sábado, 30 de janeiro de 2021

Senhora do Destino - Abertura e ficha técnica (Globo Internacional)

A abertura da novela se dava ao som de Encontros e Despedidas (composição de Milton Nascimento e Fernando Brant, interpretada por Maria Rita), mostrando fotos de pessoas, sendo que as fotos coloridas eram dos atores da novela enquanto as em preto-e-branco eram de anônimos.


Veja a abertura de SENHORA DO DESTINO


Uma novela de Aguinaldo Silva

Colaboração: Filipe Miguez, Gloria Barreto, Maria Elisa Berredo e Nelson Nadotti

Supervisão de texto: Gilberto Braga

Direção: Luciano Sabino, Marco Rodrigo, Cláudio Boeckel e Ary Coslov

Direção-geral: Wolf Maya

Direção núcleo: Wolf Maya


ELENCO:

Susana Vieira – Maria do Carmo Ferreira Da Silva

Renata Sorrah – Nazaré Tedesco

Carolina Dieckmann – Isabel / Lindalva

José Wilker – Giovanni Improta

José Mayer – Dirceu de Castro

Eduardo Moscovis – Reginaldo

Letícia Spiller – Viviane

Leonardo Vieira – Leandro

Marcello Antony – Viriato

Dan Stulbach – Edgard Legrand

Leandra Leal – Maria Cláudia

Débora Falabella – Maria Eduarda

Raul Cortez – Pedro Correia De Andrade E Couto (Barão De Bonsucesso)

Glória Menezes – Baronesa Laura

Marília Gabriela – Guilhermina

Wolf Maya – Leonardo

Ângela Vieira – Gisela

José de Abreu – Josivaldo

Dado Dolabella – Plínio

Carol Castro – Angélica

Helena Ranaldi – Yara Steiner

Nelson Xavier – Sebastião

Mara Manzan – Janice

Adriana Lessa – Rita De Cássia

Nuno Mello – Constantino

Roney Marruda – Cigano

Thiago Fragoso – Alberto

Flávio Migliaccio – Jacques

Elizângela – Djenane

Malu Valle – Shirley

Yoná Magalhães – Flaviana

Mylla Christie – Eleonora

Bárbara Borges – Jenifer

Heitor Martinez – João Emanuel

Maria Maya – Regininha

Ludmila Dayer – Danielle

André Gonçalves – Venâncio

Tânia Khalil – Nalva

Mário Frias – Thomas Jeferson

Leonardo Miggiorin – Shao Lin (Políbio)

Jéssica Sodré – Leidi Daiane

Agles Steib – Maikel Jecson

Luiz Henrique Nogueira – Ubiracy

Ítalo Rossi – Alfred

Felipe Camargo – Edmundo

André Mattos – Madruga

Gottscha – Crescilda

Stella Freitas – Cícera

Cristina Mullins – Aurélia

Reynaldo Gonzaga – Rodolfo

Silvia Salgado – Aretuza

Cristina Galvão – Jandira

Xandó Graça – Merival

Thadeu Matos – Bruno

Marcela Barrozo – Bianca

Leonardo Carvalho – Gato

Juliana Diniz – Larissa

Catarina Abdalla – Jurema

Roberto Lopes – Delegado Aberaldo Paredes

Guida Viana – Fausta

Naura Schneider – Elisa

Eduardo Fraga – Ubaldo

Elísio Lage – Elias

Marco Villela – Turcão

Fábio Maltez – Scarface

Marcelo Escorel – Ciro


1ª semana:

Carolina Dieckmann – Maria Do Carmo

Adriana Esteves – Nazaré/ Lourdes

Gabriel Braga Nunes – Dirceu

Marília Gabriela – Josefa Magalhães Duarte Pinto

Luís Carlos Vasconcelos – Sebastião

Tarcísio Filho – José Carlos Tedesco

Tônia Carrero – Berthe Legrand

Fábio Ferrer – Giovanni Improta

Lucielly Di Camargo – Djenane

Maria Amélia Brito – Laura

Manoel Candeias – Josivaldo

Werner Schünemann – Comandante Saraiva

Jonas Bloch – Inspetor Boegel

Cláudio Corrêa e Castro – Afonso

Emiliano Queiróz – Padre Léo

Rogério Fróes – General Bandeira

André Valli – Porteiro Do Diário De Notícias

Ruth De Souza – Marina

Neuza Amaral – Dona Mena

Ilva Niño – Dona Bil

Maria Gladys – Dona Mimin

Paulo Reis – Policial

Rodrigo Hilbert – Rudi

Luiz Magnelli – Vital


As crianças:

Miguel Rômulo – Reginaldo

Marcelo Max – Viriato

Ramon Motta – Leandro

Cássio Ramos – Plínio


E ainda:

Alexandre Barilari – Dr. Fábio

Alexandre Moreno – Seboso

Alexandre Zacchia – Pezão

Ana Paula Botelho – Recepcionista de motel

Ana Rosa – Belmira

Aracy Cardoso – Mãe De Leila

Beatriz Lyra – Enfermeira

Bianca Comparato – Helen

Carlos Bonow – Amante De Nazaré

Carlos Vieira – Moura

Chaguinha – Porteiro

Cristina Ferro – Shirlêi

Daniel Boaventura – Apresentador De Tv

Daniel Zubrinsky – Napa

Delano Avelar – Paulo Henrique

Derlan Henrique – Lolo

Élcio Romar – Dono do motel onde Leila morreu

Fabiana Meyreles – Clara

Felipe Cardoso – Garçom Do Monsieur Vatel

Fernanda Lobo – Enfermeira

Filippo Coelho

Flávio Galvão – Jorge Maciel (Advogado De Guilhermina)

Guilherme Duarte – Jacaré (Da Turma De Shao Lin)

Gustavo Moraes – Zé Luis (Frentista)

Hamilton Ricardo – Valdir (Motorista De Giovanni)

Isabela Lobato – Ariela (Colega De Crescilda)

Ivân Candido – Detetive

Jacqueline Laurence – Evangelina

Jayme Periard – Dr. Marcos

Joana Lener – Martinha

João Signorelli – Raptor De Maria Eduarda

José Afonso – Matusalém

José Augusto Branco – Médico De Isabel

Laura Proença – Dora

Leandro Rib



Cenografia: May Martins, Cristina De Lamare, Érika Lovise, Keller Veiga e Monica Aurenção

Cenógrafos assistentes: Altamir Júnior, Cleonice Megale, Cristina Crizel, Diana Domingues, Eduardo Pimentel, Jussara Pascoal, Liane Uderman, Luiz Cláudio Velho, Márcia Bezerra de Mello, Márcia Inoue, Murilo Esteves, Paula de Oliveira Camargo, Regina Valentino e Silvana Machado

Figurino: Beth Filipecki e Renaldo Machado

Figurinistas assistentes: Daniella Christino, Giovani Targa, Maruja Girelli e Renaldo Machado

Equipe de apoio ao figurino: Solange Queiroz, Waldeci Alves, Elijanite Marinho, Ilza Gomes, Nilza Rodrigues, Suely Mattos, Deivid Vieira, Genilton Domingos, Jorge Fernando Bernardo, Luciano Damasceno, Walmir Ferreira e Marinete Dias

Direção de fotografia: José Tadeu

Direção de iluminação: Jorge Valério, Flávio Casesque e Afrânio Marinho

Equipe de iluminação: Gustavo Pereira Amaral, Sidnei Meirelles Cussa, Marcos Antonio Costa dos Reis, Jose Prates da Silva, Almir de Souza Cansanção, Erich R. de Araújo, Walter Fernandes de Aguiar, Roberto Soares do Nascimento, Humberto Vicente Correia, Jorgival Luz de Eça, Valci de Souza, Antonio Benedito Pereira, Feliciano Silva dos Santos, Anselmo Marinho, Valdir Cardoso e Marcelo Pereira de Oliveira

Direção de arte: Mario Monteiro

Produção de arte: Luiz Pereira

Produção de arte assistente: André Soeiro, Gabriela Estrela, Lara Tausz, Marisa Azevedo e Patrícia Fernandes

Equipe de apoio à arte: Agenor Malvino, Jose L. Margato, Paulo Lisboa, Ricardo Paiva, Marco A. Velloso, Raul Sacramento e Carlos Guimarães

Produção de elenco: Elaine Macedo

Instrutora de dramaturgia: Vera Freitas

Produção musical: Edom Oliveira

Direção musical: Mariozinho Rocha

Caracterização: Lindalva Veronez

Equipe de apoio à caracterização: Solange Paulino, Marcos Henrique Rodrigues, Vânia Menezes, Hare, Ricardo Sartori, Marinez da Silva, Carlos Alexandre, Maria Solange de Oliveira, Núbia Maísa, Ligia da Costa e Catarina Mohilla

Edição: Paulo H. Farias, Roberto Mariano e William Alves

Sonoplastia: Thanus Chalita e Haroldo de Sá

Efeitos sonoros: Eduardo Silva, Adailton Bernardes, Ricardo Cadila e Nelson Seródio

Mixagem: Marco Villa Nova

Efeitos visuais: Toni Cid, Marcelo Brandão e Priscilla Lima

Videografismo: Alessandra Ovídio

Efeitos especiais: Marcos Soares

Abertura: Hans Donner, Alexandre Pit Ribeiro e Roberto Stein

Direção de imagem: Marco Antonio Ferreira Pinto

Câmeras - externa e estúdio: Edílson Giachetto, Lizanias Azevedo, Rafael Rahal, Alexandre Alves Tavares, Carlos Monerat, João Fonseca e Marcio Tanaka

Equipe de apoio à operação de câmera: Sergio Fialho da Silva, Wanderson Pereira da Silva e Marconi Couto Miranda Santos

Equipe de vídeo: Jorge Leal, Manoel Tiburcio, Cláudio Sargo, Gilberto Martins e Alexandre Carpi Barros

Equipe de áudio: Tavares Paiva, Rui Paulo Martins, Luiz Ferreira, Ricardo José Coelho da Fonseca, Jorge Marreiros, Enéas Antonio, Alexandre Silva Santos

Supervisor e op. sistema: Marcos A. Cheriff e André Almeida

Gerente de projetos: Ricardo Figueiredo

Supervisão de produção de cenografia: Guilherme Senges, Marco Antonio Vasconcellos, Francisco Silva, Roberto Rodrígues Marques e Uilton Nascimento

Equipe de cenotécnica: Luis Carlos Leal da Silva, Rosalie Anne Ferreira da Silva, Vanessa Salgado de Lima, Alis Galo Mendes, Andréa Ramy Mansur, Nelson Luiz Gonçalves, Tatiana da Silva Cunha, Jose Maria Ribeiro da Silva, Pedro Pereira da Silva, Carlos José Ferreira, Dario Pereira da Silva, Edson da Silva, Everaldo Luiz do Amaral, Jesu da Conceição Chagas, Jose Fernandes de Souza, Joseilton Bento da Silva, Vilson Cosme Teixeira Cyrino, Francisco Canindé de Azevedo, Jose Carlos de Souza, João Evangelista, Jorge de C. Barbosa Flor, Paulo Sily Pereira, Sebastião Silva Santos, Cláudio Luiz Querido Guimarães, Antonio Carlos de Oliveira, José Alípio da Silva Neto, Railton Antonio da Conceição, Wilson José dos Santos, Cláudio da Silva, Jose Carlos Oliveira Costa, Severino Geraldo de Santana, Cristóvão Antonio Félix, Fernando Barcelos Lopes, Jorge Joe Cabral, Emmanuel Ferreira da Silva, Maria de Fátima S. de Almeida, Aciel da Silva Campos, Alexandre Tavares da Silva, Carlos Renato Cardoso Ferreira, Edgil José Pinheiro, Fabio Flaviano de Menezes, Flavio Neves Marques, Jose Cavalcante Gomes, Josias Guimarães, Julio César Pinto Brandão, Marcelo Fanzeres Pitanga, Marcelo Paiva Santos, Ronaldo Hervano Pinto e Wagner Paulo de Miranda

Pesquisa: Leila Melo

Continuidade: Carla Neuma, Izabella Cid, Luana Fernandes e Teresa Prata

Assistentes de direção: Miguel Rodrigues, Alexia Maltner, André Toscano, Felipe Louzada e Alex Cabral

Produção de engenharia: Marcos Araujo

Equipe de produção: Adailza Alvim, Raul Gama, Wilson Garita - Gringo, Luiz Carlos Mendonça Jr., Marcelo Martins, Fernanda Gomes, Luiz Carlos Jovita e Rodrigo Lassance

Coordenação de produção: Patrícia Loureiro, Marcelo Lisboa, Nelson Fernandes, Marilia Fonseca e César Brasil

Produção executiva: Isabel Ribeiro

Gerência de operações: Augusto Seixas

Gerência de produção: Roberto Câmara

Direção de produção: Alexandre Ishikawa

Núcleo: Wolf Maya

Fonte: Memória Globo (com adaptações)

sábado, 2 de janeiro de 2021

Teledramaturgia - Rede Globo

 Novela das Seis

Década de 1970

Meu Pedacinho De Chão (1971)

Bicho Do Mato

A Patota

Helena (primeira novela das seis como adaptação da literatura brasileira)

O Noviço (última novela das seis exibida em preto e branco)

Senhora (primeira novela das seis exibida em cores)

A Moreninha (1975)

Vejo A Lua E O Céu

O Feijão E O Sonho

Escrava Isaura

A Sombra Dos Laranjais

Dona Xepa

Sinhazinha Flô

Maria,Maria

Gina

A Sucessora

Memórias De Amor

Cabocla (1979)

Década de 1980

Olhai Os Lírios Do Campo

Marina

As Três Marias

Ciranda De Pedra (1981)

Terras Do Sem-Fim

O Homem Proibido

Paraíso (1982) (primeira novela das seis como produção original)

Pão Pão, Beijo Beijo

Voltei Pra Você

Amor Com Amor Se Paga (1984)

Livre Para Voar

A Gata Comeu

De Quina Pra Lua

Sinhá Moça (1986)

Direito De Amar

Bambolê

Fera Radical

Vida Nova

Pacto De Sangue

O Sexo Dos Anjos

Década de 1990

Gente Fina

Barriga De Aluguel

Salomé

Felicidade

Despedida De Solteiro

Mulheres De Areia (1993) (primeira novela como remake)

Sonho Meu

Tropicaliente

Irmãos Coragem (1995)

História De Amor

Quem É Você?

