1. O que é a Liturgia ?
A palavra Liturgia vem dos vocábulos gregos e significa Obra Pública. Nas cidades gregas antigas, os cidadãos dotados de certo patrimônio eram obrigados a custear serviços públicos ( aberturas de estradas, construção de pontes, etc) Havia também pessoas que espontaneamente assumiam as despesas de tais serviços ( leitourgia), movidas por patriotismo ou vaidade. Outros, ainda, eram forçados a prestar "leitourgias" em punição a eventuais revoltas contra a autoridade governamental.
A partir do século III aC, "leitourgia" assume o sentido religioso de culto aos deuses prestado por pessoas para isso designadas ( isto se compreende bem, pois a religião era um valor oficial no mundo grego e um assunto de interesse público).
Leitourgia, no uso cristão. havia de designar prevalentemente o culto sagrado. Podemos, agora definir Liturgia, valendo-nos de quanto diz a SC no seu no 7: É uma ação sagrada, através da qual, com ritos, na Igreja e pela Igreja, se exerce e prolonga a obra sacerdotal de Cristo, que tem por objetivos a santificação dos homens e a glorificação de Deus.
Antes do mais, a Liturgia é o exercício continuado do sacerdócio de Cristo. A obra salvífica de Cristo é algo que desenvolve sua eficácia através dos séculos. Podemos dizer, ainda, que o rito litúgico, na sua materialidade, é portador do poder restaurador do Verbo de Deus;ele é como a mão estendida de Cristo, que nos transmite a vida do próprio Pai.
" A satificação dos homens e a glorificação de Deus" são os dois objetivos da Liturgia. A santificação dos homens é apresentada como primeira finalidade da obra sacerdotal de Cristo, porque, para dar a glória a Deus, os homens devem tornar-se santos. Aliás, a santificação dos homens já é a propria glorificação de Deus, pois na medida em que o homem é santo, ele reproduz a santidade de Deus e a proclama.
2. A estrutura e os elementos
Na Missa ou Ceia do Senhor, o povo de Deus é convocado e reunido, sob a presidência do Sacerdote que representa a pessoa de Cristo, para celebrar a memória do Senhor ou sacrifício eucarístico. Por isso, a esta reunião local da santa Igreja aplica-se, de modo eminente, a promessa de Cristo: "Onde dois ou três estão reunidos no meu nome, eu estou no meio deles (Mt. 18,10). Pois na celebração da Missa, em que se perpetua o sacrifício da cruz, Cristo está realmente presente tanto na assembléia reunida em seu nome, como na pessoa do ministro, na sua palavra, e também, de modo substancial e permanente, sob as espécies eucarísticas.
A Missa consta, por assim dizer, de duas partes, a saber, a liturgia da Palavra e a liturgia eucarística, tão intimamente unidas entre si, que constituem um só ato de culto. De fato, na Missa se prepara tanto a mesa da Palavra de Deus como a do Corpo de Cristo, para ensinar e alimentar os fiéis. Há também alguns ritos que abrem e encerram a celebração.
A Assembléia Cristã se reúne para a celebração da Santa Missa. Ela se difere de qualquer outra assembléia. É hierárquica, e é assim estruturada para a celebração do Santo Sacrificio:
O Celebrante: A presidência da celebração eucarística compete ao bispo ou ao presbítero, seu delegado. Ele representa o própio Cristo. Por isso tem direitos e honras especiais: usa vestes que o distinguem, ocupa o primeiro lugar no altar e à sua entrada e saída todos se pôem de pé em sinal de respeito. O Celebrante é o intermediário entre Deus e o povo; fala aos fiéis em nome de Deus e se dirige a Deus em nome dos fiéis, e coloca toda a Assembléia em sintonia com o mistério celebrado. Sem presidente não há assembléia.
Nas Celebrações há vários mistérios que se manifestam exteriormente pela diversidade das vestes litúrgicas, que por isso devem ser um sinal de função de cada ministro. Eis algumas vestes usadas durante a celebração da Missa:
A Alva : É uma veste comum aos ministros de qualquer grau. É uma túnica geralmente de linho branco que recobre todo o corpo até os pés. Ela é cingida à cintura pelo cíngulo, um cordão branco, ou da cor dos paramentos. A alva foi substituida pela Túnica que atualmente é usada em todas as funções litúrgicas. A Túnica deve ter uma cor neutra ( Branca, Bege ou Cinza).
A Estola : É um paramento litúgico em forma de tira comprida. É colocada no ombro esquerdo e a tiracolo, pelo diácono, pendente dos ombros pelo prebítero e bispo. De acordo com as cores litúrgicas, terá a mesma cor da festa que se celebra no dia. É distinto do minístro ordenado
A Casula: Vestimenta sacerdotal que se põe sobre a túnica e a estola. Combina com a estola, e terá a cor da festa que se celebra no dia. Seu uso é facultativo.
No uso das vestes, usam-se as cores que server para uma maior vivência, através do sentido da visão, da celebração que estamos realizando. Eis aqui o significado de cada cor:
O Branco: É a cor pascal: indica ressurreição, pureza, alegria. É usado na Páscoa, no Natal, nas solenidades de Nosso Senhor, nas de Nossa Senhora.
O Vermelho: Lembra o fogo do Espírito Santo, o sangue. É usado nas solenidades de Pentecostes, Domingo de Ramos, Sexta feira da Paixão do Senhor, e nas solenidades e destas dos Apóstolos e Mártires.
