quinta-feira, 7 de abril de 2022

Cantigas de roda populares do Brasil

 1. Ciranda, Cirandinha

Ciranda Cirandinha

Vamos todos cirandar

Vamos dar a meia volta

Volta e meia vamos dar


O Anel que tu me destes

Era vidro e se quebrou

O amor que tu me tinhas

Era pouco e se acabou


Por isso dona Fulana de Tal

Faz favor de entrar na roda

Diga um verso bem bonito

Diga adeus e vá embora


2. Atirei o Pau no Gato

Atirei o pau no gato, tô

Mas o gato, tô

Não morreu, reu, reu

Dona Chica, cá cá

Admirou-se, se se

Do berrô, do berrô, que o gato deu, Miau!


3. Capelinha de Melão

Capelinha de melão

É de São João

É de cravo, é de rosa,

É de manjericão

São João está dormindo

Não me ouve, não

Acordai, acordai,

Acordai, João!


4. Escravos de Jó

Escravos de Jó

Jogavam caxangá

Tira, põe, deixa ficar

Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá

Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá.


5. Peixe Vivo

Como pode o peixo vivo

Viver fora da água fria

Como pode o peixe vivo

Viver fora da água fria


Como poderei viver

Como poderei viver

Sem a tua, sem a tua

Sem a tua companhia

Sem a tua, sem a tua

Sem a tua companhia


Os pastores desta aldeia

Já me fazem zombaria

Os pastores desta aldeia

Já me fazem zombaria


Por me verem assim chorando

Por me verem assim chorando

Sem a tua, sem a tua

Sem a tua companhia

Sem a tua, sem a tua

Sem a tua companhia


6. A Galinha do Vizinho

A galinha do vizinho

Bota ovo amarelinho

Bota um, bota dois, bota três,

Bota quatro, bota cinco, bota seis,

Bota sete, bota oito, bota nove,

Bota dez!


7. Borboletinha

Borboletinha tá na cozinha

Fazendo chocolate

Para a madrinha


Poti, poti

Perna de pau

Olho de vidro

E nariz de pica-pau pau pau


8. Meu Limão, Meu Limoeiro

Meu limão, meu limoeiro

Meu pé de jacarandá

Uma vez, tindolelê

Outra vez, tindolalá


9. A Barata Diz que Tem

A Barata diz que tem sete saias de filó

É mentira da barata, ela tem é uma só

Ah ra ra, iá ro ró, ela tem é uma só!


A Barata diz que tem um sapato de veludo

É mentira da barata, o pé dela é peludo

Ah ra ra, Iu ru ru, o pé dela é peludo!


A Barata diz que tem uma cama de marfim

É mentira da barata, ela tem é de capim

Ah ra ra, rim rim rim, ela tem é de capim


A Barata diz que tem um anel de formatura

É mentira da barata, ela tem é casca dura

Ah ra ra , iu ru ru, ela tem é casca dura


A barata sempre usa um perfume da Avon

É mentira da barata ela usa é Detefon

Ah ra ra, iu ru ru, ela usa é Detefon


10. Alecrim

Alecrim, Alecrim dourado

Que nasceu no campo

Sem ser semeado

Alecrim, Alecrim dourado

Que nasceu no campo

Sem ser semeado


Foi meu amor

Que me disse assim

Que a flor do campo é o alecrim

Foi meu amor

Que me disse assim

Que a flor do campo é o alecrim


11. Cai, Cai Balão

Cai cai balão, cai cai balão

Na rua do sabão

Não Cai não, não cai não, não cai não

Cai na rua do sabão!


Cai cai balão, cai cai balão

Aqui na minha mão

Não vou lá, não vou lá, não vou lá

Tenho medo de apanhar!


12. Pirulito que Bate Bate

Pirulito que bate bate

Pirulito que já bateu

Quem gosta de mim é ela

Quem gosta dela sou eu


Pirulito que bate bate

Pirulito que já bateu

A menina que eu gostava

Não gostava como eu


13. Pombinha Branca

Pombinha branca o que está fazendo?

Lavando roupa pro casamento

Vou me lavar, vou me secar

Vou pra janela pra namorar


Passou um moço de terno branco,

Chapéu de lado meu namorado

Mandei entrar, mandei sentar

Cuspiu no chão, limpa aí seu porcalhão


14. Terezinha de Jesus

Terezinha de Jesus deu uma queda

Foi ao chão

Acudiram três cavalheiros

Todos de chapéu na mão


O primeiro foi seu pai

O segundo seu irmão

O terceiro foi aquele

Que a Tereza deu a mão


Terezinha levantou-se

Levantou-se lá do chão

E sorrindo disse ao noivo

Eu te dou meu coração


Da laranja quero um gomo

Do limão quero um pedaço

Da morena mais bonita

Quero um beijo e um abraço


15. Indiozinhos

Um, dois, três indiozinhos

Quatro, cinco, seis indiozinhos

Sete, oito, nove indiozinhos

Dez num pequeno bote

Iam navegando pelo rio abaixo

Quando um jacaré se aproximou

E o pequeno bote dos indiozinhos

Quase, quase virou.

Mas não virou!


16. Se Essa Rua Fosse Minha

Se essa rua

Se essa rua fosse minha

Eu mandava

Eu mandava ladrilhar

Com pedrinhas

Com pedrinhas de brilhante

Para o meu

Para o meu amor passar


Nessa rua

Nessa rua tem um bosque

Que se chama

Que se chama solidão

Dentro dele

Dentro dele mora um anjo

Que roubou

Que roubou meu coração


Se eu roubei

Se eu roubei teu coração

Tu roubaste

Tu roubaste o meu também

Se eu roubei

Se eu roubei teu coração

É porque

É porque te quero bem


17. O Cravo e a Rosa

O cravo brigou com a rosa

Debaixo de uma sacada

O cravo saiu ferido

E a rosa despedaçada


O cravo ficou doente

E a rosa foi visitar

O cravo teve um desmaio

E a rosa pôs-se a chorar


A rosa fez serenata

O cravo foi espiar

E as flores fizeram festa

Porque eles vão se casar


18. Samba Lelê

Samba Lelê tá doente

Tá com a cabeça quebrada

Samba Lelê precisava

É de umas boas palmadas


Samba, samba, Samba ô Lelê

samba, samba, samba ô Lalá

Samba, samba, Samba ô Lelê

Pisa na barra da saia ô Lalá


Samba Lelê tá doente

Tá com a cabeça quebrada

Samba Lelê precisava

É de umas boas palmadas


Samba, samba, Samba ô Lelê

samba, samba, samba ô Lalá

Samba, samba, Samba ô Lelê

Pisa na barra da saia ô Lalá


19. O Sapo

O sapo não lava o pé.

Não lava porque não quer.

Ele mora lá na lagoa,

E não lava o pé

Porque não quer

Mas, que chulé!

A sapa na lava a pá, na lava parca na cá

Ala mara lá na lagaa, na lava a pá parca na cá

Mas ca chalá!


E sêpe nê lêve ê pê, nê lêve perquê nê quê

Êle mêre lê nê leguê, nê lêve ê pê, perquê nê quê

Mês quê chelê!


I sipi ni livi i pí, ni livi pirqui ni qui

Ili miri li ni liguí, ni livi i pi, pirqui ni qui

Mis qui chilí!


O sôpo no lovo o pô, no lolo porquo no co

Olo môro lo no logôo, no lovo o pô porcô no cô

Mos quô cholô


U súpu nu luvo u pú, nu luvu porqu nu cu

Ulu muru lu nu luguu, nu luvu u pú purcu nu cú

Mus cu chulú!


20. Marcha Soldado

Marcha Soldado

Cabeça de Papel

Se não marchar direito

Vai preso pro quartel


O quartel pegou fogo

A polícia deu sinal

Acode acode acode

A bandeira nacional


21. Fui no Tororó

Fui no Tororó beber água não achei

Achei linda Morena

Que no Tororó deixei

Aproveita minha gente

Que uma noite não é nada

Se não dormir agora

Dormirá de madrugada


Oh, Dona Maria

Oh, Mariazinha, entra nesta roda

Ou ficarás sozinha!


Sozinha eu não fico

Nem hei de ficar!

Por que eu tenho Fulano de Tal

Para ser o meu par!


22. Ai, Eu Entrei na Roda

Ai, eu entrei na roda

Ai, eu não sei como se dança

Ai, eu entrei na "rodadança"

Ai, eu não sei dançar


Sete e sete são quatorze, com mais sete, vinte e um

Tenho sete namorados só posso casar com um


Namorei um garotinho do colégio militar

O diabo do garoto, só queria me beijar


Todo mundo se admira da macaca fazer renda

Eu já vi uma perua ser caixeira de uma venda


Lá vai uma, lá vão duas, lá vão três pela terceira

Lá se vai o meu benzinho, no vapor da cachoeira


Essa noite tive um sonho que chupava picolé

Acordei de madrugada, chupando dedo do pé


23. A Canoa Virou

A canoa virou

Por deixá-la virar

Foi por causa da Fulana de Tal

Que não soube remar


Se eu fosse um peixinho

E soubesse nadar

Tirava Fulana de Tal

Do fundo do mar


Siriri pra cá

Siriri pra lá

Fulana de Tal não sabe nadar


24. A Rosa Amarela

Olha a Rosa amarela, Rosa

Tão Formosa, tão bela, Rosa

Olha a Rosa amarela, Rosa

Tão Formosa, tão bela, Rosa


Iá-iá meu lenço, ô Iá-iá

Para me enxugar, ô Iá-iá

Esta despedida, ô Iá-iá

Já me fez chorar, ô Iá-iá (repete)


25. Quem me Ensinou a Nadar

Quem me ensinou a nadar

Quem me ensinou a nadar


Foi, foi, marinheiro,

Foi os peixinhos do mar

Foi, foi, marinheiro,

Foi os peixinhos do mar


26. Sapo-Cururu

Sapo-Cururu

Na beira do rio

Quando o sapo canta,

Ó maninha,

É que está com frio


A mulher do sapo

Deve estar lá dentro

Fazendo rendinha,

Ó maninha,

Para o casamento


27. Meu Galinho

Há três noites que eu não durmo, o-lá-lá!

Pois perdi o meu galinho o-lá-lá!

Coitadinho, o-lá-lá!

Pobrezinho, o-lá-lá!

Eu perdi lá no jardim.


Ele é branco e amarelo, o-lá-lá!

Tem a crista vermelhinha, o-lá-lá!

Bate as asas, o-lá-lá!

Abre o bico, o-lá-lá!

Ele faz qui-ri-qui-qui!


Já rodei em Mato Grosso, o-lá-lá!

Amazonas e Pará, o-lá-lá!

Encontrei, o-lá-lá!

Meu galinho, o-lá-lá!

No sertão do Ceará.


28. Marinheiro só

Oi, marinheiro, marinheiro,

Marinheiro só

Quem te ensinou a navegar?

Marinheiro só

Foi o balanço do navio,

Marinheiro só

Foi o balanço do mar

Marinheiro só.


29. Pezinho

Ai bota aqui

Ai bota aqui o seu pezinho

Seu pezinho bem juntinho com o meu

E depois não vá dizer

Que você se arrependeu!


30. Vai abóbora

Vai abóbora vai melão de melão vai melancia

Vai jambo sinhá, vai jambo sinhá, vai doce, vai cocadinha

Quem quiser aprender a dançar, vai na casa do Juquinha

Ele pula, ele dança, ele faz requebradinha.


31. Roda pião

O Pião entrou na roda, ó pião!

Roda pião, bambeia pião!

Sapateia no terreiro, ó pião!

Mostra a tua figura, ó pião!

Faça uma cortesia, ó pião!

Atira a tua fieira, ó pião!

Entrega o chapéu ao outro, ó pião!