Anjo De Mim

O Amor Está No Ar

Anjo Mau (1997)

Era Uma Vez... (1998)

Pecado Capital (1998)

Força De Um Desejo

Década de 2000

Esplendor

O Cravo E A Rosa

Estrela-Guia

A Padroeira

Coração De Estudante

Sabor Da Paixão (novela das seis deixa de ter reapresentação do último capítulo)

Agora É Que São Elas (novela das seis volta a ter reapresentação do último capítulo)

Chocolate Com Pimenta

Cabocla (2004)

Como Uma Onda

Alma Gêmea

Sinhá Moça (2006) (primeira novela das seis exibida em Closed Caption e testada em 24fps)

O Profeta (2006)

Eterna Magia (primeira novela das seis com o selo Livre)

Desejo Proibido

Ciranda De Pedra (2008)

Negócio Da China

Paraíso (2009)

Cama De Gato (reclassificado para 10 anos no capítulo 71 / primeira novela das seis com o selo +10)

Década de 2010

Escrito Nas Estrelas (última novela das seis exibida em SD / reclassificado para 10 anos no capítulo 82)

Araguaia (primeira novela das seis exibida em HDTV / reclassificado para 10 anos no capítulo 146)

Cordel Encantado (primeira novela das seis exibida em 24fps / reclassificado para 10 anos no capítulo 88)

A Vida Da Gente (reclassificado para 10 anos no capítulo 53)

Amor Eterno Amor (reclassificado para 10 anos no capítulo 67)

Lado A Lado (reclassificado para 10 anos no capítulo 66)

Flor Do Caribe (novela reprisada em uma edição especial / primeira novela das seis a ter autoclassificação e única classificação de selo +10)

Joia Rara

Meu Pedacinho De Chão (2014)

Boogie Oogie (primeira novela das seis testada de volta em 60fps, e exibida nesse formato em caráter excepcional por ser uma trama passada nos anos 1970)

Sete Vidas

Além Do Tempo

Êta Mundo Bom! (última novela das seis a ser encerrada em uma sexta-feira, com reprise do último capítulo no sábado)

Sol Nascente (primeira novela das seis a ser encerrada em uma terça-feira, com reprise do último capítulo na tarde do dia seguinte)

Novo Mundo (novela reprisada em uma edição especial)

Tempo De Amar

Orgulho e Paixão (reclassificado para 12 anos no capítulo 100 / primeira novela das seis com o selo +12)

Espelho da Vida (única novela das seis a não ter reclassificado de +10 para +12 / única novela das seis a não ter reapresentação do último capítulo)

Órfãos da Terra (primeira novela das seis a ter autoclassificação e única classificação de selo +12 / novela das seis volta a ter reapresentação do último capítulo)

Éramos Seis (2019)

Década de 2020

Nos Tempos do Imperador

Além da Ilusão

Novela das Sete

Década de 1960

Rosinha Do Sobrado

A Moreninha

Padre Tião

O Santo Mestiço

A Grande Mentira

A Cabana Do Pai Tomás

Década de 1970

Pigmalião 70

A Próxima Atração

Minha Doce Namorada

O Primeiro Amor

Uma Rosa Com Amor

Carinhoso

Supermanoela

Corrida Do Ouro

Cuca Legal

Bravo!

Anjo Mau (1976)

Estúpido Cupido (última novela das sete exibida em preto e branco, com exceção dos dois últimos capítulos em cores)

Locomotivas (primeira novela das sete exibida integralmente em cores / novela reprisada como novela das seis em 1986)

Sem Lenço, Sem Documento

Te Contei?

Pecado Rasgado

Feijão Maravilha

Marron Glacê

Década de 1980

Chega Mais

Plumas E Paetês

O Amor É Nosso

Jogo Da Vida

Elas Por Elas

Final Feliz

Guerra Dos Sexos (1983)

Transas E Caretas

Vereda Tropical

Um Sonho A Mais

Ti Ti Ti (1985)

Cambalacho

Hipertensão

Brega & Chique

Sassaricando

Bebê A Bordo

Que Rei Sou Eu?

Top Model

Década de 1990

Mico Preto

Lua Cheia De Amor

Vamp

Perigosas Peruas

Deus Nos Acuda

O Mapa Da Mina

Olho No Olho

A Viagem (1994)

Quatro Por Quatro

Cara & Coroa

Vira Lata

Salsa E Merengue

Zazá

Corpo Dourado

Meu Bem Querer

Andando Nas Nuvens

Vila Madalena

Década de 2000

Uga-Uga

Um Anjo Caiu Do Céu

As Filhas Da Mãe

Desejos De Mulher

O Beijo Do Vampiro

Kubanacan

Da Cor Do Pecado

Começar De Novo

A Lua Me Disse

Bang Bang

Cobras & Lagartos (primeira novela das sete exibida em Closed Caption)

Pé Na Jaca

Sete Pecados (primeira novela das sete com o selo Livre)

Beleza Pura (reclassificado para 10 anos no capítulo 56 / primeira novela das sete com o selo +10)

Três Irmãs

Caras & Bocas (reclassificado para 10 anos no capítulo 201)

Década de 2010

Tempos Modernos (última novela das sete exibida em SD)

Ti Ti Ti (2010) (reclassificado para 10 anos no capítulo 58 / primeira novela das sete em HDTV)

Morde & Assopra (reclassificado para 10 anos no capítulo 66)

Aquele Beijo (reclassificado para 10 anos no capítulo 59)

Cheias De Charme (primeira novela das sete exibida em 24fps / reclassificado para 10 anos no capítulo 65)

Guerra Dos Sexos (2012) (reclassificado para 10 anos no capítulo 59)

Sangue Bom (primeira novela das sete a ter autoclassificação e única classificação de selo +10)

Além Do Horizonte

Geração Brasil

Alto Astral

I Love Paraisópolis (última novela das sete a ser encerrada em uma sexta-feira, com reprise do último capítulo no sábado)

Totalmente Demais (novela reprisada em uma edição especial / primeira novela das sete a ser encerrada em uma segunda-feira, com reprise do último capítulo na tarde do dia seguinte)

Haja Coração (novela reprisada em uma edição especial)

Rock Story

Pega Pega

Deus Salve o Rei (reclassificado para 12 anos no capítulo 51 / primeira novela das sete com o selo +12)

O Tempo Não Para (única novela das sete a não ter reapresentação do último capítulo / reclassificado para 12 anos no capítulo 56)

Verão 90 (primeira novela das sete testada de volta em 60fps, e exibida nesse formato em caráter excepcional por ser uma trama passada nos anos 1990 / novela das sete volta a ter reapresentação do último capítulo / reclassificado para 12 anos no capítulo 44)

Bom Sucesso (primeira novela das sete a ter autoclassificação e única classificação de selo +12)

Década de 2020

Salve-se Quem Puder (novela dividida em duas partes)

Quanto Mais Vida, Melhor!

Cara e Coragem

Novela das Oito e das Nove

Década de 1960

O Ébrio

O Rei Dos Cigarros

A Sombra De Rebecca

Anastácia, A Mulher Sem Destino

Sangue E Areia

Passo Dos Ventos

Rosa Rebelde

Véu De Noiva (1969)

Década de 1970

Irmãos Coragem (1970)

O Homem Que Deve Morrer

Selva De Pedra (1972)

Cavalo De Aço

O Semideus

Fogo Sobre Terra

Escalada (última novela das oito exibida em preto e branco)

Pecado Capital (1975) (primeira novela das oito exibida em cores)

O Casarão

Duas Vidas

Espelho Mágico

O Astro (1977)

Dancin' Days

Pai Herói

Os Gigantes

Década de 1980

Água Viva

Coração Alado

Baila Comigo

Brilhante

Sétimo Sentido

Sol De Verão

Louco Amor

Champagne

Partido Alto

Corpo A Corpo

Roque Santeiro

Selva De Pedra (1986)

Roda De Fogo (1986)

O Outro

Mandala

Vale Tudo

O Salvador Da Pátria

Tieta

Década de 1990

Rainha Da Sucata

Meu Bem, Meu Mal

O Dono Do Mundo

Pedra Sobre Pedra

De Corpo E Alma

Renascer

Fera Ferida

Pátria Minha

A Próxima Vítima

Explode Coração

O Fim Do Mundo

O Rei Do Gado

A Indomada

Por Amor

Torre De Babel

Suave Veneno

Terra Nostra

Década de 2000

Laços De Família

Porto Dos Milagres

O Clone

Esperança

Mulheres Apaixonadas

Celebridade

Senhora Do Destino

América

Belíssima (primeira novela das oito exibida em Closed Caption)

Páginas Da Vida

Paraíso Tropical (última novela das oito exibida em SDTV e primeira novela das oito com o selo +14 / primeira novela com cenas inéditas na reapresentação do último capítulo)

Duas Caras (primeira novela das oito exibida em HDTV e com o selo +12 / única novela das oito a não ter reapresentação do último capítulo / reclassificado para 14 anos no capítulo 73)

A Favorita (novela das oito volta a ter reapresentação do último capítulo)

Caminho Das Índias

Viver A Vida

Década de 2010

Passione (única novela das oito com o selo +10 / reclassificado para 12 anos no capítulo 22 / última novela das oito)

Insensato Coração (primeira novela das nove / primeira novela das nove com selo +12)

Fina Estampa (novela reprisada em uma edição especial)

Avenida Brasil (primeira novela das nove exibida em 24fps)

Salve Jorge

Amor À Vida

Em Família

Império

Babilônia

A Regra Do Jogo

Velho Chico

A Lei Do Amor

A Força Do Querer (novela reprisada em uma edição especial)

O Outro Lado Do Paraíso (reclassificado para 14 anos no capítulo 43 / primeira novela das nove com o selo +14)

Segundo Sol (primeira novela das nove a ter autoclassificação e única classificação de selo +14) 

O Sétimo Guardião (reclassificado para 14 anos no capítulo 119)

A Dona do Pedaço

Amor de Mãe (novela dividida em duas partes)

Década de 2020

Um Lugar ao Sol (2021)

Pantanal (2021)

Olho por Olho

Novela das Dez e das Onze

Década de 1960

Ilusões Perdidas

Marina

Paixão De Outono

Um Rosto De Mulher

Eu Compro Esta Mulher

O Sheik De Agadir

A Rainha Louca

O Homem Proibido

A Gata De Vison

A Última Valsa

A Ponte Dos Suspiros

Verão Vermelho

Década de 1970

Assim Na Terra Como No Céu

O Cafona

Bandeira 2

O Bofe (última novela das dez exibida em preto e branco)

O Bem-Amado (primeira novela das dez exibida em cores)

Os Ossos Do Barão

O Espigão

O Rebu (1974)

Gabriela (1975)

O Grito

Saramandaia (1976)

Nina

O Pulo Do Gato

Sinal De Alerta

Década de 1980

Eu Prometo

Década de 1990

Araponga (última novela das dez, em seguida o horário passou a ser ocupado por minisséries, séries e outros programas que não de teledramaturgia)

Década de 2010

O Astro (2011) (Novela das Onze / primeira novela das onze / reclassificado para 14 anos no capítulo 37)

Gabriela (2012) (primeira novela das onze exibida em 24fps / reclassificado para 16 anos no capítulo 61)

Saramandaia (2013) (reclassificado para 14 anos no capítulo 37)

O Rebu (2014)

Verdades Secretas (primeira novela das onze original / primeira novela das onze reprisada como edição especial)

Liberdade, Liberdade (Última Novela das Onze / última novela das onze e também a última exibida em 24fps)

Superséries

Década de 2010

Os Dias Eram Assim (Supersérie / primeira supersérie a ter com barras laterais e em 24fps)

Onde Nascem os Fortes (Última Supersérie / última supersérie a ter com barras laterais)

Novelas do Globoplay

Década de 2020

Verdades Secretas 2 (Retorno da Novela das Onze / primeira novela exclusiva do Globoplay)

Patrocinadores

Novela das Seis

Rede

2010-2011 - P&G

2011-31/01/2017 - Unilever

01/02/2017-31/08/2018 - Sem patrocínio

01/09-30/11/2018 - Avon

01-31/12/2018 - Sem patrocínio

01/01-31/12/2019 - Johnson & Johnson

01/01/2020-atual - Sem patrocínio

Novela das Sete

02/07/2001-01/11/2014 - Sadia

03/11/2014-31/03/2015 - BRF

01/04-31/12/2015 - Crefisa

01/01-31/12/2016 - Sem patrocínio

02/01-30/12/2017 - Coca-Cola

01/01-31/12/2018 - Sem patrocínio

01/01/2019-atual - BRF

Novela das Oito

01/01-31/07/2003 - Sem patrocínio

01/08/2003-31/01/2005 - Flora

01/02/2005-30/06/2007 - Santander

02/07-31/10/2007 - Bradesco

01/11/2007-31/03/2008 - Flora

01/04/2008-15/01/2011 - Natura

Novela das Nove

17/01/2011-31/12/2018 - Natura

01/01-31/12/2019 - Avon

01/01-30/09/2020 - Sem patrocínio

01/10/2020-atual - Caoa Chery

Horários, exibições e curiosidades

Novela das Seis

Novela das seis é a denominação dada às telenovelas brasileiras exibidas diariamente na faixa das 18h pela Rede Globo, de segunda a sábado. Tradicionalmente tem como características um enredo simples e tipicamente romântico, muitas das vezes sendo de época e/ou regional.