O Verde : É a cor da esperança. Usada nos domingos do chamado Tempo Comum durante o ano.
O Roxo: Simboliza a penitência e a mortificação. É usado durante o Tempo de Advento, preparação para o Natal, nas missas de defuntos e na Quaresma que é a preparação para a Páscoa.
A equipe de Celebração : Existe a necessidade de se compor uma Equipe de celebração, onde cada um exerça uma função dentro da celebração da Missa. Tal equipe será composta dos seguintes elementos, além do Presidente:
O Diácono: Em virtude da sagrada ordenação recebida, ocupa o primeiro lugar entre aqueles que servem na celebração eucarística. Tem partes própias no anúncio do Evangelho e, por vezes, na pregação da Palavra de Deus. Serve o sacerdote na preparação do altar, na celebração do sacrifício e na distribuição da Eucaristia.
O Acólito: É instituido para o serviço do altar, para auxiliar o sacerdote e o diácono. Compete-lhe principalmente preparar o altar e os vasos sagrados, e, se necessário, distribuir aos fíeis a Eucaristia, da qual é ministro extraordinário.
O leitor: É instituido para proferir as leituras da Sagrada Escritura, exceto o Evangelho. Na falta do Ledor instituido, é delegado a outro leigo esta função de alta dignidade. É de suma importância que o ledor saiba ler corretamente e com desembaraço, e transmita aquilo que sente como testemunho.
O Comentarista: É a função que o leigo deve estar bem preparado para orientar os movimentos e as orações dos fíeis. dialoga com a Assembléia, fazendo breves comentários introdutórios às leituras.
Os coroinhas e as coroinhas: Os coroinhas são aqueles que servem de acólito no altar, e conforme as disposições emanadas pelo Bispo, poderão ser meninos e meninas, rapazes e moças, homens e mulheres.
Os cantores: Os cantores devem ser colocados de tal forma que se manifeste claramente sua natureza, isto é, que fazem parte da assembléia dos fiéis, onde desempenham papel particular. São os intermediários entre os ministros e o povo. Devem levar a Assembléia a "rezar duas vezes" com entusiasmo. Importante é a Assembléia cantar a Missa. Deve-se evitar que os instrumentos tocados durante os cantos sobreponham aos cantores.
O Povo: Deve formar um só corpo, seja ouvindo a Palavra de Deus, seja tomando parte das orações e no canto, ou sobre tudo na oblação comum do sacrifício e na comum participação da mesa do Senhor. É participante e não assistente.
Alguns objetos litúrgicos são usados pelo Presidente da Assembléia, durante a celebração. Eis alguns deles:
O Cálice: É o vaso em que o sacerdote consagra o santíssimo Sangue de Cristo na Missa. Pelo seu uso, o cálice deve ser consagrado.
A Âmbula: É o vaso sagrado, também chamado de cibório ou píxide, onde se guardam as hóstias consagradas.
O Corporal: É um pano quadrado de linho branco, com uma cruz no centro para ser colocado no altar e sobre ele o corpo do Senhor.
O Manustérgio: É uma pequena toalha com a qual o sacerdote enxuga a mão, depois de lavá-las na apresentação das oferendas, durante a missa.
A Pala: É um pequeno cartão quadrado, guarnecido de pano branco ou pequena toalha, quadrada ou redonda, de linho branco e engomada, usada pelo sacerdote, durante a Santa Missa, para cobrir o cálice.
A Patena: É um pratinho ou disco de metal, na qual o sacerdote na Missa coloca a hóstia consagrada. Serve também para cobrir o cálice com o vinho e para recolher partículas de hóstias consagradas durante a Comunhão dos fiéis.
O Sanguíneo: É também chamado de purificatório, É um paninho de linho branco, para o celebrante enxugar a boca e o interior do cálice.
A Teca: É o vaso sagrado com que se leva a sagrada comunhão aos doentes, presos e idosos.
O Turíbulo: É um vaso de metal, usado para as incensações litúrgicas
A Naveta: É um pequeno vaso de metal em forma de naviozinho, para nele colocar o incenso e se servir por meio de uma colherinha.
O Incenso: Pode ser usado facultativamente em qualquer forma de Missa. Representa o sacríficio de louvor aceito por Deus, simboliza a oração. Na Missa se usa: na procissão de entrada, para incensar a cruz e o altar, na procissão e proclamação do Evangelho, para incensar as oferendas, a cruz, o altar, o sacerdote, o povo e os concelebrantes (se estiverem presentes), à elevação da hóstia e do cálice depois da consagração.
Outros objetos litúrgicos são utilizados em momentos diversos ou até mesmo em Missas festivas. São esses:
A Custódia: Chamada também de ostensório é um objeto cultural para exposição solene do Santíssimo Sacramento.
O Pállo: É uma armação ornamental, portátil com varas e franjas, que serve para cobrir o ministro religioso que, nas procissões, leva a custódia ou ostensório com o Santíssimo Sacramento.
