em um período ou parágrafo, os demonstrativos este, esta, estes, estas e isto são usados para retomar o primeiro termo citado, e aquele, aquela, aqueles, aquelas e aquilo para o último termo citado.

São também demonstrativos: mesmo, próprio, tal, semelhante, o, a, os, as

Todo e toda, no singular, sem artigo significam qualquer e cada, com artigo significam inteiro. No plural são sempre usados com artigo, exceto se houver palavra que o exclua, ou numeral não seguido de substantivo. Com topônimos, o uso do artigo depende do lugar que aceita ou não o artigo.

Certo, antes do substantivo é pronome indefinido, depois do substantivo é adjetivo.

Algum tem valor positivo quando antes do substantivo e tem valor negativo quando depois do substantivo. Na linguagem popular e até por escritores de renome, pode significar dinheiro.

Cada é sempre pronome adjetivo. Na ausência do substantivo, usa-se cada um ou cada qual.

Qualquer é pronome de sentido afirmativo. Nas frases negativas, usa-se nenhum. Depois do substantivo ou antes do artigo indefinido um, tem valor depreciativo.

Quando pronomes substantivos, os pronomes interrogativos exercem as funções próprias do substantivo.

Quando pronomes adjetivos, exercem a função de adjunto adnominal.

Nas frases interrogativas diretas, o pronome aparece no início.

Nas frases interrogativas indiretas, aparece no interior delas.

O pronome relativo que aparece como pronome substantivo, exercendo várias funções (sujeito, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, predicativo, agente da passiva, adjunto adverbial) e, se a regência determinar, é precedido de preposição.

O pronome o qual (e flexões) exerce as mesmas funções do que, é usado para evitar ambiguidade, com preposições não monossilábicas, com as locuções prepositivas e após sem e sob.

O pronome relativo quem é usado para se referir a pessoa ou coisa personificada, e exerce as funções de objeto indireto, objeto direto preposicionado, complemento nominal, agente da passiva e adjunto adverbial.

O pronome relativo cujo (e flexões) relaciona possuidor à coisa possuída. É usado apenas como pronome adjetivo, exercendo a função de adjunto adnominal.

O pronome relativo onde indica lugar, exercendo a função de adjunto adverbial de lugar.

O pronome relativo quanto (e flexões) tem como antecedente os pronomes indefinidos tudo, tanto e todos. Exerce as funções de sujeito e objeto direto.

O pronome relativo como tem como antecedente as palavras modo, maneira, forma e jeito. Exerce a função de adjunto adverbial de modo.

O pronome relativo quando tem como antecedente alguma palavra que denote tempo. Exerce a função de adjunto adverbial de tempo.

O verbo é a palavra indispensável na oração, e funciona como núcleo do predicado verbal ou verbo-nominal, no caso dos verbos de ação.

Cada tempo expressa um aspecto da ação verbal:

presente do indicativo - fato que ocorre no momento em que se fala, fato habitual, ação ou estado permanente, verdade universal, atualidade a fato ocorrido no passado, futuro próximo, atenuação do tom do imperativo

presente do subjuntivo - dúvida, hipótese, desejo, vontade; usado em orações subordinadas, com verbo da oração principal no presente do indicativo ou no imperativo

pretérito imperfeito do indicativo - fato passado não concluído, fato habitual, fato passado incerto no tempo, atenuação do imperativo, ênfase quando substitui o futuro do pretérito

pretérito imperfeito do subjuntivo - usado em orações subordinadas e em frases optativas

pretérito perfeito do subjuntivo - fato passado concluído (forma simples) e fato que se inicia no passado, mas que se estende até o presente (forma composta)

pretérito perfeito do subjuntivo - só existe na forma composta, expressa um fato passado provável ou real

pretérito mais-que-perfeito do indicativo - tanto na forma simples quanto na forma composta, expressa um fato passado anterior a outro fato também passado e desejo em orações imperativas

pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo - também só existe na forma composta, expressa um fato hipotético anterior a outro fato passado, também hipotético

futuro do presente do indicativo - fato realizado após o ato da fala, fato atual duvidoso, imperativo com maior ênfase (forma simples) e ação que ocorrerá no futuro, mas que estará terminada antes de outra ação futura (forma composta)

futuro do subjuntivo - usado em orações subordinadas

futuro do pretérito do indicativo - fato posterior a um fato passado, fato incerto, fato não realizado dependente de outro fato, polidez de um pedido, surpresa ou indignação em frases interrogativas e exclamativas (forma simples) / ação que poderia ter acontecido, mas que fica condicionada a outra ação passada (forma composta)

As formas nominais, quando usadas normalmente como verbos, funcionam como núcleo do predicado.

Podem ser usadas também como nomes, exercendo diferentes funções.

Geralmente, o gerúndio é usado em locuções verbais e orações reduzidas e o particípio é usado nos tempos compostos, na voz passiva e em orações reduzidas.

Na língua portuguesa há dois infinitivos: impessoal, que não se refere a nenhuma pessoa gramatical, a nenhum sujeito e pessoal, que pode ser flexionado ou não.

Usa-se o infinitivo impessoal: quando expressa ideia vaga, quando é o verbo principal da locução verbal (nesse caso, a flexão ocorre no verbo auxiliar), quando funciona como complemento de adjetivos, quando equivale a imperativo, quando forma locução, regido de preposição, quando tem como sujeito um pronome oblíquo, com verbo causativo ou sensitivo

Usa-se o infinitivo pessoal: quando tem sujeito, quando indica reciprocidade da ação, quando se deseja indeterminar o sujeito

Tanto o advérbio quanto a locução adverbial exercem a função sintática de adjunto adverbial.

Observações:

1) além dos advérbios e locuções adverbiais, há outras expressões que funcionam como adjuntos adverbiais, que determinam a circunstância por ela indicada.

2) certos advérbios podem se apresentar no diminutivo ou repetidos, mas com valor superlativo

3) antes de particípios, usam-se as formas analíticas mais bem e mais mal, e não as formas sintéticas melhor e pior

4) tampouco equivale a nem, é usado após oração declarativa

5) quando dois ou mais advérbios aparecem na mesma frase, em geral coloca-se o sufixo apenas no último. Por ênfase, pode-se repeti-lo

A preposição é um elemento de ligação que não possui função sintática

Observações:

1) em algumas estruturas, possui valor semântico

2) em outras estruturas, o uso a incorporou aos termos que ela liga que, juntos, passaram a ser considerados uma palavra composta e também sua ausência não causa prejuízo ao sentido; é um conectivo exigido por um verbo ou por um nome

Nossa Língua - Códigos, Linguagens e suas Tecnologias (24)

 Funções do se - basicamente, a palavra se é empregada como pronome ou conjunção

Enquanto pronome, o se é pronome pessoal do caso oblíquo e tem diferentes usos.

pronome apassivador - com verbos transitivos diretos e transitivos diretos e indiretos (concordando com o sujeito), formando a voz passiva sintética. É possível a conversão para a voz passiva analítica.

índice de indeterminação do sujeito - com verbos transitivos indiretos, intransitivos ou de ligação (na 3ª pessoa do singular), tornando o sujeito indeterminado. É impossível a conversão para a voz passiva analítica. Pode aparecer com verbos transitivos diretos, desde que o objeto direto venha preposicionado

pronome reflexivo (ou recíproco) - corresponde ao pronome pessoal oblíquo átono na voz reflexiva. Pode funcionar como objeto direto, objeto indireto ou sujeito de infinitivo, com verbo causativo ou sensitivo.

parte integrante do verbo ou pronome fossilizado - vem ligado a verbos essencialmente pronominais, que frequentemente indicam sentimento ou mudança de estado.

Enquanto conjunção, pode ser:

conjunção subordinativa integrante - inicia oração subordinada substantiva: pode ser substituída por 'isso'

conjunção subordinativa condicional - inicia oração subordinada adverbial condicional: pode ser substituída por 'caso'

conjunção subordinativa causal - inicia oração subordinada adverbial causal: pode ser substituída por 'já que'

partícula expletiva ou de realce - une-se a verbos intransitivos, a fim de realçar a ação expressa pelo sujeito. Pode ser retirada da frase sem nenhum prejuízo ao sentido, pois não desempenha nenhuma função sintática, seu uso é apenas estilístico (ênfase, expressividade).

A palavra que pode ser usada com valor de várias classes gramaticais.

Como pronome, pode ser:

pronome relativo - retoma um termo anterior (antecedente), substituindo esse termo na próxima oração. Equivale a o qual (e flexões), inicia oração subordinada adjetiva (restritiva ou explicativa), e exerce as funções próprias do substantivo: sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial.

pronome indefinido - é pronome adjetivo e funciona como adjunto adnominal, acompanha um substantivo, intensificando-o

pronome interrogativo - é usado nas frases interrogativas diretas ou indiretas, como pronome substantivo (exercendo as funções próprias do substantivo) e como pronome adjetivo (exercendo a função de adjunto adnominal)

advérbio - intensifica a ideia expressa por um adjetivo ou advérbio

substantivo - apresenta o sentido de algo, alguma coisa, é acentuado e vem precedido de artigo ou outro determinante

interjeição - expressa espanto, surpresa, admiração, vem acentuada e seguida de ponto de exclamação. 'O quê' é uma forma enfática.

preposição - equivale à preposição de, liga verbos de locuções verbais formadas pelos auxiliares ter ou haver

partícula expletiva ou de realce - é usada apenas para dar ênfase; pode ser retirada da frase sem nenhum prejuízo ao sentido, não exerce nenhuma função sintática, seu uso é apenas estilístico. Aparece também na expressão 'é que'.

conjunção - pode pertencer a vários tipos:

conjunção coordenativa - aditiva, adversativa, explicativa

conjunção subordinativa - integrante, causal, consecutiva, comparativa, concessiva, final, temporal, condicional

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Crase - conceito e regras

 A palavra crase (do grego krásis = mistura, fusão) designa a contração da preposição a exigida pela regência do verbo ou do nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) com:

a) o artigo feminino a(s);

b) o pronome demonstrativo a(as);

c) a vogal a que inicia os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo;

d) o a dos pronomes relativos a qual, as quais.