A novela com maior número de capítulos do horário foi Barriga de Aluguel, exibida entre 1990 e 1991, com 243 capítulos, e a mais curta é O Noviço, exibida em 1975, com 20 capítulos. Até o presente momento, foram exibidas mais de 80 novelas no horário. A faixa de horário foi criada em 1971, com a exibição de três novelas, até 1973. Houve então uma interrupção de dois anos. Em 1975 a faixa foi recriada com um objetivo específico: apresentar adaptações da literatura brasileira, começando com Helena, inspirada no romance homônimo de Machado de Assis e assim prosseguindo por mais 20 telenovelas, até 1982, com a exibição de O Homem Proibido, adaptação de Nélson Rodrigues. De 1982 em diante, as adaptações da literatura brasileira foram substituídas por produções originais e remakes (novas produções de telenovelas antigas), estes últimos a partir do final da década de 1990. Após a retomada da faixa de telenovelas das seis em 1975, houve apenas uma interrupção de três meses entre 1986 e 1987, entre Sinhá Moça e Direito de Amar.


Na emissora, a faixa de telenovelas das seis foi a segunda a ter produções em cores, com Helena, em outubro de 1975, depois das novelas das dez e antes das novelas das oito. A alta definição começou com Araguaia, em setembro de 2010. A gravação/exibição em 24 fps começou com Cordel Encantado, em abril de 2011, porém testada em Sinhá Moça, em março de 2006. Em A definir a gravação/exibição em 60 fps voltou a ser utilizada em meados de a definir, porém testada em Boogie Oogie, em agosto de 2014.


Novela das Sete

Novela das sete é uma denominação utilizada pela emissora brasileira Globo para designar a telenovela exibida em sua programação diária, de segunda-feira a sábado, antes do noticiário Jornal Nacional. Atualmente, 2014, as tramas do horário tem como objetivo alcançar uma média de 25 pontos de audiência durante sua exibição. Desde sua estreia até a novela Quatro por Quatro, as faixas eram exibidas depois da Novela das seis e antes da segunda edição do Praça TV. A partir de Cara & Coroa, passou a ser exibida entre a segunda edição do Praça TV e o Jornal Nacional.


Este anexo lista todas as mais de 80 telenovelas brasileiras que receberam esta denominação e foram exibidas pela Rede Globo, ordenando-as por ordem cronológica. Tanto em quantidade de capítulos quanto em período de exibição a maior telenovela já exibida pela emissora foi A Grande Mentira, cujos 341 capítulos exibidos entre 10 de junho de 1968 e 4 de julho de 1969 ainda não foram superados. A telenovela mais curta do horário foi A Moreninha, escrita por Moysés Weltman e dirigida por Otávio Graça Mello, com 35 capítulos, exibidos entre 25 de outubro e 10 de dezembro de 1965.


Na emissora, a faixa de telenovelas das sete foi a última que passou a ser exibida em cores, com Locomotivas, em março de 1977, considerando-se o fato de que sua antecessora, Estúpido Cupido, teve os dois últimos capítulos em cores . A exibição em alta definição começou com o remake de Ti Ti Ti, em julho de 2010. A gravação/exibição em 24 fps começou com Cheias de Charme, em abril de 2012. Em A definir a gravação/exibição em 60 fps voltou a ser utilizada em meados de a definir, porém testada em Verão 90, em janeiro de 2019.


Novela das Oito e das Nove

Novela das nove é uma denominação utilizadas pela emissora brasileira Rede Globo para designar a telenovela exibida em sua programação diária, de segunda-feira a sábado, após o noticiário Jornal Nacional. É o principal horário da teledramaturgia brasileira, ou ao menos, é o de maior repercussão. De 1965 até o anúncio da estreia de Insensato Coração, em 2011, a emissora adotou para a mesma faixa de horário a denominação de "novela das oito" para "novela das nove"


Em 2007, quando a telenovela Duas Caras era exibida, os temas abordados levaram à determinação do Ministério da Justiça, que classificou a obra como imprópria para menores de quatorze anos e, portanto, tendo seu início obrigatoriamente após as 21 horas. Apesar disso, as telenovelas exibida em sucessão continuaram sendo costumeiramente tratadas e conhecidas como "a novela das oito". Em 2011, quando a nomenclatura "novela das nove" passou a ser oficialmente adotada, o site Na Telinha comentou que o novo título "realmente condiz com o horário em que o folhetim mais visto do país vai ao ar - às 21h". Embora a partir de Insensato Coração todas as telenovelas tenham sido denominadas, pela emissora, como "das nove", ambas as denominações continuam a ser adotadas pela mídia. Jornalistas como Lauro Jardim, da revista Veja, ainda se referiam à Insensato Coração pela denominação costumeiramente utilizada antes do anúncio uma semana após a estreia da produção. Leonardo Ferreira, do jornal Extra, ao comentar a pré-produção de Fina Estampa, referiu-se à produção como "próxima novela das oito".


Telenovelas brasileiras receberam uma dessas duas denominações e foram exibidas pela Rede Globo. Tanto em quantidade de capítulos quanto em período de exibição a maior telenovela já exibida pela emissora foi Irmãos Coragem, cujos 328 capítulos exibidos entre 8 de junho de 1970 e 12 de junho de 1971 ainda não foram superados. A telenovela foi escrita pela dramaturga Janete Clair, que detém ainda o recorde de autora da maior quantidade de "novelas das oito" - dezesseis, sendo que quinze foram exclusivamente escritas por ela. Clair foi também a única a autora cujas obras foram exibidas sucessivamente: após a conclusão de Anastácia, a Mulher sem Destino, ela foi a responsável por todas as seis produções exibidas pela emissora entre 1967 e janeiro de 1973, quando teve início Cavalo de Aço, de Walther Negrão. Com a conclusão desta, Clair escreveria seis das onze telenovelas que seriam exibidas até o final daquela década - Lauro César Muniz escreveria outras quatro, alternando-se com Clair, e Gilberto Braga seria o autor de uma.


O ator e diretor Daniel Filho, por sua vez, esteve envolvido na direção de quinze telenovelas, exibidas entre 1967 e 1981. Desde a década de 1980 um maior número de profissionais tem se alternado na autoria das obras, destacando-se Aguinaldo Silva (quatorze telenovelas, sendo oito em parceria com outros autores), Manoel Carlos (oito), Glória Perez (sete, sendo uma em parceira com outro autor), Sílvio de Abreu (cinco) e Benedito Ruy Barbosa (quatro). A exibição em alta definição começou com Duas Caras, em 3 de dezembro de 2007, e o uso de câmeras de cinema - 24 frames por segundo começou com Avenida Brasil, exibida a partir de 26 de março de 2012. A telenovela mais curta do horário foi O Fim do Mundo, escrita por Dias Gomes, cujos 35 capítulos foram exibidos entre 6 de maio e 15 de junho de 1996. Excetuado o caráter excepcional desta e as curtas durações - entre 75 e 135 capítulos - das cinco primeiras telenovelas, tiveram menos de 150 capítulos: Os Gigantes, com 143 capítulos, exibida entre 1979 e 1980 e escrita por Lauro César Muniz, Sol de Verão, com 137 capítulos, exibida entre 1982 e 1983 e Em Família, com 143 capítulos, exibida em 2014, as duas últimas escritas por Manoel Carlos.


Novela das Dez e das Onze

As Telenovelas das dez e das onze da Rede Globo estão relacionadas nesta lista, que apresenta: data de início, data do final e quantidade de capítulos das telenovelas da Rede Globo. A telenovela mais curta não só da da faixa como da história da Rede Globo foi Marina, exibida em 1965 com 15 capítulos, e a mais longa da faixa foi A Rainha Louca, exibida em 1967, com 215 capítulos.


A primeira telenovela diária da Rede Globo foi Ilusões Perdidas, que estreou no mesmo dia que a emissora, é considerada como sendo das dez horas, ainda que tenha começado noutra faixa de horário


Nesta década, as telenovelas das dez horas passaram por momentos de grande sucesso, tais como em Bandeira 2, O Bem-Amado. O horário permitia questões polêmicas para a época, tais como especulação imobiliária (O Espigão), a vida na cidade grande (O Grito), narrativas fora do tradicional (O Rebu), entre outros. Todavia, antes que os anos 70 terminassem, a exibição contínua de telenovelas nessa faixa, feita ininterruptamente desde A Ponte dos Suspiros em 1969 e somente interrompida no primeiro semestre de 1977, entre Saramandaia e Nina, foi encerrada com Sinal de Alerta, novela que não obteve sucesso e levou à interrupção da faixa


Após o encerramento de Sinal de Alerta em 1979, novela que não obteve repercussão nem audiência, não houve mais exibição sucessiva de telenovelas na faixa das 10 horas da noite: o horário foi preenchido com reprises ou substituído com seriados (tais como Malu Mulher, Carga Pesada e Plantão de Polícia). Em 1983 e em 1990 foram feitas duas tentativas pontuais de reavivar a quarta faixa de telenovelas, Eu Prometo e Araponga (esta última exibida às nove e meia da noite), sendo ambas mal sucedidas, o que fez com que a faixa de horário fosse extinta durante quase toda a década de 1990 e por toda a década seguinte, sendo sucedida pela faixa de telenovelas das onze e superséries a partir de 2011.


Após duas décadas ocupando a faixa das onze horas da noite com minisséries, seriados e outros programas que não de teledramaturgia, em 2011 a Rede Globo resolveu recriar a quarta faixa de telenovelas (anteriormente às dez horas da noite) depois de 20 anos da última tentativa, fazendo uma experiência nesse horário 1 com o remake de O Astro, cuja audiência motivou a manutenção da quarta faixa de novelas, ainda que de forma intermitente, com produções exibidas a partir do início do segundo semestre de cada ano. Todas as produções desta nova faixa são gravadas e exibidas em alta definição. A gravação/exibição em 24 fps começou com o remake de Gabriela, em 18 de junho de 2012, seguindo o novo padrão das telenovelas da Rede Globo.


Em 8 de junho de 2015 estreou Verdades Secretas, a primeira telenovela original do horário. No dia seguinte, a Globo decidiu que a novela seria exibida em todos capítulos após a novela das nove, o que transformaria novamente a faixa em "novela das dez" . Todavia, tal fato não se confirmou na semana seguinte de exibição.


A partir de 2017, com a estreia de Os Dias Eram Assim, as produções das 23 horas que até então eram chamadas de novela das onze, passam a se chamar superséries, mesmo com o formato de telenovela. A Globo alega que as produções do horário são muito menores que as novelas, e são consideradas séries, mas com capitulação corrida, algo já visto em emissoras estrangeiras como a Telemundo e a Televisa.


Com o cancelamento de Sem Limite, escrita por Euclydes Marinho e o engavetamento de Irmãos de Sangue (inspirada nas obras de William Shakespeare) também escrita pelo mesmo, a emissora decide transmitir duas séries já exibidas pelo Globoplay: Assédio e Se Eu Fechar os Olhos Agora. Com o cancelamento das outras tramas, a emissora carioca reorganizou sua fila de novelas das 23h. Em 2019, Maria Adelaide Amaral (autora de Sangue Bom) escrevia O Selvagem da Ópera, Maria Camargo (a autora de Assédio), Um Defeito de Cor e por fim, a faixa ficaria a cargo de Walcyr Carrasco com a segunda parte de Verdades Secretas, novela consagrada e inédita na faixa (que só transmitia remakes).


Entretanto, em outubro de 2019, a emissora resolve remanejar O Selvagem da Ópera para o horário das seis, e resolve lançar Verdades Secretas 2 como produção exclusiva da plataforma Globoplay. Com isso, o horário das superséries da Rede Globo foi descontinuado e extinto.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Quaresma - João de Araújo

 Quaresma

 


QUALIFICAÇÃO SIMBÓLICA E LITÚRGICA


 


1 - A palavra "Quaresma" vem da corruptela portuguesa do latim "quadragésima", isto é, "quarenta", e está ligada a acontecimentos bíblicos, que dizem respeito à história da salvação: jejum de Moisés no Monte Sinai, caminhada de Elias para o Monte Horeb, caminhada do povo de Israel pelo deserto, jejum de Cristo no deserto etc.. Como se vê, é um tempo, pois, cheio de reminiscências bíblicas, o que dá mais ainda à liturgia uma profunda conotação com a história da salvação. Com a Quaresma tem início o ciclo da páscoa.


 


2 - Chamado, liturgicamente, de tempo de preparação penitencial para a Páscoa, a Quaresma, a exemplo também do Advento, tem dois momentos distintos: o primeiro vai da Quarta-Feira de Cinzas até o Domingo da Paixão e de Ramos, e o segundo, como preparação imediata, vai do Domingo de Ramos até à tarde de Quinta-Feira Santa, quando se encerra então o tempo quaresmal e se inicia o Tríduo Pascal.


 


3 - O tempo da Quaresma é tempo privilegiado na vida da Igreja. É o chamado tempo forte, de conversão e de mudança de vida. Sua palavra-chave é: "metanóia", ou seja, conversão. Nesse tempo se registram os grandes exercícios quaresmais: a prática da caridade e as obras de misericórdia. O jejum, a esmola e a oração são exercícios bíblicos de piedade, até hoje recomendáveis, na imitação da espiritualidade judaica.

No Brasil, durante a Quaresma, realiza-se a Campanha da Fraternidade, com sua proposta concreta de ajuda aos irmãos, na vivência evangélica, focalizando sempre um tema da vida social. Dois sacramentos estão também na linha pastoral da Quaresma: o Batismo e a Confissão. Somos, pois, chamados a tomar consciência de nossa fé batismal, assumindo-a mais vivamente, como também a vivermos a dimensão penitencial de nossa vida sobretudo pelo sacramento da Confissão.


 


DOMINGOS DA QUARESMA


 


4 - Seis são os domingos da Quaresma, sendo o sexto já o Domingo de Ramos e da Paixão. Como no Advento, tem também a Quaresma o seu domingo da alegria, o 4º domingo, chamado "Laetare". A antífona de entrada na liturgia desse domingo, tomada de Is 66,10-11, vai dizer: “Alegra-te, Jerusalém”. Como no Advento a alegria do 3º domingo, chamado “Gaudete”, devido ao imperativo latino, como que antecipa as alegrias natalinas, aqui podemos dizer que o domingo “Laetare” antecipa as alegrias pascais. Também, a exemplo do Advento, nesse domingo pode-se usar a cor rosa na liturgia.


