Como Português é uma disciplina que sempre é cobrada nos concursos, é preciso estar atento a esse assunto, principalmente no que diz respeito à Morfologia, parte da gramática que estuda a estrutura (radical, prefixo, sufixo, tema, desinência, vogal / consoante de ligação, vogal temática), a formação (composição, derivação, hibridismo, onomatopeia, abreviação, palavra-valise, sigla, neologismo, estrangeirismo), a classificação, as flexões e o emprego das palavras!
A gramática se divide em 5 partes:
Em sua divisão tradicional, temos 5 partes:
fonologia - estuda os fonemas e os sons da língua e as sílabas que esses fonemas formam. Fazem parte da fonologia a ortoépia (estudo da articulação correta dos grupos vocábulos e dos fonemas consonantais), a prosódia (estudo da correta acentuação tônica das palavras) e a ortografia (estudo da forma escrita das palavras)
morfologia - estuda as palavras e os elementos que as constituem, isoladamente. Analisa a estrutura, os processos de formação, os mecanismos de flexão e o emprego das palavras, além de dividi-las em classes gramaticais
sintaxe - estuda as formas de relacionamento entre palavras e orações. Divide-se em sintaxe das funções, que se subdivide em duas: análise sintática interna ou análise sintática do período simples, que estuda os termos da oração e análise sintática externa ou análise sintática do período composto, que estuda as orações propriamente ditas, e sintaxe das relações, que se subdivide em seis: funções do que, se e como, regência, colocação pronominal, concordância, pontuação e crase.
semântica - estuda o significado e o sentido das palavras, expressões e enunciados que formam os textos, além da grafia de algumas palavras e expressões. Pode ser descritiva, também chamada de sincrônica (estuda a significação atual) ou histórica, também chamada de diacrônica (ocupa-se com a evolução do sentido, através do tempo)
estilística - estuda o uso da linguagem como forma de exteriorizar dados emotivos e estéticos, com foco nas figuras de linguagem, vícios de linguagem, funções da linguagem, elementos da comunicação, tipos de discurso e versificação
Se você está estudando Português para concursos, deve saber que a Morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes gramaticais. Cada uma delas apresenta características próprias.
As classes gramaticais são divididas em variáveis e invariáveis.
As classes gramaticais variáveis são:
Substantivo: nomeiam seres, coisas e ideias. Exemplo: João, fogo, amor, beleza.
Verbo: indicam ação, estado, mudança de estado ou fenômeno da natureza. Exemplo: Anoitece, cresceu, vive.
Adjetivo: modificam o substantivo; atribuindo-lhe um estado, característica ou qualidade. Exemplo: Cachorro livre.
Artigo: precedem o substantivo, ao mesmo tempo determinam-o ou generalizam-o. Exemplo: o amor, uma saudade.
Numeral: indica a quantidade, ordem, multiplicação ou divisão da quantidade de seres, coisas, ideias. Exemplo: Três coisas.
Pronome: substituem, retomam ou acompanham o substantivo, limitando sua significação. Exemplo: Aquela casa.
Variam em:
gênero, número e grau - substantivos e adjetivos. Alguns advérbios apresentam variação de grau
gênero e número - artigos e numerais. Alguns numerais apresentam, na linguagem informal e literária, variação de grau.
gênero, número e pessoa - pronomes
número, pessoa, tempo, modo e voz - verbos
As classes gramaticais invariáveis são:
Advérbio: modificam o verbo, o adjetivo ou outro advérbio e até mesmo uma oração inteira, exprimindo uma circunstância. Exemplo: Levanto tarde.
Preposição: ligam termos de uma oração, estabelecendo variadas relações entre eles. Exemplo: Filme de ação.
Conjunção: ligam termos de mesma função ou orações, estabelecendo variadas relações entre elas. Exemplo: Pare e pense.
Interjeição: exprimem emoções ou sentimentos. Exemplo: Nossa!
O que você encontrará aqui:
Classes gramaticais variáveis
1. Substantivo
Substantivo Comum e Substantivo Próprio
Substantivos Simples e Substantivos Compostos
Flexão dos Substantivos Simples
Substantivo Concreto e Substantivo Abstrato
Coisas Fictícias
Exemplos de Substantivos Primitivos e Derivados
2. Verbo
Estrutura do Verbo
Radical
Vogal Temática
Desinências
Flexões do Verbo
Formas Nominais
Infinitivo Pessoal e Impessoal
Particípio
Gerúndio
Classificação dos Verbos
3. Adjetivo
Tipos de Adjetivos
Gênero dos Adjetivos
Número dos Adjetivos
Grau dos Adjetivos
Grau Comparativo
Grau Superlativo
Adjetivos Pátrios
Locução Adjetiva
4. Artigo
Artigo Definido
Artigo Indefinido
Características do Artigo
5. Numeral
Características do Numeral
6. Pronome
Classificação dos pronomes
Pronomes Pessoais
Pronomes Possessivos
Pronomes Demonstrativos
Pronomes Indefinidos
Pronomes Interrogativos
Pronomes de Tratamento
Pronomes Relativos
Pronomes Reflexivos e Recíprocos
Classes gramaticais invariáveis
1. Advérbio
Classificação dos Advérbios
Combinação de advérbios
Locução Adverbial
Adjetivos Adverbializados
Palavras e Locuções Denotativas
Advérbios Interrogativos
Flexão dos Advérbios
Grau Comparativo
Grau Superlativo
2. Preposição
Classificação das Preposições
Locuções Prepositivas
Combinação, Contração e Crase
Acúmulo de preposições
3. Conjunção
Coordenadas
Subordinadas
Classificação das conjunções coordenadas
Classificação das conjunções subordinadas
Locuções conjuntivas
4.Interjeição
Interjeições comuns
Locução Interjetiva
ClassesClasses gramaticais variáveis
1. Substantivo
É a palavra que usamos para nomear os seres em geral e que pode ser sempre precedida por um artigo. Nomeia seres reais ou fictícios, coisas, ideias.
Os substantivos são classificados como: simples, compostos, primitivos e derivados (quanto à forma) / comuns, próprios, concretos, abstratos e coletivos (quanto à significação).
Substantivos Comuns: designam uma espécie. Exemplo: aluno, cidade, rio.
Substantivos Próprios: individualizam os seres, especificam. Exemplo: André, Recife, Amazonas.
Substantivo Simples: Os substantivos simples são formados por apenas uma palavra. Exemplo: casa, carro, camiseta.
Substantivo Composto: O substantivo composto é formado por mais de uma palavra. Exemplo: guarda-chuva, guarda-roupa.
Substantivos Concretos: designam seres reais ou fictícios, materiais ou espirituais que tenham existência independente. Exemplo: livro, Deus, criança, fada.
Substantivos Abstratos: designam qualidades, ações, estados, sensações e sentimentos, que dependem de outro ser para existir. Exemplo: beleza, viagem, morte, frio, amor.
Substantivos Primitivos: são aqueles que dão origem a outras palavras. Exemplo: casa, folha.
Substantivos Derivados: são aquelas palavras que derivam de outras, por exemplo, casarão (derivado de casa) e folhagem (derivado de folha).