2  1º caso Antes de palavra feminina: Preposição a + artigo definido a(s)

Doei um livro à menina.

(Preposição a exigida pelo verbo doar + artigo definido a que acompanha o substantivo menina.) Doei o livro ao menino.

O comparecimento às palestras é importante.

(Preposição a exigida pelo substantivo comparecimento + artigo definido as.)

O comparecimento aos seminários é importante.

Sou fiel à causa defendida.

(Preposição a exigida pelo adjetivo fiel + artigo definido a.)

Sou fiel ao interesse defendido.

Relativamente à natureza, todos devemos preservá-la.

(Preposição a exigida pelo advérbio relativamente + artigo definido a.)

Relativamente ao meio ambiente, todos devemos preservá-lo.


3  2º caso Preposição a + pronome demonstrativo a(s)

Doei um livro à que mais estuda.

(Preposição a exigida pelo verbo doar + pronome demonstrativo a)

Doei um livro ao que mais estuda

Obs.: O pronome demonstrativo a equivale ao pronome demonstrativo aquela.

Não compare minhas poesias às de Drummond.

Não compare meus versos aos de Drummond.


4  3º caso Preposição a + pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo

Doarei o livro àquela menina.

(Preposição a exigida pelo verbo doar + pronome demonstrativo aquela.)

Enviei àquele aluno um livro interessantíssimo.

(Preposição a exigida pelo verbo enviar, enviar a alguém + pronome demonstrativo aquele.)


5  4º caso Preposição a + pronomes relativos a qual, as quais.

Aqui mora a aluna à qual dedico grande afeto.

(Aqui mora o aluno ao qual dedico grande afeto.)

Estas são as alunas às quais me referi.

(Estes são os alunos aos quais me referi.)


6  5º caso Locuções adverbiais de tempo, lugar, modo ou intensidade formadas por à(s) + palavras femininas

às avessas, às claras, às escuras, às escondidas, à tona, à escuta, à deriva, à francesa, à paisana, à esquerda, à direita, à tarde, à noite, às vezes, à toa, à vontade, à beça etc.

Prefiro sair das festas à francesa.

Com palavras masculinas o a não é acentuado: a prazo, a pé, a lápis.


7  6º caso Locuções prepositivas formadas por à(s) + palavras femininas

À beira de, à procura de, à custa de, à espera de, à moda de etc.

Estou à beira de um ataque de nervos.

Os alunos estavam à procura de contos interessantes.


8  Às vezes as locuções prepositivas à maneira de, à moda de ficam subentendidas

Ele vestia-se à Clodovil.

(Ele vestia-se à moda de Clodovil.)

Carlos escreve à Machado de Assis.

(Carlos escreve à maneira de Machado de Assis).

Preparei para o jantar bifes à milanesa.

(Preparei para o jantar bifes à moda milanesa)


Em arroz à grega, bife à parmegiana, tutu à mineira, virado à paulista e espaguete à bolonhesa temos elipse. Em bife a cavalo e frango a passarinho não temos elipse, porque cavalo e passarinho não criam nada.


9  7º caso Locuções conjuntivas proporcionais

À medida que

À medida que lia bons poemas, desenvolvia sua sensibilidade.

À proporção que

À proporção que ele se dedicava aos estudos, obtinha melhores resultados nas avaliações.


10  8º caso à(s) + ... hora(s) Sairemos à uma hora e ele, às duas.

O eclipse ocorreu à zero hora.

Chegaremos às vinte e duas horas.

O trem parte às quatorze horas e trinta minutos.

O show começou à meia-noite e meia.

O encontro de jovens será das duas às cinco horas da tarde.


11  9º caso Topônimos (nomes de lugares) que admitem artigo “a”

Todos iremos à Bahia.

(Ir a + a Bahia)

Voltamos da Bahia. (voltar de + a Bahia)

Viajaremos à China.

(Viajaremos a + a China) – Viajaremos para a China.


12  Não ocorre com topônimos que não admitem artigo

Iremos a Brasília (Viemos de Brasília.)

Fomos a Roma (Regressamos de Roma.)

Dirigiram-se a Fortaleza. (Permanecemos em Fortaleza.)

Vou a Copacabana. (Ficarei em Copacabana)


13  Ocorre quando os topônimos vierem seguidos de um adjunto adnominal.

Iremos à Brasília de Niemeyer.

Fomos à Roma dos Césares.

Dirigi-me à Fortaleza de José de Alencar.

Dedico meus versos à Copacabana dos bons tempos.


14  10º caso - à + casa quando a palavra casa estiver determinada com um adjetivo ou locução adjetiva.

O engenheiro foi à casa da Sônia.

O príncipe pertencia à casa de Bragança.

Vou à casa de Alberto para almoçar.

Não ocorre diante da palavra casa no sentido de lar, domicílio, quando estiver indeterminada.

Eu vou a casa trocar de roupa.

“Chegavam a casa quase sempre à tardinha.”

Vou a casa almoçar.


15  11º caso à + terra No sentido de território.

A expedição dirigiu-se à terra dos bárbaros.

No sentido de terra natal.

Lia voltou à terra para rever os parentes.

No sentido de planeta.

Retornou à Terra a nave espacial.


16  12º caso Numerais ordinais

Da primeira à vigésima página.

Ele estudou aqui da quinta à oitava série.

(Ele estudou aqui de quinta a oitava série)

O curso ocorrerá da terça à sexta-feira.

(O curso ocorrerá de terça a sexta-feira.)


17  13º caso Quanto a + ... Quanto a (em se tratando de, no que se refere a) + nome feminino

Estudaremos verbos difíceis quanto à flexão.

Quanto a + pron. demonstrativo a(s), aquele(s), aquela(s), aquilo.

Quanto àquele aluno, não tenho nada a declarar.

Quanto àquilo, nada pude fazer.


18  14º caso Locução à distância quando estiver determinada

Achava-me à distância de alguns metros.

O barco ancorou à distância de cem metros.

Quando indeterminada, não se acentua o “a”.

Ficou a distância, observando o ensaio.

Seguira-nos a distância.

O trem passava a pouca distância da casa.

Fiz um curso a distância.


19  CASOS FACULTATIVOS A crase é facultativa:

diante de nomes próprios femininos.

diante de pronomes possessivos femininos.

depois da preposição até.


20  Facultativa diante de nomes próprios femininos.

O rapaz dirigiu-se à Suzana.

O rapaz dirigiu-se a Suzana.

Entreguei o livro à Mariana.

Entreguei o livro a Mariana.

Em referência a pessoas célebres, é proibida, exceto se estiver acompanhado de especificador.

O professor fez alusão à modernista Clarice Lispector.

O professor fez alusão a Clarice Lispector.


21  Facultativa diante de pronomes possessivos femininos no singular, desde que sejam pronomes adjetivos.

O filho informou à sua mãe a data da formatura.

O filho informou a sua mãe a data de formatura.

Iremos juntos à nossa escola.

Iremos juntos a nossa escola.

Com pronomes possessivos no plural, é obrigatória ou proibida.

Obedeço a nossas coordenadoras.

Obedeço às nossas coordenadoras.

Com pronomes possessivos substantivos, é obrigatória.

Referi-me à minha ideia e não à sua.


22  Facultativa depois da preposição até.

O motorista foi até à garagem.

O motorista foi até a garagem.

Acompanhe-me até à porta.

Acompanhe-me até a porta.

Fomos até à França.

Fomos até a França.

Quando o até é palavra denotativa de inclusão, não possui a variante até a.

Conhecia até as histórias antigas.


23  Não ocorre crase antes de substantivos masculinos; antes de verbos;

entre substantivos repetidos;

antes de palavras femininas no plural, com sentido genérico, não precedidas de artigo;

antes do artigo indefinido uma;

antes de pronomes que não admitem artigo “a” (pessoais, de tratamento, indefinidos, interrogativos, demonstrativos, relativos.)


24  Não ocorre crase antes de substantivos masculinos.

Entreguei a encomenda a João.

Somos felizes graças a Deus.

O comerciante só vendia a prazo.

Não assisto a filme de guerra.

Isso cheira a vinho.

Admirei os quadros a óleo.

Escreveu um bilhetinho a lápis.


25  Não ocorre crase antes de verbos.

A multidão voltou a protestar.

Seu Inácio voltou a rezar.

Estamos dispostas a trabalhar.

Quando me dispunha a sair, começou a chover.

Puseram-se a discutir em voz alta.


26  Não ocorre crase entre substantivos repetidos.

Tomou o remédio gota a gota.

Os inimigos ficaram frente a frente.

Josué foi de cidade a cidade.

As alunas entraram uma a uma na sala.

Dia a dia a cidade foi crescendo.

Os pastos estendiam-se de ponta a ponta da fazenda.