 


AS CINZAS COMO SÍMBOLO LITÚRGICO NA QUARESMA


 


5 - As cinzas, na liturgia, principalmente na celebração da Quarta-Feira de Cinzas, são para nós símbolo de penitência, de humildade e de reconhecimento de nossa natureza mortal. Mas estas mesmas cinzas estão intimamente ligadas ao Mistério Pascal de Cristo. Portanto, não têm sentido negativo. Não nos esqueçamos de que elas são fruto dos ramos benzidos na celebração do ano anterior, geralmente queimados (sacrificados) na Quaresma, para o rito das cinzas. Na liturgia da missa, a renovação dos compromissos quaresmais e o rito da imposição das cinzas substitui o ato penitencial e, de acordo com o missal, é feito após a homilia, segue-se a oração dos fiéis e a missa segue como de costume, com a preparação das oferendas, a Oração Eucarística, o rito da comunhão, os avisos, a vivência, a bênção final e a despedida. É omitida a profissão de fé habitual.


 


6 - “A bênção e imposição das cinzas podem ser feitas sem Missa; neste caso, oportunamente, precede uma Liturgia da Palavra, aproveitando o canto de Entrada, a Coleta e as leituras da Missa com seus cantos; depois da homilia, são bentas as cinzas e impostas, e o rito termina com a oração dos fiéis” (Diretório Litúrgico).


 


PEQUENAS NOTAS SOBRE A ESPIRITUALIDADE QUARESMAL


 


7 - Como simples introdução à rica espiritualidade quaresmal, podemos dizer, entre outras notas, que:


 


a) - A Quaresma não é tempo negativo, como muitas vezes pensam os que vivem longe do Evangelho, mas tempo dinâmico,de renovação da vida e de volta aos valores da vida, tendo como meta definitiva o valor perene da páscoa eterna, na comunhão com o Senhor Ressuscitado.


 


b) - O importante, na Quaresma, não é, porém, aquilo que fazemos, mas o que deixamos Deus fazer em nós e por nós. É tempo de graça e de salvação (cf. 2Cor 6,2), tempo, pois, de abrir espaço para Deus em nossa vida e, como conseqüência, abrir o coração para os nossos irmãos.


 


c) - Tudo na Quaresma, como na liturgia, tem sentido simbólico. Assim, o jejum e a abstinência de carne, por exemplo, não podem reduzir-se a mera redução ou abstenção de alimento, mas tal atitude deve acenar para uma vida sóbria, diante de tantas comodidades e prazeres que o mundo moderno e consumista nos apresenta. É a afirmação do “SER”, ontológico, diante do “ter”, do “poder” e do “prazer”, como procedeu Cristo no evangelho das tentações (1º domingo da Quaresma).


 


d) - Faz parte da espiritualidade quaresmal, e com grande ênfase, como no passado, a tomada de consciência da fé batismal, a qual se renova na 3ª parte da Vigília Pascal do Sábado Santo, como celebração solene.


 


e) - É preciso, pois, viver a Quaresma na espiritualidade evangélica, caminhando com Cristo rumo à Páscoa. Em outras palavras, é preciso fazer de nossa vida uma caminhada com Cristo para Jerusalém, assumindo a cruz de cada dia (cf. Lc 9,23), para ser com ele crucificado e com ele ressuscitar no domingo da Páscoa, voltando ao seio do Pai, ao eterno “hoje” de Deus, ao “dia que não tem ocaso”.


 


AS LEITURAS BÍBLICAS DA QUARTA-FEIRA DE CINZAS


 


8 - As leituras bíblicas da Quarta-Feira de Cinzas são as mesmas para os ciclos de A, B e C. Portanto, são fixas, o que facilita a sua memorização. Ei-las:


 


Jl 2,12-18 - Rasgai os vossos corações, não as vossas vestes - Convite à conversão.


Sl 51(50), 2-4.5-6a.12-14+17 - Dai-me de novo um coração que seja puro.


2Cor 5,20-6,2 - Eis o tempo da salvação.


Mt 6,1-6.16-18 - As boas obras judaicas e ainda também nossas: esmola, jejum e oração.


 


9 - Vejamos um detalhe importante: a Quaresma dá início ao ciclo pascal, e o primeiro versículo da palavra de Deus em sua liturgia (Jl 2,12) é de apelo à conversão (“Retornai a mim de todo vosso coração...”). Podemos dizer que Deus já voltou a nós, agora é a nossa vez de voltarmos a ele, e para tal é ele que nos “suplica”, em misteriosa humildade, como se de nós dependesse: “Retornai a mim...” Entendamos, pois, o que já dissemos no início: a palavra-chave na Quaresma é reflexão, meditação e respeito, não luto.


 


O EVANGELHO DOS DOMINGOS DA QUARESMA


 


10 - Embora sejam riquíssimas as outras leituras bíblicas dos domingos da Quaresma, neste trabalho vamos deter-nos apenas no Evangelho, com sua temática própria e central na liturgia. No 1º e no 2º domingo da Quaresma, dos anos A, B e C, a temática do Evangelho é a mesma, mudando apenas o evangelista sinótico. Assim, no 1º domingo, sempre será o episódio da tentação de Jesus, ao passo que, no segundo, sempre vai voltar o tema da transfiguração do Senhor.

Já no 3º, 4º e 5º domingo, vamos ter: no ano A, os chamados evangelhos catecumenais, isto é, aqueles de que se servia a Igreja primitiva para a preparação dos catecúmenos para o batismo na noite santa da Vigília Pascal, cuja temática traz relação com o batismo: a água viva, a luz e a vida. Já o evangelho dos mesmos domingos do ano B são de fundo cristológico, e os do ano C se voltam para o tema da conversão, como é próprio de Lucas. Vejamos suas perícopes bíblicas:


 


ANO A:


1º domingo - Mt 4,1-11 - Tentação de Jesus - Ele vence a fome: de pão, de glória e de poder.


2º domingo - Mt 17,1-9 - A transfiguração de Jesus, certeza de nossa transfiguração.


3º domingo - Jo, 4,5-42 - A água viva - Amar a Deus em espírito e verdade.


4º domingo - Jo 9,1-41 - A cura do cego de nascença - Abrir-se para a luz.


5º domingo - Jo 11, 1-45 - A ressurreição de Lázaro - Eu sou a ressurreição e a vida.


 


ANO B


 


1º domingo - Mc 1,12-15 - Tentação de Jesus - Jesus é o novo Adão, vencedor da serpente.


2º domingo - Mc 9,2-10 - A transfiguração de Jesus - Filho querido de Deus.


3º domingo - Jo 2,13-25 - Anúncio da ressurreição - O novo templo de Deus.


4º domingo - Jo 3,14-21 - A exaltação de Cristo na morte - Passagem da morte para a vida.


5º domingo - Jo 12,20-33 - O grão de trigo que cai na terra deve morrer.


 


ANO C


1º domingo - Lc 4,1-13 - Tentação de Jesus - Cristo vence agora e vencerá depois.


2º domingo - Lc 9,28b-36 - A transfiguração de Jesus - Seu “êxodo” para a glorificação.


3º domingo - Lc 13,1-9 - As vítimas das catástrofes - Necessidade de conversão.


4º domingo - Lc 15,1-3.11-32 - A alegria do Pai na volta do filho pródigo.


5º domingo - Jo 8,1-11 - A mulher pecadora - A misericórdia do Pai.


 


11 - Dada a temática quaresmal do Evangelho, o 3º, 4º e 5º domingos dos anos A e B, e 5º domingo do ano C não são dos sinóticos, como seria normal no ciclo anual, mas de João, dado o caráter mais pascal do evangelho joanino.


 


DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO


 


12 - Como se explicou no início, o 6º domingo da Quaresma já dá início à Semana Santa, e sua liturgia é a mesma para todos os anos, exceto o evangelho, que será segundo o evangelista sinótico. Como o próprio nome indica, a celebração deste dia funde-se em dois aspectos fundamentais, que vão estar unidos e associados em todo o Mistério Pascal, ou seja, a paixão e a glória, a morte e a ressurreição, aspectos estes que, depois, vão transparecer mais ainda na liturgia do Tríduo Pascal da Morte e Ressurreição do Senhor.


 


13 - Na liturgia deste domingo, vamos ter, no início, a procissão de ramos, que lembra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. No início da procissão, fora, pois, da igreja, proclama-se o evangelho dessa entrada, segundo o evangelista do ano, na sua sensibilidade própria, benzem-se os ramos e realiza-se a procissão festiva até à igreja, onde então se dá continuidade à missa a partir já da oração do dia, pois os outros ritos iniciais da missa foram substituídos pela procissão.

Já na igreja, e no momento próprio do evangelho, é feita a narração da Paixão do Senhor, segundo o evangelista do ano, narração que é feita sem solenidade, isto é, sem a saudação ao povo, sem o sinal-da-cruz sobre o livro, sem o beijo, sem incenso e sem velas. Apenas se diz no fim: Palavra da salvação. Quando é feita por diácono, este pode pedir a bênção ao presbítero ou ao bispo. Na ausência de diácono, a Narrativa da Paixão pode ser feita por um leigo, reservando-se as palavras de Jesus ao presidente.


 


14 - Devemos ter em mente que, embora celebremos no 34º domingo do Tempo Comum a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, como que encerrando o Ano Litúrgico e o coroando, a verdadeira realeza de Cristo é celebrada principalmente no Domingo de Ramos e da Paixão.


 


PERÍCOPES BÍBLICAS DO DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO


 


15 - São dados aqui os textos bíblicos e, como se trata de uma única celebração, são colocadas também as demais leituras da Liturgia da Palavra. Eis os textos:


Evangelho da entrada triunfal em Jerusalém:


 


Ano A - Mt 21,1-11


Ano B - Mc 11,1-10


Ano C - Lc 19,28-40


 


Leituras da missa nos anos A, B e C:


 


1ª leitura: Is 50,4-7


3º canto do Servo de Javé - O profeta fiel - Paciência e confiança em Deus.


Salmo Responsorial: Sl 22(21),8.9.17-18a.19-20.23-24 -

Oração na tristeza e na desolação.

2ª leitura: Fl 2,6-11

A kênose de Cristo, seu despojamento e sua humilhação.


 


Narrativa da Paixão:


 


Ano A - Mt 26,14-27,66 ou 27,11-54 (abreviada)


Ano B - Mc 14,1-15,47


Ano C - Lc 22,14-23,56

Tempo Comum - João de Araújo

 Tempo Comum

1 - Por Tempo Comum devemos entender aquele longo período que se encontra entre os ciclos do Natal e da Páscoa. Na prática são 33 ou 34 semanas. Começa esse tempo litúrgico na segunda-feira após a Festa do Batismo do Senhor, ou na terça-feira, quando a Epifania é celebrada no dia 7 ou 8 de janeiro, hipótese em que o Batismo do Senhor é celebrado então na segunda-feira. Na terça-feira de Carnaval, o Tempo Comum se interrompe, reiniciando-se na segunda-feira depois do Domingo de Pentecostes e prolongando-se até a tarde do sábado que precede o primeiro Domingo do Advento.



2 - No Tempo Comum não se celebra um aspecto especial de nossa fé, como é o caso do Natal (Encarnação), e Páscoa (Redenção), tempos que, como se vê, têm características próprias, mas celebra-se o próprio mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente aos domingos (cf. NUALC N.43). Uma temática pode, porém, nele aparecer, quando nele se celebram algumas Solenidades, como "Santíssima Trindade", "Corpus Christi" etc., chamadas na liturgia de "Solenidades do Senhor no Tempo Comum".



3 - Como podemos notar, não existe na liturgia o 1º Domingo do Tempo Comum, porque, em seu lugar, a Igreja celebra, nas hipóteses já referidas, a Festa do Batismo do Senhor. Diz-se então, iniciando esse período, "Primeira semana do Tempo Comum", que começa na segunda-feira ou na terça-feira, encerrado o ciclo natalino, como já vimos. A partir do segundo domingo é que começa, oficialmente, a enumeração dos domingos do Tempo Comum, como conhecemos.



4 - Dadas como foram as Festas e Solenidades dos dois ciclos litúrgicos, aqui são dadas também aquelas do Tempo Comum, com atenção para as da nota neste texto. Vejamos então:



SOLENIDADES DO SENHOR NO TEMPO COMUM



5 - São quatro as celebrações assim denominadas. São também móveis, isto é, sua data de celebração depende da Páscoa. Ei-las:


a) - Santíssima Trindade


Celebra-se no domingo seguinte ao de Pentecostes.


b) - Santíssimo Corpo e Sangue do Senhor (Corpus Christi)


Celebra-se na quinta-feira após a Solenidade da Santíssima Trindade.


c) - Sagrado Coração de Jesus


Sua celebração se dá na segunda sexta-feira após "Corpus Christi".


d) - Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo


É celebrada no último domingo do Tempo Comum antes do início do Advento, ocupando, pois, o lugar do 34º domingo.



6 - Também no Tempo Comum são celebradas algumas Festas do Senhor. Estas, quando caem no domingo, ocupam o seu lugar e se tornam, liturgicamente, Solenidades. São elas:



a) -  Apresentação do Senhor


Celebra-se no dia 2 de fevereiro


b) - Transfiguração do Senhor


Sua celebração é em 6 de agosto


c) - Exaltação da Santa Cruz


Celebra-se em 14 de setembro


d) - Dedicação da Basílica do Latrão  - (Catedral de Roma) 


Sua celebração é no dia 9 de novembro. Embora não seja propriamente uma “Festa do Senhor”, é colocada no seu nível, dada a sua importância para a Igreja. Portanto, quando cai em domingo, é nele celebrada.



7 - Além das "Festas do Senhor" acima referidas, outras Festas e Solenidades são celebradas no Tempo Comum, pertencentes então ao Santoral. Tratando-se de Solenidades, quando caem no domingo, são nele celebradas. Sendo Festas, caindo no domingo, são, porém,  omitidas. Ei-las:



SOLENIDADES:


 


a) - Natividade de São João Batista - em 24 de junho.


b) - São Pedro e São Paulo - no domingo entre 28 de junho e 4 de julho ou em 29 de junho (data oficial) quando o dia cai em um domingo.


c) - Assunção de Nossa Senhora - no domingo entre 14 e 20 de agosto, e em 15 de agosto (data oficial) nos casos de padroeira ou quando o dia cai em um domingo.


d) - Nossa Senhora Aparecida - em 12 de outubro.


e) - Todos os Santos – em 1º de novembro (data oficial), quando cai em um domingo, ou no domingo que cai entre os dias 3 a 7 de novembro.