A Umbela: É uma esécie de pálio redondo, semelhante a um grande guarda chuva, de cor dourada e com franjas, que um ministro leva aberto, recobrindo o sacerdote que transporta o Santíssimo Sacramento dentro de Igrejas, Capelas e de outros recintos
O Véu Umeral: É um manto retangular e comprido, de cor branca. Que os ministros ordenados põem sobre os ombros , para segurar a custódia ou a âmbula com o Santíssimo Sacramento, seja para transportá-lo numa procissão, seja para dar bênção eucarística aos fiéis. Na Missa do Crisma, na manhã de Quinta-feira Santa, os diáconos revestem-se de três tipos de Véu Umeral, para transportar até o altar os três óleos: O Véu Umeral, de cor branca; O Véu umeral de cor roxa, para levar o óleo dos Enfermos - usada na unção dos enfermos (conhecida antigamente como extrema-unção) e o Véu Umeral de cor verde, para levar o óleo dos Catecúmenos e para levar o óleo do Crisma;
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3. As Partes da Missa - Introdução
O Povo de Deus, quando se reúne para a Eucaristia, participa de duas mesas: Mesa da Palavra de Deus e Mesa do Corpo de Cristo. É de suma importância que os fiéis saibam como comportar-se no transcorrer da celebração. Temos vários momentos de atividades e participação, desde o início ao final.
A Assembléia Cristã tem uma só voz que se exprime de várias formas. É importante cada resposta que a Assembléia dá, pois representa sua anuência, seu sim, seu consentimento. Existem breves fórmulas de aprovação, de aplauso, de alegria, de voto, de saudação, com que a Assembléia manifesta seu consentimento. correspondem, de certa maneira, aos "vivas", aos aplausos que se usam nos acontecimentos profanos. Os gestos da Assembléia Cristã são muitos importantes e mais até do que habitualmente se acredita. Somos corpo e alma, e devemos rezar com o corpo e com o espírito. Os gestos da Assembléia Cristã são comunitários, isto é, exprimem a união profunda dos espíritos e dos sentimentos que os animam. A seguir as palavras e os gestos mais comuns da Assembléia:
O Amém: É uma palavra hebraica que significa a nossa plena adesão, o nosso "sim" mais sincero e completo, o nosso "de acordo".
O Aleluia: Outra palavra hebraica que significa "Louvai a Deus com alegria". É uma exclamação de admiração, de exultação, triunfo, é um grito de alegria.
O Hosana: Ainda outra palavra hebraica que equivale ao nosso "viva". É a aclamação do Domingo de Ramos que se repete no momento Santo, na Missa. Significa 'mil vezes santo'.
O Demos Graças a Deus, Glória a Vós Senhor e Louvor a Vós ó Cristo: São expressões de reconhecimento e alegria usadas sobre tudo quando Deus nos dirige sua Palavra nas leituras da Missa.
O Sinal da Cruz: Com este gesto começa e termina a Missa. É o distintivo do Cristão e marca todos os momentos pequenos e grandes da vida de cada um. Exprime pelas palavras e pelo gesto, os maiores Mistérios da nossa fé. Deus Uno e Trino e a redenção de Cristo pela Cruz. É o sinal de que pertencemos a Cristo.
A Água Benta: A Água Benta usada na igreja é sempre uma evocação do nosso Batismo, quando fomos lavados para entrarmos na Santa Igreja de Jesus Cristo.
As posições comuns do corpo, que todos os participantes devem observar na celebração da Missa são as seguintes:
Em pé: Estar em pé, ereto, é uma atitude que indica dignidade. É posição do ressuscitado. É uma posição de respeito, própria para se ficar durante algumas partes da celebração.
Sentado: É uma atitude de quem se concentra para escutar e receber com calma a mensagem.
De Joelhos: É uma atitude do pecador diante da infinita santidade de Deus, e exprime bem a nossa indignidade e miséria em face a imensa majestade e grandeza do Senhor.
Caminhar em Procissão: Feita com solene gravidade e seriedade, relembra-nos a caminhada do Povo de Deus. Pode ser feita no interior do templo ou fora dele e nas grandes festas que se celebra.
A Genuflexão: É uma expressão dos nossos sentimentos de adoração diante de Deus. Somente a Deus é devido este gesto. É feita ao Cristo presente sobre o altar ou no Sacrário ( onde fica depositada a Âmbula com as hóstias consagradas). A genuflexão se faz dobrando o joelho direito até o chão. Não a necessidade de benzer-se neste gesto.
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3.1 As Partes da Missa : Os Ritos Iniciais
Comentário Inicial: É feito pelo comentarista da celebração e marca de certa maneira, o inicio da Santa Missa (A celebração, de fato, só tem inicio com o Sinal da Cruz, logo após a procissão e o beijo no Altar). Em algumas comunidades é precedido pelo som da sineta, que indica aos fieis presentes para que interrompam suas orações particulares e se unam na Oração Oficial e Comum da Igreja.
O comentário inicial convida a participação coletiva dos fieis e visa criar um ambiente propício para oração e a fé. Em geral, o comentário situa os presentes num determinado “tema” que será abordado mais profundamente nas leituras da Bíblia, durante o Rito da Palavra.
A assembleia pode ouvir o comentário sentada.
O Canto de Entrada: Toda a assembleia de pé. Enquanto o sacerdote entra com os ministros, começa o canto de entrada. A finalidade desse canto é abrir a celebração, promover a união da Assembléia, introduzir no mistério do tempo litúrgico ou da festa.
Antífona de Entrada: São breves palavras que o sacerdote ou diácono fazem para introduzir os fieis na Missa do dia. Em regra, costuma a ser um versículo bíblico que tenha total ligação com o “tema” da missa, com as leituras que serão feitas durante o Rito da Palavra.
A Saudação: Toda a assembleia de pé. Venerar o Altar, com ósculo, esse o primeiro gesto do Presidente. Em seguida traçou o Sinal da Cruz, pois a Assembléia se reúne em nome da Santíssima Trindade. Agora saúda a Assembléia com uma das fórmula apropriadas expresasndo a presença do Senhor na Igreja reunida. Feita a saudação do povo, o sacerdote, o diácono, ou um ministro leigo, pode com breves palavras introduzir os fiéis na Missa do dia.