Exceções: é preciso declarar guerra à guerra e é preciso dar mais vida à vida


27  Não ocorre crase antes de palavras femininas no plural, com sentido genérico, não precedidas de artigo

Devemos favores a pessoas amigas.

Referia-se a crianças carentes.

Ivo não vai a festas nem a reuniões.

Não dê atenção a pessoas suspeitas.

Se o A vier seguido de S, haverá crase:

Chegamos às conclusões otimistas.

Atendimento às pessoas com deficiência.


28  Não ocorre crase antes do artigo indefinido “uma”.

Contei o caso a uma mulher supersticiosa.

Não entregues seu trabalho a uma pessoa qualquer.

Prestaremos homenagens a uma grande escritora.


29  Não ocorre crase antes de pronomes que não admitem artigo “a”

Pronomes pessoais

Ofereci ajuda a elas.

Recorrem a mim, quando precisam.

Pronomes de tratamento

Não me referi a Vossa Excelência.

Pediram perdão a você?

Exceções: senhora, senhorita, dona e madame, os dois últimos são especificados

Peço à senhora que tenha paciência.


30  Não ocorre crase antes de pronomes que não admitem artigo “a”

Pronomes indefinidos e interrogativos

Nunca deste auxílio a ninguém.

Escrevi a algumas colegas.

Referi-me a várias colegas.

A quem você deve dinheiro?

A qual delas você se dedica?

Exceções: outra, outras.

Entregou o livro à outra colega.


31  Não ocorre crase antes de pronomes que não admitem artigo “a”

Pronomes demonstrativos - este(s), esta(s), esse(s), essa(s), isto, isso.

Diariamente, chegam turistas a esta cidade.

Quem chegou a essa conclusão?

Não dês importância a isto.

Exceções: aquele(s), aquela(s), aquilo


32  Não ocorre crase antes de pronomes que não admitem artigo “a”

Pronomes relativos

Esta é a vida a que aspiramos.

Ali havia uma árvore, a cuja sombra descansamos.

Esta é a aluna a quem me referi.

Exceções: a qual, as quais

Esta é a escola à qual nos referimos


sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Revisão - concordância nominal e verbal

 Aula de revisão: concordância nominal

Caso 1 - Regras básicas:

1ª) Os adjetivos, os particípios, os numerais, os pronomes e os artigos concordam com o substantivo em gênero e número;

“Ele é um homem ALTO”;

“Ela é uma mulher ALTA”;

“São dois homens ALTOS”;


2ª) Os advérbios, as conjunções, as preposições, as interjeições e as palavras denotativas não se flexionam.

“Ele fala ALTO”;

“Ela fala ALTO”;

“Eles falam ALTO”.


Caso 2 - Um adjetivo e vários substantivos:

Se houver um substantivo masculino, o adjetivo concordará no masculino plural:

“Só lia livros e revistas especializados”;


Se o adjetivo estiver antes dos substantivos, deverá concordar com o mais próximo:

“Apresentou péssima forma física e desempenho”. 


Caso 3 - Um substantivo e vários adjetivos:

O substantivo vai para o plural ou fica no singular e o artigo deve ser repetido:

“As polícias civil e militar”;

“A polícia civil e a militar”;

“Hastearam as bandeiras brasileira e argentina”;

“Hastearam a bandeira brasileira e a argentina”;

“Alunos de quinta e sexta séries; 

“Alunos da quinta e da sexta série”.


Caso 4 – Adjetivos compostos

Somente o segundo elemento se flexiona em gênero e número:

“Eram questões médico-hospitalares”;

“Sempre admirou a cultura greco-latina”;

“Camisas verde-amarelas”;

“Cabelos castanho-escuros”.


Caso 5 – Cores

Adjetivos concordam:

“Eram camisas vermelhas, azuis e amarelas”;


Substantivos em função de adjetivo não se flexionam:

“Eram camisas limão, gelo e violeta”;


Cores compostas em que o segundo elemento é substantivo não se flexionam:

“Eram camisas verde-limão, azul-céu e vermelho-sangue”.


Caso 6

Meio = metade (numeral): concorda;

Meio = modo, maneira, veículo, procedimento, método (substantivo): concorda;

Meio = mais ou menos (advérbio): não concorda.

“Comeu meia laranja”;

“Ela estava meio nervosa”;

“Os fins não justificam os meios”;


Caso 7

Bastante = muito (advérbio de intensidade): não concorda;

Bastante = suficiente (adjetivo): concorda;

Bastante = muito (pronome indefinido): concorda.

“Eles ficaram bastante cansados”;

“Já tem provas bastantes para incriminar o réu”;

“Fiz bastantes concursos”;



Caso 8

Só = adjetivo (sozinho): concorda;

Só = advérbio (somente): não concorda.

“Eles moram sós”;

“Só os dois não viajaram”;


Caso 9

Mesmo = próprio (pronome demonstrativo): concorda;

Mesmo = até, realmente (advérbio): não concorda;

Mesmo = embora (conjunção subordinativa concessiva): não concorda.

“Ela mesma resolveu o problemas”;

“Eles feriram a si mesmos”;

“Mesmo as professoras erraram aquela questão”;

“Mesmo sendo católica, não vai à missa”;



Caso 10

Junto = adjetivo: concorda;

Junto a / junto de (ao lado de) = locução prepositiva: não concorda.

“Elas moram juntas”;

“As mesas estão junto da parede”;

“A farmácia fica junto ao hotel”; 


Caso 11

Anexo = adjetivo: concorda;

Em anexo = não concorda.

“Segue anexo (OU em anexo) o contrato assinado”;

“Seguem anexos (OU em anexo) os arquivos solicitados”;

“As notas fiscais estão anexas (OU em anexo);


Caso 12

É PROIBIDO, É PERMITIDO, É BOM, É NECESSÁRIO, É VEDADO: só flexionam se o substantivo estiver determinado:

“É proibido entrada de estranhos”;

“É proibida a entrada de estranhos”;

“Dizem que pimenta é ótimo para o coração”;

“Dizem que esta pimenta é ótima”;

“Demissão em massa não é bom”;

“Minha demissão não foi boa”.


MENOS é advérbio de intensidade ou pronome indefinido - invariável nos dois casos.

ALERTA é invariável quando advérbio e variável em número quando substantivo.

PSEUDO é invariável, porque é prefixo.

SALVO, TIRANTE, EXCETO, MEDIANTE e NÃO OBSTANTE são preposições, portanto invariáveis.

DE FORMA QUE, DE MODO QUE, DE MANEIRA QUE e DE SORTE QUE são locuções conjuntivas, portanto invariáveis.


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Terça-feira, 27/01/2015, às 14:00, por Sérgio Nogueira

Aula de revisão: concordância verbal (2ª parte)

Caso 11 – Com pronomes de tratamento. 

Os principais são: Vossa Excelência, Vossa Senhoria, Vossa Majestade, Vossa Alteza, Vossa Magnificência, Vossa Santidade, Vossa Reverendíssima, Vossa Eminência, senhor, senhora, senhorita. A concordância é igual ao pronome você.

O verbo concorda na terceira pessoa:

“Vossa Senhoria já PODE ASSINAR o contrato”;

“Vossa Majestade já DECIDIU o que vai fazer neste caso?”.


Caso 12 – Com o pronome apassivador SE

O verbo concorda com o sujeito passivo:

“ALUGA-SE este apartamento”;

“ALUGAM-SE apartamentos”;

“Ainda não SE DESCOBRIU a causa da sua morte”;

“Ainda não SE DESCOBRIRAM os motivos de sua decisão”.


Caso 13 – Com o índice de indeterminação do sujeito SE

O verbo fica obrigatoriamente no singular:

“PRECISA-SE de operários”;

“TRABALHA-SE durante o dia”;

“ESTÁ-SE feliz em casa”.


Caso 14 – Com verbos que expressam fenômenos da natureza

A concordância deve ser feita no singular. O plural só será possível se o verbo for usado no sentido figurado:

“CHOVIA sempre aos sábados”;

“Durante as reuniões, CHOVIAM palavrões”;

“GEOU durante sete dias”;

“Os moradores TROVEJAVAM contra o prefeito”.


Caso 15 – Com sujeito composto

O verbo concorda no plural: 

“O vizinho e a irmã FORAM à praia”;

A primeira pessoa predomina sobre as demais (eu e tu = nós / eu e ele = nós):

“Eu e minha irmã FOMOS à praia”;

Com sujeito composto posposto, a concordância atrativa é aceitável:

“FOMOS ou FUI eu e minha irmã”.


Caso 16 - Com a conjunção OU

Se houver idéia de exclusão, o verbo concorda com o mais próximo:

“Ou você ou o diretor TERÁ DE IR a São Paulo amanhã”;

Se não houver idéia de exclusão (OU = E/OU), a concordância é facultativa:

“O gerente financeiro ou o contador PODE ou PODEM RESOLVER o caso”;

Se houver idéia aditiva (OU = E), o verbo concorda no plural:

“Futebol ou carnaval FAZEM a alegria do brasileiro com a mesma intensidade”. 

Se houver idéia de retificação, o verbo concorda com o núcleo mais próximo:

“O candidato ou os candidatos que fazem parte de uma coligação DEVEM informar essa situação à justiça eleitoral”.

Se houver idéia de sinonímia, o verbo fica no singular:

“Os estudos biológicos ou a biologia POSSUI nomenclaturas complexas”.



