Período composto
Um período pode ser composto por coordenação ou por subordinação. Quando é composto por coordenação, as orações são independentes, podendo vir separadamente sem prejuízo. Já no período composto por subordinação, as orações são dependentes entre si.
2 Orações Subordinadas Substantivas
Há três tipos de orações subordinadas: substantivas, adjetivas e adverbiais.
Orações Subordinadas Substantivas
São orações que exercem a mesma função que um substantivo, na estrutura sintática da frase. São introduzidas por conjunções integrantes, pronomes ou advérbios interrogativos.
A menina quis um sorvete. (período simples) A menina = sujeito quis = verbo transitivo direto um sorvete = objeto direto
3 Sendo assim, notamos que: A menina quis que eu comprasse sorvete.
Período Composto
A menina = sujeito;
quis = verbo transitivo direto
que eu comprasse sorvete = Oração subordinada substantiva objetiva direta (objeto direto do
verbo querer)
4 Consta que esses homens já foram preso.
(1) Subjetiva: ocupa a função de sujeito. Não há sujeito na oração principal, o sujeito é a oração subordinada.
Exemplos:
É necessário que você compareça à reunião. VL + predicat. + or. subord. subst. subjetiva
Consta que esses homens já foram preso.
VI ( unipessoal) + or. subord. subst. subjetiva
Contou-se que o exame deu positivo.
VTD + PR. AP. + or. subord. subst. subjetiva
5 A dúvida é se você virá. Suj. + VL + or. subord. subst. predicativa
(2) Predicativa: ocupa a função do predicativo do sujeito. Aparece sempre depois do verbo ser.
Exemplos:
A dúvida é se você virá. Suj. + VL + or. subord. subst. predicativa
A verdade é que você não virá. Suj. + VL + or. subord. subst. predicativa
6 (3) Objetiva Direta: ocupa a função do objeto direto
(3) Objetiva Direta: ocupa a função do objeto direto. Completa o sentido de um verbo Transitivo Direto.
Exemplos:
Nós queremos que você fique. Suj. + VTD + or. subord. subst. objetiva direta
Os alunos pediram a ele que a prova fosse adiada. Sujeito + VTDI + or. subord. subst. objetiva direta
Quero saber quando entra em vigor a nova lei.
Perguntaram qual é o assunto da palestra.
7 (4) Objetiva Indireta: ocupa a função do objeto indireto.
Exemplos:
As crianças gostam (de) que esteja tudo tranquilo. Sujeito + VTI + or. subord. subst. objetiva indireta
A mulher precisa de que alguém a ajude. Sujeito + VTI + or. subord. subst. objetiva indireta
8 (5) Completiva Nominal: ocupa a função de um complemento nominal de um substantivo, adjetivo ou advérbio.
Exemplos:
Tenho vontade de que haja mais esperança.
Suj.desinencial (eu) + VTD + obj. dir. + or. sub. substantiva Completiva Nominal
Toda criança tem necessidade de que alguém a ame. Sujeito + VTD + obj. dir. + or. sub. Substantiva Completiva Nominal
9 Toda a família tem o mesmo objetivo: que eu passe no vestibular.
(6) Apositiva: ocupa a função de um aposto. Frequentemente é precedida por dois-pontos e, às vezes, pode vir entre vírgulas ou travessões.
Exemplos:
Toda a família tem o mesmo objetivo: que eu passe no vestibular.
Sujeito + VTD + Objeto Direto + or. subordinada substantiva apositiva
10 Orações Subordinadas Adjetivas Orações adjetivas são aquelas orações que exercem a função de um adjetivo dentro da estrutura da oração principal. Elas são sempre iniciadas por um pronome relativo e servem para caracterizar algum nome que aparece na estrutura da frase. Há dois tipos de orações adjetivas: restritivas e explicativas.
11 Or. subord. adjetiva restritiva: funciona como adjunto adnominal e serve para designar algum elemento da frase. Não pode ser isolada por pontuação, restringe e identifica o substantivo ou pronome ao qual se refere.
Exemplo:
Amy Winehouse é uma cantora inglesa que faz muito sucesso.
Suj. + VL + predicativo + or.sub. adjetiva restritiva
12 Or. sub. adjetiva explicativa: ao contrário da restritiva, é sempre isolada por vírgulas, travessões ou parênteses. Serve para adicionar características ao ser que designa. Sua função é explicar, generalizar, ampliar o sentido.
Eu, que não sou perfeito, já cometi alguns erros graves.