Substantivos Coletivos: exprimem coleção de seres. Mesmo na forma singular, traduzem ideia de pluralidade. Exemplo: bando, elenco, dúzia, batalhão, atlas, alcateia.
SubstantivoSubstantivo Comum e Substantivo Próprio
A mulher não entrou no banco porque esqueceu o cartão.
Carol não entrou no banco porque esqueceu o cartão.
Note que nos exemplos acima, há duas palavras que representam “mulher”, porém o que as distingue é justamente a particularização de uma delas (fato que ocorre com a nomeação).
No primeiro exemplo temos um substantivo comum, de forma que a palavra “mulher” designa seres da mesma espécie, ou seja, não está especificada. No segundo exemplo, a mulher é a Carol, portanto é um substantivo próprio, grafado com letra maiúscula.
A cidade amanheceu cinza.
São Paulo amanheceu cinza.
Nos exemplos acima temos substantivos comuns e substantivos próprios. São Paulo é a especificação da cidade, logo, é um substantivo próprio e seu termo genérico, “cidade”, um substantivo comum. Ou seja, quando se especifica, o substantivo comum torna-se próprio e passa a ser grafado com letra maiúscula.
Substantivos Simples e Substantivos Compostos
Os substantivos compostos, ao contrário dos substantivos simples, são aqueles formados por duas ou mais palavras, por exemplo: guarda-sol, guarda-roupa, etc.
Flexão dos Substantivos Simples
É importante destacar que os substantivos são classes gramaticais flexionadas em gênero (feminino e masculino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo).
Flexão de Gênero
a) Substantivos Biformes: apresentam duas formas, ou seja, uma feminina e outra masculina, por exemplo: menino – menina
b) Substantivos Heterônimos: apresentam formas para ambos os gêneros, porém com radicais distintos, por exemplo: mulher – homem
c) Substantivos Uniformes: apresentam somente uma forma para ambos os gêneros e são classificados em:
d) Comum de dois: apresenta uma forma para ambos os gêneros, diferenciada somente pelo artigo ou outro determinante, por exemplo: o estudante – a estudante.
e) Sobrecomum: apresenta uma forma e um determinante (masculino ou feminino) para ambos os gêneros, por exemplo: a criança; o indivíduo; a pessoa; o gênio.
f) Epiceno: utilizado para distinguir os animais (macho ou fêmea), os epicenos apresentam uma forma e um artigo (masculino ou feminino) para ambos os gêneros, por exemplo: a piranha (macho ou fêmea)
Flexão de Número
a) Singular: indica um ser, coisa, objeto, por exemplo: casa, criança, voz.
b) Plural: indica dois ou mais seres, coisas, objetos, por exemplo: casas, crianças, vozes.
Note que alguns substantivos, por convenção do idioma, são empregados somente no plural, por exemplo: costas, férias, óculos, trevas, núpcias, pêsames, parabéns, dentre outros.
A formação do plural para os substantivos simples é baseada nas seguintes regras gramaticais, quando:
Terminados em vogal e ditongo oral, há acréscimo de s, por exemplo: chapéu – chapéus; sofá – sofás; bola – bolas.
Terminados em n, há acréscimo de s ou es, por exemplo: cânon – cânones; hífen – hifens ou hífenes; pólen – polens ou pólenes.
Terminados em m, há acréscimo de ns, por exemplo: álbum – álbuns; homem – homens; item – itens.
Terminados em r e z, há acréscimo de es, por exemplo: sonar – sonares; raiz – raízes; sênior – seniores.
Terminados em al, el, ol, ul, troca-se o l por is (há exceções, por exemplo: mal e males, cônsul e cônsules). Alguns exemplos: quintal – quintais; hotel – hotéis; farol – faróis.
Terminados em il fazem o plural de duas maneiras:
Oxítonos em is, por exemplo: canil – canis; barril – barris;
Paroxítonos em eis, por exemplo: míssil – mísseis; fóssil – fósseis.
Terminados em s fazem o plural de duas maneiras:
Monossilábicos ou Oxítonos mediante o acréscimo de es, por exemplo: ás – ases; retrós – retroses;
Paroxítonos ou Proparoxítonos permanecem invariáveis, por exemplo: o ônibus – os ônibus; o lápis – os lápis.
Terminados em ão fazem o plural de três maneiras:
substituindo o -ão por -ões, por exemplo: falcão – falcões;
substituindo o -ão por -ães, por exemplo: escrivão – escrivães;
substituindo o -ão por -ãos, por exemplo: cidadãos – cidadãos.
Por questões históricas, alguns admitem mais de uma forma: cirurgião - cirurgiões / cirurgiães; vilão - vilões / vilãos / vilães.
Terminados em x ficam invariáveis, por exemplo: o látex – os látex; o tórax – os tórax.
Flexão de Grau
O Grau está relacionado ao tamanho das coisas e dos seres sendo classificados em grau aumentativo e grau diminutivo, de forma que são constituídos através de dois processos:
Analítico: acréscimo de outra palavra, por exemplo: menino grande, menino pequeno.
Sintético: acréscimo de sufixo ou prefixo, por exemplo: menino – menininho (diminutivo); meninão (aumentativo); supermercado, hipermercado, megaevento, minidicionário, microempresário.
Substantivo Concreto e Substantivo Abstrato
Ao contrário dos substantivos concretos, o substantivo abstrato é um tipo de substantivo que depende de outro para se manifestar. São termos que nomeiam ações, estados e qualidades, os quais necessitam estar atribuídos a outros, por exemplo felicidade e beleza.
É importante ressaltar que, segundo o contexto em que são empregadas as palavras, o mesmo substantivo pode ser concreto ou abstrato.
Exemplos:
A venda de roupas está aumentando com a chegada do Natal.
Na venda do seu Joaquim tem frutas, legumes e verduras.
Note que no primeiro exemplo, a palavra “venda” depende da palavra “roupas” para existir, por isso trata-se de um substantivo abstrato. Por outro lado, no segundo exemplo, a palavra “venda” representa uma loja, uma mercearia e, portanto, nesse caso, designa um substantivo concreto.
A aliança entre as nações favoreceu a adesão aos acordos internacionais.
Ganhou uma aliança de ouro branco da namorada.
O exemplo acima apresenta a mesma palavra em contextos distintos. No primeiro exemplo, a “aliança” depende das “nações” para existir, portanto designa um substantivo abstrato. Já no segundo exemplo, a palavra “aliança” designa um objeto e, portanto, não depende de outra coisa para existir. Assim, trata-se de um substantivo concreto.
Coisas Fictícias
Também são substantivos concretos as palavras que designam seres fictícios. São aqueles termos que possuem uma representação ou um conceito conhecido por todos, por exemplo: fadas, duendes, papai noel, bruxas, vampiros, entre outros.
Exemplos de Substantivos Primitivos e Derivados
A casa da Mariana ficou pronta este ano. Mário viveu durante dez anos num casarão.
O livro de Tomás ficou molhado com a chuva. A livraria do centro é a mais conhecida da cidade.