Caso 17 - Com sujeito composto por infinitivos

A concordância é facultativa. A preferência é o uso do verbo no singular:

“Sorrir e balançar a cabeça não RESOLVE (ou RESOLVEM) seu problema”;

Se os infinitivos forem antônimos, o verbo concorda no plural:

“Rir e chorar FAZEM parte da vida”;

Se os verbos estiverem substantivados, o plural é obrigatório:

“O entrar e o sair da sala ATRAPALHARAM muito o palestrante”.


Caso 18 – Com o verbo HAVER

O verbo HAVER, no sentido de “existir” ou de “acontecer”, é impessoal (=sem sujeito). Deve ser usado sempre no singular:

“HÁ muitas pessoas na reunião”;

“Sempre HOUVE muitos acidentes nesta esquina”;

“Ainda PODE HAVER dúvidas a serem resolvidas”;


Caso 19 - Com os verbos HAVER e FAZER (= tempo decorrido)

Os verbos HAVER e FAZER, quando se referem a tempo decorrido, são impessoais (sem sujeito). Devem ser usados sempre no singular:

“Não nos vemos HÁ duas semanas”;

“Não nos vemos FAZ duas semanas”;

“HAVIA dez anos que ele não nos visitava”;

“DEVE HAVER duas horas que ele saiu”.


Caso 20 - Com o verbo SER (= hora, data e distância)

O verbo SER, com referência a hora, data e distância, concorda com a palavra seguinte:

“É 1h”;

“SÃO 2h”;

“É meio-dia e meia”;

“SÃO doze horas e trinta minutos”;

“SÃO 20 quilômetros até o aeroporto”;


Caso 21 - Com o verbo SER

O verbo SER, a princípio, pode concordar com o sujeito ou com o predicativo:

“Tudo É ou SÃO flores”;

A preferência é a concordância no plural:

“Sua maior reclamação são os atrasos”;

“Estes dados são parte de um relatório confidencial”;

O verbo SER concorda com o pronome pessoal:

“O professor sou eu”;

“Os escolhidos fomos nós”.

As expressões É POUCO, É MUITO, É DEMAIS, É BASTANTE, É SUFICIENTE, É O QUE..., indicativas de quantidade: peso, medida, preço, tempo e valor, são invariáveis:

“Um é pouco, dois é bom e três é demais”.

Nas frases interrogativas, o verbo SER concorda com o predicativo:

“Quem eram os candidatos?”;

“Que são hiperônimos?”.

Caso 22 - Com nomes próprios no plural

Sem artigo, o verbo fica no singular. Com artigo, o verbo fica no plural:

“Estados Unidos É um grande país / Os Estados Unidos SÃO um grande país”;

Quando é título de uma obra, as duas concordâncias são aceitáveis:

“Os Sertões CONTA ou CONTAM a saga de Canudos”.


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Terça-feira, 20/01/2015, às 14:00, por Sérgio Nogueira

Aula de revisão: concordância verbal

Regra básica: o verbo concorda com o sujeito em pessoa e número.


Caso 1 – Com sujeito simples posposto

A posição natural do sujeito é antes do verbo, mas a concordância é obrigatória mesmo quando o sujeito aparece depois do verbo:

“COMPARECERAM à reunião todos os diretores”;

“Ainda FALTAM dois exercícios”;

“Para não ser rebaixado, SÃO NECESSÁRIOS no mínimo 40 pontos”.


Caso 2 – Com sujeito oracional

Quando o sujeito é formado por uma oração subordinada substantiva subjetiva, mesmo que esta seja reduzida, a concordância se faz no singular:

“Ainda FALTA resolver dois exercícios”;

“Para não ser rebaixado, É NECESSÁRIO no mínimo chegar a 40 pontos”.


Caso 3 – Com sujeito simples anteposto

O verbo concorda obrigatoriamente com o núcleo do sujeito (quando houver a preposição “de”, em geral, o núcleo do sujeito será o substantivo ou o pronome que fica antes da preposição):

“O PRESIDENTE das organizações Delta VIAJOU a Brasília”;

“Os ATACANTES do Brasil TREINARAM em separado”;

“NENHUM dos atacantes TREINOU ontem”.


Caso 4 – Com expressões partitivas (parte, maioria, metade...)

Rigorosamente o verbo deve concordar no singular:

“Grande parte dos alunos já SAIU”;

“A maioria dos problemas ainda não FOI RESOLVIDA”;

“Metade dos convocados já ESTÁ em Teresópolis”.


A concordância (atrativa) no plural com o especificador é aceitável:

“Grande parte dos alunos já SAÍRAM”;

“A maioria dos problemas ainda não FORAM RESOLVIDOS”;

“Metade dos convocados já ESTÃO em Teresópolis”.


Caso 5 – Com coletivos (grupo, bando, manada...)

Rigorosamente o verbo deve concordar no singular:

“Um bando de aves POUSOU no fio”;

“Uma manada de búfalos SURGIU ao longe”.


A concordância (atrativa) no plural com o especificador é aceitável:

“Um bando de aves POUSARAM no fio”;

“Uma manada de búfalos SURGIRAM ao longe”.


Caso 6 – Com expressões numéricas aproximativas: CERCA DE, PERTO DE, POR VOLTA DE, EM TORNO DE...

O verbo concordará obrigatoriamente com o núcleo plural:

“Cerca de duzentas pessoas COMPARECERAM à festa”;

“Por volta de quinhentas crianças já FORAM VACINADAS”.

MAIS DE UM só vai para o plural se indicar reciprocidade ou se a expressão vier repetida.


Caso 7 – Com os pronomes relativos QUE e QUEM

Com o pronome relativo QUE, o verbo concorda com o antecedente:

“Fui eu que FIZ o trabalho”;

“Fomos nós que FIZEMOS o trabalho”.


Com o pronome QUEM, embora se aceite a concordância com o antecedente, quando se quer fazer uma concordância enfática, o mais recomendável é que a concordância seja feita na terceira pessoa do singular:

“Fui eu quem EXPLICOU / EXPLIQUEI a questão”;

“Fomos nós quem RESOLVEU / RESOLVEMOS o caso”. 


Com UM DOS...QUE, embora se aceite a concordância no singular, quando se quer fazer uma concordância enfática, o mais recomendável é que a concordância seja feita no plural:

“Ele é um dos que FIZERAM o trabalho”;

“Ela é uma das atrizes que FOI PREMIADA / FORAM PREMIADAS no festival de Gramado”. 


Caso 8 – Com frações

Rigorosamente, o verbo deve concordar com o numerador:

“Um quinto FOI ENTREGUE ao rei”;

“Três quintos FORAM ENTREGUES ao rei”.


A concordância atrativa com o especificador é aceitável:

“Um quinto das nossas riquezas FOI ENTREGUE ou FORAM ENTREGUES ao rei”;

“Três quintos da sua riqueza FORAM ENTREGUES ou FOI ENTREGUE ao rei”.


Caso 9 – Com milhão, bilhão, trilhão...

O verbo concorda com o núcleo:

“Um milhão FOI GASTO”;

“Dois milhões FORAM GASTOS”.


Quando houver especificador, o verbo pode concordar no singular ou preferencialmente no plural:

“Um milhão de dólares FOI GASTO ou FORAM GASTOS no projeto”.


Caso 10 – Com porcentagens

O verbo concorda com o numeral

“Somente 1% não COMPARECEU à prova”;

“Somente 2% não COMPARECERAM à prova”.


Quando houver especificador, o verbo pode concordar com o numeral ou com o especificador:

“Somente 1% dos alunos não COMPARECEU ou COMPARECERAM à prova”;

“Somente 2% da turma não COMPARECERAM ou COMPARECEU à prova”.


Se a porcentagem estiver determinada, o verbo deverá concordar com o especificador:

“Estes 10% da turma FORAM REPROVADOS”;

“Os restantes 90% da turma FORAM APROVADOS com louvor”.

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Semob altera itinerário da linha 521 - Manaíra/Bessa

 A linha 521 – Manaíra/Bessa sofre modificação no itinerário, a partir deste sábado (8), em João Pessoa. Segundo a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob-JP), o objetivo da alteração é reduzir o tempo de viagem.


O coletivo que segue pela Avenida Senador Rui Carneiro deixa de circular pela Avenida Nossa Senhora dos Navegantes fazendo agora o percurso pela Rua Sidney Clemente Dore (via Capital Fiat) retornando ao itinerário normal na Avenida Senador Rui Carneiro. Os horários não foram afetados.


As avenidas Nego e a Nossa Senhora dos Navegantes continuarão sendo atendidas pela linha 511 – Tambaú/Hiper Bompreço.

2012 - Semob altera itinerário da linha 500-Tambaú/Val Paraíso

 A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) efetuou uma pequena alteração no itinerário da linha 500-Tambaú/Val Paraíso, operada pela empresa Transnacional.

No sentido Centro-Bairro, ao chegar no final da Avenida João Câncio, em Manaíra, os veículos da linha entrarão na rua Juvenal Mário da Silva e Severino Pereira de Araújo (rota das linhas 511-Tambaú/Hiper, 5100-Circular e 5204-Cristo/Shopping) saindo no Retão de Manaíra e retornando ao seu itinerário normal. Os horários da linha permanecerão sem alterações.

A parada de ônibus existente no final da João Câncio, até então exclusiva da linha 500, foi relocada em 200 metros, antes da entrada da rua Juvenal Mário da Silva.