32. Caranguejo

Caranguejo não é peixe

Caranguejo peixe é

Caranguejo não é peixe

Na vazante da maré.

Palma, palma, palma,

Pé, pé, pé

Caranguejo só é peixe, na vazante da maré!


33. Na loja do Mestre André

Foi na loja do Mestre André

Que eu comprei um pianinho,

Plim, plim, plim, um pianinho

Ai olé, ai olé!

Foi na loja do Mestre André!


Foi na loja do Mestre André


Que eu comprei um violão,

Dão,dão,dão, um violão

Plim, plim, plim, um pianinho

Ai olé, ai olé!

Foi na loja do Mestre André!


Foi na loja do Mestre André

Que eu comprei uma flautinha,

Flá, flá, flá, uma flautinha

Dão,dão,dão, um violão

Plim, plim, plim, um pianinho


Ai olé, ai olé!

Foi na loja do Mestre André!


Foi na loja do Mestre André

Que eu comprei um tamborzinho,

Dum, dum, dum, um tamborzinho

Flá, flá, flá, uma flautinha

Dão, dão, dão, um violão

Plim, plim, plim, um pianinho

Ai olé, ai olé!

Foi na loja do Mestre André!


34. Meu boi morreu

O meu boi morreu

O que será de mim

Mande buscar outro, oh Morena

Lá no Piauí


O meu boi morreu

O que será da vaca

Pinga com limão, oh Morena

Cura urucubaca.


35. Tutu Marambá

Tutu Marambá não venhas mais cá

Que o pai do menino te manda matar


Durma neném, que a Cuca logo vem

Papai está na roça e Mamãezinha em Belém


Tutu Marambá não venhas mais cá

Que o pai do menino te manda matar.


Veja também: Cantigas de ninar - Folclore

36. Você gosta de mim?

Você gosta de mim, ó menina?

Eu também de você, ó menina

Vou pedir a seu pai, ó menina,

Para casar com você, ó menina


Se ele disser que sim, ó menina,

Tratarei dos papéis, ó menina,

Se ele disser que não, ó menina,

Morrerei de paixão.


37. Vamos Maninha

Vamos Maninha vamos,

Lá na praia passear

Vamos ver a barca nova que do céu caiu do mar


Nossa Senhora esta dentro,

Os anjinhos a remar

Rema rema remador, que este barco é do Senhor


O barquinho já vai longe

E os anjinhos a remar

Rema rema remador, que este barco é do Senhor (repete)


38. Que é de Valentim

Que é de Valentim ? Valentim Trás Trás

Que é de Valentim ? É um bom rapaz

Que é de Valentim ? Valentim sou eu!

Deixa a moreninha, que esse par é meu!


39. Na Bahia tem

Na Bahia tem, tem tem tem

Coco de vintém, ô Ia-iá

Na Bahia tem!


Na beira da praia

Na beira da praia

Eu vou, eu quero ver

Na beira da praia,

Só me caso com você


Na beira da praia

Você diz que não, que não,

Você mesmo há de ser


Água tanto deu na pedra,

Que até fez amolecer,

Na beira da praia.


40. Mineira de Minas

Sou mineira de Minas,

Mineira de Minas Gerais


Rebola bola você diz que dá que dá

Você diz que dá na bola, na bola você não dá!


Sou carioca da gema,

Carioca da gema do ovo


Rebola bola você diz que dá que dá

Você diz que dá na bola, na bola você não dá!

41. Pai Francisco

Pai Francisco entrou na roda

Tocando seu violão!

Da…ra…rão! Dão!

Vem de lá seu delegado

E Pai Francisco foi pra prisão.

Como ele vem

Todo requebrado

Parece um boneco

Desengonçado.

42. O Trem de Ferro

O trem de ferro

Quando sai de Pernambuco

Vai fazendo chuco-chuco

Até chegar no Ceará

43. Cinco Patinhos

Cinco patinhos foram passear

Além das montanhas para brincar

A mamãe falou: quá, quá, quá, quá

Mas só quatro patinhos voltaram de lá


Quatro patinhos foram passear

Além das montanhas para brincar

A mamãe falou: quá, quá, quá, quá

Mas só três patinhos voltaram de lá


Três patinhos foram passear

Além das montanhas para brincar

A mamãe falou: quá, quá, quá, quá

Mas só dois patinhos voltaram de lá


Dois patinhos foram passear

Além das montanhas para brincar

A mamãe falou: quá, quá, quá, quá

Mas só um patinho voltou de lá


Um patinho foi passear

Além das montanhas para brincar

A mamãe falou: quá, quá, quá, quá

Mas nenhum patinho voltou de lá


A mamãe patinha foi procurar

Além das montanhas na beira do mar

A mamãe falou: quá, quá, quá, quá

E os cinco patinhos voltaram de lá!

44. A Dona Aranha

A Dona Aranha subiu pela parede 

Veio a chuva forte e a derrubou

Já passou a chuva o sol já vai surgindo

E a Dona Aranha continua a subir


Ela é teimosa e desobediente

Sobe, sobe, sobe e nunca está contente


A Dona Aranha desceu pela parede 

Veio a chuva forte e a derrubou

Já passou a chuva o sol já vai surgindo

E a Dona Aranha continua a descer


Ela é teimosa e desobediente

Desce, desce, desce e nunca está contente

45. Da Minha Viola

Eu tirei um dó da minha viola

Da minha viola eu tirei um dó

Dormir é muito bom, é muito bom

Dormir é muito bom, é muito bom


É bom camarada, é bom camarada

É bom, é bom, é bom

É bom camarada, é bom camarada

É bom, é bom, é bom


Eu tirei um ré da minha viola

Da minha viola eu tirei um ré

Rezar é muito bom, é muito bom

Rezar é muito bom, é muito bom


É bom camarada, é bom camarada

É bom, é bom, é bom

É bom camarada, é bom camarada

É bom, é bom, é bom


Eu tirei o mi da minha viola

Da minha viola eu tirei o mi

Mingau é muito bom, é muito bom

Mingau é muito bom, é muito bom


É bom camarada, é bom camarada

É bom, é bom, é bom

É bom camarada, é bom camarada

É bom, é bom, é bom


Eu tirei um fá da minha viola

Da minha viola eu tirei um fá

Falar é muito bom, é muito bom

Falar é muito bom, é muito bom


É bom camarada, é bom camarada

É bom, é bom, é bom

É bom camarada, é bom camarada

É bom, é bom, é bom


Eu tirei um sol da minha viola

Da minha viola eu tirei um sol

Sorrir é muito bom, é muito bom

Sorrir é muito bom, é muito bom


É bom camarada, é bom camarada

É bom, é bom, é bom

É bom camarada, é bom camarada

É bom, é bom, é bom


Eu tirei um lá da minha viola

Da minha viola eu tirei um lá

Laranja é muito bom, é muito bom

Laranja é muito bom, é muito bom


É bom camarada, é bom camarada

É bom, é bom, é bom

É bom camarada, é bom camarada

É bom, é bom, é bom


Eu tirei um si da minha viola

Da minha viola eu tirei um si

Silêncio é muito bom, é muito bom

Silêncio é muito bom, é muito bom


É bom camarada, é bom camarada

É bom, é bom, é bom

É bom camarada, é bom camarada

É bom, é bom, é bom

46. Formiguinha

Fui no mercado comprar café

E a formiguinha subiu no meu pé

Eu sacudi, sacudi, sacudi

Mas a formiguinha não parava de subir


Fui no mercado comprar batata roxa

E a formiguinha subiu na minha coxa

Eu sacudi, sacudi, sacudi

Mas a formiguinha não parava de subir


Fui no mercado comprar limão

E a formiguinha subiu na minha mão

Eu sacudi, sacudi, sacudi

Mas a formiguinha não parava de subir


Fui no mercado comprar jirimum

E a formiguinha subiu no meu bumbum

Eu sacudi, sacudi, sacudi

Mas a formiguinha não parava de subir


Fui no mercado comprar um giz

E a formiguinha subiu no meu nariz

Eu sacudi, sacudi, sacudi

Mas a formiguinha não parava de subir

47. Boneca de Lata

Minha boneca de lata 

Bateu a cabeça no chão 

Levou mais de uma hora 

Pra fazer a arrumação


Desamassa aqui

Pra ficar boa


Minha boneca de lata 

Bateu o nariz no chão 

Levou umas duas horas 

Pra fazer a arrumação


Desamassa aqui

Desamassa ali

Pra ficar boa


Minha boneca de lata 

Bateu a barriga no chão 

Levou umas três horas 

Pra fazer a arrumação


Desamassa aqui

Desamassa ali

Desamassa aqui

Pra ficar boa


Minha boneca de lata 

Bateu o bumbum no chão 

Levou umas quatro horas 

Pra fazer a arrumação


Desamassa aqui

Desamassa ali

Desamassa aqui

Desamassa ali

Pra ficar boa


Minha boneca de lata 

Bateu o joelho no chão 

Levou umas cinco horas 

Pra fazer a arrumação


Desamassa aqui

Desamassa ali

Desamassa aqui

Desamassa ali

Desamassa aqui

Pra ficar boa


Minha boneca de lata 

Bateu o pé no chão 

Levou umas seis horas 

Pra fazer a arrumação


Desamassa aqui

Desamassa ali

Desamassa aqui

Desamassa ali

Desamassa aqui

Desamassa ali

Pra ficar boa

48. Pintinho Amarelinho

Meu pintinho amarelinho

Cabe aqui na minha mão (na minha mão)

Quando quer comer bichinhos

Com seus pezinhos ele cisca o chão


Ele bate as asas

Ele faz piu piu

Mas tem muito medo é do gavião

49. Motorista

Motorista, motorista

Olha a pista, olha a pista

Nela tem buracos, nela tem buracos 

Há há há


Motorista, motorista

Olha o poste, olha o poste

Não é de borracha, não é de borracha

Vai bater, já bateu!


Cobrador, cobrador

Olha o troco, olha o troco

Está tudo errado, está tudo errado

Há há há

49. Sítio do Seu Lobato

Seu lobato tinha um sítio, ia, ia, ô!

E nesse sítio tinha uma vaca, ia, ia ô!

Era mu, mu, mu pra cá! era mu, mu, mu pra lá!

Era mu, mu, mu pra todo lado, ia, ia ô!

Seu lobato tinha um sítio, ia, ia, ô!

E nesse sítio tinha um porco, ia, ia, ô!

Era óinc, óinc, óinc pra cá! era óinc, óinc, óinc pra lá!

Era óinc, óinc, óinc pra todo lado, ia, ia ô!

Seu lobato tinha um sítio, ia, ia ô!

E nesse sítio tinha um cachorro ia ia ô!

Era au au au pra cá, era au au au pra lá

Era au au au pra todo lado ia ia ô!

50. Se Você Está Contente

Se você está contente bata palmas

Se você está contente bata palmas

Se você está contente e quer mostrar à toda gente

Se você está contente bata palmas


Se você está contente bata o pé

Se você está contente bata o pé

Se você está contente e quer mostrar à toda gente

Se você está contente bata o pé


Se você está contente dê risada (há há há)

Se você está contente dê risada (há há há)

Se você está contente e quer mostrar à toda gente

Se você está contente dê risada (há há há)


Se você está contente grite viva (viva!)

Se você está contente grite viva (viva!)

Se você está contente e quer mostrar à toda gente

Se você está contente grite viva (viva!)

51. Coelhinho da Páscoa

Coelhinho da Páscoa, que trazes pra mim?

1 ovo

2 ovos

3 ovos assim

um ovo

dois ovos

três ovos assim


Coelhinho da Páscoa, que cor eles têm?

Azul, amarelo e vermelho também

Azul, amarelo e vermelho também.