A folha da árvore ressecou com o inseticida. A folhagem dessa planta está cada dia maior.
Resolveu colocar pedras no jardim. Aquele pedreiro construiu grande parte da nossa casa.
Recebeu a carta do pai na noite de natal. O carteiro não passou naquele dia.
A partir dos exemplos acima podemos distinguir dois tipos de substantivos: os primitivos e os derivados. As palavras que não são originárias de outras são consideradas substantivos primitivos, nesses casos: “casa”, “livro”, “folha”, “pedra”, “carta”.
Por sua vez, as palavras “casarão”, “livraria”, “folhagem”, “pedreiro”, “carteiro”, derivam de outras e, portanto, são chamadas de substantivos derivados.
Siga o Instagram EduQC Concursos2. Verbo
O verbo é a classe de palavras que exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno da natureza e possui inúmeras flexões, de modo que a sua conjugação é feita mediante as variações de pessoa, número, tempo, modo e voz.
Estrutura do Verbo
O verbo é formado por três elementos: radical, vogal temática e desinências.
Radical
O radical é a base. Nele está expresso o significado do verbo. Exemplos: DISSERT- (dissert-ar), ESCLAREC- (esclarec-er), CONTRIBU- (contribu-ir).
Vogal Temática
A vogal temática se une ao radical para receber as desinências e, assim, conjugar os verbos. O resultado dessa união chama-se tema.
Tema = radical + vogal temática.
Exemplos: DISSERTA- (disserta-r), ESCLARECE- (esclarece-r), CONTRIBUI- (contribui-r).
A vogal temática indica a qual conjugação o verbo pertence:
1.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é A: argumentar, dançar, sambar.
2.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é E e O: escrever, ter, supor.
3.ª conjugação abrange os verbos cuja vogal temática é I: emitir, evoluir, ir.
Desinências
As desinências são os elementos que junto com o radical promovem as conjugações. Elas podem ser:
Desinências modo-temporais quando indicam os modos e os tempos.
Desinências número-pessoais quando indicam os números e as pessoas.
Exemplos:
Dissertávamos (va– desinência de tempo pretérito do modo indicativo), (mos– desinência de 1.ª pessoa do plural)
Esclarecerei (re– desinência de tempo futuro do modo indicativo), (i– desinência de 1.ª pessoa do singular)
Contribuamos (a– desinência de modo presente do modo subjuntivo), (mos– desinência de 1.ª pessoa do plural)
Flexões do Verbo
Para conjugarmos os verbos, é necessário levar em conta as flexões de Pessoa, Número, Tempo, Modo, Voz.
Pessoa: Indica as três pessoas relacionadas ao discurso, representadas tanto no modo singular, quanto no plural. 1.ª (eu, nós - falante); 2.ª (tu, vós - interlocutor) e 3.ª (ele, eles - referente)
Número: Representa a forma pela qual o verbo se refere a essas pessoas gramaticais. Singular (eu, tu, ele) e Plural (nós, vós, eles)
Exemplos (Singular): Eu quero estudar; Tu andas muito apressada; Ele é empático.
Exemplos (Plural): Nós chegamos tarde; Vós estais com sede; Eles são educados.
Os verbos são devidamente flexionados de acordo com a pessoa do discurso.
Tempo: Relaciona-se ao momento expresso pela ação verbal, denotando a ideia de um processo ora concluído, em fase de conclusão ou que ainda está para concluir, representado pelo tempo presente, pretérito e futuro.
Modo: Revela a circunstância em que o fato verbal ocorre. Assim expresso:
-Modo indicativo – exprime uma certeza, convicção. Tem seis tempos simples: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito, e quatro tempos compostos: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente e futuro do pretérito.
-Modo subjuntivo – exprime uma incerteza, dúvida, condição, hipótese. Tem três tempos simples: presente, pretérito imperfeito e futuro, e três tempos compostos: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito e futuro.
-Modo imperativo – exprime uma ordem, pedido, conselho, súplica, convite, recomendação. É indeterminado em tempo, mas possui uma forma afirmativa e outra negativa.
Voz: A voz verbal caracteriza a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, classificada em Voz Ativa, Voz Passiva e Voz Reflexiva.
-Voz ativa – o sujeito pratica a ação expressa pelo verbo. Exemplo: Os professores aplicaram as provas.
-Voz passiva – o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo. Exemplo: As provas foram aplicadas pelos professores.
-Voz reflexiva propriamente dita – o sujeito, de forma simultânea, pratica e recebe a ação expressa pelo verbo. Exemplo: A moça feriu-se com a faca.
-Voz reflexiva recíproca – representa uma ação mútua entre os elementos expressos pelo sujeito. Exemplo: Os trabalhadores cumprimentaram-se respeitosamente.
Existe uma sexta flexão presente nos verbos, a flexão quanto ao aspecto, considerada secundária, associada diretamente ao sentido expresso pelo verbo, caracterizando o momento em que a ação é apresentada (início, meio ou fim).
Aumentativo - ideia de aumento, exagero: esbravejar (de bravejar)
Diminutivo - há noção de diminuição, redução: bebericar (de beber)
Iterativo (ou frequentativo) - indica repetição frequente do processo: pestanejar, clarear etc.
Incoativo (ou inceptivo) - indica início de ação ou processo: iniciar, nascer, amanhecer etc.
Conclusivo (ou cessativo) - indica término de ação ou processo: parar, chegar, terminar, interromper, acabar, concluir etc.
Imitativo (ou onomatopaico) - indica ação própria dos nomes de que derivam: engatinhar (de gato)
Verbos
Formas Nominais
As formas nominais são: Infinitivo, Particípio e Gerúndio:
Infinitivo Pessoal e Impessoal
O infinitivo não tem valor temporal ou modal. Ele é pessoal quando tem sujeito e é impessoal quando, por sua vez, não tem sujeito. Exemplos:
O gerente da loja disse para irem embora. (infinitivo pessoal)
Cantar é maravilhoso! (infinitivo impessoal)
Particípio
O particípio é empregado como indicador de ação finalizada, na formação de tempos compostos ou como adjetivo. Exemplos:
Feito o trabalho, vamos descansar!
A Ana já tinha falado sobre esse tema.
Calados, os filhos ouviram o sermão dos pais.
Gerúndio
O gerúndio é empregado como adjetivo ou como advérbio. Exemplos:
Encontrei João correndo.
Cantando, terminaremos depressa.
Flexão de tempo x Flexão de modo
Modo indicativo
Modo subjuntivo
Modo imperativo e formas nominais
Classificação dos Verbos
Os verbos são classificados da seguinte forma:
Verbos Regulares – Não têm o seu radical alterado. Exemplos: falar, torcer, tossir.
Verbos Irregulares – Nos verbos irregulares, por sua vez, o radical é alterado. Exemplos: dar, caber, medir. Quando as alterações são profundas, eles são chamados de Verbos Anômalos; é o caso dos verbos ser e vir.