A mudança, que já entra em vigor nesta sexta-feira (5), foi efetuada devido a retirada de um dos semáforos do Retão de Manaíra, justamente na via em que a linha 500 realizava seu percurso, consequentemente transtornos e atrasos estavam ocorrendo. Com a alteração o problema foi eliminado, visto que na saída da rua Severino Pereira de Araújo para o Retão de Manaíra existe o semáforo controlando o tráfego.

2018 - Semob altera itinerário da linha 511-Tambaú/Hiper

 Inicia-se no próximo sábado (12) uma alteração correspondente a otimização do atendimento da linha 511-Tambaú/Hiper. A partir da Av. Nego, localizada no bairro de Tambaú, a linha passará a fazer retorno na Rua Infante Dom Henrique (lateral do Geo Pré-Vestibular), seguindo seu itinerário normal pela Av. João Câncio. O horário da linha permanece sem alterações.

Para os usuários que se encontra no Terminal de Integração do Varadouro, na área central da cidade e no corredor da Av. Epitácio Pessoa e deseja ter como destino o Mercado de Artesanato de Tambaú, tem como opção as linhas 510-Tambaú/Praia e 513-Tambaú/Bessa.

Quem se encontra no Mercado de Artesanato e queiram se dirigir para a área do Manaíra Shopping, terão como opção as linhas 5600-Mangabeira/Shopping, 5603-Mangabeira VII/Shopping e 5605-Mangabeira/Shopping. 

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Mosaico - Sky e Net

 O Mosaico em Televisão é normalmente um canal que faz parte de um determinado pacote de televisão por assinatura no qual se juntam as transmissões ao vivo em tempo real dos diversos canais pertencentes a esse fornecedor de serviço em formato de mosaico, de forma a facilitar o usuário/cliente a saber o que está sendo exibido naquele momento nos diversos canais ou na Net, janelas PIP mostrando 12 canais simultaneamente, divididos em dois mosaicos: Variedades e Informação. Com a reformulação da nova interface gráfica, o mosaico foi reformulado: com vários canais em um só, podendo ser filtrados por gênero de programa pelo controle remoto: canais Globosat, variedades, entretenimento, música, filmes, séries, infantil, notícias, documentários, educação, religiosos, cortesia, Pay-Per-View, canais Telecine, canais HBO, interativos, adultos, canais HD, canais locais. Também pelo controle remoto é possível acessar as informações do programa, agendar lembrete e gravar. 


Na Sky, eram divididos em telas de navegação onde podia-se clicar nos logotipos dos canais que ao clicar redirecionava para o canal escolhido: 201 (Filmes e Séries 1), 202 (Filmes e Séries 2), 203 (Esportes e Música), 204 (Informação), 205 (Variedades), 206 (YKS - canais infantis), 207 (Cine Premiere - filmes pay per view), 208 (Mosaico Adulto - canais adultos/eróticos), 210 (Mosaico iTV - interatividade). Em 2007, todos esses mosaicos saíram, ficando apenas o Mosaico Adulto, o Mosaico Cine Sky e o iTV. Com o lançamento da Sky HDTV, em 2009 o Mosaico HD era o portal de acesso aos canais HD da Sky, os mosaicos Filmes e Esportes eram o portal de acesso para os canais de filmes, seriados e esportes, que saíram em 2015.


O Mosaico estava presente em todos os fornecedores brasileiros e portugueses de televisão, mas agora só existe na AR Telecom e na Net.

domingo, 11 de julho de 2021

Regras de ouro do estilo

  Escrever é verbo transitivo. Escreve-se para alguém. O alguém é o leitor. Não o perca de vista. Contemporâneo, ele vive no século 21. Tem à mão livros, jornais, revistas e o universo sem fim da internet. Cada época tem seu jeitão de falar e dizer. Um texto do padre Antônio Vieira (1608-1697) não se confunde com o de Marcelo Rossi. Ambos são pregadores e falam de religião. Mas guardam marcas do tempo. O estilo moderno — influenciado pelas novas tecnologias — obedece a três regras de ouro:


1. Menor é melhor 2. Menos é mais 3. Variar para agradar  

O texto é rua de mão dupla. Numa pista está a escrita. Na outra, a leitura. Quem escreve precisa manter os olhos abertos e os ouvidos atentos ao que vem de lá. A tarefa é árdua. Exige, como de todo bom motorista, atenção, sensibilidade e técnica. Convenhamos: um ou outro condutor podem ter uma ou outra habilidade inatas. Mas precisam desenvolver outras. É possível? É. Existem autoescolas e instrutores capazes de iluminar o caminho das pedras. Eles não chutam. Guiam-se pelas regras do código de trânsito.


Redatores profissionais conhecem as normas da escrita. São muitas. As gramaticais estão no papo. Concordâncias, regências, pontuações & cia. são café pequeno. Estudadas desde os primeiros anos, oferecem-se sem resistência. O desafio reside na legibilidade. É preciso ser entendido. Pra chegar lá, três regras merecem atenção especial. Uma: menor é melhor. Outra: menos é mais. A lanterninha, mas não menos importante: os primeiros serão os primeiros.   Menor é melhor


Entre duas palavras, fique com a mais curta. Entre duas curtas, a mais simples. Entre duas simples, a mais expressiva. Fuja das literárias e científicas. Elas afugentam o leitor. Deixe para quem adora empolação. Só ou somente? Só. Colocar ou pôr? Pôr. Chuva ou precipitação pluviométrica? Chuva. Contabilizar ou somar? Somar. Equalizar ou igualar? Igualar. Fidelizar ou conquistar? Conquistar. Priorizar ou dar prioridade? Dar prioridade. Concurso ou certame? Concurso. Contracheque ou holerite? Contracheque. 


Não só vocábulos contam. Frases também entram na jogada. A frase curta — com mais ou menos 150 toques — tem duas vantagens. Uma: diminui o número de erros. A gente tropeça menos nas conjunções, nas vírgulas, na concordância, na correlação verbal. A outra: torna o texto mais claro — a maior qualidade do estilo. Como chegar lá? Use pontos. Compare:


Na Câmara e no Senado, parlamentares transformaram a eleição para a presidência em balcão de negócios, discutindo privilégios em público, sem cerimônia ou senso de oportunidade, buscando garantir cargos, vantagens, gabinetes, funcionários, gratificações.


Na Câmara e no Senado, parlamentares transformaram a eleição para a presidência em balcão de negócios. Discutem vantagens em público sem cerimônia ou senso de oportunidade. Entre as barganhas, figuram cargos, gabinetes, funcionários, gratificações.   Menos é mais


“Escrever é economizar palavras”, ensina Drummond. “Escrever é cortar. Ou trocar”, confirma Marques Rebelo. “Seja conciso”, aconselha o professor. Os três dão o mesmo recado — respeite a paciência do leitor. Quanto menos palavras você gastar pra transmitir uma ideia, melhor. Muito melhor.


Como ser conciso sem prejudicar a mensagem? Existem atalhos. Um deles: eliminar palavras ou expressões desnecessárias. Artigos indefinidos, pronomes possessivos, adjetivos, advérbios são candidatos à tesoura. Menos palavras é mais clareza, mais objetividade, mais rapidez. Compare:


Neste momento, depois de tanto ler, nós acreditamos que, sempre que necessário e aprovado pelo bom senso, o redator deve tentar escrever seus textos com substantivos e verbos, eliminando todas as demais classes gramaticais.


Cruz credo! A ideia central está escondida na selva de palavras. Fiquemos com o essencial:


O redator escreve textos com substantivos e verbos.   Os primeiros serão os primeiros


A psicologia prova. A pessoa só consegue dominar certo número de palavras antes que os olhos peçam pausa. Testes sobre a legibilidade e a memória demonstram dois fatos. Um: se o período tem a média de 200 toques, o leitor retém a segunda metade pior que a primeira. Dois: se 250 ou mais, grande parte do enunciado se perde. Daí a importância da frase curta e da ordem direta — sujeito, verbo, objeto direto e indireto, adjunto adverbial.


Michel Temer (suj.) disputa (verbo) a presidência da Câmara (obj.) na segunda-feira. (adj. adv.)


Fugiu dessa carreirinha? Entrou na ordem inversa:


Na segunda-feira, Michel Temer disputa a presidência da Câmara. A presidência da Câmara Michel Temer disputa na segunda-feira. Michel Temer, na segunda-feira, disputa a presidência da Câmara.   A primeira estrofe do Hino Nacional abusa da ordem inversa. Com ela, dá passagem à dificuldade:


Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante.


Na ordem direta, a clareza põe a cabeça de fora:


As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heroico.


Moral da história: ao contrário do apregoado pelo dito popular, os últimos não serão os primeiros. Serão os últimos mesmo.

Como chegar lá?


Desvendar os mistérios de cada regra constitui trabalho de decomposição. São técnicas que estão ao alcance de quem quer algo mais do que escrever. Quer escrever melhor. Em bom português: quer dar recados claros, simples, concisos e prazerosos. Texto difícil não tem vez. E não é de hoje. Montaigne, no século 16, disse: “Ao encontrar um trecho difícil, deixo o texto de lado.” Por quê? A leitura é forma de felicidade”, respondeu ele. “Se lemos algo com dificuldade, o autor fracassou”, completou Jorge Luis Borges quatro séculos depois.