52. Festa dos Insetos

A pulga e o percevejo fizeram a combinação

Fizeram serenata debaixo do meu colchão (2x)


Torce, retorce, procuro mas não vejo,

Não sei se era pulga ou se era o percevejo (2x)


A pulga toca banjo, o percevejo violão

E o danado do piolho também toca rabecão (2x)


Torce, retorce, procuro mas não vejo,

Não sei se era pulga ou se era o percevejo (2x)


Lá vem a dona pulga,  vestidinha de balão

Dando o braço ao piolho, na entrada do salão (2x)


Torce, retorce, procuro mas não vejo,

Não sei se era pulga ou se era o percevejo (2x)

53. Os Dedinhos

Polegares polegares

Onde estão aqui estão

Eles se saúdam eles se saúdam

E se vão e se vão


Indicadores indicadores

Onde estão aqui estão

Eles se saúdam eles se saúdam

E se vão e se vão


Dedos médios dedos médios

Onde estão aqui estão

Eles se saúdam eles se saúdam

E se vão e se vão


Anelares anelares

Onde estão aqui estão

Eles se saúdam eles se saúdam

E se vão e se vão


Dedos mínimos dedos mínimos

Onde estão aqui estão

Eles se saúdam eles se saúdam

E se vão e se vão


Todos os dedos todos os dedos

Onde estão aqui estão

Eles se saúdam eles se saúdam

E se vão e se vão

54. Fui Morar Numa Casinha

Fui morar numa casinha, nha 

Infestada, da, de cupim, pim pim

Saiu de lá, lá ,lá uma lagartixa, xa

Olhou pra pra mim, olhou pra mim e fez assim


Fui morar numa casinha, nha, nha

Enfeitada, da, de florzinha, nha

Saiu de lá, lá ,lá uma princesinha, nha

Olhou pra pra mim, olhou pra mim e fez assim


Fui morar numa casinha, nha, nha

Infestada, da, de morceguinho, nho

Saiu de lá, lá ,lá uma bruxinha, nha

Olhou pra pra mim, olhou pra mim e fez assim

55. Elefante
Um elefante incomoda muita gente
Dois elefantes incomodam, incomodam muito mais

Três elefantes incomodam muita gente
Quatro elefantes incomodam, incomodam
Incomodam, incomodam muito mais

Cinco elefantes incomodam muita gente
Seis elefantes incomodam, incomodam
Incomodam, incomodam, incomodam, incomodam muito mais

Sete elefantes incomodam muita gente
Oito elefantes incomodam, incomodam
Incomodam, incomodam, incomodam
Incomodam, incomodam, incomodam muito mais

Nove elefantes incomodam muita gente
Dez elefantes incomodam, incomodam
Incomodam, incomodam, incomodam
Incomodam, incomodam, incomodam
Incomodam, incomodam muito mais

56. Mariana
Mariana conta um
Mariana conta um, é um, é um, é
Ana, viva a Mariana, viva a Mariana

Mariana conta dois
Mariana conta dois, é dois, é dois, é
Ana, viva a Mariana, viva a Mariana

Mariana conta três
Mariana conta três, é três, é três, é
Ana, viva a Mariana, viva a Mariana

Mariana conta quatro
Mariana conta quatro, é quatro, é quatro, é
Ana, viva a Mariana, viva a Mariana

Mariana conta cinco
Mariana conta cinco, é cinco, é cinco, é cinco, é
Ana, viva a Mariana, viva a Mariana

Mariana conta seis
Mariana conta seis, é seis, é seis, é seis, é
Ana, viva a Mariana, viva a Mariana

Mariana conta sete
Mariana conta sete, é sete, é sete, é
Ana, viva a Mariana, viva a Mariana

Mariana conta oito
Mariana conta oito, é oito, é oito, é
Ana, viva a Mariana, viva a Mariana

Mariana conta nove
Mariana conta nove, é nove, é nove, é
Ana, viva a Mariana, viva a Mariana

Mariana conta dez
Mariana conta dez, é dez, é dez, é dez, é dez, é
Ana, viva a Mariana, viva a Mariana

57. Lava a Mão
La la la la la la
lava a mão
lava a mão

Para pegar no pão
Lava a mão (2x)
Antes de qualquer refeição
Lava a mão (2x)
Foi ao banheiro? Então...
Lava a mão (2x)
Mexeu na caca no chão?
Lava a mão (2x)

Lava a mão (2x)

Chegou da rua?
Foi ao banheiro?
Andou de busão?
Brincou no chão?

Espuma, espuma, espuma
e lava a mão!

58. A Linda Rosa Juvenil
A linda rosa juvenil
Juvenil, juvenil
A linda rosa juvenil
Juvenil

Vivia alegre em seu lar
Em seu lar, em seu lar
Vivia alegre em seu lar
Em seu lar

E um dia veio uma bruxa má
Muito má, muito má
Um dia veio uma bruxa má
Muito má

Que adormeceu a rosa assim
Bem assim, bem assim
Que adormeceu a rosa assim
Bem assim

E o tempo passou a correr
A correr, a correr
E o tempo passou a correr
A correr

E o mato cresceu ao redor
Ao redor, ao redor
E o mato cresceu ao redor
Ao redor

E um dia veio um belo rei
Belo rei, belo rei
E um dia veio um belo rei
Belo rei

Que despertou a rosa assim
Bem assim, bem assim
Que despertou a rosa assim
Bem assim

Batemos palmas para o rei
Para o rei, para o rei
Batemos palmas para o rei
Para o rei

59. Meu Lanchinho
Meu sininho, meu sininho,
Meu sinão, meu sinão,
Bate de mansinho,
Bate de mansinho:
Dim, dim, dom.
Dim, dim, dom.

Já é hora, já é hora
de acordar, de acordar
tomar meu leitinho, tomar meu leitinho
e estudar, e estudar

Na escolinha, na escolinha
vou brincar, vou brincar
com meus amiguinhos, com meus amiguinhos
de pular, de pular

Meu lanchinho, meu lanchinho 
Vou comer, vou comer 
Prá ficar fortinho, prá ficar fortinho 
E crescer! E crescer!

Meus dentinhos, meus dentinhos
vou escovar, vou escovar
pra ficar branquinho, pra ficar branquinho
E gargalhar, gargalhar!

Meu pijama, meu pijama
Vou vestir, vou vestir
Pra ficar quentinho, pra ficar quentinho
E dormir, e dormir

60. O Meu Chapéu Tem Três Pontas
O meu chapéu tem três pontas
Tem três pontas o meu chapéu
Se não tivesse três pontas
Não seria o meu chapéu

61. O Ônibus
A roda do ônibus roda, roda
Roda, roda
Roda, roda
A roda do ônibus roda ,roda
Pela cidade

A porta do ônibus abre e fecha,
Abre e fecha
Abre e fecha
A porta do ônibus abre e fecha
Pela cidade

Os passageiros sobem e descem
Sobem e descem
Sobem e descem
Os passageiros sobem e descem
Pela cidade

O neném faz uéim uéim uéim uéim
Uéim uéim uéim
Uéim uéim uéim 
O neném faz uéim uéim uéim uéim 
Pela cidade

A mamãe faz shh shh shh shh
Shh shh shh
Shh shh shh
A mamãe faz shh shh shh shh 
Pela cidade

A buzina faz bi,bi,bi,bi
Bi,bi,bi
Bi,bi,bi
A buzina faz bi,bi,bi,bi
Pela cidade
Pela cidade
Pela cidade...

62. Fli Flai Flu
Fli (Fli)
Fli-flai (Fli-flai)
Fli-flai-flu (Fli-flai-flu)
Tumba (Tumba)
Tumbalala tumbalala tumbalala vista
(Tumbalala tumbalala tumbalala vista)

No-no-no-no vista (No-no-no-no vista)
Mini-mini desta mini-mini-mini uá-uá
(Mini-mini desta mini-mini-mini uá-uá)
No-no-no chiuáua (No-no-no chiuáua)
Mini doquim-doquim-doquim-doquim-doquim xi
(Mini doquim-doquim-doquim-doquim-doquim xi)

63. Noite Feliz
Noite feliz! Noite feliz!
O Senhor, Deus de amor
Pobrezinho nasceu em Belém
Eis, na lapa, Jesus, nosso bem!
Dorme em paz, ó Jesus!
Dorme em paz, ó Jesus!

Noite feliz! Noite feliz!
Oh! Jesus, Deus da luz
Quão afável é teu coração
Que quiseste nascer nosso irmão
E a nós todos salvar!
E a nós todos salvar!

Noite feliz! Noite feliz!
Eis que, no ar, vêm cantar
Aos pastores os anjos dos céus
Anunciando a chegada de Deus
De Jesus Salvador!
De Jesus Salvador!

64. Bate o Sino
Hoje a noite é bela, juntos eu e ela
Vamos à capela, felizes a rezar
Ao soar o sino, sino pequenino
Vai o Deus menino, nos abençoar

Bate o sino pequenino, sino de Belém
Já nasceu Deus Menino para o nosso bem
Paz na Terra pede o sino alegre a cantar
Abençoe Deus Menino este nosso lar

Vamos minha gente, vamos à Belém
Vamos ver Maria e Jesus também
Já deu meia noite, já chegou o Natal
Já tocou o sino lá na catedral

Bate o sino pequenino, sino de Belém
Já nasceu Deus Menino para o nosso bem
Paz na Terra pede o sino alegre a cantar
Abençoe Deus Menino este nosso lar

65. A Igrejinha
Esta é a Igrejinha
Esta é sua torrezinha
Abro a porta, não tem ninguém
É dia de semana, ó meu bem!

Esta é a Igrejinha
Esta é sua torrezinha
Abro a porta, tem muita gente
É dia de domingo, estou contente!

Este é o sacristão
Que se chama Sebastião
Vai subindo o escadão
Delém, delém, delém, dem dom!

66. O Jipe do Padre
O jipe do padre fez um furo no pneu
O jipe do padre fez um furo no pneu
O jipe do padre fez um furo no pneu
Colamos com chicletes

O vrum do padre fez um furo no pneu
O vrum do padre fez um furo no pneu
O vrum do padre fez um furo no pneu
Colamos com chicletes

O vrum do padre fez um fuuu no pneu
O vrum do padre fez um fuuu no pneu
O vrum do padre fez um fuuu no pneu
Colamos com chicletes

67. Parabéns
Parabéns pra você
Nesta data querida
Muitas felicidades
Muitos anos de vida

68. Dó Ré Mi Fá
Havia um pastorzinho
Que andava a pastorear
Saiu de sua casa
E pôs-se a cantar

Dó, ré, mi, fá, fá, fá
Dó, ré, dó, ré, ré, ré
Dó, sol, fa, mi, mi, mi
Dó, ré, mi, fá, fá, fá

Dó, ré, mi, fá, fá, fá
Dó, ré, dó, ré, ré, ré
Dó, sol, fa, mi, mi, mi
Dó, ré, mi, fá, fá, fá

Chegando ao palácio
A princesa lhe falou
Dizendo ao pastorzinho
Que o seu canto lhe agradou

Dó, ré, mi, fá, fá, fá
Dó, ré, dó, ré, ré, ré
Dó, sol, fa, mi, mi, mi
Dó, ré, mi, fá, fá, fá

Dó, ré, mi, fá, fá, fá
Dó, ré, dó, ré, ré, ré
Dó, sol, fa, mi, mi, mi
Dó, ré, mi, fá, fá, fá

69. Skala de Dó - filme A Noviça Rebelde

Dó um dia um lindo dia
Ré reluz é ouro em pó
Mi assim que eu chamo a mim
Fá é fácil decorar
Sol meu grande amigo Sol
Lá é bem longe daqui
Si indica a condição
Depois disso vem o dó
Dó ré mí fá Sol lá sí do
Dó si lá Sol fá mi re dó

terça-feira, 22 de março de 2022

Coordenação e subordinação - período composto

 Período composto

Um período pode ser composto por coordenação ou por subordinação. Quando é composto por coordenação, as orações são independentes, podendo vir separadamente sem prejuízo. Já no período composto por subordinação, as orações são dependentes entre si.