COMEMORAÇÃO:


 


8 - Finados -  em 2 de novembro 

Nota: O dia de Todos os Santos cede lugar à comemoração de Todos os Fiéis Defuntos quando o dia 2 de novembro cai em um domingo.


“A celebração de todos os fiéis defuntos, por não ter caráter de solenidade, festa ou memória propriamente ditas, é chamada pela Igreja de Comemoração. Trata-se de uma Comemoração muito especial, celebrada então mesmo quando ocorre em domingo” (cf. Guia Litúrgico-Pastoral).



Festas do Santoral celebradas no Tempo Comum, observando-se a nota abaixo:


1 -  Conversão de São Paulo, Apóstolo - em 25 de janeiro


2 - Cátedra de São Pedro - em 22 de fevereiro


3 - São Marcos, Evangelista - em 25 de abril


4 - São Filipe e São Tiago - em 3 de maio


5 - São Matias, Apóstolo - em 14 de maio


6 - Visitação de Nossa Senhora - em 31 de maio


7 - São Tomé, Apóstolo - em 3 de julho


8 - Nossa Senhora do Carmo – 16 de julho


9 - São Tiago Maior, Apóstolo - em 25 de julho


10 - São Lourenço, Diácono e mártir - em 10 de agosto


11 - Santa Rosa de Lima - em 23 de agosto


12 - São Bartolomeu, Apóstolo - em 24 de agosto


13 - Natividade de Nossa Senhora - em 8 de setembro


14 - São Mateus, Apóstolo e Evangelista - em 21 de setembro


15 - São Miguel, São Gabriel e São Rafael, Arcanjos - em 29 de setembro


16 - São Lucas, Evangelista - em 18 de outubro


17 - São Simão e São Judas Tadeu, Apóstolos - em 28 de outubro



Nota: As Festas do Santoral celebradas no período de fevereiro a maio ora se situam no Tempo Comum, ora na Quaresma, ora no Tempo Pascal. Dada, pois, a mobilidade da Páscoa, no Ciclo Pascal não foram elas nomeadas. Acima foram colocadas apenas para a sua nomeação e localização em anos mutáveis.  



9 - Neste trabalho não houve referência às Memórias (obrigatórias ou facultativas), que a Igreja celebra também durante todo o Ano Litúrgico. As Memórias são omitidas quando caem no domingo e nos tempos privilegiados, podendo contudo, nestes,  ser celebradas como facultativas, nas normas litúrgicas. Para as Solenidades, Festas e Memórias dos santos, temos leituras próprias, indicadas no Lecionário Santoral.



O SANTORAL



9 - É útil saber que em todo o Ano Litúrgico a Igreja celebra as Solenidades, Festas e Memórias dos santos, como momentos também importantes na Liturgia. É o que se chama Santoral, no calendário litúrgico, com Lecionário próprio. As Solenidades são sempre celebradas no dia próprio, podendo, porém, ser antecipadas ou transferidas, em casos especiais; as Festas são próprias do dia natural, por isso não tem I Vésperas e são omitidas quando caem em domingo. Trata-se aqui de Festas dos santos, entendamos. Já as Memórias não são celebradas nos chamados tempos privilegiados (segunda parte do Advento, Oitava do Natal, Quaresma, Semana Santa e Oitava da Páscoa), a não ser como Memórias facultativas e dentro das normas para a missa e Liturgia das Horas. Caindo em domingo, também são omitidas. Na parte própria que trata da precedência dos dias litúrgicos será explicado melhor o que aqui se expõe. Algumas solenidades do ano litúrgico são precedidas por vigílias.



10 - Vemos então que, se no Natal e na Páscoa, Deus apresenta à Igreja o seu projeto de amor em Cristo Jesus , para a salvação de toda a humanidade, no Santoral a Igreja apresenta a Deus os copiosos frutos da redenção, colhidos na plantação de esperança do próprio Filho de Deus. São os filhos da Igreja que seguiram fielmente o Cristo Senhor na estrada salvífica do Evangelho. Em outras palavras, o Santoral é a resposta solene da Igreja ao convite de Deus para a vida de santidade.  

Ciclo da Páscoa - João de Araújo

 Ciclo da Páscoa

1 - A exemplo do Ciclo do Natal, o Ciclo da Páscoa é constituído também de três momentos em sua estrutura celebrativa: a Quaresma, como preparação penitencial para Páscoa; o Tríduo Pascal da Morte e Ressurreição do Senhor, como celebração solene e seu núcleo vital; e o Tempo Pascal, como prolongamento da Páscoa. Vejamos então um pouco de cada momento.


 


QUARESMA


 


2 - Chamado, liturgicamente, de tempo de preparação penitencial para a Páscoa, a Quaresma, a exemplo também do Advento, tem dois momentos distintos: o primeiro vai da Quarta-Feira de Cinzas até o Domingo de Ramos e da Paixão, e o segundo, como preparação imediata, vai do Domingo de Ramos até o início da missa da Ceia do Senhor exclusive, quando se encerra então o tempo quaresmal.


 


3 - O tempo da Quaresma é tempo privilegiado na vida da Igreja. É tempo forte, no sentido litúrgico, chamando-nos à conversão e mudança de vida. Sua palavra-chave é "metanóia", palavra grega, que significa conversão. Nesse tempo se registram os grandes exercícios quaresmais: a prática da caridade e as obras de misericórdia. O jejum, a esmola e a oração são exercícios bíblicos até hoje recomendáveis, na imitação da espiritualidade judaica. Dentro do espírito quaresmal, no Brasil realiza-se a Campanha da Fraternidade, com sua proposta concreta de ajuda aos irmãos, focalizando sempre um tema da vida social.


 


4 - Não nos esqueçamos ainda de que a Quaresma sempre foi e continua sendo um tempo de tomada de  consciência batismal, tanto na preparação dos catecúmenos, que na Vigília Pascal geralmente recebem o Batismo, seja para todos os fiéis que, na mesma Vigília, renovam suas promessas batismais, como culminância dos exercícios quaresmais. No mesmo sentido batismal, deve-se também na Quaresma ser reforçada a consciência do espírito de reconciliação, por meio sobretudo do sacramento próprio. 


 


5 - Seis são os domingos da Quaresma, sendo o sexto já o Domingo de Ramos. Como se viu no Advento, também a Quaresma tem o seu domingo da alegria, o quarto, chamado "Laetare", em que se pode usar a cor rósea na Liturgia. Sendo a Quaresma tempo privilegiado, nela não se celebra a Memória dos santos, a não ser como “memória facultativa”, obedecidas as normas litúrgicas. Nos Domingos da Quaresma, as Festas são omitidas, e as Solenidades são antecipadas ou transferidas.


 


6 - A palavra "Quaresma" vem da abreviação do latim "quadragésima", isto é, "quarenta", e está ligada a acontecimentos bíblicos, que dizem respeito à história da salvação: jejum de Moisés no Monte Sinai, caminhada de Elias para o Monte Horeb, caminhada do povo de Israel pelo deserto, jejum de Cristo no deserto etc..


 


TRÍDUO PASCAL DA PAIXÃO, MORTE E RESSURREIÇÃO DO SENHOR


 


7 - O Tríduo Pascal é o centro não só da Páscoa, mas também de toda a vida da Igreja. Na liturgia ocupa o primeiro lugar em ordem de grandeza, não havendo, pois, nenhuma outra celebração que se possa colocar em seu nível. É portanto o cume da liturgia e de todo o acontecimento da redenção. Por isso, deveria estar mais presente, como tema, em toda catequese e ser objeto de interiorização nos encontros eclesiais.


 


8 - Começa o Tríduo Pascal na Quinta-Feira Santa, na missa vespertina, chamada "Ceia do Senhor", tem seu centro na Vigília Pascal do Sábado Santo e encerra-se com a missa vespertina do Domingo da Páscoa. O Tríduo Pascal não é - diga-se - um tríduo que nos prepara para o Domingo da Páscoa, mas um tríduo celebrativo do Mistério Pascal de Cristo, que culmina no domingo, "Dia do Senhor". Trata-se, pois, de uma única celebração, em três momentos distintos.


 


9 - Na Liturgia, a centralidade dinâmica do Tríduo Pascal da Morte e Ressurreição do Senhor explica-se por trazer ele tanto o sinal profético da Quinta-Feira Santa, com os gestos e as lições do Cenáculo, como também o acontecimento fundante do Calvário, na tarde da Sexta-Feira Santa, seguido da ressurreição do Senhor, na manhã luminosa do Domingo da Páscoa. Na verdade, a essência pascal da ressurreição é que faz da Eucaristia - Memorial do Senhor -  celebração, pois, de caráter sacramental, isto é, canal de graça e de força salvífica. Saibamos então que a Liturgia, dado o seu caráter sacramental, não só torna presentes  na celebração eucarística todos os gestos e acontecimentos do Cenáculo e do Calvário, mas também faz da Eucaristia, teologicamente, a Páscoa perene do Senhor Ressuscitado, como também a nossa. Se tivesse eu de elaborar uma síntese mais simples do que aqui se afirma, diria, citando São Paulo (cf. 1Cor 15,14), que sem a ressurreição de Cristo vazia seria toda a pregação apostólica, como vã, vazia e sem sentido seria também a nossa fé cristã. Estaríamos ainda acorrentados nos "Egitos" do mundo, submetidos aos seus faraós e presos aos grilhões do pecado e da morte.


 


10 - Prosseguindo nas considerações litúrgicas, devemos dizer que se aplica sobretudo ao Domingo da Páscoa tudo o que se disse sobre o domingo, como fundamento do Ano Litúrgico. E mais: o Domingo da Páscoa deve ser visto, celebrado e vivido como o "domingo dos domingos", dia, pois, sagrado por excelência. Se todos os domingos do ano já têm primazia fundamental sobre todos os outros dias, o Domingo da Páscoa destaca-se ainda mais pela sua notoriedade cristã, dada a sua relação teológica com o Senhor Ressuscitado (Kyrios). Uma observação: os textos litúrgicos das celebrações pascais, como também reflexões talvez mais claras e objetivas encontram-se no menu “Semana Santa”.


 


11 - Com a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II somente duas celebrações na Igreja mantêm a "Oitava", isto é, um prolongamento festivo da celebração principal por oito dias, durante os quais a liturgia se volta com o caráter festivo da Solenidade central. As duas Oitavas são, pois, do Natal e da Páscoa. Especialmente na Oitava da Páscoa é proibida qualquer outra celebração.


 


12 - Considerando o que acima foi exposto, vejamos já então o que acontece no Ciclo da Páscoa quando o grau da celebração for Solenidade: se cair em domingo da Quaresma, ela é transferida para a segunda-feira, e se cair na Semana Santa, se for a de São José, a Solenidade é antecipada para o sábado que antecede o Domingo de Ramos; e se for a da Anunciação do Senhor, então esta é transferida para a segunda-feira depois da Oitava pascal. A Oitava da Páscoa vai, assim, do Domingo da Páscoa ao domingo seguinte, este, chamado antes “domingo in albis”, em que os novos batizados depunham suas vestes brancas. Por decreto da Congregação do Culto e da Disciplina dos Sacramentos, de 23 de maio de 2000, o segundo Domingo da Páscoa passou a chamar-se também “Domingo da Divina Misericórdia”.


 


TEMPO PASCAL


 


13 - O tempo litúrgico que vai do Domingo da Páscoa ao Domingo de Pentecostes chama-se Tempo Pascal, um período de cinquenta dias, nos quais brilha intensamente a luz do mistério da Páscoa, na alegria do Senhor ressuscitado. Podemos dizer que a frase típica do Tempo Pascal poderia ser: “Aleluia! O Senhor ressuscitou verdadeiramente. Aleluia!” (cf. Lc 24,34; At 3,14-15). Segundo Santo Atanásio (citado pelas Normas Universais  -  NUALC n. 22), o Tempo Pascal deve ser celebrado como um "grande domingo", ou seja, um domingo com duração de cinquenta dias. Na mesma espiritualidade de Atanásio, podemos dizer, Santo Agostinho vai ensinar que o domingo da Páscoa deve ser considerado e celebrado como o “domingo dos domingos”.


 


Considerações sobre a Liturgia do Tempo Pascal


 


14 - Como podemos observar, é sobretudo no Tempo Pascal que a liturgia canta com mais vivacidade o Aleluia da ressurreição, e a aclamação aleluiática acontece também nos ritos de despedida, tanto da missa como da Liturgia das Horas, nessa ainda presente tanto nos responsórios como nas antífonas.  Na liturgia, o Círio Pascal é aceso, como símbolo do Senhor ressuscitado, não só nos domingos, mas também em todos os dias de semana. Seu lugar mais apropriado no espaço celebrativo é próximo ao ambão. Tais anotações litúrgicas mostram o caráter festivo que a Igreja quer dar ao Tempo Pascal, como tempo vivo de páscoa, pondo em prática, diríamos, o ensinamento patrístico acima referido. Além disso, segundo as Normas Universais sobre o Ano Litúrgico e o Calendário, os dias de semana depois da Solenidade da Ascensão do Senhor até o sábado antes de Pentecostes inclusive, servem como preparação para a vinda do Espírito Santo Paráclito. 


 


15 - Acentuando “mais fortemente a unidade do tempo pascal”, os domingos do Tempo Pascal, antes chamados de “Domingos depois da Páscoa”, são chamados agora, pela reforma litúrgica, de "Domingos da Páscoa", com a identificação de 2º, 3º etc.. São sete tais domingos e, no sétimo, no Brasil se celebra a Solenidade da Ascensão do Senhor. Como se vê, a Páscoa tem um prolongamento imediato, nos oito dias seguintes, na chamada Oitava, onde não acontece nenhuma outra celebração, e um prolongamento mais extenso, indo até à Solenidade de Pentecostes, esta celebrada no domingo seguinte ao da Ascensão do Senhor, mas sem a marca de 8º Domingo da Páscoa, como ficou explicado nas notas do Gráfico do Ano Litúrgico. No Tempo Pascal, após a Oitava da Páscoa, outras celebrações não são omitidas.