A observação não se restringe a livros. Engloba jornais, revistas, blogues, sites, cartas comerciais, redações escolares, receitas de comida gostosa. Sem fisgar o leitor, adeus, emprego! Adeus, sobremesa dos deuses! Por isso, roguemos a Deus. Que Ele ilumine mentes, penas e teclados. E cada um faça a sua parte. A coluna dará as dicas — o passo a passo que diz com todas as letras: escrever bem não é dom divino. É técnica. Aprendê-la e aplicá-la implica 99% de transpiração. A inspiração fica com 1%. Vamos lá?

A redação trabalha com palavras. Palavras compõem períodos. Períodos formam parágrafos. Parágrafos constroem textos. As regras de ouro se referem a esse quarteto. Igual ao Jack, vamos por partes. Comecemos pelo primeiro membro.


1. Palavras curtas. Entre dois vocábulos, fique com o mais simples, entre dois simples, o mais curto, entre dois curtos, o mais expressivo. Fuja dos literários e científicos:


Somente ou só? Só. Colocar ou pôr? Pôr. Chuva ou precipitação pluviométrica? Chuva. Lombada ou obstáculo transversal? Lombada. Presidente ou chefe do Executivo? Presidente. Somar ou contabilizar? Somar. Morrer ou falecer? Morrer. Equalizar ou igualar? Igualar. Agilizar ou apressar? Apressar. Modificar ou flexibilizar? Modificar. Ratificar ou confirmar? Confirmar. Geralmente ou em geral? Em geral. Comercializar ou vender? Vender. Votar ou sufragar? Votar.  Tribunal ou corte? Tribunal. Eleição ou pleito? Eleição. Supremo Tribunal Federal ou pretório excelso? Supremo Tribunal Federal ou simplesmente STF. Réu ou demandante? Réu. Recurso ou inconformação? Recurso. Resposta ou contestação? Resposta. Juiz ou julgador? Juiz. Pretender ou objetivar? Pretender. Voltar ou retornar? Voltar. Entrar ou ingressar? Entrar.  

Olho vivo


Reparou? Os curtinhos são mais simples. Vocábulos pomposos e pretensiosos funcionam como cortina de fumaça. Dificultam a leitura. Não raro obrigam o leitor a voltar atrás ou consultar o dicionário ou a internet. No percurso, há um risco. Ele deixa o texto pra lá e passar pra outro. Oferta é que não falta. Por isso, entre causídico e advogado, tenha uma certeza. Advogado segura o leitor. Causídico? Deixe para quem adora ser erudito.

Quem quer? Todos querem emprego público. A concorrência cresce dia a dia. Muitos viraram profissionais de disputas. São os concurseiros. Eles sabem que não basta estudar o conteúdo de ponta a ponta. Boa parte dos candidatos o faz. Impõe-se sobressair. É aí que entra a redação. O texto tem a palavra final: diz quem entra e quem fica de fora.


O blogue dá uma ajudinha à turma pra lá de esforçada. Oferece dicas que tornam o estilo claro, ágil e prazeroso. Três regras de ouro sintetizam o caminho a ser percorrido pra concretizar o sonho. Uma: menor é melhor. Outra: menos é mais. A última, tão importante quanto: variar pra agradar. Em posts anteriores, começamos a desvendar os mistérios da primeira norma. Continuemos.


Menor é melhor


Palavras curtas são preferíveis às longas. Palavras simples, às pomposas. Essa foi a primeira dica. Períodos também entram na jogada. A frase curta tem duas vantagens. De um lado, contribui pra reduzir o número de erros. (Vírgulas, conjunções, correlações verbais oferecem menos desafios.) De outro, torna o texto mais claro. Clareza, vale lembrar, é a maior qualidade do estilo.

Não queira falar como deputado.

Frase curta


Como fugir das frases que se perdem no caminho? Vinicius de Moraes deu a receita. “Uma frase longa”, escreveu ele, “não é nada mais que duas curtas.” Eureca! Desmembre as compridonas. 


1. Casse o gerúndio


Alunos recém-aprovados no vestibular entrarão na universidade no próximo semestre podendo, se forem estudiosos, acabar o curso em quatro anos, fazendo, em seguida, um curso de pós-graduação.


Com um chega pra lá no gerúndio, o período fica assim:


Alunos recém-aprovados no vestibular entrarão na universidade no próximo semestre. Se forem estudiosos, poderão acabar o curso em quatro anos e fazer, em seguida, uma pós-graduação. 

 Frase curta (2)


Vírgula? Ponto e vírgula? Na dúvida, use ponto


Os dois times prometiam partida emocionante na decisão de um dos campeonatos mais disputados dos últimos anos, mas o tumulto das arquibancadas pôs fim à expectativa dos torcedores de assistir a belo espetáculo.


Vamos separar as orações coordenadas? Com o ponto, dá pra respirar fundo:


Os dois times prometiam partida emocionante na decisão de um dos campeonato mais disputados dos últimos anos. Mas o tumulto das arquibancadas pôs fim à expectativa dos torcedores de assistir a belo espetáculo.


***


Cheguei atrasada à reunião porque, com a chuva, os semáforos se apagaram e o trânsito ficou pra lá de congestionado.


Que tal expulsar a conjunção? Sem ela, podemos tornar o período mais animado. Quer ver?


Cheguei atrasada à reunião. Com a chuva, os semáforos se apagaram e o trânsito ficou pra lá de congestionado.


Cheguei atrasada à reunião. Sabe por quê? Com a chuva, os semáforos se apagaram e o trânsito ficou pra lá de congestionado.


Por que cheguei atrasada à reunião? Com a chuva, os semáforos se apagaram e o trânsito ficou pra lá de congestionado.  

Menor é melhor. Menos é mais. Variar pra agradar. As três regras de ouro do estilo estão ao alcance da mão. Quem escreve tem os requisitos básicos pra redigir um texto. Domina número suficiente de vocábulos, as manhas da grafia, as normas da construção de frase e da organização de parágrafos.


Mas, pra sobressair, precisa ir além. Entra aí a série de dicas do blogue. Com elas, subimos dois degraus na requintada escada da expressão. Um: escrevemos mensagens fáceis, claras, concisas e sedutoras. A outra: conquistamos o leitor. Não é pouco.


Menos é mais (1)


O que é concisão? Faça a sua aposta. Respondeu “escrever pouco”? Errou. Conciso não é lacônico. É denso. Opõe-se a vago, impreciso, verborrágico. No estilo denso, cada palavra, cada frase, cada parágrafo deve estar impregnado de sentido. A regra: cortar sem prejuízo da completa e eficaz expressão do pensamento. Como chegar lá? Conjuge dois verbos — Um: cortar. O outro: trocar. Vamos lá?

Vem, tesoura


1. Corte, nas datas, os substantivos dia, mês e ano: em vez de no mês de janeiro, janeiro; no mês de novembro, novembro; no ano de 2013, 2013.


2. Livre-se de artigos indefinidos. Em 99% das frases, a criatura sobra: No fim de semana, houve (um) entra e sai na Papuda como jamais se viu. Os presidenciáveis prometem traçar (um) plano de redução dos gastos públicos. O deputado pediu (um) adiamento da votação do projeto. O um é bem-vindo quando não é artigo indefinido, mas numeral.


3. Casse possessivos. O pronomes seu e sua são uma das piores pragas do texto. Além de sobrecarregar a frase, tornam-na ambígua. Xô! Assim: Levantou a (sua) mão pra dizer que estava presente. Com ar divertido, mexeu os (seus) ombros. Balançou a (sua) cabeça com graça. Calçou os (seus) sapatos às pressas. A campanha foi equilibrada até o (seu) fim. Pra manter o (seu) ritmo de crescimento, o agronegócio precisa de excelentes estradas. O empresário endurece as (suas) críticas ao governo. Omita-o e substitua-o pelo artigo, porque ele já denota posse.


4. Mande os adjetivos-ônibus plantar batata. Termos vazios e inexpressivos, eles se aplicam a qualquer substantivo. É o caso de maravilhoso, formidável, fantástico, lindo, bonito, espetacular, bonito, interessante & cia. ilimitada. Xô! Se usar adjetivo, use aqueles que tornem preciso o sentido do substantivo. O mesmo vale para os advérbios que expressam juízo de valor: certamente, efetivamente, evidentemente, bastante, fielmente, levemente, definitivamente, absolutamente. Não se fazem restrições àqueles que especificam o sentido, como os de lugar e tempo.


5. Expulse os adjetivos-chavões. Associados a certos substantivos, os mesmeiros formam lugares-comuns pela insistência do uso. Fuja deles. É fácil: ascensão meteórica (em que consiste?), lucros fabulosos (quanto?), inflação galopante (índice?), congestionamento monstruoso (quantos carros?), prejuízos incalculáveis (valor aproximado?), vitória esmagadora (número de votos? Percentagem?).

Há outros exemplos de clichês: a olho nu, a olhos vistos, a cada dia que passa, a sete chaves, a todo vapor, alto e bom som, baixar a guarda, bater em retirada, cair como uma luva, caixinha de surpresas, cantar vitória, chegar a um denominador comum, chover no molhado, como se sabe, com direito a, como já é conhecido, de mão beijada, deixar a desejar, dispensar apresentações, detonar, em pé de igualdade, efeito dominó, em sã consciência, em última análise, extrapolar, faca de dois gumes, fazer das tripas coração, fugir da raia, gerar polêmica, hora da verdade, inserido no contexto, leque de opções, lugar ao sol, luz no fim do túnel, menina dos olhos, na vida real, no fundo do poço, ovelha negra, óbvio ululante, página virada, pomo da discórdia, procurar chifre em cabeça de cavalo, propriamente dito, respirar aliviado, reta final, sentir na pele, separar o joio do trigo, sagrar-se campeão, sorriso amarelo, ter boas razões, tecer comentários, tirar o cavalo da chuva, tiro de misericórdia, trazer à tona, via de regra, voltar à estaca zero


6. Enxote pronomes enxotáveis. É o caso de todos e algum. Como? Basta conhecer as manhas do artigo definido. Ao dizer “os professores entraram em greve”, englobam-se todos os mestres. Se não são todos, o artigo não tem vez: Professores entraram em greve.