2  Orações Subordinadas Substantivas

Há três tipos de orações subordinadas: substantivas, adjetivas e adverbiais.

Orações Subordinadas Substantivas

São orações que exercem a mesma função que um substantivo, na estrutura sintática da frase. São introduzidas por conjunções integrantes, pronomes ou advérbios interrogativos.

A menina quis um sorvete. (período simples) A menina = sujeito quis = verbo transitivo direto um sorvete = objeto direto


3  Sendo assim, notamos que: A menina quis que eu comprasse sorvete. 

Período Composto

A menina = sujeito;

quis = verbo transitivo direto

que eu comprasse sorvete = Oração subordinada substantiva objetiva direta (objeto direto do

verbo querer)


4  Consta que esses homens já foram preso. 

(1) Subjetiva: ocupa a função de sujeito. Não há sujeito na oração principal, o sujeito é a oração subordinada.

Exemplos:

É necessário que você compareça à reunião. VL + predicat. + or. subord. subst. subjetiva

Consta que esses homens já foram preso.

VI ( unipessoal) + or. subord. subst. subjetiva

Contou-se que o exame deu positivo.

VTD + PR. AP. + or. subord. subst. subjetiva


5  A dúvida é se você virá. Suj. + VL + or. subord. subst. predicativa

(2) Predicativa: ocupa a função do predicativo do sujeito. Aparece sempre depois do verbo ser.

Exemplos:

A dúvida é se você virá. Suj. + VL + or. subord. subst. predicativa

A verdade é que você não virá. Suj. + VL + or. subord. subst. predicativa


6  (3) Objetiva Direta: ocupa a função do objeto direto

(3) Objetiva Direta: ocupa a função do objeto direto. Completa o sentido de um verbo Transitivo Direto.

Exemplos:

Nós queremos que você fique. Suj. + VTD + or. subord. subst. objetiva direta

Os alunos pediram a ele que a prova fosse adiada. Sujeito + VTDI + or. subord. subst. objetiva direta

Quero saber quando entra em vigor a nova lei.

Perguntaram qual é o assunto da palestra.


7  (4) Objetiva Indireta: ocupa a função do objeto indireto.

Exemplos:

As crianças gostam (de) que esteja tudo tranquilo. Sujeito + VTI + or. subord. subst. objetiva indireta

A mulher precisa de que alguém a ajude. Sujeito + VTI + or. subord. subst. objetiva indireta


8  (5) Completiva Nominal: ocupa a função de um complemento nominal de um substantivo, adjetivo ou advérbio.

Exemplos:

Tenho vontade de que haja mais esperança.

Suj.desinencial (eu) + VTD + obj. dir. + or. sub. substantiva Completiva Nominal

Toda criança tem necessidade de que alguém a ame. Sujeito + VTD + obj. dir. + or. sub. Substantiva Completiva Nominal


9  Toda a família tem o mesmo objetivo: que eu passe no vestibular.

(6) Apositiva: ocupa a função de um aposto. Frequentemente é precedida por dois-pontos e, às vezes, pode vir entre vírgulas ou travessões.

Exemplos:

Toda a família tem o mesmo objetivo: que eu passe no vestibular.

Sujeito + VTD + Objeto Direto + or. subordinada substantiva apositiva


10  Orações Subordinadas Adjetivas Orações adjetivas são aquelas orações que exercem a função de um adjetivo dentro da estrutura da oração principal. Elas são sempre iniciadas por um pronome relativo e servem para caracterizar algum nome que aparece na estrutura da frase. Há dois tipos de orações adjetivas: restritivas e explicativas. 

11  Or. subord. adjetiva restritiva: funciona como adjunto adnominal e serve para designar algum elemento da frase. Não pode ser isolada por pontuação, restringe e identifica o substantivo ou pronome ao qual se refere.

Exemplo:

Amy Winehouse é uma cantora inglesa que faz muito sucesso.

Suj. + VL + predicativo + or.sub. adjetiva restritiva


12  Or. sub. adjetiva explicativa: ao contrário da restritiva, é sempre isolada por vírgulas, travessões ou parênteses. Serve para adicionar características ao ser que designa. Sua função é explicar, generalizar, ampliar o sentido.

Eu, que não sou perfeito, já cometi alguns erros graves.

Suj. + or. sub. adj. explicativa + VTD + OD


13  Orações Subordinadas Adverbiais

Existem nove tipos de orações subordinadas adverbiais. Esse tipo de oração age na frase como um advérbio, modificando o sentido de outras orações e ocupando a função de um adj. adverbial.

As orações adverbiais são sempre iniciadas por qualquer conjunção subordinativa, exceto as integrantes.

São elas:

1- Causal: designa a causa, o motivo.

Ex.: Ela cantou porque ouviu sua banda favorita.

Como ela ouviu sua banda favorita, ela cantou.

Conjunções causais: porque, já que, visto que, uma vez que (com verbo no indicativo), como (no início da oração), porquanto, na medida em que.


14  2- Comparativa: estabelece uma comparação com a oração principal.

Ex.: Ela andava leve como uma borboleta.

Conjunções comparativas: como, bem como, assim como, mais... (do) que, menos... (do) que, tão... quanto/como, tanto... quanto/como, tal qual.

3- Conformativa: expressa conformidade ou algum tipo de acordo com a oração principal.

Ex.: Como eu havia te falado, o show foi ruim.

Conjunções conformativas: conforme, como, segundo, consoante.

4- Concessiva: expressa um fato contrário ao expresso na oração principal, mas insuficiente para impedi-lo.

Ex.: Embora o show estivesse bom, não demorou nada para terminar.

Conjunções concessivas: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que, apesar de que, nem que.


15  5- Consecutiva: é a consequência da oração principal.

Ex.:Comecei o dia tão mal que não consegui me concentrar no trabalho.

Conjunções consecutivas: que (precedida de tal, tão, tanto, tamanho), de modo que, de maneira que, de forma que, de sorte que.

6- Condicional: é a condição da oração principal.

Ex.: Caso não viaje, vou ao show da Amy.

Conjunções condicionais: se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que, sem que, uma vez que (com verbo no subjuntivo).

16  7- Final: indica finalidade, propósito para que aconteça a oração principal.

Ex.: Não vou fechar os portões da biblioteca, para que você possa fazer sua pesquisa.

Conjunções finais: a fim de que, para que, que, porque (= para que).

8- Proporcional: indica proporção.

Ex.:Quanto mais você fumar, mais grave ficará sua doença.

Conjunções proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos.

17  9- Temporal: localiza a oração principal em um determinado tempo.

Exemplos:

Quando você voltar, nós conversaremos .

Assim que você voltar, nós conversaremos.

Conjunções temporais: quando, enquanto, antes que, logo que, assim que, depois que, sempre que, desde que, até que, toda vez que, mal.

18  As orações coordenadas são classificadas em: sindéticas e assindéticas

As orações coordenadas são classificadas em: sindéticas e assindéticas. - Sindéticas: orações coordenadas introduzidas por conjunção. Ex.: Deve ter chovido à noite, pois o chão está molhado. - Assindéticas: orações coordenadas que não são introduzidas por conjunção. Ex.: Tudo passa, tudo corre: é a lei. Orações coordenadas sindéticas As orações coordenadas sindéticas são classificadas de acordo com a conjunção coordenativa que as introduz. Podem ser:


19  (1) Aditivas: estabelecem ideia de adição, soma. 

Ex.: (1) Não venderemos a casa, / (2) nem (venderemos) o carro. (1) coordenada assindética (2) coordenada sindética aditiva

São conjunções aditivas: e, nem, mas também, mas ainda, como também (depois de não só).

(2) Adversativas: estabelecem oposição, adversidade.

Ex.: (1) Gostaria de ter viajado,/ (2) contudo não tive férias.

(1) coordenada assindética

(2) coordenada sindética adversativa

São conjunções adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante, senão (= mas sim).


20  Ex.: (1) Siga o exemplo de solidariedade / (2) ou fique em casa.

(3) Alternativas: estabelecem alternância.

Ex.: (1) Siga o exemplo de solidariedade / (2) ou fique em casa.

(1) coordenada assindética

(2) coordenada sindética alternativa

São conjunções alternativas: ou (repetido ou não), ora, já, quer, seja (repetidos).


21  (2) coordenada sindética conclusiva 

(4) Conclusivas: estabelecem conclusão.

Ex.: (1) São todos cegos, / (2) portanto não podem ver. (1) coordenada assindética

(2) coordenada sindética conclusiva

São conjunções conclusivas: portanto, logo, por isso, por conseguinte, pois, assim.

(5) Explicativas: estabelecem explicação.

Ex.: (1) Senti frio,/ (2) porque estava sem agasalho. (1) coordenada assindética (2) coordenada sindética explicativa

São conjunções explicativas: que, porque, pois, porquanto.

domingo, 20 de março de 2022

Lista de homônimos e parônimos

 acender - iluminar / ascender - subir

acento - sinal gráfico / assento - lugar de sentar-se

aço - metal / asso - do verbo assar

acessório - o que complementa o essencial / assessório - relativo a assessor

acerto - ato de acertar / asserto - afirmação, declaração

caçar - capturar animais / cassar - anular

cela - pequeno quarto / sela - arreio

censo - recenseamento / senso - juízo

cerrar - fechar / serrar - cortar

cerração - nevoeiro denso / serração - ato de cerrar

cessão - ato de ceder, doação / sessão - reunião, intervalo de tempo / seção - setor, departamento

cesta - utensílio / sexta - numeral ordinal, dia da semana / sesta - descanso após o almoço

cito - do verbo citar / sito - situado

cismo - do verbo cismar / sismo - terremoto

chá - bebida / xá - soberano do Irã

cheque - documento bancário / xeque - lance do xadrez

concerto - evento musical / conserto - reparo

cozer - cozinhar / coser - costurar

decente - adequado, honesto / descente - que desce

expiar - sofrer castigo / espiar - observar

experto - especialista / esperto - inteligente

extático - maravilhado / estático - firme

expirar - terminar / espirar - soprar, exalar

extremar - exaltar / estremar - delimitar

extremo - distante / estreme - sem mistura, puro

extrato - que se extraiu / estrato - camada, tipo de nuvem

empossar - dar posse / empoçar - formar poça

inserto - inserido / incerto - duvidoso

intenção - plano, desejo / intensão - intensidade, força

intercessão - ato de interceder / interseção - ato de cruzar

incipiente - iniciante, inexperiente / insipiente - ignorante

laço - nó, vínculo, cilada / lasso - frouxo

paço - palácio, sede de governo municipal / passo - etapa, movimento

ruço - grisalho, desbotado / russo - da Rússia

remição - resgate / remissão - perdão

servo - serviçal, escravo / cervo - veado

saldar - liquidar / saudar - cumprimentar

taxar - estabelecer preço / tachar - censurar


absolver - perdoar / absorver - sorver

acostumar - contrair hábito / costumar - ter por hábito

amoral - estranho à moral / imoral - contrário à moral

apóstrofe - figura de linguagem / apóstrofo - sinal gráfico

aprender - adquirir conhecimento / apreender - assimilar; confiscar

arrear - pôr arreios / arriar - abaixar

cavaleiro - que anda a cavalo / cavalheiro - homem gentil

comprimento - extensão / cumprimento - ato de cumprir, saudação

conjuntura - situação / conjectura - suposição

deferir - autorizar / diferir - diferenciar, adiar

deletar - apagar / delatar - denunciar / dilatar - estender

descrição - ato de descrever, tipo de texto / discrição - qualidade de discreto

descriminar - inocentar / discriminar - separar, especificar

despensa - copa / dispensa - demissão, licença

destratar - insultar / distratar - desfazer

discente - relativo a alunos / docente - relativo a professores

estada - permanência de pessoas / estadia - permanência de veículos

emergir - vir à tona / imergir - mergulhar

emigrar - sair do país / imigrar - entrar no país / migrar - deslocar-se

eminente - ilustre / iminente - prestes a acontecer

elidir - eliminar / ilidir - contestar

flagrante - evidente / fragrante - perfumado

fluir - transcorrer / fruir - desfrutar

fuzil - arma de fogo / fusível - peça de instalação elétrica

incidente - episódio / acidente - desastre

inflação - desvalorização do dinheiro / infração - violação

infligir - aplicar pena / infringir - desrespeitar

intemerato - íntegro / intimorato - corajoso

mandado - ordem judicial / mandato - tempo de um cargo político

pleito - disputa / preito - homenagem

precedente - que vem antes / procedente - que tem fundamento; proveniente

prescrever - determinar; perder a validade / proscrever - proibir; expulsar

ratificar - confirmar / retificar - corrigir

reincidir - repetir / rescindir - anular

relegar - pôr em segundo plano, exilar / renegar - renunciar

refogar - guisar / refugar - desprezar

soar - emitir som / suar - transpirar

sortir - abastecer, variar / surtir - produzir efeito

suster - sustentar / sustar - suspender

tráfego - trânsito / tráfico - comércio ilegal

triplicar - multiplicar por três, tornar três vezes maior / treplicar - responder a uma réplica