Verbos Defectivos – Os verbos defectivos são aqueles que não são conjugados em todas as pessoas, tempos e modos. Eles podem ser de três tipos:
Impessoais – Quando os verbos indicam, especialmente, fenômenos da natureza (não tem sujeito) e são conjugados na terceira pessoa do singular, são verbos impessoais. Exemplos: chover, trovejar, ventar. Outros verbos impessoais são o verbo haver (nos sentidos de existir, acontecer e realizar-se), o verbo haver, fazer e estar (no sentido de tempo decorrido e temperatura), o verbo ser (na indicação de hora, data e distância) e os verbos bastar, chegar e passar, seguidos da preposição de, indicando suficiência ou tempo.
Unipessoais – Quando os verbos indicam vozes dos animais e são conjugados na terceira pessoa do singular ou do plural, são verbos unipessoais. Exemplos: ladrar, miar, surtir. Outros verbos unipessoais são os que indicam acontecimento, necessidade ou conveniência. Exemplos: acontecer, convir, suceder, ocorrer, urgir, cumprir, importar, custar, doer, aprazer, parecer, ser (preciso, necessário).
Pessoais – Quando os verbos têm sujeito, mas não são conjugados em todas as pessoas, são verbos pessoais. Exemplos: adequar, precaver, abolir, demolir, colorir, extorquir, explodir, ressarcir, viger, computar, imergir, falir, reaver.
Verbos Abundantes – Os verbos abundantes são aqueles que abundam, isto é, aceitam duas ou mais formas. É comum ocorrer no Particípio. Exemplos: aceitado e aceito, inserido e inserto, segurado e seguro. Há casos de abundância em outras formas: haver (havemos e hemos / haveis e heis), ir (vamos e imos), construir (constróis / construis, constrói / construi), destruir (destróis / destruis, destrói / destrui), entupir (entopes / entupes, entope / entupe), apiedar-se (apiedo-me / apiado-me, apieda-se / apiada-se).
3. Adjetivo
Adjetivo é a classe de palavras encarregada de atribuir características aos substantivos, ou seja, indicar suas qualidades e estados. Eles são termos que variam em gênero (feminino e masculino), número (singular e plural) e grau (comparativo e superlativo).
Tipos de Adjetivos
Adjetivo Simples – apresenta somente um radical. Exemplos: pobre, magro, triste.
Adjetivo Composto – apresenta mais de um radical. Exemplos: luso-brasileiro, superinteressante.
Adjetivo Primitivo – palavra que dá origem a outros adjetivos. Exemplos: bom, alegre, puro.
Adjetivo Derivado – palavras que derivam de substantivos ou verbos. Exemplos: escultor (verbo esculpir), formoso (substantivo formosura).
Incluem-se nessa lista os adjetivos explicativos, que expressam uma qualidade essencial, inerente ao ser, e os restritivos, que expressam uma qualidade acidental, não própria do ser, os adjetivos de valor objetivo, que apresentam valor neutro e os de valor subjetivo, que apresentam valor emotivo.
Gênero dos Adjetivos
– Adjetivos Uniformes – apresentam uma forma para os dois gêneros (feminino e masculino). Exemplo: feliz.
– Adjetivos Biformes – a forma varia conforme o gênero (masculino e feminino). Exemplo: carinhoso, carinhosa.
Número dos Adjetivos
Os adjetivos podem estar no singular ou no plural, concordando com o número do substantivo a que se referem. Assim, a sua formação se assemelha à dos substantivos.
O plural dos adjetivos compostos é feito da seguinte forma:
Apenas o segundo elemento é flexionado, no caso de adjetivos compostos formados por dois adjetivos. Exemplos:
Pacto socioeconômico e causa socioeconômica (flexão de gênero)
Escola anglo-americana e escolas anglo-americanas (flexão de número)
*Exceção: meninos surdos-mudos.
Os adjetivos compostos em que o segundo elemento é um substantivo são invariáveis em gênero e número. Exemplos:
Vestido verde-alface e Camisa verde-alface (flexão de gênero)
Tinta amarelo-ouro e tintas amarelo-ouro (flexão de número)
Grau dos Adjetivos
Quanto ao grau, os adjetivos são classificados em comparativo (utilizado para comparar qualidades) e superlativo (utilizado para intensificar qualidades).
Grau Comparativo
Comparativo de Igualdade: O professor de matemática é tão bom quanto o de geografia.
Comparativo de Superioridade: Marta é mais habilidosa do que a Patrícia.
Comparativo de Inferioridade: João é menos feliz que Pablo.
Grau Superlativo
Superlativo Absoluto:
Analítico: A moça é extremamente organizada.
Sintético: Luiz é inteligentíssimo.
Superlativo Relativo de:
Superioridade – A menina é a mais inteligente da turma.
Inferioridade – O garoto é o menos esperto da classe.
Adjetivos Pátrios
Chamados também de “adjetivos gentílicos“, os adjetivos pátrios indicam o local de origem ou nacionalidade da pessoa, por exemplo: brasileiro, carioca, paulista, europeu, espanhol.
Enquanto os adjetivos pátrios se referem a continentes, países, regiões, estados, cidades etc., os adjetivos gentílicos se referem somente a raças e povos.
Locução Adjetiva
A locução adjetiva é o conjunto de duas ou mais palavras que possuem valor de adjetivo. Exemplos:
Amor de mãe – Amor maternal
Doença de boca – Doença bucal
Carne de boi – Carne bovina
Festas de junho – Festas juninas
Adjetivos4. Artigo
É a palavra que antecede o substantivo, determinando seu número (singular ou plural) e seu gênero (feminino ou masculino). Os artigos são classificados em:
Artigos definidos: palavras que determinam o substantivo de forma precisa, especifica-o.
Artigos indefinidos: termos que indicam o substantivo de forma imprecisa, genérica, ao invés de especificar.
Artigo Definido
Os artigos definidos, como o próprio nome indica, definem ou individualizam os substantivos, seja uma pessoa, objeto ou lugar. São eles:
A – feminino (gênero), singular (número)
O – masculino (gênero), singular (número)
As – feminino (gênero), plural (número)
Os – masculino (gênero), plural (número)
Exemplos:
O rapaz saiu para almoçar.
Compramos a câmera que desejávamos.
Pablo viajou com os amigos.
Ana comeu as encomendas.
Artigo Indefinido
Os artigos indefinidos indicam de maneira vaga, indeterminada ou imprecisa, uma pessoa, objeto ou lugar ao qual não se fez menção anterior no texto. São eles:
Um – masculino (gênero), singular (número).
Uma – feminino (gênero), singular (número).
Uns – masculino (gênero), plural (número).
Umas – feminino (gênero), plural (número).
Exemplos:
Um dia sairemos dessa cidade.
Uma vez passamos pela cidade dela.
Pedro não quis sair com uns colegas de trabalho.
Eu quero comprar umas pinturas para essa casa.
Características dos Artigos
Os artigos sempre devem concordar com substantivo em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural).
a menina – as meninas;
o garoto – os garotos;
um mês – uns meses;
uma mesa – umas mesas.