O Ato Penitencial: Toda a assembleia de pé. O Ato Penitencial, colocado nos Ritos Iniciais, quer expressar o desejo de conversão e transformação da comunidade. Não se trata de um Rito Penitencial. O Ato Penitencial é concluido pela absolvição do Sacerdote, absolvição que, contudo não possui a eficácia do Sacramento da Confissão. Outros atos de culto podem substituir o ato penitencial, porque já colocaram a Assembléia em atitude de conversão. No Domingo de Ramos pode ser substituído pela procissão. Na Quarta-feira de Cinzas é substituído pela imposição das cinzas. Pode também ser substituído pela recordação da vida e pela benção e aspersão da água em recordação do batismo.
O Hino de Louvor: Toda a assembleia de pé. O Glória não é um simples louvor trinitário, mas um solene louvor ao Pai e ao Cordeiro. Era um hino da oração da manhã e foi aos poucos introduzino na Missa. A Santa Igreja nos ensina que ele é "um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congrega no Espírito Santo, glorifica e suplica ao Deus Pai e ao Cordeiro. O texto deste hino pode ser adaptado, mas não pode ser substituido por outro com letra diferente. É cantado ou recitado aos domingos, nas solenidades e festas e ainda em celebrações especiais mais solenes. É omitido no tempo do Advento e da Quaresma, em dias de semana, porque este cabe ao dia por excelência do encontro com os cristãos - o domingo, em missas de sétimo dia, trigésimo dia, um ano de falecimento, missas de corpo presente e Dia de Finados.
A Oração do dia (coleta): Toda a assembleia de pé. É a primeira Oração Presidencial da Missa, que recebe o assentimento de toda a Assembléia através do Amem. O sacerdote convida o povo a rezar; todos se conservam em silêncio com o sacerdote por alguns instantes, tomando consciência de que todos estão na presença de Deus e formulando interiormente seus pedidos. Depois o sacerdote "coleta" os pedidos do povo, os eleva a Deus e diz a oração do dia com foco no mistério a ser celebrado naquela Missa.
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3.2 As Partes da Missa : A Liturgia da Palavra ( A Mesa da Palavra de Deus )
A Primeira Leitura: Toda a assembleia sentada. A primeira leitura é escolhida do Antigo Testamento de acordo com a temática do Evangelho, e nos narra o anúncio profético dos acontecimentos que envolvem a pessoa de Jesus Cristo. No Tempo Pascal é extraída dos Atos dos Apóstolos, pois esse livro nos mostra a vida da Igreja logo depois da Ressurreição do Senhor.
O Salmo Responsorial: Toda a assembleia sentada. Constitui uma resposta meditativa e orante da Assembléia à Palavra que precedeu.
A Segunda Leitura: Toda a assembleia sentada. É tirada das Epístolas do Novo testamento, sendo lidas sem que haja nexo com o tema do Evangelho. Nelas encontramos uma experiência concreta da vida cristã.
A Aclamação do Evangelho: Toda a assembleia de pé. Todos se levantam, em sinal de respeito e compromisso. Esta aclamação é portanto, um compromisso com a pessoa Jesus, que vem nos falar. O Aleluia é cantado em todos os tempos, exceto na Quaresma, devido ao forte tempo de reflexão. É iniciado pelo grupo de cantores ou por todos, podendo ser repetido. Na Quaresma, é substituído por um versículo proposto no Lecionário.
As leituras dos domingos estão distribuidas num ciclo de três anos: A (Mateus), B (Marcos), C (Lucas). João não tem ano especial.
O Evangelho: Toda a assembleia de pé. Neste momento todos se encontram de pé, demonstrando a disponibilidade ao que o Senhor vai nos dizer. Na proclamação do Evangelho,nos persignamos na fronte, para que a mensagem penetre em nossas mentes; nos lábios, para anunciarmos aos irmãos a mensagem que nos é transmitida e no peito, para que vivamos a mensagem que nos será anunciada. ( o benzer-se neste momento, não faz parte do rito). seja qual for o evangelista, a mensagem é sempre a mesma: o anúncio da salvação. O evangelho é o próprio Cristo quem nos fala, por isso deve ser proclamado por um ministro ordenado e ser ouvido de pé. É excluida da proclamação da Palavra de Deus em forma dialogada, sucessiva ou como que encenada. A instrução Geral nos diz no no 109 o seguinte: " Não convém de modo algum que várias pessoas dividam entre si um único elemento da celebração, por exemplo, a mesma leitura feita por dois, um após o outro, a não ser que se trate da proclamação da Paixão do Senhor, no Domingo de Ramos e na Sexta-feira Santa".
A Homilia: Toda a assembleia sentada. Homilia, quer dizer na sua designação, uma conversa bem familiar. É proferida por um ministro ordenado, nunca por um seminarista ou leigo. Faz parte da Liturgia da Palavra e é a ocasião clássica e privilegiada para expor o místerio de Cristo partindo dos textos sagrados lidos, relacionando-os à vida concreta, no nosso dia-a-dia. Não se deve confundir com sermão, discurso, pregação, encontro catequético ou estudo bíblico.