vadiar - vagabundear, divertir-se / vadear - atravessar a vau

vultoso - volumoso, importante / vultuoso - inchado

usuário - aquele que usa / usurário - avarento, agiota

sábado, 12 de março de 2022

A música na Liturgia - Pe. José Antônio

 “Aclamem a Deus, nossa força. Acompanhem, toquem os pandeiros, a harpa melodiosa e a cítara” (Sl 81,2-4). “Cantem para ele ao som de instrumentos...” (cf 1Cr 15-16). 


1. Introdução:


     Todos nós temos consciência de como a música é importante em nossa vida. Como é divina, como faz bem! Se ela é tão importante em tudo, por que não seria também na liturgia? O povo diz com sabedoria que “quem canta reza duas vezes”. E é verdade. Assim, podemos afirmar com certeza que seria quase impossível uma liturgia sem a música e sem o canto.


     O Documento da CNBB sobre a música na liturgia (Estudos, n. 79) lembra que “o canto cria comunidade, liga as pessoas entre si, e mais eficazmente as põe em sintonia com o Mistério de Deus” (n. 6).


     Sem música a liturgia é um corpo sem alma. O canto anima (dá alma), cria o clima, ajuda a rezar, interioriza, evangeliza. O povo demonstra sua fé e alegria, seu amor e gratidão a Deus por meio do canto. Os hebreus e os cristãos, indígenas e negros, quase todos os povos e culturas sempre usaram a música e a dança como elementos essenciais em seus ritos. Através do canto, revelam a alegria da festa, a unidade de coração, o compromisso com a vida. O canto expressa emoção e luta, penitência e louvor. 


     A finalidade do canto não é apenas a de tornar a celebração mais leve, gostosa, movimentada. Mas ajudar a celebrar bem. A Igreja nos ensina que não podemos nos contentar em cantar na liturgia, mas devemos cantar a liturgia (Doc. 79, n. 27).

 

     Para isso, precisamos saber distinguir bem o que é música litúrgica e o que não é:


Canto sacro: expressa um tema sagrado ou religioso, como Natal, Ave Maria;

Canto evangelizador: tem a finalidade de evangelizar e catequizar – é mais livre;

Canto litúrgico: está em função da celebração litúrgica e, por isso, ESTÁ SUJEITO ÀS NORMAS DA LITURGIA. Nem todo canto religioso é litúrgico.

 

     Toda comunidade precisa ter uma boa equipe de liturgia, para preparar bem as celebrações e ajudar o povo a celebrar melhor. Faz parte dessa equipe o grupo encarregado do canto na liturgia, não só nas missas, mas em todas as celebrações. A equipe de animação do canto ficará atenta às músicas, para que estejam de acordo com o mistério celebrado e com a comunidade celebrante, ficando responsável para que toda a assembleia tenha acesso às letras, aprenda as músicas e participe durante a celebração.


      O canto é movido pelo sentimento, mas não pode ficar no sentimentalismo. A poesia é importante, mas não deve ser alienante. Assim, o canto litúrgico deve ter inspiração bíblica, levar à oração, evangelizar, ajudar na ligação entre fé e vida.


     Na verdade, o tipo de músicas que escolhemos para a celebração retrata a eclesiologia que temos:


     a) Se temos uma Igreja mais TRIUNFALISTA, cantaremos: “Qual resplende em manhãs purpurinas... Tu, que és rei, e que os povos dominas, firma aqui teu trono, ó Jesus...”;


     b) Se é uma Igreja ALIENADA E INTIMISTA, diremos: “Eu navegarei no oceano do Espírito...”; “Pai, meu Pai... cuida de mim”...;


     c) Uma Igreja PROFÉTICA E ENCARNADA: “Javé, o Deus dos pobres, do povo sofredor...”, “Comungar é tornar-se um perigo...”;


     d) Igreja que une POESIA E PROFECIA: “Tua Igreja é um corpo... e há no corpo, certamente, coração...”; “Quando o dia da paz renascer...”.


     Como na assembleia há pessoas de todos os tipos e idades, o ideal é conseguir o equilíbrio entre a emoção, a poesia, a profecia, a reflexão, a oração. Como a eucaristia é comunitária e familiar, evitamos também algo voltado só para crianças ou para jovens. O ideal é que todos se sintam contemplados.


     O documento 79 alerta para o perigo de que os cantos sejam escolhidos de qualquer jeito e fiquem distantes do mistério celebrado e dos textos litúrgicos, correspondendo apenas ao gosto de quem escolhe, sobretudo quando se trata de alguns movimentos e grupos (n. 43). Alguns vão muito pelo caminho do individualismo intimista e sentimentalista (n. 44); outros partem para o militantismo, realçando a luta sem a mística (n. 45). Uns ficam só no tradicional, outros só querem o novo e o que lhes agrada, esquecendo-se que a assembleia é muito diversificada e todos têm o direito de participar (n. 175).


     Entre os cuidados a serem tomados está o de evitar todo e qualquer improviso. Os cantos devem ser preparados com antecedência, para evitar conversas e cochichos durante a celebração: um péssimo ruído. Outro cuidado é o de não ficar escravos dos chamados “folhetos litúrgicos”, que acomodam as equipes, matam a liturgia e podem tornar a celebração muito distante da realidade local.  


2. Equipe de canto1


     A equipe de canto tem a função de ajudar o povo a cantar, envolvendo toda a assembleia. NÃO SE TRATA DE CORAL PARA SE APRESENTAR, mas um grupo que SUSTENTA O CANTO E LEVA O POVO A PARTICIPAR. Além disso, é essencial que o próprio grupo PARTICIPE DA CELEBRAÇÃO, rezando, ouvindo com atenção as leituras, e nunca cochichando, mexendo com instrumentos, andando, como se não estivesse celebrando. O canto litúrgico não é uma apresentação, mas uma oração.


     Ao grupo de cantores cabe executar as partes que lhe são próprias e promover a ativa participação dos fiéis no canto. “O coral desempenha verdadeiro ministério ou função litúrgica... e por isso é importante para uma celebração viva...”  Entre suas FUNÇÕES, podemos citar: enriquecer o canto do povo... criar espaços de descanso que fomentem a contemplação... dar um colorido próprio às celebrações... animar o canto da assembleia, guiando e sustentando as vozes do povo (Doc. 79, nn. 254-255).


     “Cada um dos membros do coral deve ser incentivado à participação plena na celebração, dos ritos iniciais aos ritos finais, como ouvintes atentos da Palavra... participantes fervorosos do Mistério da Fé, evitando comportamentos que deixem a desejar ou desedifiquem a assembleia e desmereçam o próprio ministério” (Doc. 79, n. 260 e IGMR, n. 274).


     Como é função do coral ajudar o povo a participar, é um grande desrespeito à assembleia e desserviço à liturgia entoar cantos que a assembleia desconheça ou dos quais não tenha a letra para acompanhar. Além disso, deve estar bem claro que O CANTO ESTÁ A SERVIÇO DA CELEBRAÇÃO, E NÃO A CELEBRAÇÃO A SERVIÇO DO CANTO. O CORAL ESTÁ A SERVIÇO DA LITURGIA, E NÃO A LITURGIA A SERVIÇO DO CORAL.


     Nas igrejas onde há muitas missas no domingo, não faz sentido cantar em cada uma músicas diferentes, de acordo com o gosto do coral. Deve haver mais sintonia, unidade, coerência.


     Uma  coisa muito importante é a sintonia entre a equipe de animação do canto e o presidente da celebração, bem como com outros ministros. O presidente deve saber tudo o que vai ser cantado para evitar desencontros. Os leitores devem saber, por exemplo, se o salmo será cantado ou não, ou se apenas o refrão será cantado.

 

     Quanto ao LOCAL onde ficar, há um documento da Santa Sé que diz que “o grupo dos cantores, segundo a disposição de cada igreja, deve ser colocado de tal forma que se manifeste claramente sua natureza, isto é, que faz parte da assembleia dos fiéis, onde desempenha um papel particular; que a execução de sua função se torne mais fácil; e possa cada um de seus membros facilmente obter uma participação plena na Missa, ou seja, participação sacramental”2.


     A Instrução Geral dá a seguinte orientação: “O órgão e outros instrumentos musicais sejam colocados em tal lugar que possam sustentar o canto do grupo de cantores e do povo e possam ser facilmente ouvidos, quando tocados sozinhos” (n. 313).


     O documento da CNBB diz que “para poder exercer sua função ministerial junto à assembleia, o coral se poste de tal forma, que fique próximo dos fiéis na nave, à frente, entre o presbitério e a assembleia, sem impedir a visão do povo, e não longe dos instrumentos de acompanhamento” (n. 258) . Não, portanto, no coro.


     O que se diz do grupo de cantores vale também para os outros músicos e para o organista. 


3. Animador(a) do canto


     Convém que haja um(a) animador(a) para DIRIGIR E SUSTENTAR o canto do povo. Alguém que fique em um lugar visível, e seja como o “maestro” para conduzir a assembleia. Mesmo não havendo um grupo de cantores, compete a essa pessoa dirigir os diversos cantos, com a devida participação do povo. Para isso, é necessário que ensaie antes e ensine à assembleia os novos cantos.


     Não é função do(a) animador(a) fazer “show”. Animar não significa ficar gritando: “todo mundo”, “mais forte”, “só vocês”, “com palmas”... Conseguimos tudo isso só com gestos ou conduzindo com nosso modo de cantar. Nem precisa cantar o tempo todo no microfone. É preciso deixar a assembleia cantar para que sinta a necessidade e importância da sua participação. Pode também sugerir formas variadas de participação: todos juntos, revezamento coral-assembleia, solo-assembleia, homens-mulheres. Animar é dar alma, dar vida, ajudar a rezar.

 

     Deve chegar antes para ensaiar com a assembleia. Para o ENSAIO, algumas orientações são importantes:


     a) Nunca dizer que o canto é difícil ou feio; b) dar uma breve explicação do canto, chamando a atenção para alguma mensagem que ele transmite ou sua ligação com a bíblia e com a vida; c) orientar a assembleia para ouvir primeiro umas três vezes e, só depois, começar a cantar; d) evitar dar muito volume à voz; elogiar a participação da assembleia para motivá-la; e) procurar manter uma expressão facial alegre; f) saber usar bem a respiração. g) Cantar não apenas com a boca, mas com todo o ser. 