 


16 - Saibamos também que o Tempo Pascal, na liturgia, é fortemente marcado pela espiritualidade joanina, por ser o Evangelho de João considerado como “Evangelho pascal”. Assim, aos domingos, com exceção do da Ascensão, o Evangelho é de João, como será de João o dos dias de semana, exceto em alguns dias da Oitava da Páscoa, notando-se também que o Evangelho de João já vinha sendo lido desde a quarta semana da Quaresma, nos dias de semana. Além disso, para todos os domingos do Tempo Pascal, a segunda leitura será: para o ano A, a predominância de 1Pd; para o ano B, a predominância de 1Jo; e para o ano C, a predominância do Apocalipse. Já a primeira leitura do Tempo Pascal é sempre dos Atos dos Apóstolos, confirmando o antigo uso então afirmado por São João Crisóstomo e por Santo Agostinho, e isto se observa tanto para aos domingos como para os dias de semana.


 


17 - Podemos dizer que, usando o livro dos Atos dos Apóstolos na primeira leitura do Tempo Pascal, a Igreja proclama e ouve a história de si mesma nos seus primórdios, não tanto em sentido simplesmente histórico, mas como elemento vital para a sua própria evangelização e contínua edificação. Assim, liturgicamente, podemos notar que na Liturgia da Palavra da Vigília Pascal,  após a sétima leitura do Antigo Testamento, este tempo antigo entra em silêncio, cedendo lugar à própria história da Igreja. pro, cedendo lugar igo entra em silna Vig  Além do Tríduo Pascal, que é a celebração principal da Páscoa, duas outras Solenidades marcam também o Tempo Pascal. São elas a Ascensão do Senhor e Pentecostes. Vejamo-las separadamente:


 


Solenidade da Ascensão do Senhor


 


18 - No Brasil, é o domingo que celebra a subida do Senhor ao céu, quarenta dias após a ressurreição, segundo a indicação de Lucas (cf. At 1,3). A data certa da Solenidade seria na quinta-feira precedente, mas, como no Brasil não é feriado, transferiu-se então tal comemoração para o domingo seguinte, ocupando, pois, tal Solenidade o lugar do 7º Domingo da Páscoa. Deste, porém, podem ser tomadas as leituras no sexto domingo, quando pastoralmente for conveniente. “Os dias de semana depois da Ascensão até o sábado antes de Pentecostes inclusive, servem de preparação para a vinda do Espírito Santo Paráclito” (cf. NUALC n. 26). Além disso, a semana que vai da Ascensão a Pentecostes é de Oração pela Unidade dos Cristãos.


 


Solenidade de Pentecostes


 


19 - Pentecostes, no Antigo Testamento, era uma festa agrícola, Festa das Semanas, estas em número de sete, acrescentando-se a elas mais um dia, o quinquagésimo (cf. Lv 23,16), recebendo então a festa também o nome de Pentecostes, como se vê em Tb 2,1. Sabe-se que, na antiguidade, o primeiro e o último dia de um período de tempo eram contados como um só dia.


 


20 - Sabemos que a Festa de Pentecostes, no sentido judaico,  era celebrada no templo, com diversos sacrifícios (cf. Lv 23,15-21). Isso acontecia sete semanas após a colheita do trigo, como ação de graças pela colheita. Posteriormente, ela ganhou também sentido simbólico, com marca histórica, pois foi relacionada com o evento salvífico central da aliança antiga, ou seja, a proclamação da lei no monte Sinai. Segundo At 2,1-13, foi nesse dia, em Jerusalém, que se verificou a efusão do Espírito Santo, em dimensão, porém, de universalidade, dado o simbolismo das línguas e dos vários povos presentes.


 


21 - Para nós, cristãos, Pentecostes ganha novo sentido e, na liturgia, é o coroamento de todo o Ciclo da Páscoa, numa Solenidade que celebramos após cinquenta dias da ressurreição, isto acontecendo na Igreja desde o século II. Pentecostes marca, pois, o início solene da vida da Igreja (cf. At 2,1-41), não o seu nascimento, uma vez que este se dá, misteriosamente, na Sexta-Feira Santa, do lado do Cristo Crucificado, como sua Esposa Imaculada. Podemos dizer que “a Páscoa é a imolação e glorificação de Cristo, e o Pentecostes é a sua exaltação como Kyrios pela Igreja, plena do seu Espírito”.


 


22 - Como já foi dito, Pentecostes coroa a obra da redenção, pois nela Cristo cumpre a promessa feita aos apóstolos, segundo a qual ele enviaria o Espírito Santo Consolador, para os confirmar e os fortalecer na missão apostólica. Assim, “quem doa o Espírito é o Senhor glorificado”, o que nos permite afirmar e confessar, com maior fidelidade à teologia do Espírito, que ele é Dom que o Ressuscitado faz à sua Igreja. A vinda do Espírito Santo, no episódio bíblico de At 2,1-4, deve então ser entendida também em dimensão eclesiológica (cf. SC n. 6), ou seja, o Espírito vem e manifesta a Igreja ao mundo como sinal perene da salvação e como templo vivo do mesmo Espírito. É correto afirmar que, se no Ciclo do Natal a Solenidade da Epifania manifesta o Senhor como o Salvador de todos os povos e nações, na Solenidade de Pentecostes o Espírito Santo revela aos povos e nações a Igreja como o sinal visível de Cristo, seu Corpo Místico e referencial da mesma salvação.


 


23 - Como sabemos, a partir do missal de Paulo VI Pentecostes é celebrada como “festa pascal”, na unidade do mistério cristão, e não simplesmente como festa comemorativa da descida do Espírito Santo, como era celebrada desde o século VII, o que a tinha tornado festa independente, inclusive com Oitava. Mesmo hoje é provável que exista ainda resquício da compreensão antiga, principalmente em certos movimentos de inspiração carismática. O importante, porém, é saber que o encerramento da Páscoa se dá com a efusão do Espírito Santo, que leva ao cumprimento pleno o Mistério Pascal da Morte e Ressurreição do Senhor, revelando assim a todos os povos e nações o mistério salvífico de Deus, escondido desde os séculos e desde as gerações, mas agora manifestado na culminância do amor divino (cf. Cl 1,25-26).  

Ciclo do Natal - João de Araújo

 Ciclo do Natal

1 - Na dinâmica litúrgica do Ciclo do Natal temos três momentos importantes, com características próprias, todos voltados para o evento salvífico e sacramental da Encarnação do Verbo de Deus. São eles: o Advento, como preparação; a Solenidade do Natal do Senhor, como celebração solene; e o Tempo do Natal, como prolongamento da Solenidade principal. Saibamos que a Encarnação do Filho de Deus, como acontecimento histórico, é o começo de nossa Redenção, como também garantia de sua consumação na segunda vinda de nosso Salvador. Dizendo “começo de nossa Redenção”, queremos afirmar que todas as celebrações natalinas, começando já no Advento, são também celebrações pascais. Dá-se, a seguir, um pequeno comentário sobre as partes do Ciclo do Natal.


 


ADVENTO


 


2 - O Advento é um tempo forte na Igreja, onde nos preparamos para a celebração do Natal. Tem duas características, marcadas por dois momentos. O primeiro vai do primeiro Domingo do Advento até o dia 16 de dezembro. Neste primeiro momento, a liturgia nos fala da segunda vinda do Senhor no fim dos tempos, a chamada escatologia cristã. Costuma-se chamar esse primeiro momento de Advento Escatológico. Já o segundo momento, de preparação imediata, vai do dia 17 ao dia 24 de dezembro. É como que a "semana santa" do Natal. Neste período, a liturgia vai nos falar mais diretamente da primeira vinda do Senhor, no Natal. Por isso, é costume chamá-lo de Advento Natalício.


 


3 - Num estudo acomodatício da história humana, poderíamos dizer que Deus preparou a Humanidade em quatro grandes períodos, de maneira progressiva, para a grande obra de redenção em seu Filho. Esses quatro períodos poderiam ser simbolizados nos quatro Domingos do Advento, e seriam: 1º) O tempo primitivo de Adão a Noé - 2º) O de Noé a Abraão - 3º) O de Abraão a Moisés – e, finalmente, o 4º) O tempo que vai de Moisés a Cristo. Adão e Noé, aqui entendidos como patriarcas do gênero humano; Abraão, como patriarca do povo hebreu, com ele tendo início a caminhada da salvação (cf. Gn 12); e Moisés, como condutor do povo de Israel, na saída do Egito. Já no dado litúrgico, vemos que três personagens bíblicos sempre marcaram o tempo do Advento. São eles: o profeta Isaías, João Batista e a Santa Mãe de Deus. Por sua vez, os quatro domingos podem simbolizar também as quatro estações do ano solar e as quatro semanas do mês lunar.


 


4 - A coroa, em sua forma circular, com suas quatro velas, é o principal símbolo do Advento. As velas, no simbolismo litúrgico, não indicam quantidade de luz, mas intensidade luminosa, crescente, à medida que se aproxima o Natal.  Por isso não se acendem todas elas já no início do Advento, mas a cada domingo uma nova vela, querendo simbolizar a intensidade crescente da luz à medida que se aproxima a Luz verdadeira, que é Cristo Jesus. Quanto à coroa do Advento, pode-se revesti-la com folhas de pinheiro. Como sabemos, o pinheiro é a única árvore que não perde as suas folhas facilmente, seja no inverno rigoroso da Alemanha, onde teve origem a coroa, seja no verão do outro hemisfério. Então o verde das folhas, que teima em não morrer, nos fala também, em linguagem simbólica, do mistério cristão, que nunca perde o seu verdor, simbolizando, pois, a esperança, virtude que deve estar sempre viva na vida cristã. Assim, na vivência de nossa fé, devemos também resistir a todas as intempéries da vida (problemas, angústias e agitações múltiplas), como ainda às investidas do mal.  


 


5 - É interessante notar que nos domingos do Advento canta-se o Aleluia, que é aclamação jubilosa, mas não se canta o Glória, que é também um hino jubiloso. O fato de cantarmos o Aleluia mostra, pois, o caráter não penitencial do Advento, apesar de ser um tempo de reflexão, este sempre considerado pela Igreja como um tempo de piedosa e alegre expectativa da vinda do Senhor, seja na dimensão natalícia da Encarnação, como comemoramos no Natal, seja na dimensão definitiva e escatológica do fim dos tempos. Já a omissão do Glória explica-se por um comentário antigo às Normas Universais sobre o Ano Litúrgico e o Calendário, que diz: “no Natal, o canto dos anjos deve ressoar como algo de inteiramente novo” (cf. Adolf Adam – O Ano Litúrgico – p. 131). Se cantássemos então o Glória no Advento, no Natal tal canto não seria novidade.


 


6 - Quanto à cor litúrgica do Advento, influenciada desde o século XII pela liturgia galicana,  a Liturgia romana, oficialmente, sempre indicou a cor roxa, o que não combina, porém, com o sentido litúrgico do Advento, e  a nova IGMR (n. 346d) ainda insiste na sua indicação, facultando, porém, às Conferências Episcopais propor adaptações à Sé Apostólica. No Brasil, o Diretório da Liturgia continua trazendo a indicação do roxo, apenas indicando o róseo como opção no 3º Domingo (Gaudete), numa clara posição, pois, de indiferença, ou de esquecimento.


 


SOLENIDADE DO NATAL DO SENHOR


 


7 - A Solenidade do Natal do Senhor é a celebração principal de todo o ciclo natalino. Constitui portanto o seu centro. Jesus nasce em Belém da Judeia, em noite fria (inverno boreal), mas traz do céu o calor vitalizante da santidade de Deus, em mensagem de paz dirigida sobretudo aos pobres, com quem se identifica mais plenamente, cumulando-os das riquezas do Reino. Sua "noite feliz" sinaliza para a "noite fulgurante" da Sagrada Vigília Pascal do Sábado Santo, onde as trevas são dissipadas, definitivamente, pela luz do Ressuscitado. A Solenidade do Natal se prolonga com Oitava, isto é, tem prolongamento festivo por oito dias. No dia da celebração principal, três são as suas missas: da noite, da aurora e do dia. A seguir, são dados os textos bíblicos das três missas.


 


Missa da noite: Is 9,1-3.5-6  Sl 96(95),1-2ab.3.11-12.13   Tt 2,11-14  e  Lc 2,1-14


 


Missa da aurora: Is 62,11-12  Sl 97(96),1.6.11-12   Tt 3,4-7 e Lc 2,15-20


 


Missa do dia: Is 52,7-10  Sl 98(97),1.2-3ab.3cd-4.5-6    Hb 1,1-6 e Jo 1,1-18 ou 1,1-5.9-14



8 - Numa sensibilidade não só poética, mas sobretudo teológica, podemos afirmar que no Natal o Céu se une à Terra, pois a natureza divina se une à natureza humana, através do Verbo de Deus, que se faz carne, (cf. Jo 1,14),  mistério que transcende a compreensão humana. É pura humildade de Deus e pura gratuidade do amor divino. Dizemos então que Deus não só visita o seu povo, na Pessoa de seu Filho amado, mas vem morar entre nós, para ser o Deus-Conosco, Emanuel, e assim conosco caminhar nas estradas de nossa vida, conduzindo-nos à sua morada eterna. Natal, pois, confirma a dignidade da pessoa humana, devolvendo sobretudo aos pobres e marginalizados a sua nobreza como prediletos de Deus, como foi claramente revelado aos pastores  pela mensagem do anjo (cf. Lc 2,8-12).



TEMPO DO NATAL



9 - Como o Advento, tem também o Tempo do Natal dois momentos. Um, imediato: é a Oitava do Natal, que prolonga a Solenidade natalina por oito dias, encerrando-se no dia primeiro de janeiro, Solenidade da Santa Mãe de Deus. O segundo momento vai de 2 de janeiro até a Festa do Batismo do Senhor, quando então se encerra, liturgicamente, o ciclo natalino.