Os artigos podem ser combinados com preposições.
ao/aos (a+ o/os)
à/às (a+ a/as)
da/das (de+ a/as)
do/dos (de+ o/os)
na/nas (em+ a/as)
no/nos (em+ o/os)
num/nuns (em+ um/uns)
numa/numas (em+uma/umas)
dum/duns (de+ um/uns)
duma/dumas (de+ uma/umas)
Os artigos podem substantivar qualquer palavra, ou seja, transformar qualquer palavra em substantivo, independente de sua classe gramatical, observando-se apenas a sua posição na frase. Exemplo: O caminhar de Guto é lento. O amarelo nos olhos pode indicar doença.
Acima, temos um verbo e um adjetivo sendo substantivados pelos artigos.
Os artigos definidos são usados para determinar, especificar, com isso, podem ser empregados de forma que abranjam um conjunto de seres, objetos, etc., ainda que sejam empregados no singular.
Exemplo: A laranja é rica em vitamina C. (Ainda que no singular, a ideia é fazer referência a todas as laranjas).
Artigos5. Numeral
É a classe de palavra variável (flexionadas em número e gênero) encarregada de determinar a quantidade de pessoas, objetos, coisas ou o lugar ocupado numa dada sequência. O numeral pode ser cardinal, ordinal, fracionário, coletivo, multiplicativo.
Cardinais: São os números nas suas formas básicas (1,2,3..10…25…145,146…). Alguns deles variam em gênero: um-uma, dois-duas, ambos-ambas, duzentos-duzentas, quinhentos-quinhentas. Alguns também variam em número: milhão-milhões, bilhão-bilhões.
Ordinais: São os numerais que indicam uma sequência, ou seja, representam uma ordem de sequência, série. Exemplos: primeiro, segundo, terceira, décimo, etc. Além disso, alguns ordinais possuem o valor de adjetivo. São palavras que possuem variação em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural). Exemplo: primeiro / primeira / primeiros / primeiras; quinto / quinta / quintos / quintas.
Fracionários: Indicam a diminuição das proporções numéricas, ou seja, representam uma parte de um todo, uma fração, por exemplo, ¼ (lê-se: um quarto, um sobre quatro), ½ (lê-se: meio ou metade, um sobre dois). Variam em gênero e número conforme o cardinal que o antecede.
Coletivos: Fazem referência a um conjunto de seres, por exemplo, dúzia (conjunto de 12), dezena (conjunto de 10), centena (conjunto de 100), semestre (conjunto de 6), bimestre (conjunto de 2). Os números coletivos sofrem a flexão de número (singular e plural): dúzia-dúzias, dezena-dezenas, centenas-centenas.
Multiplicativos: Determina o aumento da quantidade por meio de múltiplos, por exemplo, dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, etc. São invariáveis com valor de substantivo, mas variáveis em gênero e número com valor de adjetivo. Dessa forma, de acordo com sua função, os numerais podem apresentar valor de substantivo ou adjetivo, sendo classificados em:
Numerais substantivos: podem substituir outros substantivos. Exemplo: O sete é um número cabalístico.
Numerais adjetivos: modificam o substantivo, indicando valor adjetivo. Exemplo: As duas irmãs saíram juntas.
Numeral6. Pronome
É a classe de palavras que reúne unidades em número limitado e que se refere a um significado léxico pela situação ou por outras palavras do contexto. De modo geral, esta referência é feita a um objeto substantivo considerando-o apenas como pessoa localizada do discurso.
Os pronomes podem ser: pessoais (incluindo os reflexivos e recíprocos), possessivos, demonstrativos (abarcando o artigo definido), indefinidos (abarcando o artigo indefinido), interrogativos e relativos.
Classificação dos pronomes
Pronomes Pessoais
São os pronomes que indicam as pessoas do discurso e são classificados em pronomes pessoais do caso reto e pronomes pessoais do caso oblíquo.
Pessoas do Verbo Pronomes do Caso Reto (sujeito ou predicativo) Pronomes do Caso Oblíquo (complemento ou adjunto)
1ª pessoa do singular eu me, mim, comigo
2ª pessoa do singular tu (você) te, ti, contigo
3ª pessoa do singular ele, ela o, a, lhe, se, si, consigo, ele, ela
1ª pessoa do plural nós nos, nós, conosco
2ª pessoa do plural vós (vocês) vos, vós, convosco
3ª pessoa do plural eles, elas os, as, lhes, se, si, consigo, eles, elas
Os pronomes oblíquos se dividem em átonos e tônicos.
Átonos: são os pronomes do caso oblíquo que não possuem preposição em sua formação: me, te, lhe, o, a, se, nos, vos, lhes, os, as, se.
Tônicos: são os pronomes do caso oblíquo que possuem preposição em sua formação: mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco, convosco.
Com isso, o uso desses pronomes dependerá da transitividade verbal, o que veremos em breve.
Observação: Se a preposição é com, dizemos comigo, contigo, consigo, conosco, convosco, e não: com mim, com ti, com si, com nós, com vós. No entanto, empregam-se com nós e com vós, quando estes pronomes tônicos vêm seguidos ou precedidos de: mesmos, próprios, todos, outros, ambos, numeral ou oração adjetiva, a fim de evidenciar o antecedente:
“Há um céu para nós outros na imortalidade das nossas obras terrenas”
Com vós todos ou com todos vós.
Com vós ambos ou com ambos vós.
Os pronomes oblíquos também podem ser reflexivo e recíproco.
Pronome oblíquo reflexivo – É o pronome oblíquo da mesma pessoa do pronome reto, significando a mim mesmo, a ti mesmo, etc.:
Eu me vesti rapidamente.
Nós nos vestimos.
Eles se vestiram.
Pronome oblíquo recíproco – É representado pelos pronomes nos, vos, se quando traduzem a ideia de um ao outro, reciprocamente:
Nós nos cumprimentamos (um ao outro).
Eles se abraçaram (um ao outro).
Pronomes Possessivos
São os pronomes que indicam posse as três pessoas do discurso e variam em gênero e número.
1ª pessoa (singular) meu minha meus minhas
2ª pessoa (singular) teu tua teus tuas
3ª pessoa (singular) seu sua seus suas
1ª pessoa (plural) nosso nossa nossos nossas
1ª pessoa (plural) vosso vossa vossos vossas
1ª pessoa (plural) seu sua seus suas
Dele, dela, deles, delas não são pronomes possessivos.
Pronomes Demonstrativos
São os pronomes que são utilizados para indicar algo. Reúnem palavras variáveis que indicam a posição dos seres em relação às pessoas.
Pronomes Demonstrativos Singular Plural
Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas
Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles
Pessoas do Verbo Pronomes Utilizados Localização do Elemento
Primeira pessoa este, esta, estes, estas, isto quando o elemento está com a pessoa que fala ou próximo dela
Segunda pessoa esse, essa, esses, essas, isso quando o elemento está com quem se fala
Terceira pessoa aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo quando o elemento está distante dos falantes
Exemplos:
Este livro (perto de quem fala)
Esse livro (perto de com quem se fala)
Aqueles livros (longe de ambas)
São pronomes demonstrativos também: o, mesmo, próprio, semelhante e tal.