4. Instrumentistas


      Os instrumentos são de suma importância para garantir a BELEZA E O RITMO dos cantos.


De modo geral, todos os instrumentos são permitidos, desde que adaptados à cultura da assembleia celebrante, e que possam ajudar na execução dos cantos. Em alguns momentos, podem ser executados sozinhos, como, por exemplo: antes da celebração, para criar clima de recolhimento; durante a procissão das oferendas ou da comunhão, entre uma estrofe e outra do canto. Contudo, não se deve tocar durante as leituras e a oração eucarística (doc. 79, n. 264).

 

     Um exemplo interessante é o uso do atabaque para o clima de silêncio e recolhimento. Porém, os instrumentos devem se adaptar ao tipo de música: suave, animada, ritmada, livre... Nos cantos mais ritmados e festivos, usam-se mais instrumentos. Nos cantos suaves, como ato penitencial e salmo de resposta, pode ser só o órgão ou violão dedilhado.


      É fundamental que o instrumento JAMAIS ABAFE a voz. É importante também estar atentos à proporcionalidade: não fica bem um simples violão para animar uma catedral, e uma banda enorme para uma pequena capela. O mesmo serve para o volume. Atenção também para a percussão, que não deve anular a harmonia do grupo. Quem executa o instrumento deve também ser movido por uma atitude espiritual, possuir mística. Estar ali para servir, e não para se exibir; para rezar e celebrar, não para se apresentar. 

 

5. Salmista


        Uma função importantíssima é da pessoa encarregada de proclamar o salmo ou outro cântico bíblico colocado entre as leituras.


  Como os salmos são hinos, é bom que seja cantado, sobretudo nas celebrações dominicais. A melodia ajuda a rezar. Uma boa voz tornará a oração mais bela.

 

     O(a) salmista deve ficar no ambão, a fim de que seja visto(a) pela assembleia. Canta o refrão sozinho(a) a primeira vez e, depois, junto com a assembleia. Após cada estrofe, faz sinal para que a assembleia entoe o refrão, sem repetir. Deve cantar o salmo de fato rezando e ajudando o povo a rezar. Se não for possível cantar todo o salmo, cante-se pelo menos o refrão. 


6. O corpo e a dança


      Também a dança faz parte da celebração. Os bispos do Brasil afirmam que "nossa liturgia deve abrir espaço para as expressões do nosso povo”.  


“A dança passa a ser uma questão de coerência e fidelidade a nossas raízes indígenas, ibéricas e africanas, que deram origem a um povo dançante, que tem direito a uma expressão litúrgica, na qual a dança seja um ponto alto” (CNBB, doc. 79, n. 208).

 

     Naturalmente, o uso da dança está ligado ao equilíbrio, à criatividade, à cultura do povo que celebra. Além da arte, deve transparecer a mística de quem a executa e o seu sentido litúrgico, ligado à celebração do mistério pascal. O local deve contar com um espaço que favoreça os movimentos e a visão da assembleia.


      O que foi dito para a música vale para a dança: não se trata de dançar na liturgia, mas de dançar a liturgia, acompanhando a procissão (como da bíblia e das oferendas), o salmo, o canto do santo etc. 


7. Graus de importância dos cantos litúrgicos


      Os documentos da Igreja classificam em três graus de importância os cantos na celebração:


a) Primeiro grau (os mais importantes):


Saudação à Santíssima Trindade, respostas da Oração Eucarística, oração presidencial, aclamação ao Evangelho, diálogo inicial, prefácio e Santo, doxologia final.


b) Segundo grau:


Ato penitencial, Glória, Cordeiro de Deus, profissão de fé, respostas das preces.


c) Terceiro grau (de menor importância):


Cantos processionais (como entrada, comunhão) e leituras. É bom lembrar que os cantos que apenas acompanham um rito (entrada, preparação das oferendas, comunhão) não devem se prolongar após o rito. Terminada a entrada, a preparação das oferendas, a comunhão, cessam os cantos. Podem também ser omitidos ou substituídos por música instrumental

O mais importante é a procissão, o canto é mero acessório.

8. Algumas dicas:


     a) Os cantos devem acompanhar o ritmo da celebração, que oscila entre altos e baixos, como a própria vida. Devem estar em sintonia com os textos bíblicos de cada celebração, especialmente com o Evangelho. Estejam de acordo com o tipo de gesto ritual (caminhada, aclamação, perdão);


     b) Antes da celebração, é bom cantar um MANTRA, para criar o clima. Mantra é um pequeno refrão, de melodia fácil e orante, que se canta repetidamente, dispensando os comentários iniciais. Ele facilita a interiorização, gera silêncio interior e exterior, acalma, nos põe em sintonia com Deus. Deve ser cantado sempre de maneira bem suave;


     c) O canto de abertura deve formar a assembleia e apresentar o sentido da celebração. É comum o(a) animador(a) dizer: “Vamos cantar para receber o celebrante”. Há um erro: o canto não é para receber ninguém, mas formar a comunidade;


     d) O sinal da cruz pode ser adaptado, mas nunca substituído por outro canto com letra diferente e nem repetir a expressão “em nome”. O ato penitencial deve realçar mais a misericórdia de Deus do que o nosso pecado (“Senhor, que sois misericórdia e perdão, tende piedade...”). Em alguns domingos, pode ser substituído pela aspersão em recordação do batismo;


     e) O glória, por ser hino, é melhor que seja cantado, embora seja possível recitá-lo. Não se trata de um hino trinitário, mas cristológico. Deve-se priorizar os hinos com a letra oficial ou com versões aprovadas pela CNBB. Mesmo que se mudem as palavras, não deve fugir muito do original.


     f) De vez em quando pode-se também fazer a entrada solene da Bíblia, com canto, dança ou coreografia. Pode-se também cantar um refrão convidando a assembleia a acolher bem a Palavra que será proclamada. 

Normalmente se usa nos domingos de setembro ou quando se pretende destacar a Palavra de Deus.


     g) O salmo não deve ser substituído por um canto de meditação. Trata-se de uma continuação, em forma de resposta, da primeira leitura. Sendo assim, ou se usa o próprio salmo, ou um canto que seja uma extensão, em forma de prece, da leitura proclamada.


     h) O canto de aclamação ao Evangelho deve ser curto, alegre, vibrante. Sempre se canta o “Aleluia”, exceto na Quaresma. É bom que expresse a importância da Palavra para a vida, ou que esteja ligado ao Evangelho que será proclamado. Após a proclamação, fica bem repetir o refrão do canto.


     i) O canto para a preparação das oferendas não precisa obrigatoriamente de falar sobre pão e vinho. Pode falar do tema da liturgia ou do oferecimento da própria vida a Cristo. É um canto mais livre. Evitar chamar esse momento de ofertório, porque a verdadeira oferta só acontece depois da Consagração.


     j) O santo também fica melhor cantado, e pode ter, de vez em quando, uma coreografia. Como no glória, deve-se priorizar a letra oficial ou semelhante ao original.


     l) Durante a consagração não se canta. Faz-se silêncio. Após a consagração, evitar cantos eucarísticos, para não desviar da dimensão central da Eucaristia, que é Ceia, banquete sagrado, renovação do mistério pascal, e não um momento de louvor à Presença Real.


     m) A doxologia (Por Cristo, com Cristo) é o ponto alto; deve ser cantada, e o Amém bastante alegre e solene. Como se fosse o auge de uma ópera.


     n) De vez em quando, pode-se cantar o Pai-nosso. Por se tratar de um texto bíblico, sua letra pode ser adaptada, mas nunca substituída.


     o) Durante o abraço da paz, quando antes da comunhão, é melhor não cantar, mas deixar que as pessoas se cumprimentem, desejando a paz. Isso evita a dispersão.


     p) Entre o abraço da paz e o Cordeiro, é mais importante cantar este último, momento da fração do pão, do Cristo que se parte e se reparte. A oração do Cordeiro de Deus nunca deve ser usada com o objetivo de conseguir silêncio após o abraço.


     q) O canto para a comunhão deve ser mais processional. Quando possível, escolher músicas cuja letra fale da Eucaristia, ou esteja ligada ao Evangelho do dia ou ao tempo litúrgico que se celebra. Não necessariamente precisa ter a ver com comunhão. O canto de comunhão pode ser também substituído por música instrumental ou  pelo silêncio. 


     r) Após a comunhão, fazer silêncio. É o momento da oração pessoal, de curtir o mistério celebrado. De vez em quando, pode-se também cantar ou tocar uma música, sem, contudo, sacrificar o tempo litúrgico reservado ao silêncio.


     s) Quando se desejar que a assembleia participe do canto final ou de envio, é melhor cantá-lo antes de despedir o povo. Caso contrário, despede-se a assembleia e o grupo de animação do canto o entoa. Esse canto deve ser alegre, convidando para a missão, para continuar na vida a eucaristia celebrada. Termina a missa, começa a missão.


     t) É preciso cuidado com as missas dos chamados “meses temáticos” (vocações, Bíblia, missões), missas temáticas, ou aquelas preparadas pelos “folhetos litúrgicos”, que, muitas vezes, levam a uma total dicotomia (separação) entre o canto e a liturgia. Nunca é demais repetir: a música não é um apêndice, um enfeite, algo paralelo, mas parte integrante da celebração. 


9. Alguns problemas:


     Em termos de comunicação, existem alguns problemas que não favorecem a execução do canto: instalação ou regulagem inadequada do serviço de som, abuso do microfone e do volume dos instrumentos, excesso de instrumentos.


     A demasiada mudança de repertório pode dificultar a participação. Muitas missas transmitidas pela televisão, pela internet e pelo rádio fogem a toda orientação litúrgica. Não podemos embarcar na onda deles. 

10. Animação do canto como ministério


     Graças às equipes de canto, “em numerosas comunidades, as celebrações vão se tornando mais vivas e vibrantes, e o canto de toda a assembleia se amplia e cresce” (Doc. 79, nº 12).


      Mas para cumprir bem esse serviço sagrado, verdadeiro ministério eclesial, é fundamental que os cantores e todos aqueles que exercem o ministério da música sejam portadores de uma profunda mística, uma motivação de amor e de fé, sem a qual o serviço prestado perderá o seu valor e não cumprirá a sua função. 


11. Dicas para os compositores


11.1. Função ministerial da música3


      Como a música litúrgica deve se adequar às normas da liturgia, é importante que obedeça a certos requisitos, como:


Esteja intimamente ligada à ação litúrgica;

Não use melodias que já revestiram outros textos não-litúrgicos;

Respeite a sensibilidade religiosa do nosso povo;

Empregue, de maneira equilibrada, as constâncias melódicas e rítmicas da folcmúsica brasileira;

Leve em conta o tempo do ano litúrgico;

Seja adequada ao tipo de celebração na qual será executada;

Esteja em sintonia com os textos bíblicos de cada celebração, especialmente com o Evangelho, no que se refere ao canto de comunhão;

Esteja de acordo com o tipo de gesto ritual;

Expresse o mistério vivido de determinada comunidade;

Tenha um texto bíblico, ou inspirado na Bíblia, uma linguagem poética e simbólica e um caráter orante; 

Se expresse na linguagem verbal e musical, no “jeito” da cultura do povo local;

Não seja banal, mas artística e bonita.

 

      É importante resgatar expressões culturais presentes na prática popular, como folias do Divino, ternos de Reis, e tantas outras.


      Levar também em consideração a herança da cultura africana e indígena, tão presente em nosso povo. 


11.2. Letrista


      De acordo com o documento 79 da CNBB, dos números 224 ao 231, em se tratando de Liturgia, a letra tem prioridade sobre a música; ou seja, a música está a serviço da letra. A melodia deve ajudar a realçar o conteúdo, a poesia, a dimensão da fé.