A Profissão de Fé: Toda a assembleia de pé. O símbolo deve ser cantado ou recitado pelo sacerdote com o povo aos domingos e solenidades. Existem dois textos para ser feita a profissão de fé. O símbolo dos Apóstolos ( Creio em deus Pai) e o símbolo Niceno ( Creio em um só Deus Pai). Quando o símbolo Niceno é dito, às palavras E se encarnou pelo Espírito Santo, todos se inclinam profundamente, mas nas solenidades da Anunciação do Senhor e do Natal do Senhor todos se ajoelham. A Profissão de Fé é feita com a Assembléia de pé, declarando pública e conscientemente a fé que recebeu dos Apóstolos e se compromentendo a seguir o que foi ensinado na Liturgia da Palavra.
As Preces da Comunidade: Toda a assembleia de pé. Trata-se do momento de oração que integra a Liturgia da Palavra. A oração dos fiéis é sempre um grande momento de espontaneidade dentro da celebração. Pede-se por todas as necessidades e não deve ficar nas intenções formuladas no folheto litúrgico. A Comunidade pode e deve expressar com simplicidade as suas necessidades.
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3.3 As Partes da Missa : A Liturgia Eucarística ( A Mesa do Corpo de Cristo)
A Apresentação das Oferendas: Toda a assembleia sentada. Terminada a Liturgia da Palavra, a atenção de todos se volta para a segunda Mesa. O acólito ou outro minístro leigo coloca sobre o altar o corporal, o purificatório, o cálice, a pala e o missal. Convém que a participação dos fiéis se manifeste através da oferta do pão e vinho para a celebração Eucarística, o dinheiro ou outros dons para prover às necessidades da igreja e dos pobres. As oblações dos fiéis são recebidas pelo sacerdote, ajudado pelo acólito ou outro ministro. No vinho a ser consagrado, o presidente coloca um pouco d'água que simboliza toda a humanidade salva em Cristo pelo seu sangue derramado na cruz. O canto acompanha a preparação do altar, a procissão e apresentação das oferendas. Não precisa necessariamente falar de pão e vinho, pode falar do tema da liturgia ou do oferecimento da própria vida a Cristo.
Costumamos chamar esse momento de ofertório, mas trata-se da apresentação das oferendas, porque quem preside toma as oferendas do povo e as apresenta a Deus.
Por que oferendas e não ofertório?
Cristo é o Cordeiro imolado. É Ele quem se oferece sobre o altar. É o sacrifício da cruz que se perpetua através dos séculos. (SC 47) Na Eucaristia, Jesus não dá “alguma coisa”, mas dá-Se a Si mesmo; entrega o seu corpo e derrama o seu sangue. Deste modo dá a totalidade da sua própria vida.
Convite à Oração: Toda a assembleia de pé. O convite à Oração, recorda a todos que a oração da Assembléia cristã se dirige a Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo e, na nossa resposta, fica claro que o sacríficio de Cristo, realizado uma vez por todas na cruz, torna-se presente cada vez que a Igreja faz o que o Senhor fez na última ceia. A Missa é o Sacrifício do cristão.
A Oração Sobre as Oferendas: Toda a assembleia de pé. É a segunda Oração Presidencial. Pelo fato de o sacerdote já ter feito o convite à oração, no Orai, irmãos, não se diz Oremos. Os dons colocados sobre o altar simbolizam tudo o que há na natureza eo resultado do nosso trabalho. Eles nos falam da bondade de Deus que fez brotar a água e surgir da terra o trigo e a uva. Agora, o Presidente da Assembléia reza em nome de todos, a oração sobre os dons. Todos os participantes darão seu assentimento com o amém conclusivo.
A Oração Eucarística: Toda a assembleia de pé. Tem início o momento central e culminante de toda a celebração, isto é, a Oração Eucarística, ou de ação de graças e de santificação. O sentido desta oração é que toda a Assembléia se una com Cristo enaltecendo as grandes obras de Deus e oferecendo o sacrifício. Os elementos principais de que consta a Oração Eucarística são os seguintes:
A ação de graças (expressa especialmente no prefácio: aquilo que se diz antes); Toda a assembleia de pé. O sacerdote, em nome de todo o povo santo, glorifica a Deus Pai e lhe dá graças por toda a obra da salvação ou por alguns aspectos particulares de acordo com dia, a festa ou o tempo. Começa com um diálogo entre o sacerdote e o povo.
A aclamação: Toda a assembleia de pé. A assembléia, unindo-se as criaturas celestes canta ou recita o "Santo", expressando a santidade, majestade e imanência de Deus. A repetição, 3 vezes santo, significa o máximo de santidade: Deus é santíssimo.
A epiclese (= chamado do alto): Toda a assembleia ajoelhada a partir do 'Santificai, pois, estas, oferendas...'. Este momento toca-se o sino o sacerdote impõe as mãos sobre as oferendas invocando o Espírito Santo para que transforme o pão e vinho no Corpo e Sangue de Cristo. Assim como Maria concebeu por obra do Espírito Santo, o Cristo torna-se presente sob as espécies do pão e do vinho também por obra do Espírito Santo.