Farei somente o que me pedir. (Farei somente aquilo que me pedir)
Ela não conseguirá fazer semelhante bolo. (Ela não conseguirá fazer aquele bolo)
Tais ações são imperdoáveis. (Essas ações são imperdoáveis)
Mesmo(s) e Próprio(s) são demonstrativos de reforço.
Você só gosta de fazer a mesma coisa.
Ele próprio procurou os documentos.
Esses pronomes também são usados em outras situações:
tempo: este - presente / esse - passado ou futuro próximo / aquele - passado muito distante
texto: este - refere-se ao que ainda vai ser citado / esse - refere-se ao que já foi citado
enumeração: este - retoma o último termo citado / aquele - retoma o primeiro termo citado. Todavia, se houver três ou mais termos a serem retomados, usam-se numerais.
PronomesPronomes Indefinidos
São aqueles que se aplicam a 3ª pessoa quando têm sentido vago ou exprimem quantidade indeterminada. Eles podem ser variáveis ou invariáveis. Seguem exemplos na tabela adiante:
Variáveis Invariáveis
nenhum, nenhuns, nenhuma, nenhumas ninguém
algum, alguns, algumas, algumas alguém
todo, todos, toda, todas tudo
outro, outros, outra, outras outrem
muito, muitos, muita, muitas nada
pouco, poucos, pouca, poucas cada
certo, certos, certa, certas algo
vário, vária, vários, várias, tanto, tanta, tantos, tantas, quanto, quantos, quanta, quantas, bastante, bastantes, qualquer, quaisquer –
Fulano, sicrano e beltrano são substantivos, e não pronomes indefinidos.
Algures, alhures e nenhures são advérbios de lugar, e não pronomes indefinidos.
Além disso, podem ser classificados como SUBSTANTIVOS ou ADJETIVOS.
Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lugar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.
Algo o incomoda?
Alguém pode me ajudar?
Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade aproximada.
Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem várias profissões.
Pronomes Interrogativos
São os pronomes que são empregados nas perguntas, diretas ou indiretas. São eles: Que, Quem, Qual Quanto.
Diga-me quem veio aqui.
– Que peça, senhor?
– Qual consideras melhor?
Não sei quantos vieram.
No lugar de “que”, podemos usar a forma enfática “o que”.
Que será feito? ou O que será feito?
Pronomes de Tratamento
Existem formas de tratamento indireto de 2.ª pessoa que flexionam o verbo para a 3.ª pessoa. São as chamadas formas pronominais de tratamento:
você, vocês (tratamento familiar, íntimo, informal)
o senhor, a senhora, madame, dona (tratamento cerimonioso, formal, respeitoso)
senhorita (moças solteiras)
Dom (membros da família imperial, nobres, monges beneditinos e dignitários da Igreja, seu feminino Dona se aplica às senhoras de qualquer classe social)
doutor (médicos, advogados, dentistas e concluintes do grau acadêmico de doutorado)
professor (docentes de qualquer grau de ensino)
Aos pronomes de tratamento pertencem as formas de reverência que consistem em nos dirigirmos às pessoas pelos seus atributos ou qualidades que ocupam:
Pronome Abreviatura Interlocutor
Vossa Alteza V.A.(singular) e V.V.A.A. (plural) para príncipes, duques, arquiduques
Vossa Eminência V. Ex.ª / V.Em.ªs para cardeais
Vossa Excelência V. Ex.ª/V. Ex.ªs para o Presidente da República (sempre por extenso), senadores, deputados, governadores, prefeitos, ministros, juízes, embaixadores e oficiais de patente superior à de coronel
Vossa Magnificência V. Mag.ª / V.Mag.ªs para reitores de universidades e outras instituições de ensino superior
Vossa Majestade V.M. / V.V.M.M. para reis, imperadores
Vossa Santidade V.S. para o Papa e o Dalai Lama
Vossa Onipotência Não existe para Deus
Vossa Reverendíssima V. Rev.m.ª/V. Rev.m.ªs para sacerdotes e religiosos em geral
Vossa Senhoria V. S.ª/V. S.ªs para oficiais até coronel, funcionários públicos graduados, pessoas de cerimônia. Muito usado nas cartas comerciais, requerimentos e ofícios
O substantivo gente, precedido do artigo a e em referência a um grupo de pessoas em que se inclui a que fala, ou a esta sozinha, passa a pronome e se emprega fora da linguagem cerimoniosa. Em ambos os casos o verbo fica na 3.ª pessoa do singular. Ex.: É verdade que a gente, às vezes, tem cá as suas birras.
Pronomes Relativos
São os que normalmente se referem a um termo anterior chamado antecedente. Sendo assim, ele desempenha dois papéis gramaticais: o de sua referência ao antecedente como pronome e o de função conectiva.
Invariáveis Variáveis
que o qual, os quais, a qual, as quais
quem cujo, cujos, cuja, cujas
quando quanto, quantos, quantas
como
onde
Quem se refere a pessoas ou coisas personificadas e sempre aparece precedido de preposição.
Que e o qual se referem a pessoas ou coisas.
Que e quem funcionam como pronomes substantivos.
O qual aparece como substantivo ou adjetivo
Onde, como pronome relativo, refere-se a lugar e pode ser substituído por em que
Exemplos:
As pessoas de quem falas não vieram.
O ônibus que esperamos está atrasado.
Não são poucas as alunas que faltaram.
Este é o assunto sobre o qual falará o professor.
Não vi o menino, o qual menino os colegas procuram.
A casa onde moro é espaçosa
Eu sou o freguês que chega por último
Cujo, possui função adjetiva, apresenta, em geral, antecedente e consequente expressos e exprime que o antecedente é possuidor do ser indicado pelo substantivo a que se refere, ou seja, o antecedente é possuidor do consequente.
Ali vai o homem cujo carro comprei. (O carro do homem)
Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas. (As folhas do caderno)
Quanto tem por antecedente um pronome indefinido (tudo, todo, todos, todas, tanto, tantos, tantas)
Esqueça-se de tudo quanto lhe disse.
Farei tantas exigências quantas forem necessárias.
Quando pode ser utilizado como pronome relativo na indicação de tempo e pode ser substituído por em que
É a hora quando eu consigo parar para pensar.
Como é uma outra palavra que também pode ser utilizada fazendo as vezes de pronome relativo e pode ser substituído por pelo qual, vem precedido das palavras modo, maneira, forma e jeito
Não me parece correto o modo como você fala comigo.
Que, quem, onde, como, quando e quanto podem ou não ser relativos.
Cujo e o qual são sempre relativos.
Classes gramaticais invariáveis
1. Advérbio
É a expressão modificadora que por si só denota uma circunstância. Os advérbios flexionam em grau (comparativo e superlativo).
Eles se referem a um verbo, a um adjetivo, a outro advérbio ou, até mesmo, a uma oração inteira, expressando a opinião de quem fala. Numa oração, ele desempenha a função de adjunto adverbial.
João escreve bem (advérbio em referência ao verbo).
João é muito bom escritor (advérbio em referência ao adjetivo bom).