      A primeira inspiração deve ser a vida, porque as comunidades se reúnem para celebrar a vida. Por isso, é importante que o compositor esteja bem ligado ao povo e sua cultura, seus anseios e lutas. Como diz a Gaudium et Spes: As alegrias e esperança, tristezas e angústias do povo, devem ser também nossas.


      Uma exigência fundamental é a referência à Bíblia, Palavra de Deus que ilumina e orienta a vida. É fundamental o conhecimento bíblico e familiaridade com a Palavra de Deus. Os salmos e cânticos bíblicos são uma ótima fonte de inspiração; o melhor modelo de letra.


      Deve-se também levar em conta a função específica do canto ao longo da celebração, estar de acordo com o significado e o objetivo de cada momento. As letras sejam poéticas e orantes, não explicativas ou doutrinárias. A celebração não é para ser explicada, mas para ser vivida. Evitar expressões desbotadas, forçadas, ou um simples jogo de rimas.


      As letras sejam apropriadas para os diversos gêneros musicais e suas funções específicas na liturgia: hinos, com ou sem refrão, recitativos, aclamações, proclamações, responsórios.


      Deve-se priorizar a métrica, para facilitar o encaixe da melodia; a cadência ou ritmo, com os acentos no lugar certo; a rima, que ajuda a memorizar e dá beleza; as figuras de linguagem, como metáforas e símbolos que dão beleza e leveza à letra.


      Toda música destinada a encontros e celebrações deve ter um caráter comunitário, nunca subjetivo e individualista (voltada para o “EU”). Ninguém celebra sozinho. A celebração é da comunidade e para a comunidade. O documento da CNBB registra alguns sintomas preocupantes das letras atuais:


       a) substituição dos textos litúrgicos por letras de grande pobreza existencial, poética e teológica;


      b) exagerado sentimentalismo, com a primeira pessoa, desvirtuando a dimensão comunitária da fé, numa busca de emoções que reduz a relação com Deus a mero jogo de sentimentos, sem a profundidade e a amplitude do compromisso cristão;


      c) exagerado militantismo: cantos que pregam com insistência a luta pela justiça social, sem levar em conta a experiência espiritual, as questões de fé, a referência essencial a Jesus Cristo, a dimensão poética e orante do canto litúrgico.  


      No número 231, o documento nos deixa alguns lembretes:


      a) Os versos tenham um fraseado popular, evitando frases demasiadamente longas;


      b) A letra dos hinos estróficos siga a mesma métrica em todas as estrofes, o mesmo padrão de sílabas acentuadas (ou tônicas) e não acentuadas (átonas), para evitar atropelamentos na hora da execução. A métrica é o número de sílabas de cada verso.


      c) Embora a rima sozinha não seja por si só poesia, ela facilita a memorização e a execução do canto, além de tornar a letra mais popular.


      d) Usar sempre de imagens, como as metáforas, e símbolos. 

11.3. Músico


      Dos números 332 ao 238 o documento traz orientações para os compositores. Começa dizendo que uma boa dica é mostrar primeiro a composição para outros músicos avaliarem, além de fazer um teste com algum grupo ou comunidade.


      A música deve levar em conta o momento litúrgico e sua destinação. Além disso, deve se adaptar à cultura do povo, mas evitar o uso de melodias já existentes, com uma simples adaptação.


      Quanto à estrutura e à execução, a música tem três formas:


Direta: executada pelo grupo ou assembleia, sem refrão ou alternância (leituras, prefácio...)

Dialogada: solista e grupo, solista e assembleia, grupo e assembleia (saudações, salmos, diálogo do prefácio, ladainhas)

Alternada: dois grupos da própria assembleia, como lado A e lado B, ou coro masculino e feminino.

 

      O estilo mais comum e mais fácil para o povo é a música que tem um refrão e as estrofes, pois facilita a participação da assembleia. 

      Alguns lembretes:


      A melodia deve se casar com a letra, estar de acordo. Se a letra diz uma coisa e a música diz outra, fica confuso. Por exemplo, a melodia do Ato penitencial deve ser mais orante, expressar arrependimento e perdão. A letra tem prioridade na liturgia, e a melodia deve se adaptar a ela.


A música litúrgica deve ser feita prioritariamente para ser executada pela assembleia. Por isso, devem-se evitar músicas específicas para solo, bem como evitar o uso de notas muito graves ou muito agudas. Que tenham pausas de respiração nos momentos certos, que o acento rítmico coincida com o acento tônico da palavra.

 

      Evitar, por exemplo que, ao cantar, tenha-se que pronunciar “terrá, horá, lóuvor”).


      A linha melódica deve ser fluente, bonita e lógica, que dê beleza, torne a música mais fácil, e se evite que fique enfadonha, cansativa, monótona, repetitiva ou difícil. A música não precisa ser banal, pode ter variantes e “dissonâncias” que dêem beleza, mas não deve ser muito complicada e difícil para o povo.


      Já os cantos para encontros e para a evangelização, embora devam levar em contas muitas das orientações acima, têm uma liberdade maior. 

Acréscimo:


BENTO XVI –  na Exortação apostólica Sacramentum Caritatis nº 42 afirma: “Na arte da celebração, ocupa lugar de destaque o canto litúrgico. Com razão afirma Santo Agostinho, num famoso sermão: « O homem novo conhece o cântico novo. O cântico é uma manifestação de alegria e, se considerarmos melhor, um sinal de amor ». O povo de Deus, reunido para a celebração, canta os louvores de Deus. Na sua história bimilenária, a Igreja criou, e continua a criar, música e cânticos que constituem um patrimônio de fé e amor que não se deve perder. Verdadeiramente, na liturgia, não podemos dizer que tanto vale um cântico como outro; a propósito, é necessário evitar a improvisação genérica ou a introdução de gêneros musicais que não respeitem o sentido da liturgia.


Enquanto elemento litúrgico, o canto deve integrar-se na forma própria da celebração;  consequentemente, tudo — no texto, na melodia, na execução — deve corresponder ao sentido do mistério celebrado, às várias partes do rito e aos diferentes tempos litúrgicos.

 

Enfim, embora tendo em conta as distintas orientações e as diferentes e amplamente louváveis tradições, desejo — como foi pedido pelos padres sinodais — que se valorize adequadamente o canto gregoriano, como canto próprio da liturgia romana.

4 partes da Missa:

Ritos Iniciais - Canto e Procissão de Entrada, Acolhida, Ato Penitencial ou Bênção da Água e Aspersão, Hino de Louvor (Glória) (exceto no Advento e na Quaresma) e Oração do Dia (Coleta)
Liturgia da Palavra - Primeira Leitura, Salmo Responsorial, Segunda Leitura (nos domingos e solenidades), Sequência (quando prescrita), Aclamação ao Evangelho, Proclamação do Evangelho, Homilia, Profissão de Fé (Creio) (nos domingos e solenidades), Oração dos Fiéis (Oração Universal)
Liturgia Eucarística:
1ª Parte - Preparação das Oferendas: Preparação do Altar, Procissão das Oferendas, Apresentação das Oferendas, Coleta, Lavar as Mãos, Orai Irmãos e Irmãs, Oração Sobre as Oferendas
2ª Parte - Oração Eucarística (Anáfora): Diálogo Inicial, Prefácio, Santo, Epiclese
(Invocação do Espírito Santo), Narrativa da Instituição e Consagração, Anamnese (Memorial), Oblação (Ofertório), Segunda Epiclese, Intercessões (Orações pela Igreja) e Doxologia Final
3ª parte - Rito da Comunhão: Pai-Nosso, Embolismo, Doxologia, Oração pela Paz, Abraço da Paz (facultativo), Fração do Pão, Cordeiro de Deus, Convite à Comunhão, Apresentação (Eis o Cordeiro de Deus...), Resposta da Assembleia (Senhor, eu não sou digno/a...), Canto e Distribuição da Comunhão, Ação de Graças, Interiorização (muito importante), Purificação dos Vasos Sagrados e Oração Depois da Comunhão
Ritos Finais - Avisos, Bênção Final, Despedida e Canto Final

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Mudanças na rede Telecine

 O canal Telecine, foi transmitido pela primeira vez no ano de 1991, criado pela Globosat para atender os assinantes da antiga NetSat, Net Cabo e posteriormente a Sky, o canal exibia filmes para todos os gostos, mas como todo canal Premium, sem intervalos comerciais.




O Telecine cresceu, e ganhou novos irmãos, divididos por números, de acordo com o gênero de filme: Telecine 2, Telecine 3, Telecine 4, Telecine 5.


 


Algum tempo depois, uma nova modificação nos canais de filmes da Globosat era anunciada, além de novos logos, eles iriam ganhar novos nomes: Telecine Premium - com o programa Cineview, Telecine Action, Telecine Emotion - com o programa Por Falar em Cinema, Telecine Happy e Telecine Classic - com o programa Cinema com Rubens Ewald Filho, a proposta era dar identidade a cada canal, especificando o gênero de cada um.


 




Insatisfeita, a Globosat acabou fazendo outra mudança, transformou o Telecine Emotion no Telecine Light, o Telecine Happy virou Telecine Pipoca e Telecine Classic se tornou Telecine Cult.

Por causa de pesquisas que detectaram que o público associava o termo 'Emotion' a dramas, a filmes pesados, e sua vida, as novelas e os noticiários já eram dramáticos o suficiente, o telespectador queria um canal com filmes leves, para relaxar após um dia tenso.


 


       


Conseguiu decorar o nome de todos os canais Telecines depois de tanto troca-troca?


Em 22/10/2010 o assinante que já estava acostumado com os "novos" Telecines, mais uma vez, tiveram que pegar o bloquinho de anotações e registrar mais uma vez outra mudança da Rede Telecine. Os canais também ganharam novas logos e vinhetas. O Pipoca se tornou uma extensão do Premium com dual áudio e multi legendas.


 


Lembra do Telecine 3, que já foi Telecine Emotion e Telecine Light, pois é, a partir de outubro de 2010 mudou de nome pela quarta vez, e passou a se chamar Telecine Touch, além dessa mudança os cinco Telecines ganharam o sexto irmão, o Telecine Fun.


Veja como ficaram os canais Telecines em 22/10/2010:




Telecine Premium - O canal exibe os principais filmes, estreias e filmes ganhadores de prêmios renomados. Todo sábado, estreia um filme de sucesso na sessão Superestreia, às 22h, com reprise todo domingo às 20h, no Telecine Pipoca. 


Telecine Premium HD - é a versão HD do principal canal da rede, lançado dia 22 de Outubro de 2010. Exibe na programação, uma seleção de filmes de diversos gêneros e em alta definição com som Dolby Digital 5.1. É o sucessor do Telecine HD.


Telecine Action - Dedicado exclusivamente a exibição de filmes de ação, suspense, terror, guerra, ficção científica, western e eróticos.


Telecine Action HD - Lançado no dia 22 de Outubro de 2010, o canal é a versão em Alta Definição do canal Telecine Action.


Telecine Touch - Lançado no dia 22 de Outubro de 2010, é dedicado para a exibição de filmes de romance, drama e de temática mais séria. Exibe produções independentes mundiais na sessão Cinemundi, que mostra produções fora do âmbito de Hollywood. Exibe também biografias, documentários e filmes religiosos.

É o retorno do Telecine Emotion, que em 2007 deu lugar ao Light.


Telecine Fun - foi lançado oficialmente no dia 22 de Outubro de 2010. Focado em animações, aventuras, musicais, comédias, comédias românticas e filmes infantis dublados. 

É o retorno do Telecine Happy, que em 2004 deu lugar ao Pipoca.


Telecine Pipoca - Exibe os principais filmes e estreias de todos os gêneros, exceto erótico, ganhadores do Globo de Ouro, Oscar e outros prêmios. Diferente dos outros canais, não exibe seus filmes legendados, e sim dublados. Tem origem na sessão dublada 'Sessão Pipoca', do Telecine Happy.


