Uma coisa é certa. Se depender de torcida, o Brasil conquistará o hexa. Pela sexta vez, trará pra casa a copa do mundo. A Seleção Brasileira é a mais bem-sucedida do planeta. Só ela conquistou cinco títulos. Agora torcemos pelo sexto. Quando chegar lá, estejamos preparados para lidar com a grafia do hexa.
A proeza levanta duas dúvidas. Uma: a pronúncia do xis de hexa. A letra soa cs ou z? Ambas as formas são aceitas. O Aurélio fala em cs (como em táxi). O Houaiss, em z (como em exame). O VOLP abona uma e outra. Qual usar? Você decide.
A outra questão: a grafia nota 10 — com hífen ou sem hífen? Hexa enquadra-se na regra geral. Pede o tracinho quando seguido de h ou de a (letras iguais se rejeitam). No mais, é tudo colado: hexa-humano, hexa-álcool, hexacampeão, hexágono, hexassílabo, hexaedro, hexadecimal.
Bi, tri, tetra, penta & demais familiares com mania de grandeza têm as mesmas manhas do hexa. Na grafia, seguem as três regras de ouro do emprego do hífen. A primeira: o h, majestoso, não se liga a nada nem a ninguém (bi-humano, anti-histórico, tri-herói). A segunda: os iguais se rejeitam. Separam-se, por isso, com o tracinho (bi-ilíaco, tetra-atleta). A última: os diferentes se atraem (bimestral, bimensal, bicampeão, tridimensional, triênio, tricolor, tricampeão, tetraplégico, tetracampeão, pentágono, pentacampeão, pentassílabo).
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