João escreve muito bem (advérbio em referência ao advérbio bem).
Felizmente João chegou (advérbio em referência a toda a oração: João chegou; o advérbio deste tipo geralmente exprime um juízo pessoal de quem fala.
Classificação dos Advérbios
Seguem as principais classificações:
Advérbio de Modo: Bem, mal, assim, melhor, pior, depressa, devagar e grande parte das palavras que terminam em “-mente”: cuidadosamente, calmamente, tristemente, entre outros. Exemplos:
– Fui bem nas questões.
– Estava andando depressa por causa do temporal.
Advérbio de Intensidade: Muito, demais, pouco, tão, quão, demasiado, bastante, imenso, demais, mais, menos, quanto, quase, tanto, tudo, nada, todo, meio. Exemplos:
– Comeu demasiado no jantar.
– Ela gosta bastante de jogar futebol.
Advérbio de Lugar: Aí, aqui, acolá, cá, lá, ali, adiante, abaixo, embaixo, acima, adentro, dentro, afora, fora, defronte, atrás, detrás , atrás, além, aquém, antes, aonde, longe, perto. Exemplos:
– Minha casa é ali.
– O livro está embaixo da cama.
Advérbio de Tempo: Hoje, já, afinal, logo, agora, amanhã, amiúde, antes, ontem, tarde, breve, cedo, depois, enfim, entrementes, ainda, jamais, nunca, sempre, outrora, primeiramente, imediatamente, antigamente, provisoriamente, sucessivamente, constantemente. Exemplos:
– Ontem estivemos numa reunião de trabalho.
– Sempre estamos juntos.
Advérbio de Negação: Não, nem, absolutamente, tampouco, nunca, jamais. Exemplos:
– Jamais voltarei ao estabelecimento dele.
– Não saiu de casa o dia todo.
Advérbio de Afirmação: Sim, deveras, indubitavelmente, decididamente, certamente, realmente, decerto, certo, efetivamente, seguramente. Exemplos:
– Certamente viajarei em dezembro..
– Ele gostou deveras dos países que visitou.
Advérbio de Dúvida: Possivelmente, provavelmente, acaso, porventura, quiçá, será, talvez, eventualmente. Exemplos:
– Provavelmente irei ao banco.
– Quiçá chova hoje.
AdvérbiosCombinação de advérbios
Advérbios de tempo e lugar enfatizam melhor a sua função mediante o emprego de uma preposição:
Por agora, estão encerrados os trabalhos.
Até então os telefones não funcionavam.
Desde cedo já havia compradores de ingresso.
De longe já se viam as chamas.
Por aqui se pode entrar na cidade.
As crianças de hoje contam com mais divertimentos.
Eles sempre se apresentam com as promessas de sempre.
Locução Adverbial
O grupo geralmente constituído de preposição + substantivo (claro ou subentendido) tem o valor e o emprego de advérbio.
A preposição, funcionando como conectivo, prepara o substantivo para exercer uma função que primariamente não lhe é própria. Exemplos: com efeito, de graça, às vezes, em silêncio, por prazer, sem dúvida, etc
Na constituição das locuções adverbiais, o substantivo que nelas entra pode estar no masculino ou no feminino e no singular ou no plural, segundo as normas fixadas pela tradição. Outras vezes o substantivo vem com acompanhante e pode ocorrer até a omissão do substantivo, em expressões fixas:
Exemplos: na verdade, de nenhum modo, em breve (subentende-se tempo), à direita (ao lado de à mão direita), à francesa (subentende-se à moda), etc.
Frequentemente se cala a preposição nas locuções adverbiais de tempo e modo. Exemplo:
Esta semana (por nesta semana) teremos prova.
Espingarda ao ombro (por de espingarda ao ombro), juntou-se ao grupo de pessoas.
Flexão dos Advérbios
Os advérbios não flexionam em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural). No entanto, são flexionados nos graus comparativo e superlativo, assim como os adjetivos.
Grau Comparativo
Igualdade: formado por “tão + advérbio + quanto” (como).
Exemplo: José é tão baixo quanto Carlos.
Inferioridade: formado por “menos + advérbio + que” (do que).
Exemplo: Marisa é menos simpática que Cláudia.
Superioridade:
– analítico: formado por “mais + advérbio + que” (do que). Exemplo: Lia é mais alta que Duda.
– sintético: formado por “melhor ou pior que” (do que). Exemplo: Daniel tirou nota melhor que Thaís na prova.
Grau Superlativo Absoluto
Analítico: quando acompanhado de outro advérbio.
Exemplo: Isabel fala muito baixo.
Sintético: quando é formado por sufixos.
Exemplo: Isabel fala baixíssimo.
O uso do diminutivo, como cedinho, pertinho, agorinha, juntinho, rapidinho etc., tem valor superlativo. Esse uso é muito comum na linguagem cotidiana, e a literatura já registra tal emprego.
2. Preposição
Unidade linguística desprovida de independência. Classe invariável que liga dois termos da oração numa relação de subordinação.
O termo anterior à preposição chama-se antecedente ou subordinante, e o posterior chama-se consequente ou subordinado. O subordinante pode ser substantivo, adjetivo, pronome, verbo, advérbio ou interjeição, como nos exemplos a seguir:
livro de história
útil a todos
alguns de vocês
necessito de ajuda
referentemente ao assunto
ai de mim!
Já o termo subordinado (após a preposição) é constituído por substantivo, adjetivo, verbo (no infinitivo ou no gerúndio) ou advérbio, como a seguir:
casa de Pedro
pulou de contente
gosta de estudar
em chegando
ficou por aqui
Classificação das Preposições
Preposições essenciais: são aquelas que funcionam apenas como preposição:
a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
Preposições acidentais: são as palavras de outras classes gramaticais que fazem as vezes de preposição.
afora, fora, como, que, conforme, consoante, durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto, tirante, não obstante, etc.
ProposiçãoLocuções Prepositivas
A locução prepositiva é formada por duas ou mais palavras com o valor de preposição, sempre terminando por uma preposição.:
abaixo de, acima de, a fim de, além de, antes de, até a, depois de, ao invés de, em vez de, ao lado de, em que pese a, à custa de, em via de, à volta com, defronte de, a par de, perto de, por causa de, através de, etc.
Combinação, Contração e Crase
Combinação é quando não há perda de elementos fonéticos
aonde (a + onde)
ao (a + o)
aos (a + os)
Contração é quando há perda de elementos fonéticos na junção da preposição com outra palavra
do (de + o)
desta (de + esta)
dessa (de + essa)
dum (de + um)
no (em + o)
neste (em + este)
nisso (em + nisso)
Crase é a fusão de duas vogais idênticas que veremos mais detalhadamente nas próximas aulas. É um caso especial de contração.
à (contração da preposição a + o artigo a)
àquilo (contração da preposição a + a primeira vogal do pronome demonstrativo aquilo)
Acúmulo de preposições
Não raro duas preposições se juntam para enfatizar as ideias, guardando cada uma seu sentido primitivo. Exemplo: Andou por sobre o mar.
Estes acúmulos de preposições não constituem uma locução prepositiva porque valem por duas preposições distintas.