Narrativa da instituição e a consagração: Toda a assembleia ajoelhada. Através das palavras e dos gestos de Cristo, realiza-se o sacríficio que o próprio Cristo instiruiu na Última Ceia, quando ofereceu seu Corpo e Sangue, sob as espécies do pão e do vinho, deu-os a comer e beber aos Apóstolos e lhes deixou a ordem de perpeturar esse mistério. Na elevação do Pão Eucarístico e do Cálice, cada qual procura olhar para a hóstia e o cálice, fazendo sua adoração e seu oferecimento em silêncio. É reprovável dizer em voz alta nesses momentos "Meu Senhor e meu Deus" ou qualquer outra oração, como 'Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé'. A aclamação após a consagração é feita de pé, pois não é propriamente uma adoração, mas profissão de fé ao mistério pascal de Cristo. É o momento de lembrança da morte e ressurreição de Cristo e não um louvor à presença real, por isso não pode ser substituída por cantos eucarísticos. Também não deve haver música de fundo, ainda que suave, ou um som instrumental durante a consagração. Ajoelhar é sinal de adoração, humildade e penitência, e se por motivos sérios não se puder ajoelhar, fica-se de pé e faz-se uma profunda inclinação (reverência) nas duas vezes que o presidente fizer a genuflexão – Neste momento não se deve permanecer de cabeça baixa.
A anamnese (memória): Toda a assembleia de pé. A Igreja cumprindo ordem recebida por meio dos Apóstolos, faz a memória do Cristo, recordando sua paixão, ressurreição e ascensão ao céu.
A oblação (oferta): Toda a assembleia de pé. A Igreja oferece ao Pai no Espírito Santo a Vítima Imaculada e deseja que os fiéis aprendam a se oferecer. Só após a consagração aparece a palavra 'oferecemos', sinal de que o verdadeiro ofertório da Missa acontece nesse momento.
A segunda epiclese: Toda a assembleia de pé. Após o memorial e a oferenda, novamente o Espírito Santo é invocado, desta vez sobre a assembleia, para que ela se transforme e vá se construindo na unidade.
As intercessões: Toda a assembleia de pé. Nelas se exprime que a eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto celeste como terrestre, e que a oblação é feita por todos os seus membros, vivos e defuntos, os quais foram chamados a participar da redenção e da salvação adquiridas pelo Corpo e Sangue de Cristo.
A doxologia final (= glorificação): Toda a assembleia de pé. Exprime a glorificação de Deus; é ratificada com o nosso amém alto e solene , pois é através dele que a Assembléia assume e faz sua toda a Oração Eucarística. A doxologia no final da Oração Eucarística, é proferida somente pelo celebrante, não pelos fiéis, pois é o próprio Cristo que oferece e é oferecido.
O Rito de Comunhão: Sendo a celebração eucarística um banquete pascal, convém que, de acordo com a ordem do Senhor, os fiéis devidamente preparados recebam o seu Corpo e Sangue como alimento espiritual
O Pai Nosso: Toda a assembleia de pé. Com esta oração iniciamos o Rito da Comunhão. Nele se pede o pão cotidiano, no qual os Cristãos vêem também uma referência ao pão eucarístico, e se implora a purificação dos pecados. Só o sacerdote acrescenta o embolismo (= continuação), dito após "Livrai-nos do mal". Quando rezamos o Pai Nosso na Missa, ele não termina com o amém, pois só é concluído quando toda a Assembléia diz a doxologia final da oração: Vosso é o reino o poder e a glória para sempre...
O Rito da paz: Toda a assembleia de pé. Neste Rito a Igreja implora a paz e a unidade para si mesma e para toda a família humana e os fiéis exprimem entre si a comunhão eclesial e a mútua caridade antes de comungar do sacramento. Convém, que cada qual expresse a paz de maneira sóbria e somente as pessoas que pode alcançar, sem sair de seu lugar, para não tumultuar a celebração, pois esse Rito faz parte da preparação para a Comunhão. Durante a Quaresma e o Advento, por serem tempos de reflexão, convém evitar esses ritos para realizar com mais alegria no tempo da Páscoa e do Natal.
A Fração do Pão: Toda a assembleia de pé. O gesto da fração do pão realizado por Cristo na última ceia, que no tempo apostólico deu o nome a toda a ação eucarística, significa que muitos fiéis pela comunhão no único pão da vida, que é Cristo, morto e ressuscitado pela salvação do mundo, formam um só corpo.
O Cordeiro de Deus: Toda a assembleia de pé. É o momento em que o sacerdote parte o Pão e coloca uma parte da hóstia no cálice, para significar a unidade do Corpo e do Sangue do Senhor na obra da salvação, ou seja, do Corpo vivente e glorioso de Cristo Jesus. Não é função do Sacerdote começar o Cordeiro de Deus, por isso, o grupo dos cantores ou o cantor ordinariamente canta ou, ao menos, diz em voz alta a súplica Cordeiro de Deus à qual o povo responde. A invocação acompanha a fração do pão; por isso, pode-se repetir quantas vezes for necessário até o final do rito. A última vez concluimos com as palavras dai-nos a paz.
O Felizes os convidados para a Ceia do Senhor: Toda a assembleia de pé. O sacerdote apresenta à Assembléia o Corpo e o sangue de Cristo e convida os presentes a partilhar a refeição eucarística, usando as palavras prescritas do Evangelho.
O Senhor eu não sou digno(a) de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salvo(a): aceitando o convite, devemos humildemente dizer o centurião do Evangelho.
Tudo na Ceia do Senhor caminha para este momento. Agora a eucaristia assume a sua totalidade, a dimensão de Ceia Pascal. Segundo a vontade de Cristo, a sua presença permanece entre nós através do sacramento do seu Corpo e do seu Sangue.