Suj. + or. sub. adj. explicativa + VTD + OD
13 Orações Subordinadas Adverbiais
Existem nove tipos de orações subordinadas adverbiais. Esse tipo de oração age na frase como um advérbio, modificando o sentido de outras orações e ocupando a função de um adj. adverbial.
As orações adverbiais são sempre iniciadas por qualquer conjunção subordinativa, exceto as integrantes.
São elas:
1- Causal: designa a causa, o motivo.
Ex.: Ela cantou porque ouviu sua banda favorita.
Como ela ouviu sua banda favorita, ela cantou.
Conjunções causais: porque, já que, visto que, uma vez que (com verbo no indicativo), como (no início da oração), porquanto, na medida em que.
14 2- Comparativa: estabelece uma comparação com a oração principal.
Ex.: Ela andava leve como uma borboleta.
Conjunções comparativas: como, bem como, assim como, mais... (do) que, menos... (do) que, tão... quanto/como, tanto... quanto/como, tal qual.
3- Conformativa: expressa conformidade ou algum tipo de acordo com a oração principal.
Ex.: Como eu havia te falado, o show foi ruim.
Conjunções conformativas: conforme, como, segundo, consoante.
4- Concessiva: expressa um fato contrário ao expresso na oração principal, mas insuficiente para impedi-lo.
Ex.: Embora o show estivesse bom, não demorou nada para terminar.
Conjunções concessivas: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que, apesar de que, nem que.
15 5- Consecutiva: é a consequência da oração principal.
Ex.:Comecei o dia tão mal que não consegui me concentrar no trabalho.
Conjunções consecutivas: que (precedida de tal, tão, tanto, tamanho), de modo que, de maneira que, de forma que, de sorte que.
6- Condicional: é a condição da oração principal.
Ex.: Caso não viaje, vou ao show da Amy.
Conjunções condicionais: se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que, sem que, uma vez que (com verbo no subjuntivo).
16 7- Final: indica finalidade, propósito para que aconteça a oração principal.
Ex.: Não vou fechar os portões da biblioteca, para que você possa fazer sua pesquisa.
Conjunções finais: a fim de que, para que, que, porque (= para que).
8- Proporcional: indica proporção.
Ex.:Quanto mais você fumar, mais grave ficará sua doença.
Conjunções proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos.
17 9- Temporal: localiza a oração principal em um determinado tempo.
Exemplos:
Quando você voltar, nós conversaremos .
Assim que você voltar, nós conversaremos.
Conjunções temporais: quando, enquanto, antes que, logo que, assim que, depois que, sempre que, desde que, até que, toda vez que, mal.
18 As orações coordenadas são classificadas em: sindéticas e assindéticas
As orações coordenadas são classificadas em: sindéticas e assindéticas. - Sindéticas: orações coordenadas introduzidas por conjunção. Ex.: Deve ter chovido à noite, pois o chão está molhado. - Assindéticas: orações coordenadas que não são introduzidas por conjunção. Ex.: Tudo passa, tudo corre: é a lei. Orações coordenadas sindéticas As orações coordenadas sindéticas são classificadas de acordo com a conjunção coordenativa que as introduz. Podem ser:
19 (1) Aditivas: estabelecem ideia de adição, soma.
Ex.: (1) Não venderemos a casa, / (2) nem (venderemos) o carro. (1) coordenada assindética (2) coordenada sindética aditiva
São conjunções aditivas: e, nem, mas também, mas ainda, como também (depois de não só).
(2) Adversativas: estabelecem oposição, adversidade.
Ex.: (1) Gostaria de ter viajado,/ (2) contudo não tive férias.
(1) coordenada assindética
(2) coordenada sindética adversativa
São conjunções adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante, senão (= mas sim).
20 Ex.: (1) Siga o exemplo de solidariedade / (2) ou fique em casa.
(3) Alternativas: estabelecem alternância.
Ex.: (1) Siga o exemplo de solidariedade / (2) ou fique em casa.
(1) coordenada assindética
(2) coordenada sindética alternativa
São conjunções alternativas: ou (repetido ou não), ora, já, quer, seja (repetidos).
21 (2) coordenada sindética conclusiva
(4) Conclusivas: estabelecem conclusão.
Ex.: (1) São todos cegos, / (2) portanto não podem ver. (1) coordenada assindética
(2) coordenada sindética conclusiva
São conjunções conclusivas: portanto, logo, por isso, por conseguinte, pois, assim.
(5) Explicativas: estabelecem explicação.
Ex.: (1) Senti frio,/ (2) porque estava sem agasalho. (1) coordenada assindética (2) coordenada sindética explicativa
São conjunções explicativas: que, porque, pois, porquanto.
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