Exemplo: “Os deputados oposicionistas conjuravam-no a não levantar mão de sobre os projetos depredadores”
3. Conjunção
Unidades que têm por missão reunir orações num mesmo enunciado. A conjunção liga duas orações ou duas palavras de mesmo valor gramatical, estabelecendo uma relação entre elas (causa, tempo, condição, consequência, finalidade, adição, oposição etc.)
As conjunções são divididas em coordenadas (coordenativas) e subordinadas (subordinativas).
Coordenadas
Ligam orações que pertencem ao mesmo nível sintático. Dizem-se independentes umas das outras, logo, podem aparecer em enunciados separados.
– Pedro fez concurso para medicina, e Maria se prepara para a mesma profissão.
O exemplo acima poderia, sem prejuízo, ser reescrito em dois enunciados separados e independentes: Pedro fez o concurso para medicina. Maria se prepara para a mesma profissão. Por isso, a conjunção coordenativa é um conector.
Subordinadas
Ligam orações que se dizem dependentes umas das outras, logo, não podem aparecer em enunciados separados. Aqui, a conjunção assinala qual oração poderia aparecer sozinha.
– Soubemos que vai chover.
No exemplo acima, a oração “vai chover” poderia aparecer em um enunciado sozinha, tendo em vista o seu sentido completo. No entanto, ao ser conectada à oração “Soubemos”, ela passou a exercer um nível inferior da estruturação gramatical, a função de palavra, já que “vai chover” se tornou objeto direto do núcleo verbal soubemos.
Essa é apenas mais uma função das conjunções subordinadas.
ConjunçõesClassificação das conjunções coordenadas
Aditivas – Exprimem adição, soma: e, nem (= e não), mas também, mas ainda, como também (depois de não só), mais (na matemática ou em linguagem regional). Exemplo: Paula não fala nem ouve.
Adversativas – Exprimem ressalva de pensamentos: mas, porém, todavia, entretanto, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim), e (= mas). Exemplo: Não fomos os vencedores, todavia exibimos a melhor apresentação.
Esta ressalva pode indicar oposição, retificação, restrição, compensação, advertência ou contraste.
Alternativas – Exprimem alternância, escolha: ou (repetido ou não), ora, já, quer, nem, talvez (repetidos). Exemplo: Ou você vem agora ou você não vai mais.
Conclusivas – Exprimem conclusão, consequência lógica: logo, por isso, pois (quando vem depois do verbo), portanto, por conseguinte, assim, então, destarte, dessarte. Exemplo: Chove bastante, portanto não poderemos sair.
Explicativas – Exprimem explicação, justificativa: que, porque, assim, pois (quando vem antes do verbo), porquanto. Exemplo: Não saímos, porque a babá faltou.
Classificação das conjunções subordinadas
Integrantes (que, se): Introduzem orações subordinadas com função substantiva (sujeito, predicativo, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, aposto ou agente da passiva), sem valor semântico específico. Exemplo: Quero que você saia já.
Causais (que, porque, como, pois, visto que, já que, uma vez que, porquanto, na medida em que): Introduzem orações subordinadas que dão ideia de causa, razão. Exemplo: Não fui à aula porque adoeci.
Comparativas (que ou do que - precedido de mais, menos, melhor ou pior, tão/tanto... quanto/como, tal qual): Introduzem orações subordinadas que dão ideia de comparação. Exemplo: Meu primo é mais inteligente que eu.
Concessivas (embora, ainda que, mesmo que, conquanto, se bem que, posto que, apesar de que, por mais que, por melhor que, por muito que, por pouco que, por melhor que, por pior que, nem que). Iniciam orações subordinadas que exprimem concessão - um fato contrário ao da oração principal, mas insuficiente para anulá-lo. Exemplo: Vou à praia, mesmo que chova.
Condicionais (se, caso, contanto que, salvo se, desde que, a não ser que, a menos que, exceto se, sem que, uma vez que): Iniciam orações subordinadas que exprimem condição para que o fato da oração principal se realize ou não. Exemplo: Se não chover, irei ao clube.
Conformativas (segundo, como, consoante, conforme, de acordo com): Iniciam orações subordinadas que exprimem conformidade de um pensamento com outro. Exemplo: Cada um colhe conforme planta.
Consecutivas (que - precedido de tal, tão, tanto ou tamanho, de forma que, de modo que, de maneira que): Iniciam orações subordinadas que exprimem a consequência ou o efeito do que se declara na oração principal. Exemplo: Foi tamanho o susto que ela desmaiou.
Temporais (logo que, antes que, quando, assim que, sempre que, até que, depois que, desde que, enquanto, mal): Iniciam orações subordinadas que dão ideia de tempo, momento. Exemplo: Quando as férias chegarem, viajaremos.
Finais (a fim de que, para que, porque, que): Iniciam orações subordinadas que exprimem uma finalidade, intenção. Exemplo: Estamos aqui para que ele fique tranquilo.
Proporcionais (à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, quanto menos, quanto menor, quanto melhor): Iniciam orações subordinadas que exprimem proporção direta ou inversa, simultaneidade. Exemplo: Quanto mais trabalho, menos recebo.
Locuções conjuntivas
A locução conjuntiva é formada por duas ou mais palavras com o valor de conjunção, geralmente, terminando em “que”, no entanto algumas terminam em 'se'.
visto que
desde que
ainda que
à medida que
logo que
a fim de que
de modo que
As locuções conjuntivas possuem a mesma classificação das conjunções, de acordo com o sentido.
4.Interjeição
É a expressão com que se traduz os nossos estados emotivos. É mais uma classe gramatical invariável. As interjeições possuem existência autônoma e, a rigor, constituem por si orações. São sempre acompanhadas de um ponto de exclamação.
As interjeições podem representar sons vocálicos tradicionais, palavras já correntes na língua ruídos de animais ou de objetos e locuções que expressam sensações.
Interjeições comuns
1) de exclamação: viva!
2) de admiração: ah!, oh!
3) de alívio: ah!, eh!
4) de animação: coragem!, eia!, sus!
5) de apelo ou chamamento: ó!, olá!, alô!, psit!, psiu!
6) de aplauso: bem!, bravo!
7) de desejo ou ansiedade: oh!, oxalá!, tomara!
8) de dor física: ai!, ui!
9) de dor moral: oh!
10) de dúvida, suspeita, admiração: hum!, hem! (ou hein)
11) de impaciência: arre!, irra!, apre!, puxa!
12) de imposição de silêncio: psiu! (demorado)
13) de repetição: bis!
14) de satisfação: upa!, oba!, opa!
15) de zombaria: fiau!
Locução Interjetiva
Grupo de palavras que possuem valor de interjeição.
ai de mim!, cruz credo!, valha-me Deus!, ora bolas!, com todos os diabos!.
Quando as interjeições estão combinadas com uma frase maior exclamativa, podem-se separar da frase por meio de uma vírgula, ou por meio do ponto de exclamação, ao qual se deve seguir, entretanto, letra minúscula.
“Oh! que doce harmonia traz-me a brisa”