É muito recomendável que os fiéis, como também o próprio sacerdote deve fazer, recebam o Corpo do Senhor em hóstias consagradas na mesma Missa e participem do cálice nos casos previstos nos livros rituais a cerca da Comunhão sob as duas espécies. Devemos saber, entretanto, que a fé católica ensina que, também sob uma só espécie, se recebe Cristo todo e inteiro, assim como o verdadeiro Sacramento; por isso, no que concerne aos frutos da Comunhão, aqueles que recebem uma só espécie não ficam privados de nenhuma graça necessária à salvação.
Enquanto o sacerdote recebe o Sacramento, entoa-se o canto da comunhão que exprime, pela unidade das vozes, a união espiritual dos comungantes, demonstra a alegria dos corações e realça a índole "comunitária" da procissão para receber a Eucaristia. O canto prolonga-se enquanto se ministra a Comunhão dos fiéis. Não precisa obrigatoriamente falar sobre a comunhão, sobre o Corpo e o Sangue de Cristo, sobre o pão da vida, pão do céu, ou qualquer outro tema que faça referência ao mistério da Eucaristia.
A Comunhão dos Fiéis: Toda a assembleia sentada. O Sacerdote toma, então, a patena ou cibório e se aproxima dos que vão comungar e que normalmente se aproximam em procissão.
Não é permitido aos fiéis receber por si mesmos o pão consagrado nem o cálice consagrado e muito menos passar de mão em mão entre si. Os fiéis comungam ajoelhados ou de pé, conforme for estabecido pela Conferência dos Bispos. Se a Comunhão é dada sob a espécie de pão somente, o sacerdote mostra a cada um a hóstia um pouco elevada, dizendo "O Corpo de Cristo". Quem vai comungar responde "Amém", recebe o Sacramento na boca ou aonde for concedido, na mão à sua livre escolha. Os que o comungarem de pé, antes de receberem o Sacramento, façam devida referência, que poderá ser uma inclinação de cabeça ou do corpo, mas isso terá que ser feito enquanto o que está à frente recebe a Comunhão. Nenhum ministro da Comunhão pode obrigar a comungante a receber a Comunhão na boca onde for permitida a Comunhão na mão, mesmo que seja para evitar doenças ou epidemias. Para a Comunhão na mão, devemos fazer um trono com a mão esquerda, para receber o Corpo do Senhor. A hóstia deverá ser colocada sobre a palma da mão do fiel, que levará à boca com o auxilio da mão direita formando uma pinça com os dedos, isso antes de se movimentar para a volta ao lugar, pois não se deve comungar andando. Não é elegante levar a hóstia diretamente à boca com a palma da mão.
Após receber Jesus na Santíssima Eucaristia, o fiel deve voltar ao seu lugar, e ali, na posição que melhor lhe convir, de pé, de joelhos ou sentado, conversar calma e intimamente com o Senhor Jesus,que naquele momento está vivo dentro de nós, em comum-união, isto é, total união, união que deve nos levar a dizer como São Paulo: "Não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim" .
Terminada a distribuição, os vasos sagrados são purificados pelo Sacerdote ou pelo Diácono ou pelo acólito instituido, na medida do possível junto à credência. Excluem-se dessa função os Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística.
Se for oportuno,o sacerdote e os fiéis oram por algum tempo em silêncio e se desejar, toda Assembléia pode entoar um salmo ou outro canto de louvor ou hino.
A Oração depois da Comunhão: Toda a assembleia de pé. É a terceira oração presidencial. Para completar a oração do povo de Deus e encerrar todo o rito da Comunhão, o sacerdote profere esta oração, em que implora os frutos do mistério celebrado. Com esta oração, a Assembléia renova o seu sim a tudo quanto declarou e afirmou durante a Missa.
3.4 As Partes da Missa : Ritos Finais
A Vivência: Toda a assembleia sentada. É uma mensagem consolidada nas mensagens bíblicas lidas e meditadas durante a celebração. Serve para que os fiéis levem para a casa, como meditação e resumo de sua publicação na celebração litúrgica.
Os Avisos: Toda a assembleia sentada. Antes da despedida e bênção final é que se devem dar oportunamente os avisos paroquiais. Nunca e de modo algum antes, durante ou depois da homilia, nem antes da oração pós-comunhão. Servem para divulgar os eventos religiosos do mês e algo de interesse à comunidade.
A Benção e a Despedida: Toda a assembleia de pé. A bênção final e a saudação de despedida cocluem a celebração da Ceia do Senhor. Ide em paz e o Senhor vos acompanhe, lembra-noso momento em que Jesus ressuscitado, todas as vezes que se encontrava com seus discípulos, os saudava com este cumprimento, desejando a paz, o que era bem familiar aos Apóstolos. O canto final não consta do esquema da Missa, mas a celebração ter um final silencioso, com uma saída do povo em silêncio, pode ser muito frio, portanto o cantor ou o coral cante algo que preserve a mensagem ou motive a missão, um hino à Maria, aos santos padroeiros, ao Espírito Santo, à família, da Campanha da Fraternidade, do Sagrado Coração de Jesus, dos meses temáticos (mês vocacional, mês da Bíblia e mês missionário) e dos anos temáticos (Ano da Fé e Ano do Laicato), ou até mesmo uma música instrumental.
O sacerdote beija o altar, como fez o início da Missa, e feita com os ministros a devida reverência, com eles se retira.
Em atenção à pessoa do Presidente que representou o Cristo na Celebração, só devemos nos retirar do local após a saída do Sacerdote.