Compare:


A presidente convocou todos os ministros. A presidente convocou os ministros. A presidente convocou alguns ministros para a reunião. A presidente convocou ministros para a reunião. Vou à missa todos os domingos. Vou à missa aos domingos. Na sala, há algumas crianças superdotadas. Na sala, há crianças superdotadas.

“Devo começar a redação pensando nas regras de ouro?” A pergunta é de Davi Leite, concurseiro profissional. Ele persegue cargo com salário superior a R$ 15 mil. Pra chegar lá, estuda, estuda muito. Insiste na redação pra se sair melhor que os outros. Respira fundo, faz o plano e escreve o texto inteiro. Depois, passa-o a limpo.


Eis o xis da questão. Passar a limpo não significa copiar o original. Significa melhorá-lo. Reescrevê-lo. Aí, sim, entram as regras de ouro. Vamos combinar? Não é tarefa fácil. Mas, à medida que exercitamos, o sacrifício vira prazer. Duvida? Banque o São Tomé. Teste.

Menos é mais (2)


Dois verbos entram em cartaz — cortar e trocar. Cabe ao autor lipoaspirar os excessos — artigos, substantivos, pronomes, adjetivos, locuções que engordam a frase. A língua, como as pessoas, adora a elegância. Pra atingir a forma nota 10, submete-se a dietas e bisturis gramaticais. Melhor: com alegria, sem gemer ou reclamar. O blogue exercitou as tesouradas nas gorduras. É a vez, agora, do troca-troca. Vamos lá?


Seis por meia dúzia


1. Troque locuções. Que bicho é esse? Não tem nada a ver com locutor de rádio e televisão. São duplinhas ou trios que fazem as vezes de substantivo, adjetivo, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção, interjeição e palavra denotativa: locuções substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas, conjuntivas, interjetivas e denotativas. Quer ver?


1.1. Locuções prepositivas: A carta está embaixo do travesseiro. (A carta está sob o travesseiro.). Pôs os pratos em cima da mesa. (Pôs os pratos sobre a mesa.) Falou a respeito do patrimônio público. (Falou sobre o patrimônio público.) Em face do exposto, teria condições de tomar a decisão. (Ante o exposto, teria condições de tomar a decisão.)


1.2. Locuções conjuntivas: Trabalha muito, de maneira que recebe bom salário. (Trabalha muito, logo recebe bom salário.)


1.3. Locuções verbais: Pôr ordem nos livros espalhados pela casa. (Ordenar os livros espalhados pela casa.) Fazer uma viagem (viajar). Ver a beleza do quadro (admirar o quadro). Pôr moeda em circulação (emitir moeda).


1.4. Locuções adjetivas: material de guerra (material bélico), criança com educação (criança educada), água própria para beber (água potável).

Seis por meia dúzia (2)


2. Troque orações adjetivas por adjetivos: O banco financia agricultores que plantam café. (O banco financia cafeicultores.) Roupas com as cores que estão na moda vendem bem. (Roupas com cores modernas vendem bem.) Os alunos que estudam tiram boas notas. (Os alunos estudiosos tiram boas notas.)


3. Troque perguntas indiretas por perguntas diretas: Gostaria de saber se você vai viajar. (Você vai viajar?) Não tenho certeza se ele vai participar da reunião. (Será que ele vai participar da reunião?) Quero que me informe quando chegará a encomenda. (Quando chegará a encomenda?)


4. Troque oração substantiva por substantivo: Exigimos que o servidor seja punido. (Exigimos a punição do servidor.) O aluno pede que o professor o desculpe. (O aluno pede desculpas ao professor.) O deputado pediu que o filho fosse admitido. (O deputado pediu a admissão do filho.)


5. Troque pronomes compridões por curtinhos: Aquele que fala muito dá bom-dia a cavalo. (Quem fala muito dá bom-dia a cavalo.) Aquilo que é escrito sem esforço é lido sem prazer. (O que é lido sem esforço é lido sem prazer.) Sigam-me aqueles que forem brasileiros. (Sigam-me os que forem brasileiros. Siga-me quem for brasileiro.)


6. Troque o futuro pelo presente: Vai viajar no fim do ano. (Viaja no fim do ano). Escreverei o texto até o fim da semana. (Escrevo o texto até o fim da semana.) Vamos sair logo, logo. (Saímos logo, logo.).

O que é mesmeiro? Imagine uma pessoa sempre igual. Dia após dia, ano após ano, usa a mesma roupa. Corta o cabelo do mesmo jeitinho. Come a mesma comida no mesmo lugar na mesma hora. Acorda e dorme no mesmo horário. Vê o mesmo filme. Lê o mesmo livro. Conta a mesma piada. Fala as mesmas coisas. Valha-nos, Deus! Nem o Senhor aguenta. Xô!


Vem, diversidade. É legal ser diferente. Surpresa chama a atenção e desperta a curiosidade. É o gosto pelo inusitado. O chavão serve de exemplo. Palavra ou expressão, tantas vezes repetida, perde o viço. Pontapé inicial, abrir com chave de ouro, cair como uma bomba & cia. tiveram frescor algum dia. Hoje soam coisa velha. Transmitem a impressão de profissional preguiçoso, desatento ou malformado. Em suma: incapaz de surpreender.

Variar pra agradar (1)


Entra, aí, a terceira regra de ouro do estilo. Ela recebe a diversiidade com banda de música e tapete vermelho. Por quê? As repetições — de sons, palavras ou estruturas — são sinal de inexperiência, descuido e pobreza vocabular. Há jeitos de evitá-las. Vamos lá?


1. Elimine os ecos. A rima é qualidade da poesia. Mas defeito na prosa. Pra descobrir os sons mesmeiros, leia o texto em voz alta. Eles incomodam o ouvido. Veja exemplos:


Mau: Há anos em que a reunião no pavilhão da Bienal é mensal.


Melhor: Há anos em que ocorrem reuniões mensais no pavilhão da Bienal.


***


Mau: O crescimento sem desenvolvimento implica incremento do subdesenvolvimento.


Melhor: Crescer sem preocupação com o desenvolvimento implica mais atraso.

Variar pra agradar (2)


2. Acabe com as fileirinhas de dês. Termos ligados por um trenzinho de dês contituem armadilha no caminho do leitor. De um lado, pecam pela abstração. De outro, pela dificuldade de serem entendidos. Vale tudo pra fugir da esparrela. A melhor estratégia: transformar substantivos e adjetivos em verbos. Assim:


Mau: O progresso dos estudantes de instituições de ensino do governo é lento.


Melhor: Os estudantes de escolas públicas progridem lentamente.  

Variar pra agradar (3)


3. Livre-se de quês. Sem apegos ou compaixão, conjugue os verbos caçar e cassar. Encontre os mesmeiros e passe a tesoura sem pena! Ah, coisa boa!


Mau: O deputado afirmou que Brasília, que é a capital do Brasil, deve servir de exemplo do que o país tem de melhor no que se refere ao serviço público.


Melhor: O deputado afirmou que Brasília, a capital do Brasil, deve ser exemplo da excelência nacional no tocante ao serviço público.


Também: O governador disse: “Brasília, a capital do Brasil, deve ser exemplo de excelência nacional no tocante ao serviço público”.


Idem: Sabe o que disse o governador? “Brasília, a capital do Brasil, deve ser exemplo de excelência nacional no tocante ao serviço público”. 

Variar pra agradar (4)


4. Fuja da repetição de palavras. Não dê atestado de descuido ou pobreza vocabular. Persiga as mesmeiras sem piedade. Use as armas que a língua lhe oferece. São três. Uma: suprimir o vocábulo. Outra: substituí-lo por sinônimo. Mais uma: dar outro torneio da frase.


Espero terminar o curso de direito em quatro anos. Não vou perder tempo. Em seguida, vou partir para um curso de pós-graduação.


Vamos combinar? O leitor não merece a dose dupla do substantivo curso. Xô, monotonia! Vem, tesoura: Espero terminar o curso de direito em quatro anos. Não quero perder tempo. Em seguida, vou partir para a pós-graduação. *** Trabalho porque pago minhas contas com o fruto do meu trabalho.


Melhor: Trabalho porque pago minhas contas com o suor do meu rosto.


Também: Trabalho porque preciso pagar as contas.

Água parada apodrece. Exala mau cheiro que espanta os próximos e deixa os distantes de sobreaviso. Só o movimento a mantém viva. O mesmo ocorre com a língua. Frases mornas e tediosas afugentam o leitor e o ouvinte. Ele larga o livro, a revista ou o jornal. Desliga a tevê ou o rádio. Corre da internet. Em suma: é a receita do cruz-credo.