Telecine Pipoca HD - foi escolhido por meio de uma votação, em parceria com a NET. O canal estreou no dia 31 de janeiro de 2010, trazendo os melhores filmes dublados e em alta definição.


 


Telecine Cult - Exibe exclusivamente produções independentes e internacionais, filmes temáticos, filmes de arte, produções europeias, asiáticas e latinas, com programação direcionada para cinéfilos, jovens curiosos, idealistas, criativos e ousados e também apresenta filmes clássicos. Exibe também a sessão 'Cinemundi', que era exibida no Telecine Emotion.


Em junho de 2008, estreou a revista eletrônica Moviebox, apresentada pelo ator Daniel de Oliveira, com entrevistas e reportagens sobre os lançamentos do universo cinematográfico, e em julho, o concorrente do Fox, TNT e Space, o Megapix. Também foi lançado o Telecine Productions, elo que garante a co-produção e a divulgação de títulos em parceria com grandes produtoras e distribuidoras brasileiras, estimulando a criação de novos filmes e garantindo sua exibição com exclusividade nos canais da rede.

Ainda em 2012, a rede lançou dois serviços: Telecine Play (mais de 1.500 filmes da programação da rede para assistir online, quando e onde quiser) e Telecine On Demand (serviço de locação para assinantes dos canais em alta definição, onde estão disponíveis os mais novos sucessos do cinema, tudo sem sair de casa, para assistir quando e como quiser).

Em 2011, o Telecine Touch e o Fun ganharam versões em HD, e os cinco canais da rede já tinham legendas e áudio original, dublado em português, e em 2012, com o lançamento da versão HD do Telecine Cult, a rede passou a ficar completa.

O canal The Superstation

 Criado em 1991, The Superstation foi o primeiro canal independente por assinatura lançado no Brasil, inicialmente transmitido pela TVA, passou para a NET em dezembro de 97, após uma briga que foi parar na Justiça. A TVA, na época, alegou que o Superstation não possuía " qualidade de programação’’, mas, segundo Orlando Vallone (antigo dono do canal), a separação aconteceu por outros motivos: A TVA colocou pay-per-view (jogos de futebol em Curitiba e em Belém do Pará), interrompendo o sinal do The Superstation. Daí, o contrato foi cancelado, e o canal saiu do line-up da TVA.


 


      

O canal The Superstation, ficou conhecido principalmente por ter transmitido pela primeira vez no Brasil, os mais famosos talk-shows americanos, ’Late Show’’, de David Letterman, ’Tonight Show’’, de Jay Leno e os telejornais das maiores emissoras de TV norte-americanas (ABC, CBS, NBC), como Today e Good Morning America.


 


      

Os programas jornalísticos eram exibidos ao vivo com linguagem original, os talk-shows e outras atrações tinham legendas em português.


 


      

Em 31 de outubro de 2000, faltava alguns minutos para a meia noite, quando foi exibido um vídeo, onde a Diretora de Programação "Rosalina Vallone" se despedia do público e agradecia por terem acompanhado a programação da emissora durante os 9 anos que esteve no ar.


A razão da mensagem, era para anunciar o encerramento das atividades do The Shuperstation, que naquele momento saia de cena para dar lugar a um novo canal.


 


Orlando Vallone (ex dono do canal) falou sobre o fim do The Superstation em outubro de 2000


 


"O Superstation não atingiu o nível de saúde que gostaríamos, mas teve um final feliz. Fizemos um acordo com a Fox (a maior acionista da National Geographic) e nos sentimos honrados por termos sido escolhidos como base de um canal internacional’’, disse Vallone, que afirmava, ainda possuir o direito de transmissão em televisão paga dos programas exibidos pelo Superstation (na época). “Nosso contrato com a CBS, NBC e outras produtoras ainda está longe de expirar. Seria ótimo se pudéssemos continuar com o canal, mas não somos nós que controlamos a distribuição.’’


O Superstation foi comprado pela Fox, foi substituído pelo canal National Geographic dia 01/11/2000, diferente de seu substituto, foca em documentários, programas educativos e séries sobre ciência, tecnologia, meio ambiente e natureza. O NGC chegou ao Brasil alguns meses antes de estrear nos EUA


 


As atrações que faziam parte da grade do The Superstation, atualmente estão espalhadas pela programação de vários canais de TV por assinatura, com destaque para o "Late Show com David Letterman" que a muitos anos está no GNT e o "Tonight Show com Jay Leno" que passou a ser exibido pela Record News.


 

CBS Telenotícias - SBT

 Através de um acordo entre a Rede americana CBS, o grupo argentino Tele Notícias  e Sistema Brasileiro de Televisão, nasceu o CBS Tele Notícias, o primeiro canal de notícias em português gerado direto de Miami para todo Brasil.

   

Imagens da abertura dos Blocos Previsão do Tempo e  Variedades CBS Telenoticias

A Programação do canal era formada por blocos classificados por gêneros: Esportes, Previsão do Tempo, Variedades, Informação e Entrevistas.

   

Direto de Miami os apresentadores Leila Cordeiro, Eliakim Araújo comandavam os noticiários no horário nobre do CBS Telenotícias Brasil.

      

O CBS Telenotícias Brasil tinha a proposta de fazer um jornalismo imparcial, dinâmico, interligando o Brasil, a América Latina, Estados Unidos e o resto do Mundo, com matérias das Redes: CBS Americana, SBT e Band no Brasil e TN da Argentina, mostrando os fatos de uma maneira resumida sem sensacionalismo. De 1997 a 1999, o SBT exibiu o mesmo jornal, com o nome SINAL (Sistema de Notícias da América Latina).

   

Imagem dos Estúdios da CBS em Miami

O Canal durou quase 3 anos, era transmitido pela DirecTV, TVA e SBT (nas madrugadas), após a venda da CBS Americana o canal deixou de ser produzido pelo novo dono e saiu do ar sendo substituído por uma versão internacional da Telemundo, exceto no Brasil, porque ela tinha acordo com a Globo para transmitir suas novelas.

A crise de identidade da TV por assinatura

 Quando estreou no Brasil a TV por Assinatura tinha como “missão” oferecer aos assinantes um conteúdo diferenciado e segmentado, onde cada cliente se identificaria e assistiria o canal que mais aproximava-se do seu perfil.


 


Nos Estados Unidos hoje em dia são mais de 500 canais de TV, oferecendo uma grande diversidade de conteúdos para os mais variados gostos, canais de séries, desenhos, vendas, culinária, filmes e outros que mesclam conteúdos, mas são direcionados para determinado público (Homens, mulheres, crianças etc).


Quando estreou em 1991 no Brasil, a proposta era a mesma dos canais americanos, tanto que na época os poucos que eram disponibilizados em nosso país tinham quase 100% de conteúdo estrangeiro, mas sempre seguindo a premissa da segmentação.


 


O Brasil hoje é uma das grandes potencias econômicas do mundo e a América Latina ficou mais influente, sempre avançando, certo? Errado, no setor de TV por assinatura, os monopólios, e as más administrações no setor vão de contra-mão ao desenvolvimento.


 


Os tão esperados canais de TV segmentados, estão cada dia mais difíceis de serem encontrados, o que se vê atualmente é um amontoado de canais que tem de tudo um pouco e esse pouco agrada cada vez menos a grande maioria, que paga para ver quase a mesma coisa que a TV aberta oferece gratuitamente.


 


A metamorfose, transformação ou “evolução” dos canais (como as programadoras responsáveis por tais mudanças denominam), são cada vez mais frequentes, a mais recente pode ser percebida pelos telespectadores do Sony Spin - com foco no público jovem, apresentando séries, filmes e reprises - que foi substituído pelo canal Lifetime - com foco no público feminino, abordando temas como beleza, bem-estar, decoração, design, moda, culinária e música - em julho de 2014. Mas se isso conforta os órfãos do finado Sony Spin, saibam que os fãs de animes também sofreram bastante quando o canal lugar do saudoso e extinto Animax.


 


O Animax foi uma tentativa de criar um canal que exibisse animes 24 horas com dublagem em português, mesmo com muitos adeptos, a audiência não foi a esperada pela programadora e resolveram transformar o canal em uma emissora teen, uma mistura bizarra dos já consolidados Disney Channel e MTV, a "novidade" deu errado e o resultado foi mais uma vez mudar o estilo do canal e dar lugar a outro tipo de programação.


 


 Pelo histórico de fracassos dos canais que foram lançados podemos especular que isso se deve a "maldição do Locomotion. Para quem não sabe, nos primórdios da DirecTV (hoje Sky) no Brasil, o canal "Locomotion" e era especializado em desenhos animados como (He-Man, She-ra, Defensores da Terra, Flash Gordon, Recrta Zero, Popeye e outros) e tinha uma boa audiência, mas a programadora querendo aproveitar o espaço que já tinha nas operadoras começou a atirar no escuro e fracassou em todas as suas tentativas de substituição do Locomotion, primeiro foi o Animax, depois o Sony Spin e agora Lifetime.


 


Essa prática de descaracterizar determinado canal ou até mesmo mudar de nome é uma constante, principalmente na América Latina. Outro exemplo foi o canal Infinito, que começou abordando temas como esoterismo, espiritualidade, mistérios e tudo que não tem explicação, e a partir de 2006 mudou sua programação, também exibindo filmes e séries.


 


Outros canais sofreram mudanças radicais, como o tão comemorado Boomerang que estreou trazendo o melhor dos desenhos clássicos da Hanna-Barbera, Filmation, MGM e outros estúdios, aboliu o slogan “O que é bom volta” e partiu para uma viagem ao mundo adolescente "emo", até o Cartoon Network que era considerado a casa dos desenhos, vem sendo invadido por live actions e filmes, pelo andar da carruagem a Turner quer transformá-lo em um Boomerang 2, o curioso que nos Estados Unidos, tanto o Boomerang quanto o Cartoon seguem a idéia original.


 


Essas mudanças radicais promovidas pelas programadoras, estão ligadas diretamente ao desejo de atrair mais anunciantes e aumentar o faturamento, quantas vezes você já sintonizou um canal de documentários e seriados e se deparou com uma hora seguida de infomerciais?


 


Quem assina a TV Paga é um público com um grande potencial para consumir, por isso os canais exageram nos merchans e propagandas, no Cartoon por exemplo, durante a exibição de um programa, mostra tantos logos e propagandas que mal da para assistir a atração que esta sendo exibida.


 


O sucesso desses canais que foram modificados é temporário, isso porque em um universo de mais de 100 canais o diferencial é que atrai a atenção.


 


Canais de Variedades na TV paga que fazem sucesso tem esse êxito associado as “marcas” que representam, como é o caso do Disney Channel que conta com o acervo e a marca Disney, que é sinônimo de qualidade e o "Viva" que tem como carro chefe programas, séries, minisséries e novelas da TV Globo, com exceção desses e outros dois ou três canais de variedades, se analisarmos, os que fazem mais sucesso são os segmentados (Esportes, Filmes, Notícias, Infantis, Documentários, Séries, Variedades, Música e Moda), esses tem sempre público garantido.

Os que não têm público garantido são os canais religiosos, abertos, cortesia, interativos e pay-per-view.


 


Diante de tantas mudanças cabe as operadoras quando forem assinar seus contratos, a criação uma cláusula na qual especifique que: "caso determinado canal contratando fuja da idéia original ou mude de nome, seja retirado imediatamente da sua grade". Isso evitaria que as programadoras enfiassem goela abaixo um novo canal no lugar de outro que já tem distribuição garantida na maioria das operadoras.


 


Se as empresas responsáveis não começarem a perceber que tais mudanças estão afastando os telespectadores e que cada vez mais procuram na Internet um refúgio para encontrar conteúdo diferenciado, vão continuar perdendo público e vai chegar o momento que será difícil reverter tal situação.