 


10 - Acreditando ser útil à formação litúrgica das comunidades, são nomeadas abaixo as Festas e Solenidades do Ciclo do Natal, mas sem referência a seus textos bíblicos e a aspectos celebrativos, como também sem referências às Memórias dos santos no ciclo celebradas. Vejamos então:



No Advento - (além dos quatro domingos):


 


a) - Festa de Santo André – em 30 de novembro 

2021 - terça-feira


b) - Solenidade da Imaculada Conceição - em 8 de dezembro (Como é Solenidade fixa, no Brasil, por concessão da Santa Sé, quando cai em domingo, no caso 2º Domingo do Advento, é nele celebrada).

2021 - quinta-feira


c) - Festa de Nossa Senhora de Guadalupe - em 12 de dezembro (Caindo em domingo, ela é omitida).



No Natal -  (25 de dezembro):


 


Solenidade do Natal do Senhor,  principal do ciclo natalino, com três missas e Oitava.



No Tempo do Natal:


 


São duas as Solenidades e duas também as Festas celebradas no Tempo do Natal.  São elas:


 


a) - Solenidade da Santa Mãe de Deus


É celebrada em 1º de janeiro, com a qual se encerra, como vimos, a Oitava do Natal. (Esta Solenidade e a da Imaculada Conceição estão também associadas ao Mistério da Encarnação).  

2021 - sexta-feira


 


b) - Solenidade da Epifania


 


Epifania significa manifestação. É, pois, a manifestação de Jesus ao mundo, como salvador universal. Os magos simbolizam o conjunto das nações e dos povos. A Epifania marca, assim, a universalidade da redenção de maneira viva e simbólica. No Brasil, celebra-se a Epifania no domingo que cai entre os dias 2 a 8 de janeiro.


 


c) - Festa da Sagrada Família


 


Esta Festa é celebrada no domingo que cai entre os dias 26 e 31 de dezembro. No domingo, com o grau, pois, de Solenidade. Se não houver domingo neste período, então a Festa da Sagrada família é celebrada no dia 30 de dezembro, em qualquer dia da semana, com o seu grau próprio de Festa.

2021 - quinta-feira


 


d) - Festa do Batismo do Senhor



11 - Com a Festa do Batismo do Senhor encerra-se o Ciclo do Natal. A data de sua celebração depende da Solenidade da Epifania. Se a Epifania for celebrada até o dia 6 de janeiro, então o Batismo do Senhor se celebra no domingo seguinte e, a exemplo da Sagrada Família, com o grau então de Solenidade. Se, porém, a Epifania for celebrada no dia 7 ou 8 de janeiro, então a Festa do Batismo do Senhor será celebrada no dia seguinte, isto é, na segunda-feira, com o grau próprio de Festa. A Festa do Batismo do Senhor marca o início da vida pública e missionária de Cristo.



12 - Três celebrações natalinas ainda existem, mas são comemoradas fora do Ciclo do Natal: a Festa da Apresentação do Senhor, em 2 de fevereiro, no Tempo Comum portanto; a Solenidade de São José, esposo da Santíssima Virgem, em 19 de março, e a Solenidade da Anunciação do Senhor, em 25 de março. Estas duas últimas geralmente caem na Quaresma, porém, se caírem em domingo, são transferidas para a segunda-feira. Caindo na Semana Santa, a Solenidade de São José é antecipada para o sábado anterior ao Domingo de Ramos. Já a Anunciação do Senhor, quando cai na Semana Santa, é transferida para a segunda-feira após a Oitava da Páscoa, isto porque mesmo os dias de semana que antecedem o Tríduo Pascal gozam de precedência litúrgica sobre outras celebrações.  



13 - Dentro ainda da Oitava do Natal, três Festas do Santoral são celebradas.  São elas: Santo Estêvão, diácono e protomártir, em 26 de dezembro; São João, Apóstolo e Evangelista, em 27 de dezembro; e Santos Inocentes, em 28 de dezembro. Caso, porém, o domingo caia num desses três dias, a Festa da Sagrada Família é nele celebrada, como se expôs antes, omitindo-se então a Festa do santo do dia. Para a Liturgia das Horas, na celebração dos três dias referidos,  as Vésperas são da Oitava do Natal, como também para a Hora Média prevalece a salmodia própria do dia corrente com sua antífona do Natal. Finalmente, uma observação: nas Solenidades e Festas, como também em toda a Oitava do Natal,  canta-se ou recita-se o hino Te Deum (A vós, Senhor, louvamos) no final do Ofício das Leituras, na Liturgia das Horas.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Dicas rápidas da Dad

 1


Beneficência e beneficente se escrevem assim — sem tirar nem pôr: Fiz o tratamento na Beneficência Portuguesa. A igreja promove campanhas beneficentes. O erro ocorre porque essas palavras são associadas com eficiência, eficiente, deficiência, deficiente, proficiência, proficiente, consciência, consciente, ciência e ciente, mas essas não estão relacionadas. Beneficente vem de beneficência, e o superlativo é beneficentíssimo. Nada a ver com benefício, beneficiar ou beneficiário.


2


Afora tem essa cara — tudo coladinho: casa afora, Brasil afora, mundo afora. A fora só se for em oposição a 'de dentro': Visitou a fábrica de dentro a fora. Se achar estranho, pode ser substituído por 'de dentro para fora'.


3


Sem bobeira, moçada. Extender com x não existe. Só existe estender com s. Logo, a garantia é estendida. Extenso, extensão, extensor e extensivo são com x.


4


Aficionado tem alergia a qualquer dose dupla. O c reina solitário: Sou aficionado por cinema. E você? Aficcionado não existe. A palavra não vem de ficção e sim de ofício, por isso a pessoa aficionada cultiva uma arte como se fosse seu trabalho, sua profissão.


5


A fruta pretinha 100% nacional? É a jabuticaba. Jaboticaba? Valha-nos, Deus! Dá indigestão gramatical.


6


Você joga um baralhinho? A carta pra lá de cobiçada, ou um objeto ou pessoa que desempenha diferentes funções, Bombril e 1001 utilidades, e também o vilão do Batman, se chama curinga. Coringa é outra coisa, vela em formato de triângulo ou quadrado usada em canoas ou barcaças. Rouba a sorte. Xô!


7


O lugar onde se bebem umas e outras? É o boteco, preferência dos mineiros, que adoram resumir e abreviar, de botequim para boteco. (Não vale buteco.)


8


Olho vivo! Cincoenta não existe. A palavra é cinquenta. Talvez por influência de cinco, há quem escreva assim, principalmente em preenchimento de cheques.


9


Protocolar ou protocolizar? Ambas merecem nota 10. Protocolar, claro, seja o verbo (registrar no protocolo) e o adjetivo (oficial, formal, cerimonioso, respeitoso: cumprimento protocolar). Protocolizar joga no time do cruz-credo. Rua!


10


 Exceção se escreve assim — com ç. Ela deriva de excetuar: Toda regra tem exceção? Dizem que a exceção confirma a regra. O erro ocorre porque a palavra é confundida com excesso, mas essas não têm nada a ver: exceção é o ato de excluir e excesso, o resultado do ato de exceder.

Exceção é raridade, então escreva com Ç.

Excesso é muito, então escreva com SS.


 11


O adjetivo derivado de Acre? É acriano. Assim mesmo — com i.


 12


Quem nasce na Argentina é argentino. Quem vem ao mundo em Buenos Aires, portenho. É como paulista e paulistano. Quem nasce no estado de São Paulo é paulista; na capital, paulistano.


13


Peça um prato à la carte. A expressão é francesa. Daí o acento. Engoli-lo? Valha-nos, Deus! O estômago protesta.


14


Alface é nome feminino e não abre: a alface, a alface americana, alface crespa, alface lisa. Trocar o gênero? A folha não desce. Engasga.


15


Ciclo vicioso? Círculo vicioso? Olho vivo. Ciclo tem fim (ciclo do ouro, ciclo da cana). O círculo não. Nota 10 para círculo vicioso e círculo virtuoso.

No Enem, você vai escrever uma dissertação. Para ir direto ao ponto, é bom distinguir os tipos textuais. São três — narração (imaginação), descrição (observação) e dissertação (argumentação, objetividade e razão). Cada um deles tem um verbo e responde a uma pergunta:


Narração


Pergunta: o que houve?


Verbo: contar


Exemplo: narração de Eduardo Galeano


Certa manhã, ganhamos de presente um coelhinho das Índias. Chegou em casa numa gaiola. Ao meio-dia, abri a porta da gaiola. Voltei pra casa ao anoitecer e o encontrei tal qual o havia deixado: gaiola adentro, grudado nas barras, tremendo por causa do susto da liberdade.


O que aconteceu? Galeano conta a história do coelhinho que tinha medo da liberdade.


Usa verbos de ação: ganhar, chegar, abrir, voltar, encontrar, deixar, tremer.


Descrição


Pergunta: Como ele é? Como ela é?


Verbo: mostrar


Exemplo: descrição de Clarice Lispector


Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer pessoa devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.


Como ela é? Clarice mostra a garota para nós — gorda, baixa, sardenta, peituda. Faz uma fotografia com palavras.


Dissertação


Pergunta: como convencer?


Verbo: provar, demonstrar. Provar o quê? Um ponto de vista.


Exemplo: editorial que apresenta argumentos para provar que temos de acabar com a cultura do desperdício.


Como acabar com a cultura do desperdício? Ela tem de ser desmontada por dentro. É preciso que os brasileiros não joguem fora restos de comida aproveitáveis nem deixem as lâmpadas acesas quando saem de um aposento. É preciso que os livros escolares sejam aproveitados pelos irmãos menores. É preciso não destruir os bens públicos. É preciso, enfim, martelar insistentemente na necessidade de poupar.


Como convencer o leitor da necessidade de acabar com a cultura do desperdício? O autor apresenta argumentos inspirados no dia a dia: restos de comida, lâmpadas acesas, livros escolares, bens públicos, poupança.

No mundo do corre-corre, queremos textos curtos, precisos e prazerosos. Rapidez de leitura fisga. Facilidade também. É impossível gravar fileirinhas de algarismos. Que tal amaciar a vida do leitor? Separe por ponto as classes: 4.316, 1.324.728.

      Exceção? Só uma. As datas dispensam o ponto. Xô! Melhor: 1500, 1994, 2005, 2018.

      2. Só faça aproximação com números redondos: cerca de 300 pessoas. Se for exato, especifique: 92 pessoas.


      3. Na numeração de artigos de leis, decretos, portarias, parágrafos, circulares, avisos, incisos medidas provisórias & gangue, use o ordinal até nove. De 10 em diante, o cardinal: artigo 1º, artigo 9º, artigo 10, artigo 17.


      4. O primeiro dia do mês é 1º, não um.


      5. Os números romanos oferecem mais dificuldade de leitura que os arábicos. São uma pedra no caminho. Dê-lhes vez só em texto de lei e no nome de papas, reis e nobres: Bento XVI, D. João VI, Dom Pedro II, Parágrafo 1º…V. No mais (nomes de logradouros públicos, fatos históricos, eventos, capítulos e séculos), abra alas para os algarismos arábicos: século 20, capítulo 3º, Anexo 1, 1ª Guerra Mundial, 4º Congresso de Educação a Distância, 3ª República.

Existem erros e erros. Alguns são primários. Estão na cara como batom vermelho ou óculos de grau. Grafar pesquisa com z ou exceção com ss serve de exemplo. Ambos denunciam pouca familiaridade com a língua escrita. Para se safar, conjugue três verbos – ler, ler, ler. E, sempre que a dúvida bater, revide: o empreendimento é consultar o dicionário, a gramática ou a internet. Generoso, ele diz como escrever a palavra.




Outros erros são sofisticados. Exigem algo mais do que uma espiadinha no injustamente chamado pai dos burros. (Ele é pai dos sabidos.) Tropeços em flexões, concordâncias, pontuação, regências, colocação de pronomes, coesão etc. e tal pedem estudo de morfologia, sintaxe e lógica. Se você der nota 10 para a frase “Na rua passava bicicletas”, abra os olhos. O sujeito arma ciladas. Posposto ao verbo, engana bem. Se ele aparecer na frente do verbo, a armadilha fica clara: Na rua, bicicletas passavam.




Um dos critérios na avaliação do candidato a emprego ou vaga na universidade é o domínio da norma culta. O examinador espera ler e ouvir uma língua correta. Correta não significa rebuscada ou exibida. Significa apenas o elementar respeito à gramática. Deslizes na pronúncia, nos plurais, na conjugação verbal não passam despercebidos. Ao contrário. Ecoam. Eis escorregões que você pode evitar:




a nível de – a forma é ao nível de (= à altura de): Recife fica ao nível do mar.




adéquo – adequar só se conjuga nas formas em que a sílaba tônica cai a partir do u: adequamos, adequais, adequei, adequarei. (Na dúvida, substitua-o por adaptar, amoldar, acomodar ou ajustar.)




adivogado – não acrescente sons em fim de sílabas: advogado (não: adivogado), optar (não: opitar), fez (não: feiz), beneficência, beneficente (não: beneficiência, beneficiente), absoluto (não: abisoluto), aficionado (não: aficcionado), prazeroso (não: prazeiroso, porque vem de prazer, e não de prazeir).




aidético, leproso, mongol – são palavras que reforçam preconceitos. Diga portador de HIV, doente de hanseníase ou pessoa com síndrome de Down.




cachórros – nomes com o o fechado no masculino e no feminino mantêm o timbre no plural. É tudo como se tivesse um chapeuzinho: lobo, loba, lobos, lobas; cachorro, cachorra, cachorros, cachorras; raposo, raposa, raposos, raposas; bolso, bolsa, bolsos, bolsas; pombo, pomba, pombos, pombas; tonto, tonta, tontos, tontas; moço, moça, noços, moças.




colocar uma questão – na sua reunião, você expõe, declara ou argumenta. Colocar subentende-se a ideia de lugar, posição ou emprego.




correr atrás do prejuízo – nós corremos atrás do lucro, mas compensamos o prejuízo.




criar novas – só se cria o novo. Basta criar. Se for algo antigo, restaura-se.




de formas que, de maneiras que, de modos que, de sortes que – locuções conjuntivas se usam no singular: de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que




de menor – use menor de idade ou diga a idade: 4 anos, 12 anos,16 anos.




duas milhões de pessoas – milhar, milhão, bilhão e trilhão são masculinos, e não neutros: os milhares / milhões / bilhões / trilhões de crianças, de pessoas, de meninas. 




esteje – a forma é esteja.




estrear novo – só se estreia o novo. Basta estrear. Se for algo velho, não há estreia, e sim reprise.