A saída? Mexa-se. Seja dinâmico. Vá logo ao ponto. Abuse de verbos e substantivos. Prefira a voz ativa à passiva. Fuja de adjetivos, advérbios, pronomes, conjunções, aumentativos, diminutivos e superlativos. Evite palavras longas e pomposas. Opine. Não ache. Achismo não é opinião. Em bom português: recorra às regras de ouro do estilo: menor é melhor, menos é mais, variar pra agradar. Posts anteriores deram dicas pra chegar lá. Continuemos.   Variar pra agradar (5)


“Repetir palavras rouba pontos”, ensinam os professores. A moçada não está nem aí. Insiste na esparrela. A alternativa dos mestres é uma só. Impossibilitados de avançar, permanecem nos passos iniciais da variedade do estilo. Resultado: os mesmeiros deitam e rolam. Espertos, fazem de conta que não entram no time das repetições. Mas entram. São frases e parágrafos que se iniciam com estruturas iguais. Que sono. Veja:


A avaliação constitui passo importante no processo da aprendizagem. Os testes permitem considerar acertos e erros na caminhada de crianças e jovens em direção à liberdade, além de oferecer base para a correção de rumos. O Brasil descobriu tardiamente as vantagens do julgamento objetivo de resultados. O MEC, só na década de 90, tomou medidas concretas aptas a orientar políticas na área da educação.


Viu? O parágrafo tem quatro períodos. Todos começam do mesmo jeitinho — substantivo acompanhado de artigo. A repetição o torna monótono. Sonolento, o pobre leitor boceja. Esforça-se pra se manter acordado. Sem sucesso, opta por uma destas saídas: cai nos braços de Morfeu ou parte pra outra. Vamos segurá-lo?


A avaliação constitui passo importante no processo da aprendizagem. De um lado, permite considerar acertos e erros na caminhada de crianças e jovens em direção à liberdade. De outro, oferece base para a correção de rumos. O Brasil descobriu tardiamente as vantagens do julgamento objetivo de resultados. Só na década de 90 o MEC tomou medidas concretas aptas a orientar políticas na área da educação.

Variar pra agradar (6)


A repetição malandra é atrevida. Vai além dos períodos. Também aparece na passagem de um parágrafo para outro. Veja:


É um susto atrás do outro. Mães e pais se surpreendem com a língua da meninada. No telefone, usam código próprio. É um tal de tô gúdi pra cá, tá numa bad pra lá, nope pracolá. No computador, o sobressalto não é diferente: abreviaturas estranhas, palavras inventadas — tudo aos pedaços, sem começo nem fim, sem pé nem cabeça. Bicho vira bx. Você, vc. Beijo, bj. Aqui, aki. O que fazer? Nada.


Somos poliglotas na nossa língua. “Não falamos português. Falamos línguas em português”, repetia José Saramago. Gíria, internetês, estrangeirismos, norma culta convivem com harmonia. Garotos e garotas são safos. Transitam com desenvoltura em todas. Melhor: dispensam professor pra lhes dizer quando recorrer a esta ou àquela modalidade. Proibi-los de usar uma ou outra? É excluí-los. Deus castiga.   Melhor


É um susto atrás do outro. Mães e pais se surpreendem com a língua da meninada. No telefone, usam código próprio. É um tal de tô gudi pra cá, tá numa bad pra lá, nope pracolá. No computador, o sobressalto não é diferente: abreviaturas estranhas, palavras inventadas — tudo aos pedaços, sem começo nem fim, sem pé nem cabeça. Bicho vira bx. Você, vc. Beijo, bj. Aqui, aki.


O que fazer? Nada. Somos poliglotas na nossa língua. “Não falamos português. Falamos línguas em português”, repetia José Saramago. Gíria, internetês, estrangeirismos, norma culta convivem com harmonia. Garotos e garotas são safos. Transitam com desenvoltura em todas. Melhor: dispensam professor pra lhes dizer quando recorrer a esta ou àquela modalidade. Proibi-los de usar uma ou outra? É excluí-los. Deus castiga. Deixe o internetês para as redes sociais, deixe o regionalismo e a gíria para as conversas informais. Evite mesóclises, pontos de exclamação e reticências.

Menor é melhor. Menos é mais. Variar pra agradar. Aplicadas, as três regras fazem milagres. Põem pra correr criaturas que afugentam o leitor. Ao mesmo tempo, pegam-no pelo pé. É o prêmio do esforço de quem acredita que se pode melhorar sempre. A ordem: reescrever, reescrever, reescrever.


Hemingway reescreveu 30 vezes o último capítulo de Adeus às armas até se sentir satisfeito. Marguerite Youcenar precisou de 29 anos para considerar Memórias de Adriano digno do poderoso imperador romano. Valeu. A obra-prima lhe abriu as portas da Academia Francesa de Letras. Foi a primeira mulher a entrar no até então Clube do Bolinha.   Seja fácil


A facilidade fisga. Palavras familiares, períodos curtos, jeito natural, toque humano, título convidativo tornam a mensagem amigável. Não se esqueça: o autor se dirige a pessoas de carne e osso.


Você chegou lá? Leia a redação com cuidado. Responda à pergunta: Fui fácil?


a. sim b. não c. mais ou menos   Legibilidade do texto


Sabia? A facilidade de leitura preocupa especialistas há mais de 50 anos. Pesquisas pipocaram em universidades americanas de norte a sul do país. Um dos frutos dos estudos é o teste de legibilidade. Alberto Dines, então no Jornal do Brasil, adaptou-o para o português. Eis o passo a passo da fórmula:


1. Conte as palavras do parágrafo. 2. Conte as frases (cada frase termina por ponto). 3. Divida o número de palavras pelo número de frases. Assim, você terá a média da palavra/frase do texto. 4. Some a média da palavra/frase com o número de polissílabos. 5. Multiplique o resultado por 0,4 (média de letras da palavras na frase de língua portuguesa). 6. O produto da multiplicação é o índice de legibilidade.   Possíveis resultados:


1 a 7: história em quadrinhos 8 a 10: excepcional 11 a 15: ótimo 16 a 19: pequena dificuldade 20 a 30: muito difícil 31 a 40: linguagem técnica acima de 41: nebulosidade   Teste


Embora figure entre as 10 maiores economias do planeta, o Brasil conserva mentalidade subdesenvolvida no trato dos bens culturais. Considera “dinheiro jogado fora” investimento em museus, arquivos, bibliotecas. O Memorial da América Latina é a vítima mais recente. Outras virão. É o preço salgado que o país paga pela miopia do atraso.


Confira:


1. Palavras do parágrafo: 52 2. Número de frases: 5 3. Média da palavra/frase (52 dividido por 5): 10,4 4. 10,4 + 8 (nº de polissílabos): 18,4 5. 18,4 X 0,4 = 7,36 Resultado: legibilidade excepcional   Sua vez


Avalie um texto seu. Pode ser carta, e-mail, artigo, redação escolar. O teste tem de ser feito por parágrafos. Se o resultado ficar acima de 15, abra os olhos. Facilite a vida do leitor. Você tem dois caminhos. Um: diminua o tamanho das frases. O outro: mande algumas proparoxítonas pra bem longe. O melhor: recorra aos dois.


Alto, baixo, gordo, magro, grande, pequeno são relativos. Alguém pode ser alto pra uns e baixo pra outros. Diga a altura, o peso, o tamanho: 1,95m, 50kg, 300km.


Negro é raça. Nessa acepção, use-o sem pensar duas vezes. Pelé é negro. Não é escurinho, crioulo, negrinho, moreno, negrão ou de cor.


Evite o adjetivo em expressões de conotação negativa. Em vez de nuvens negras, prefira nuvens pretas ou escuras. Em lugar de lista negra, fique com lista dos maus pagadores.


Apague denegrir (derivado de negro) de seu dicionário. Prefira comprometer. Elimine também judiar, da família de judeu. Substitua-o por maltratar.


Não use crente. Indique a que religião a pessoa pertence.


Diga chinês, coreano, japonês (não: japa, china, amarelo); idoso (não: velho, decrépito, gagá, pé na cova, titio); lésbica (não: sapatão, pé 44); pobre, pessoa de baixa renda (não: pobretão, pé de chinelo, ralé, raia miúda, povão, escória, zé-povinho, povaréu); pessoa com deficiência (não: portador de deficiência, pessoa com necessidades especiais, pessoa especial, retardado); religioso (não: papa-hóstia, igrejeiro, carola, barata de igreja);  travesti (não: traveco, boneca, bicha).


Identifique o estado de origem com precisão: maranhense, paraibano, pernambucano, cearense.

Se quiser generalizar, use nordestino, sulista ou nortista.

Não use paraíba nem baiano, exceto se a pessoa nasceu na Bahia.


O radialista Airton Medeiros estava entrevistando ao vivo a presidente de uma associação de cegos em programada da Rádio Nacional. Tratava-a de cega o tempo inteiro até receber um papelzinho com a recomendação de que a tratasse como “deficiente visual”. Antes de obedecer à ordem, perguntou se deveria continuar tratando-a de cega ou de deficiente visual. Ela aproximou as mãos do rosto dele até tocar os óculos. Então afirmou: “Deficiente visual é sua gramática, que está desatualizada. Eu sou cega”.

Cabeleireiro é cabeleireiro, não hair stylist. 

Costureira é costureira, não estilista de moda (outra especialidade). 

Manicure é manicure, não esteticista de unhas. 

Empregada doméstica é empregada doméstica, não faxineira ou diarista (outras especialidades).

Dona de casa é dona de casa, não do lar ou especialista em prendas domésticas.