Na Solenidade da imaculada Conceição de Nossa Senhora
8 de dezembro de 2004
Luiz Orlando de Almeida
Biografia
CURSO DE LITURGIA - Escola Mater Ecclesiae Dom Estevão Bittencourt, OSB
LITURGIA DO POVO DE DEUS - Dom Hildebrando P. Martins, OSB
A EUCARISTIA QUE CELEBRAMOS - Pe. Joviano de Lima Júnior, SSS
INSTRUÇÃO GERAL SOBRE O MISSAL ROMANO - 2003
NOVAS MUDANÇAS NA MISSA - 2003 - Frei Alberto Beckhauser, OFM
4 - Notas sobre a Liturgia
Há uma proibição explicita de se substituir o texto do hino do Glória por outro texto qualquer, pois estamos diante de um venerável hino de louvor Santíssima Trindade, com caráter cristológico e pascal. Faz parte da antiga tradição da nossa Santa Igreja. O Ato Penitencial, o Creio, os cantos do Santo, Pai Nosso e Cordeiro de Deus seguem a mesma regra.
O Salmo responsorial faz parte da celebração da Palavra de Deus. É como que mais uma leitura em forma de Salmo, Ele constitui uma resposta meditativa e orante à palavra que precedeu.
Os fiéis não se reúnem para a leitura comunitária da Palavra de Deus, mas para ouví-la e responder a ela na celebração e na vida.
Para proclamação da Palavra de Deus sempre se deve dar preferência ao livro em vez do folheto.
Prevê-se que o livro dos Evangelhos(Evangeliário) seja levado solenemente em procissão na entrada da Missa e colocado sobre o o altar.
Não deve haver intervenção na Oração Eucarística ( cantos, aclamações não previstas, louvores, etc.) nem mesmo do Presidente. A Oração Eucarística não deve ser pronunciada por um Diácono, por um seminarista ou leigo, por um só ou por todos os fiéis juntos, com exceção das respostas que são próprias de cada oração.
Todos os ministros que levam algum objeto, como a cruz processional, os castiçais, o turíbulo, a naveta, o Evangeliário, ao chegarem ao altar, não fazem genuflexão, nem inclinação do corpo, mas uma simples inclinação de cabeça. O mesmo vale para os fiéis que levam as oferendas para o altar. Quem leva o Evangeliário sobre diretamente ao altar, sem fazer inclinação.
O Sacerdote pode dar a paz aos ministros, mas sempre permanecendo ao âmbito do prebitério, para que não perturbe a celebração.
O gesto de paz é facultativo.
Convém que cada pessoa saúde somente aqueles que pode alcançar, sem sair do seu lugar.
O chamado canto de paz, entre nós, não está previsto nas rubricas do Missal Romano.
A aclamação após a Consagração, é dita de pé, pois se trata de uma profissão de fé, de um testemunho, de um anúncio do mistério pascal de Cristo.
A Equipe de celebração entra junto com o Presidente na Procissão de Entrada, nela o leitor pode conduzir um pouco elevado o Evangeliário, não porém, o lecionário.
O simples lecionário não é conduzido na procissão de entrada.
Na Missa sem Diácono, a função de preparar o altar cabe ao acólito ou a outro ministro leigo.
Se o número de fiéis que forem comungar for maior que o esperado, o Sacerdote pode chamar ministros extraordinários para ajudá-lo na distribuição da comunhão. Em caso de necessidade, o Sacerdote pode delegar fiéis idôneos para o caso particular.
Do ambão são proferidas somentes as leituras e o salmo responsorial; também se podem proferir a homilia e as intenções da oração dos fiéis. A dignidade do ambão exige que a ele suba somente o ministro da palavra.
Deverá haver um único ambão, ou seja, uma só mesa da Palavra de Deus. A tendência pe construí-lo do lado direito do Sacerdote. Trata-se de uma tendência não algo rígido. Do outro lado seria ocupado pelo comentarista, que não sobe no ambão, mas pode ter uma estante móvel.
A cruz do Altar como uma cruz processional, sejam ornadas com a imagem de Cristo crucificado.
Quanto à função de servir ao Sacerdote junto ao altar, observem-se as disposições emanadas pelo Bispo da diocese, que poderão ser meninos ou meninas, rapazes e moças, homens e mulheres.
A homilia, via de regra, é proferida pelo próprio Sacerdote celebrante ou é por ele delegada a um Sacerdote concelebrante ou, ocasionalmente, a um Diácono, bispo ou presbítero; nunca, porém a um leigo ou seminarista.
A purificação dos vasos sagrados, é restrita aos ministros ordenados e ao acólito do Sacerdote.
Os MECEs, quando solicitados, não se aproximam do altar senão depois da comunhão do Sacerdote, e sempre recebem a âmbula da mão do Sacerdote.
Os ministros leigos não são impedidos de buscar, se necessário, alguma âmbula no tabernáculo após a saudação da paz. Neste caso, os ministros depositam a âmbula sobre o altar e se retiram um pouco para o seu lugar.
Os principais momentos de silêncio na Missa, com seu sentido são: no ato penitencial, no convite à oração feita pelo Sacerdote, depois da leituras, depois da homilia e depois da comunhão.
Sobre a mesa do altar podem ser colocadas somente aquelas coisas que se requerem para a celebração da Missa.
Durante a proclamação do Evangelho, os presentes voltam-se para o ambão, manifestando uma especial reverência ao Evangelho de Cristo.
Em dias mais solenes, podem ser usadas vestes sagradas festivas ou nobres, mesmo que não previstas pela Liturgia, portanto, suplementares.
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