 



extorquir alguém – extorquir é arrancar alguma coisa de alguém: extorquir dinheiro de alguém, extorquir informações de alguém. Uma pessoa pode ser ameaçada, coagida, constrangida ou forçada.




fazem dois anos – fazer, na contagem de tempo, é invariável. Só se conjuga na 3ª pessoa do singular: faz dois anos, fez cinco meses.




golero – pronuncie bem todas as letras da palavra: os ditongos (goleiro, sanfoneiro, pioneiro, plateia, cabeleireiro), o r e o s final das palavras (varrer, sentir, livros, mesas).




gratuíto – gratuito e intuito se pronunciam como circuito. O ui forma ditongo, sem acento. Não é gratuíto nem intuíto.




há dois anos atrás – baita pleonasmo. Há indica passado. Atrás também. Fique com um ou outro: Há dois anos terminei o curso. Terminei o curso dois anos atrás.




houveram – no sentido de existir ou ocorrer, o verbo é impessoal. Só se conjuga na 3ª pessoa do singular: Houve distúrbios. Houve três acidentes.




intermedia – intermediar se conjuga como odiar: odeio (intermedeio), odeia (intermedeia), odiamos (intermediamos), odeiam (intermedeiam).




interviu – intervir deriva de vir: ele veio, ele interveio.




irá dizer – a indicação do porvir pode ser feita de duas formas. Uma: o futuro simples (dirá). A outra: o futuro composto (vai dizer). Assim — com o verbo ir no presente. Nunca no futuro.




manter o mesmo – manter só pode ser o mesmo. Se é diferente, escolha outro verbo. Que tal trocar? Ou Ou mudar? Ou substituir?




medio – mediar, assim como ansiar, remediar, intermediar e incendiar, se conjuga como odiar: odeio (medeio), odeia (medeia), odiamos (mediamos), odeiam (medeiam).




meio-dia e meio – a concordância nota 10 é meio-dia e meia (hora).




Nóbel – Nobel é oxítona como Mabel, papel, cruel. Lembre-se do cientista que criou o prêmio: Alfred Nobel.




obrigado – ele diz obrigado; ela, obrigada; eles, obrigados; elas, obrigadas. Todos respondem por nada.




o óculos – óculos, como férias e pêsames, é substantivo plural: os óculos, óculos escuros, meus óculos.




panorama geral – todo panorama é geral. Basta panorama. Se for específica, diga visão.




passeiamos – não presenteie formas dos verbos terminados em -ear com o i: passear, frear, cear & cia. têm um capricho. O nós e o vós dos presentes do indicativo e subjuntivo dispensam o izinho que aparece nas demais pessoas. Dê-lhes crédito: eu passeio, (freio, ceio) ele passeia (freia, ceia), nós passeamos (freamos,ceamos), vós passeais (freais, ceais) eles passeiam (freiam, ceiam).




pequeno detalhe – todo detalhe é pequeno. Basta detalhe. Grande detalhe não existe. Se for grande, diga informação.




plano para o futuro – todo plano é para o futuro. Basta plano. Planos para o passado só se for com o Michael Fox do filme De Volta Para o Futuro.




pôrcos – nomes em que o o soa fechado no masculino e aberto no feminino o plural opta pelo salto alto e batom. Segue o feminino: porco, porca, porcos, porcas; porto, porta, portos, portas, torto, torta, tortos, tortas. Exceções? Elas confirmam a regra. É o caso de canhoto e canhota. No masculino, o som é fechado. No feminino, aberto. O masculino plural não segue o feminino. É canhotos, com o o fechado.




possue – não confunda a terminação dos verbos terminados em -uir: a 3ª pessoa do singular do presente do indicativo termina com i — ele possui, ele contribui, ele retribui, ele diminui, ele atribui, ele constitui, ele inclui, ele substitui, ele instrui, ele evolui (não: possue, contribue & cia. indesejada). Só há três exceções: ele constrói, ele destrói e ele reconstrói




probrema – não troque sons: problema (não: probrema, poblema, probrema ou plobrema), estupro (não: estrupo), mendigo (não: mendingo), encapuzado (não: encapuçado, nada tem a ver com encarapuçado).

Estrupo existe, mas não tem a ver com estupro. Deixe ploblema para o Cebolinha.




récorde – recorde se pronuncia como concorde. A sílaba tônica é cor. Record só se for a emissora.




rúbrica – rubrica é paroxítona como fabrica. A sílaba fortona: bri.




rúim – a palavra não é monossílaba, mas dissílaba – ru-im. A sílaba tônica: im.




se eu caber, se eu deter, se eu pôr, se eu trazer, se eu ver – olho no futuro do subjuntivo: se eu couber, detiver, puser, trouxer, vir.




seje – a forma é seja.




subzídio – pronuncie o s como em subsolo, subsecretário, subsíndico, subsequente e subsônico, e não como em subsistir e subsistência.




vítima fatal – fatal significa que mata. O acidente mata. É fatal. A queda mata. É fatal. O disparo mata. É fatal. O veneno mata. É fatal. O coronavírus mata. É fatal. A vítima não mata. Morre. Diga morto.




vou estar mandando & similares – vou mandar.




Ufa!

Tampouco / tão pouco

Tampouco = nem: Maria não fez a prova e tampouco deu explicações. Parece com Tampico, mas só se for amostra grátis do concorrente.


Tão pouco = muito pouco: O deputado falou tão pouco que surpreendeu. Comeu tão pouco que deixou a mãe preocupada. Peço tão pouco!


 


Onde / em que

Onde indica lugar físico: A cidade onde nasci tem 2 milhões de habitantes. A gaveta onde guardou os documentos está trancada. Minha terra tem palmeiras / onde canta o sabiá.


Em que indica situação: Na palestra em que falou sobre a pandemia, o ministro foi muito questionado. No debate em que o deputado sobressaiu, havia muitos eleitores da oposição. Lembrou-se do encontro em que se viram pela primeira vez.


 


Aonde

Só se usa com verbo de movimento que exige a preposição a: Aonde ele foi? Não sei aonde ele foi. Talvez ele saiba aonde ela foi.


Superdica


Pintou a dúvida? Parta pro troca-troca. Substitua a por para. Se couber, vá em frente. Dê a vez ao aonde: Aonde ele foi? Para onde ele foi? Não sei aonde ela foi. Não sei para onde ele foi. Talvez ele saiba aonde ela foi. Talvez ele saiba para onde ela foi.


 


O qual / que

O qual tem vez se o pronome for antecedido de preposição com duas sílabas ou mais, sem ou sob ou de todas as locuções prepositivas. Se não, prefira que: O senador a que se referiu é líder do partido. O livro de que lhe falei está esgotado. A casa sobre a qual lhe falei está à venda. O público perante o qual se manifestou se manteve indiferente. Também use o qual antes de pronomes indefinidos, numerais e expressões superlativas.


 


“Interviu”

Intervir é filhote de vir. Os dois se conjugam do mesmo jeito: eu venho (intervenho), ele vem (intervém), nós vimos (intervimos), eles vêm (intervêm); eu vim (intervim), ele veio (interveio), nós viemos (interviemos), eles vieram (intervieram); se eu vier (intervier), se ele vier (intervier), se nós viermos (interviermos), se eles vierem (intervierem). Etc. e tal.


 


“Se ele obter”

O futuro do subjuntivo tem pai e mãe. É o pretérito perfeito do indicativo. Ele nasce da 3ª pessoa do plural menos o -am final. Assim:


Pretérito perfeito: obtive, obteve, obtivemos, obtiver(am)


Futuro do subjuntivo: se eu obtiver, ele obtiver, nós obtivermos, eles obtiverem


 


“Se eu ver Maria”

Trata-se do futuro do subjuntivo. Vale a regra 6:


Pretérito perfeito: eu vi, ele viu, nós vimos, eles vir(am)


Futuro do subjuntivo: se eu vir, se ele vir, se nós virmos, se eles virem


 


“Se ele fazer”

Trata-se do futuro do subjuntivo. Vale a regra 6:


Pretérito perfeito: eu fiz, ele fez, nós fizemos, eles fizer(am)


Futuro do subjuntivo: se eu fizer, ele fizer, nós fizermos, eles fizerem


 


“Se eu pôr”

Trata-se do futuro do subjuntivo. Vale a regra 6:


Pretérito perfeito: pus, pôs, pusemos, puser(am)


Futuro do subjuntivo: se eu puser, ele puser, nós pusermos, eles puserem


 


“Houveram manifestações”

O verbo haver, no sentido de ocorrer e existir, é impessoal. Só se conjuga na 3ª pessoa do singular, mesmo com o objeto no plural: Houve manifestações em frente ao STF. Havia recursos a analisar. Há 10 pessoas na sala.

“Cite um erro de português que mais incomoda você.” Seguidores responderam com contribuições variadas. A enquete ficou pra lá de rica. Eis a terceira relação.


“Vítima fatal”


Fatal significa “que mata”. O acidente mata. É fatal. A queda mata. É fatal. O disparo mata. É fatal. O veneno mata. É fatal. O coronavírus mata. É fatal.


A pessoa não mata, morre. É vítima, ou morto: O acidente fez duas vítimas. No acidente, morreram duas pessoas. Saldo do acidente: dois mortos.


 


“Outra alternativa, única alternativa”


Alternativa é sempre outra. Como só há uma, é sempre única: Com a propagação do coronavírus, a alternativa é o isolamento social. Pra perder peso, a alternativa é fechar a boca. Pra escrever melhor, a alternativa é escrever mais. Se for mais de uma, dê a vez para saída, opção, possibilidade ou recurso.


 


“A muito tempo”


Na indicação de tempo, olho no tempo:


o passado pede o verbo haver: Cheguei há pouco. Ele morou em Brasília há cinco anos.  Trabalhamos aqui há 10 meses.

o futuro dá a vez à preposição a: Viajo daqui a pouco. A quatro meses das eleições, não há definição sobre possível adiamento. Mesma regra para distâncias.

 


“Há dois anos atrás”


Há indica tempo passado. Atrás também. Os dois juntos formam baita pleonasmo. Fiquemos com um ou outro: Há dois anos fui aos Estados Unidos. Dois anos atrás fui aos Estados Unidos.


 


“Qüestão”


Questão joga no time de quente, química, guerra e guitarra. O u é mudo. Não se pronuncia. O mesmo ocorre com os derivados: questionar, questionário, questionamento, questionável, questiúncula e questor.


 


“Melhor preparado”


O particípio sofre de alergia. Quando melhor se aproxima dele, espirros se sucedem. Que tal evitar contratempos? O mais bem pede passagem: Paulo está mais bem preparado que Maria. Vou selecionar o texto mais bem escrito. Dizem que as francesas são as mulheres mais bem vestidas da Europa.


 


De encontro x ao encontro


Parecem na forma, mas são diferentes no sentido. Não se deve usar um pelo outro.

De encontro a = contra, em sentido contrário, em oposição: O carro foi de encontro à árvore. O projeto vai de encontro aos desejos do governador.


Ao encontro de = em favor de, na direção de: O projeto veio ao encontro dos interesses de estudantes. O filho correu ao encontro do pai.


 


Ao contrário / diferentemente


Ao contrário = o contrário, o oposto (sair x entrar, morrer x sobreviver, ficar em casa x ir pra rua): Ao contrário do prometido (ficar em casa), saiu tão logo o telefone tocou.


Diferentemente = de forma diferente: Diferentemente do publicado na edição de ontem, o brinquedo custa R$ 50, não R$ 500.


 


Independente / independentemente


Independente = livre: O Brasil ficou independente em 1822.


Independentemente = sem levar em conta: Ganha o mesmo salário independentemente do número de horas trabalhadas.


 


Embaixo, em cima


Embaixo se escreve junto. Em cima, separado: O sapato está embaixo da cama; o livro, em cima da mesa.


 

Entrei na onda da enquete que circula na internet: “Cite um erro de português que o incomoda profundamente”. Postei no Instagram. Eis respostas:


“Menas”: Esse feminino não existe, a não ser em comédias e na fala dos deputados. É igual a Papai Noel. A forma é sempre menos: menos brincadeira, menos brincadeiras, menos bonito, menos bonitos.


“Pra mim fazer”: Mim não faz nem escreve, anota, compra, resolve ou estuda. Só na língua dos índios: mim trabalha, mim caça, mim pesca. O sujeito é sempre eu: pra eu fazer, pra eu estudar, pra eu ler, pra eu me manifestar.


“Haverão protestos”: No sentido de existir ou ocorrer, o verbo haver só se flexiona na 3ª pessoa do singular: Há três pessoas na sala. Haverá protestos contra o racismo. Houve distúrbios nas manifestações.


“Meia louca”: No sentido de “mais ou menos”, é a vez de meio. Invariável — sem feminino, masculino, singular ou plural: Ela é meio louca. Estou meio estressada. Ficamos meio cansados com a quarentena. O noticiário está meio repetitivo. Na dúvida, troque por muito.


“Soa” em vez de “sua”: Soa é forma do verbo soar. Sua, do verbo suar: A campainha soa. Você sua (transpira).


“Graças à Deus”: Deus é nome masculino. Se não der ideia de à moda de ou ao estilo de (como 'redação à Graciliano Ramos'), não aceita crase como barco a vapor, bebê a bordo.


“Vou com tu”: O pronome se junta à preposição: Vou contigo.


“Mal humor, mau humorado”: Mau é o contrário de bom. Mal, o oposto de bem. Na dúvida, basta apelar para o troca-troca: mau humor (bom humor), mal-humorado (bem-humorado“.


“Fazem 10 anos”: Na contagem de tempo, o verbo fazer é invariável. Fica sempre na 3ª pessoa do singular: Faz um ano. Faz 10 anos.


“A dó”: É sempre masculino, seja o sentimento e a nota musical. Tenho muito dó dos médicos que têm de escolher quem vai viver e quem vai morrer. O tecladista tocou um dó sustenido.


Há mais. Serão assunto do próximo post.